Lance dificílimo para a arbitragem no Mineirão. Um belo gol de bicicleta de Rony gera descontentamento dos palmeirenses, por conta de impedimento.
Aqui, há de se ter cautela. No recorte do Premiere, abaixo, parte do tronco de Rony está à frente do penúltimo defensor (o último zagueiro). Isso é impedimento, não é interpretação. Se deve marcar tiro livre indireto se alguma das partes jogáveis estiver à frente (mão e braço, por exemplo, não são considerados, pois não se pode jogar com eles; ombro, tronco, perna ou cabeça, sim).
Muita gente está confundindo orientação com regra, tentando validar o lance. Seneme, por exemplo, falou de “linhas sobrepostas”, ou seja, se no tracejar das linhas a linha vermelha estiver em cima da linha azul, é para seguir o jogo, pois está em mesma linha (isso é obvio, nem sei porque ele disse isso). Veja, na mesma imagem abaixo, e agora pense: na Inglaterra, engrossaram a linha. Provavelmente, lá, esse lance seria mesma linha pois as linhas estariam misturadas entre si pelo tamanho delas.
É claro que talvez o volume de reclamações se dê pelo fato da distância ser diminuta, mas sempre foi assim! E ainda sendo de bicicleta o gol anulado, fica-se “mais com dó” da anulação. O árbitro Bráulio da Silva Machado seguiu a fala do VAR (e isso é correto), além do bandeira 2 Alex dos Santos ter seguido a orientação correta: na dúvida, dê o gol e deixe o VAR fazer a revisão.
Portanto, a Regra é: está na frente nas condições citadas, anula-se. A Orientação é: se tiver dúvida, veja se a linha está sobreposta ou não para validar ou anular.
Uma confusão com Rony, na entrevista que deu, ao dizer:
“Sei nem o que te falar. Eu acho que, acabei de olhar o lance. Para mim, não estava. Mas faz parte. Como o juiz falou: é erro lá de cima. A gente fica triste, mas faz parte do futebol. Infelizmente a gente acabou pecando num lance. Mas também faz parte do futebol. Voltamos mais ligados e quem sabe sair com o resultado positivo”.
NENHUM ÁRBITRO vai dizer que houve “erro lá de cima”, pois ninguém é louco. Até porque se o Bráulio disse que houve erro, ele deveria ser suspenso por aceitar um erro, compactuando sua decisão, estando ciente que era erro. Provavelmente Rony interpretou mal algo que o árbitro disse.
Por fim: na coletiva de Coudet, um jornalista perguntou ao treinador “como era difícil enfrentar uma adversário difícil, o gramado ruim e uma arbitragem tendenciosa”, em referência a um pênalti supostamente cometido por Marcos Rocha. Não foi nada! O defensor estava em movimento natural, numa bola que bateu em seu braço sem intenção, após um chute forte desviado. Provavelmente, alguém se lembrou do ridículo pênalti em mesma condição que o próprio Bráulio marcou equivocadamente no Morumbi, em São Paulo x Internacional.
Em tempo: que pressão o treinador Abel (talvez sem querer) jogou para o quarto-árbitro. Hoje, é expressamente proibido oferecer qualquer souvenir para a arbitragem. Ainda mais “camisa de treinador”…
Acréscimo: em 2020, até a 7ª rodada, foram utilizados no Brasileirão 33 árbitros; em 2021, 30; em 2022, 17. E nesse mesmo número de rodadas, em 2023, apenas 17 (essa foi a referência que Abel fez na coletiva)


[…] Porém, há poucos dias, Bráulio apitou Atlético Mineiro 1×1 Palmeiras e anulou o gol de bicicleta de Rony, quando o palmeirense deu uma declaração confusa, de que o “árbitro admitiu que errou pois o erro veio lá de cima“. Está aqui: https://professorrafaelporcari.com/2023/05/28/o-gol-de-bicicleta-anulado-de-rony-em-atletico-mineiro… […]
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[…] Porém, há poucos dias, Bráulio apitou Atlético Mineiro 1×1 Palmeiras e anulou o gol de bicicleta de Rony, quando o palmeirense deu uma declaração confusa, de que o “árbitro admitiu que errou pois o erro veio lá de cima“. Está aqui: https://professorrafaelporcari.com/2023/05/28/o-gol-de-bicicleta-anulado-de-rony-em-atletico-mineiro… […]
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