– Salvem os animais feios, ao pé-da-letra!

Assunto interessante e delicado: inúmeras ONGs protegem animais considerados “bonitos”, mas poucas cuidam de espécies consideradas “feias”.

Alguém já viu entidade de defesa do Sapo Roxo, do Blobfish, ou do Macaco Proboscis?

Compartilho a matéria, extraída da Revista Isto É, ed 22/11/2012, pg 85-86

SALVEM OS FEIOS

Enquanto sobram ONGs e governos dispostos a proteger pandas, golfinhos e tigres, animais com problemas de aparência rumam para a extinção em vários pontos do planeta

Larissa Veloso

Em decorrência da ação humana, para que uma espécie sobreviva hoje, não basta mais ser a mais rápida, ter venenos letais ou montar o melhor esconderijo. Na nova lei da selva, e preciso também ter boa aparência. Bichos fofinhos como o urso polar, imponentes como os tigres ou graciosos como os golfinhos são os queridinhos de entidades ambientais, governos e publicitários. Enquanto isso, espécies como o blobfish não estão nem sequer no banco de dados da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), que classifica os animais de acordo com o grau de vulnerabilidade.

Os pesquisadores da associação britânica Evolutionarily Distinct and Globally Endangered (Edge), que protege as espécies mais, digamos, diferenciadas do planeta, sabem bem como os feios são desprezados. “Temos uma lista com 100 anfíbios que evoluíram de uma maneira singular. Destes, 85 recebem pouca ou nenhuma atenção”, diz a gerente de projetos da Edge, Carly Waterman. Por outro lado, não receber atenção seria uma bênção para o primata aye-aye. Seu visual é tão desfavorável que é caçado pelos habitantes da ilha de Madagascar, que acreditam se tratar de animal diabólico.

Alguns importantes papéis no ambiente são desempenhados por animais que não são atraentes. “Muitas espécies marinhas, por exemplo, não são consideradas bonitas, mas várias contêm substâncias com potencial valor industrial e medicinal”, disse à ISTOÉ Ernest Small, pesquisador do Ministério da Agricultura do Canadá e autor do artigo “A Nova Arca de Noé: Apenas Espécies Úteis e Belas”.

A evolução humana explica em parte nossa preferência por alguns bichos. Uma das estratégias evolutivas que desenvolvemos por milênios é o sentimento de afeição por bebês humanos, que resultou em maior proteção. Essa característica acabou se estendendo aos animais, e o resultado foi a vontade de defender aqueles que lembram nossos bebês, beneficiando principalmente os mamíferos. Mas, para preservar algumas espécies, precisamos controlar os efeitos dessa herança. Apesar de não ficarem bem como bichinhos de pelúcia, animais como o dragão de Komodo e o sapo roxo são importantes para o equilíbrio ambiental. Quanto mais desses bichos desaparecerem, maiores as chances de humanos, pandas e golfinhos ficarem sem ecossistema.

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– O Contrato Secreto da CBF!

E não é que, o que todos desconfiavam, realmente é verdade?

Na Seleção Brasileira, há ingerência de terceiros na convocação dos boleiros, provada pela matéria do premiado jornalista Jamil Chade, no Estadão do último sábado.

Ele trouxe os detalhes do “contrato secreto” com os árabes da Kentaro/ISE e provou a venda da autonomia da convocação do Escrete Canarinho.

Primeiramente Ricardo Teixeira, depois Marco Polo Del Nero, ganharam muito dinheiro permitindo cláusulas aos compradores dos direitos de comercialização dos jogos da Seleção de refutarem jogadores que não fossem midiáticos ou que não atendessem interesses de marketing. Dependendo da ausência de alguns nomes, as taxas pagas poderiam ser reduzidas a 50% como “penalidade”. 

Quer mais prova do que esse escândalo de que a Seleção Brasileira não é e nunca foi do povo, nem composta dos melhores? É uma Seleção Privada!

Com a palavra Mano Meneses, Felipão e Dunga, treinadores presentes nesse período do contrato. 

O pior é que os clubes ficam sem os seus atletas “para servirem” a CBF.

Não deveriam mais liberar os jogadores!

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– Boca Jrs x River e a Lei do Mais Forte

Ainda estamos no tempo em que o “mais bandido” ganha – ou ao menos tenta ganhar – no futebol sulamericano. Vide o último e lamentável episódio protagonizado pelos barrabravas argentinos, hooligans da pior espécie travestidos de torcedores de futebol.

Os membros da “La 12”, a maior e mais violenta torcida organizada do Boca Júniors, conseguiram atingir com uma mistura de gás pimenta e ácido muriático os adversários do River Plate. Sabidamente, os dirigentes argentinos  têm ciência que esses organizados são ligados ao narcotráfico e nada fazem. Pior: conseguem ingressos e benefícios junto a diretoria boquista (alguma semelhança com a relação entre as grandes torcidas organizadas do Brasil e seus cartolas?).

Duas pisadas de bola dos atletas do Boca Júniors:

1) Aplaudiram a torcida após o incidente;

2) Apoiaram o depoimento do ítalo-argentino Osvaldo, atacante do time, que declarou que “5 mafiosos gordos de terno eliminaram o Boca”, se referindo à Comissão da Conmebol que excluiu o time devido ao incidente.

A verdade é que os jogadores parecem não ter se sensibilizado de tudo isso. Para mim, a pena (eliminação do Boca Jrs na Libertadores-15 e multa de 200 mil dólares) é branda demais! Mas ainda assim há gente que defende a violência, a malandragem e o vale-tudo no esporte.
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