É sabido que grandes investidores – empreendedores, malucos ou mafiosos – gastam muito dinheiro no futebol da Europa.
O francês PSG se agigantou com os petroeuros de um príncipe catari; o inglês Manchester City cresceu com os dólares de um emir; diga-se o mesmo do seu co-irmão Chelsea (antes, uma “Portuguesa da Inglaterra”) com o bilionário russo Abramovich; e por aí vai.
Aqui o cenário é diferente: empresários compram pequenos times do futebol para fazer negócios. Vide o mineiro Tombense, de Eduardo Uram. Lembram do Iraty de Juan Figger?
Agora, vemos tal fenômeno no Estado de São Paulo: tivemos o Guaratinguetá virando Americana FC, saindo do Ninho da Garça no Vale do Paraíba e pousando na Princesa Tecelã. Depois assistimos o Grêmio Barueri se transformar em Grêmio Prudente e do ABC migrar para o Noroeste Paulista. E, em breve, outra situação inusitada: o Oeste da quente e agrícola Itápolis se tornará mais um time da Região Metropolitana de São Paulo, trocando a terra da laranja e da goiaba por Osasco.
Mário Teixeira, executivo de sucesso do Bradesco e apaixonado por futebol, tentou fazer outrora uma parceria com a Portuguesa de Desportos. Não deu certo. Findado o Paulistão e sem possibilidade de manter ativo o seu clube, o Audax de Osasco (ex-Pão de Açúcar Esporte Clube) por culpa de falta de campeonato (não pense no sacrilégio de acreditar que fosse por falta de dinheiro), resolveu encerrar o vínculo com seus atletas e dissolver sua equipe até o ano que vem. Dessa forma, arrendou o time do Interior para disputar a Série B do Brasileirão, remontando o Oeste, agora em Osasco.
O interessante é que tudo isso é feito, felizmente, de maneira honesta e dentro da lei. Claro, com dinheiro.
Enquanto isso, nenhum magnata, mecenas apaixonado ou árabe afortunado resolve brincar de futebol com outros times… nosso Paulista de Jundiaí que o diga, tentando arranjar fundos e boas idéias para a disputa da Copa Paulista com as forças vivas da cidade.
