Ali bin Hussein era um ilustre figurante no mundo do futebol há alguns dias. O único candidato de oposição na eleição da FIFA.
Seu histórico? Príncipe da Jordânia, irmão do atual rei do país (Abdulla II), amante dos esportes, criador de uma liga paralela de futebol na Ásia e que posteriormente (e em comum acordo com os cartolas) foi fundida com a atual Confederação Asiática de Futebol. Recentemente, conseguiu convencer a International Board e fez lobby para liberar os “turbantes e véus para atletas muçulmanos” (as vestimentas de cabeça) em jogos profissionais. Estudou em colégios ocidentais e tem promovido programas de integração pela “Paz no Esporte” no Oriente Médio, incentivando a prática do Futebol Feminino com finalidade de diminuir a discriminação contra as mulheres árabes. Com apenas 39 anos, abandonou o 2o turno das eleições por se sentir ofendido ao perceber que os votos prometidos por pares do colégio eleitoral da FIFA migraram para Blatter.
O que pode parecer uma derrota para o mundo do futebol – o 5o mandato do Suíço – pode, ao mesmo tempo, alimentar uma cisão. Platini ameaçou convocar os países europeus a boicotarem a Copa da Rússia (algo duvidoso). Mas por quê não um levante contra o atual status quo?
A FA (A “CBF” da Inglaterra) sempre se levantou contra a FIFA, tanto que nos primórdios da história relutou em se associar com a entidade. Por quê não defender a bandeira de uma nova Associação, paralela e concorrente da FIFA?
O Futebol é um esporte popular e a FIFA é uma empresa particular. Não seria maravilhoso um movimento de formação de grandes outras Federações, mais abertas, transparentes e honestas?
O grande problema é que os atuais mandatários mundo afora estão amarrados nesse esquema hostil e corrupto. Mas a bola está pingando: quem será o príncipe, o cartola ou o libertador do futebol no século XXI, a fim de trazer esperança a quem gosta realmente do esporte?
Tudo o que escrevo aqui em relação à FIFA e seus associados, serve integralmente à CBF e suas federações estaduais. E dentro dela, seus pares e estruturas arcaicos, viciados e eternos diretores-funcionários que mamam nas tetas do futebol.



