– Um país que não acaba com a Corrupção e ainda tira verba de Pesquisa Científica e Educação

Que coisa, não? O Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) demitiu 40 funcionários. Tal órgão é um dos mais plausíveis e de vanguarda do Brasil.

Motivo?

A crise econômica, que reduziu 42% o seu patrimônio.

Como desenvolver o país desse jeito? É a prova cabal que a situação econômica-política do país reflete diretamente em ciência e pesquisa – e por tabela na Educação.

Abaixo, extraído de: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2017/12/campinas_e_rmc/504558-laboratorio-de-bioetanol-demite-40.html

LABORATÓRIO DE BIOETANOL DEMITE 40

Por Leandro Ferreira e Letícia Guimarães

Sede do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol: necessidade de redução de custos

O Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), instalado no campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, está sofrendo com os cortes de gastos. De acordo com o diretor-geral do CNPEM, Rogério Cezar de Cerqueira Leite, foram 40 demissões este ano, metade delas desde o último dia 23, sobrando 90 dos 130 trabalhadores que atuavam no local.

O laboratório desenvolve pesquisas com capital público e em parceria com a iniciativa privada sobre bioenergia, com foco especial no bioetanol, além de projetos e linhas de pesquisas de importância para o setor. Hoje, o CTBE ocupa posição de destaque no campo de pesquisa e desenvolvimento em bioenergia, assim como atua como peça central na discussão e desenvolvimento de novas políticas bíblicas.

Na última sexta-feira, autoridades de entidades ligadas ao setor de biocombustíveis enviaram uma carta ao ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, reforçando o apoio às atividades do CTBE e solicitando alternativas para que o trabalho realizado não seja descontinuado. O documento também detalha a preocupação dos representantes destas instituições com os cortes que já foram feitos, inclusive do ex-diretor do laboratório, Gonçalo Pereira, e dos que ainda estão por vir. “Nos preocupa a fragilidade institucional de um laboratório com tal importância estratégica para o País”, informa um trecho da carta.

Segundo Cerqueira Leite, o primeiro bloco de demissões ocorreu devido ao término de um projeto financiado pela iniciativa privada que ressarcia parte dos salários. “Os demais funcionários foram desligados devido à reestruturação das frentes de ação do CTBE, as quais devem ser estrategicamente alinhadas à missão do CNPEM, que tem como prioridade promover atividades científicas de excelência. As duas situações são permeadas também pela necessidade de redução de custos.”

O diretor-geral do CNPEM informou que o orçamento este ano foi reduzido em 42%, em verbas que vêm do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTIC). “Novas contratações só ocorrerão se houver aumento do orçamento.”

O CNPEM abriga também o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano). Segundo Cerqueira Leite, nestes laboratórios não está havendo cortes relacionados à redução de custos ou encerramento de convênios. “O orçamento do CNPEM deveria ser em torno de R$ 90 milhões e até agora recebemos R$ 54 milhões. O orçamento é do Centro e não por laboratório. Assim, todos os laboratórios nacionais sofreram com a redução orçamentária e tiveram que rever seus custos de operação.”

Para Gonçalo, que também foi demitido, a instabilidade no CTBE pode afetar o interesse de empresas privadas em contratarem pesquisas no laboratório. “Empresa exige estabilidade para investir”, afirmou.

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