Todas as empresas têm o direito de investirem onde quiserem, desde que tenham dinheiro e seu negócio seja lícito.
Os grandes investidores dos últimos tempos no futebol brasileiro foram a Parmalat (Palmeiras, Juventude e Paulista de Jundiaí) e depois se soube que era através do esporte que os italianos “esquentavam dinheiro”, tanto que o Parma quebrou e a Parmalat se desfez, sendo de outros grupos o espólio que sobrou. Também a HMTF (Hicks, Muse, Tate & Furst), Excel Econômico e MSI entraram nessa onda, todos no Corinthians. O que aconteceu a eles? Lembremo-nos da UNICOR no Santos, ou a ISL no Flamengo. Foram negócios nos quais os clubes aceitaram seus parceiros pelo montante de dinheiro, não sabendo da falta de idoneidade dos mesmos.
Mas estaria eu associando esses investidores à Crefisa?
Claro que não. É uma financiadora séria, constituída, cujos proprietários aparecem na mídia. Mas algo têm em comum: assim como os citados anteriormente, a Crefisa gasta um dinheiro fora da realidade dos parâmetros brasileiros e traz o inevitável questionamento: tal grana traz retorno financeiro?
Para empreendedores, tal negócio é de risco. Realmente existe lucro em tal investimento volumoso? Por mais que se divulgue o nome da instituição, tem um “quê” de vaidade pessoal na empreitada?
Na festa do aniversário de 103 anos do Palmeiras, nesta segunda-feira, Leila Pereira, a proprietária da Crefisa, declarou que quer investir no clube até a conquista de um titulo mundial do Verdão. Claro que os torcedores rivais ironizaram dizendo que “é muito tempo” tal prazo. Mas o certo é: até quando dona Leila poderá gastar tal volumosa quantia?






