– Corinthians x Figueirense: Faixa com crítica à beira do Campo pode?

Já faz algum tempo que a FIFA se pronunciou sobre manifestações e protestos em jogos de futebol. E, sucintamente, a entidade proibiu críticas a organizadores de torneios, árbitros, jogadores e dirigentes; também não quer manifestações religiosas, apologia ou louvação política, sejam elas em faixas de torcedores, bandeiras, camisas embaixo do uniforme de jogadores (no uniforme propriamente dito sempre foi proibido) e em qualquer periferia do gramado.

Na prática, se o jogador comemorar um gol levantando a camisa e por debaixo dela existir a frase “Jesus é o Senhor” ou “Alá é grande”, o árbitro deverá relatar e o atleta será julgado (sem a aplicação de cartões). Se antes do jogo o árbitro observar que existe uma bandeira com os dizeres: “Obrigado, Deputado Fulano, pela reforma do Vestiário”, esta deverá ser retirada e o jogo não poderá ser iniciado (e, claro, o fato relatado). Se houver coro racista de torcedores, o jogo deve ser paralisado até que este termine. Se o placar eletrônico estampar: “Fora Del Nero”, idem. E, logicamente, uma faixa como: “Amarilla – vergonha do futebol”, não fugirá à Regra.

O procedimento da equipe da arbitragem foi correto devido a regra no último sábado, ao constatar a manifestação durante o jogo entre Corinthians x Figueirense. Se é antidemocrático, aí é outra história. Mas escrevo isso para dizer que achei fantástico o depoimento do treinador Tite depois do jogo sobre tal faixa:

Eu conheço as regras, e se não pode, que se retire a faixa e o torcedor. Mas aqui, no vestiário, o Adenor pode dizer: ‘Amarilla, vergonha do futebol.”.

Quem é “de bem” no futebol, aplaudiu. E fica o registro: Carlos Amarilla apitava quase todos os jogos da Seleção Brasileira, um brasiguaio de vida e coração! O que me chama a atenção é que, apesar do “Caso Grondona”, revelado na última semana, Marin e Marco Polo nada fizeram em defesa do Corinthians, justo à época em que Andrés Sanches estava brigado com a entidade…

Em tempo: o Alarcon, “chefe-mor” dos árbitros da Conmebol, continua forte em Assunção…
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– Cuidado com os pesares… A infelicidade de Flausino!

Rogério Flausino, vocalista da banda Jota Quest, deveria estar muito emocionado com o falecimento do seu colega de ofício, Cristiano Araújo. Afinal, deu uma declaração um pouco questionável sobre sua morte em um acidente:

Ele ganhou um prêmio e está num lugar muito melhor do que o nosso. Tirou férias merecidas e antecipadas”.

Condolências dessa forma são dispensáveis. A forma de se expressar não deveria ser um pouco menos irreverente?

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– Ricci apitará Argentina x Paraguai. E a barrigada da punição?

A normalidade voltou com a escalação de Sandro Meira Ricci para a semifinal entre argentinos e paraguaios pela Copa América. Explico:

Depois da atuação criticada por muitos no jogo entre Uruguai 0 x 1 Chile (vide nossa análise no site do Bom Dia / Diário de São Paulo, em: http://is.gd/CHIxURU), alguns sites e blogs passaram a dizer que Sandro estava suspenso.

Confesso que não li nada oficial da Conmebol a este respeito, e como as fontes às quais confio nada me disseram, fiquei com a pulga atrás da orelha. Surgiu a informação, posteriormente, de que os árbitros que estavam escalados para as quartas-de-final não iriam para as semi-finais e final.

Aqui duas considerações:

1- Outras má atuações de árbitros aconteceram e a Conmebol não suspendeu ninguém. Por quê o Sandro seria o único?

2- Ora, se a geografia da Conmebol tem poucos países, quem sobraria para esses jogos tão difíceis? O mexicano da Concacaf e algum nome do Suriname?

Dessa forma, a normalidade (ou seja, a escala de árbitros experientes) voltou. Apenas lamento que Ricci apitará pressionado o próximo jogo, já que Sérgio Correa da Silva, presidente da Comissão de Árbitros da CBF, deu uma entrevista alegando que o árbitro brasileiro estava passando por problemas pessoais, e revelou que sua filha de 15 anos, que faz intercâmbio na Nova Zelândia, estaria doente e internada por lá, sozinha.

No Brasil, diz-se à boca pequena que Sandro e Sérgio não se dão; e que Ricci é muito forte politicamente e dessa forma Sérgio tem que engoli-lo. Se é verdade, não sei, pois não gosto de politicagem e prefiro sempre a meritocracia. Mas seria “fogo-amigo”?

Sandro, quando aspirante à FIFA e quando recém promovido, foi disparado o melhor árbitro do Brasil. Às vésperas da Copa caiu de produção, voltando ao bom rendimento e com grandes atuações no Mundial. No pós-Copa, foi péssimo e a má fase está durando mais do que o devido.

Boa sorte ao trio brasileiro no importante jogo que trabalhará!
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