Uma rede varejista do mercado esportivo, que está em Jundiaí e em São Paulo, é investigada por sonegação.
Xiii… quem será? Está no Jornal Bom Dia de hoje!
Não faço a menor ideia, com tais e poucas informações.
Uma rede varejista do mercado esportivo, que está em Jundiaí e em São Paulo, é investigada por sonegação.
Xiii… quem será? Está no Jornal Bom Dia de hoje!
Não faço a menor ideia, com tais e poucas informações.
Londres está praticamente pronta para os Jogos Olímpicos de 2012. Faltando 99 dias, os eventos testes já foram realizados.
Fico pensando: e aqui no Rio de Janeiro, em 2016? Estaremos com antecedência entregando as obras? Elas custarão o que foi orçado? Não haverá contratos emergenciais? Nenhum ‘elefante branco’ sobrará?
Doce ilusão… Se bobear, a Rússia se apronta para a Copa de 2018 antes do Brasil em 2014…
Laura Capanema, jornalista da Revista Placar, foi a Istambul entrevistar o meia Alex, do Fenerbahce. E o atleta escancarou sobre dois grandes clubes brasileiros em que jogou:
“Hoje a gente conversa entre os jogadores e a maioria não quer ir para o Palmeiras, todos sabem que lá é complicado de jogar e difícil de trabalhar (…) No Flamengo eu me arrependi de ter ido pra lá logo no primeiro dia em que cheguei. Era uma bagunça. Era horrível, o campo de treinamento, o ritmo de trabalho, o vestiário, o grupo dos jogadores. A concentração era marcada às 18h, meu companheiro de quarto chegava meia-noite. E ninguém falava nada… Era tudo empurrado com a barriga.”
E aí: esse é um retrato fiel destes clubes, ou o atleta exagerou nas suas palavras?
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Sílvia Regina de Oliveira, ícone da arbitragem feminina sulamericana, excepcional caráter, foi retirada de suas funções da Escola de Árbitros Flávio Iazzetti, entidade de formação dos novos árbitros da Federação Paulista de Futebol. Para o seu lugar, entrará o ex-assistente FIFA, Cel Nilson de Souza Monção, também de ótima índole e conhecimento profundo do futebol.
– Vamos a algumas considerações?
Monção foi um dos melhores com que trabalhei. Salvo engano, o último jogo em que tive a oportunidade de trabalhar com ele foi Guarani X São Bernardo, onde ele bandeirou para mim na A2. Mas isso não importa. Importa sim o fato dele assumir um cargo de tamanha responsabilidade, no qual grandes nomes como Gustavo Caetano Rogério, Antonio Cláudio Ventura, Roberto Perassi e Sílvia Regina atuaram nos últimos 20 anos.
Formar árbitros é difícil. Moldar a universalização dos critérios mais ainda. Segurar a empolgação do jovem apitador, então… Quem entra na Escola de Árbitros para se formar é seguramente um entusiasmado estudante. O jovem se orgulha em dizer que está na FPF! E aí é o momento delicado: respeitar a individualidade do futuro árbitro (suas características pessoais que estarão presentes no seu desempenho), mostrar a necessidade de respeitar critérios de arbitragem e não deixá-lo querer ser maior que o próprio espetáculo.
Por isso, desejo boa sorte ao Nilson Monção. E é impossível não questionar: por que a Sílvia Regina saiu?
Até agora, não há uma nota sequer oficial no site da FPF sobre a saída.
Sílvia é instrutora FIFA e assessora de árbitros da Conmebol. Claro, tal acúmulo de atividades poderia ser dificultoso a ela na EAFI-FPF. Perde a escola uma ótima professora, já que a didática dela (além de conhecimento e simpatia) é muito boa. Aqui, faz-se um adentro: ser um docente do ensino de arbitragem, não necessariamente, tem a ver com suas qualidades enquanto profissional dentro de campo, ou seja, a competência dela como professora não está atrelada a atuação que teve como árbitra (Roberto Perassi, Gustavo Caetano ou Ventura foram árbitros extremamente excepcionais? Claro que não, mas conheciam bem o meio). Se assim fosse, os comentaristas de futebol virariam treinadores e os treinadores virariam jornalistas. Portanto, cada um na sua.
O problema é: dirigentes do apito creditam a sua saída à mudanças profundas na arbitragem paulista! Disse o presidente Marco Polo Del Nero, sobre o fato de ter demitido a Sílvia:
“A decisão é minha. Precisava ser feito algo. O treinamento precisa ser contínuo. Não estou feliz e os clubes também não”
Balela. Pura bobagem. O presidente da FPF quer imputar a má atuação dos árbitros no Paulistão a ela? Demiti-la seria uma satisfação demagógica às reclamações dos clubes?
Ora, não é Sílvia quem escala os árbitros. Não é ela quem promoveu a absurda e forçada renovação de 70% do quadro de bandeiras da 1ª divisão! Na Escola de Árbitros, ela ensina regras àqueles que entravam no curso. Administrar o quadro, orientá-los dentro de campo é de responsabilidade da Comissão de Árbitros, não da Escola! A função deve ser exercida pelos administradores do departamento, Cel Marcos Marinho e seu assessor, Arthur Alves Júnior. Na hora do sorteio dos árbitros e das orientações, são eles que tem a função. Na hora de punir os árbitros, são eles que determinam as penas. Quando é para dar entrevistas, eles aparecem em público. E a culpa é da Sílvia, segundo Marco Polo?
Se você considera ótimo o trabalho dos árbitros no Paulistão, elogie a eles da Comissão. Se você considera ruim, se reporte aos próprios. Mas Sílvia é a menos culpada de tudo isso.
Na ânsia em dizer que o trabalho é bom, galgam jovens inexperientes à Categoria A1. E como fica toda a história do Ranking, de que o árbitro deveria passar por diversas etapas até chegar a elite? “Foi pro saco”, junto com as denominações Ouro, Prata e Bronze, substituídas por Especial/1,2,3,4 e estagiários?
Faço uma analogia com clube de futebol: é como se a campanha ruim do Flamengo não fosse culpa dos dirigentes ou dos jogadores, mas do treinador da categoria de base…
Atitude demagógica, no mínimo.
E o que dizer da punição ao árbitro José Cláudio da Rocha Filho e do bandeira João Boulgauber? A Comissão de Árbitros os suspenderam, devido a atuação no jogo Palmeiras X Comercial. A quem eles recorrerão? Ao Sindicato, cujo presidente Arthur Alves Júnior faz parte da Comissão que os puniu? Ou à Cooperativa, cujo tesoureiro (ele próprio) faz parte da mesma Comissão e o presidente Silas Santana trabalha na Ouvidoria da FPF?
Os árbitros estão desamparados ao extremo. E depois não querem que diga que há incompatibilidade de cargos nas entidades de defesa dos árbitros…
Uma pena.
E você, o que pensa sobre a medida do Marco Polo Del Nero? Demitir a Sílvia Regina resolve os problemas da arbitragem?
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Sílvia Regina de Oliveira, ícone da arbitragem feminina sulamericana, excepcional caráter, foi retirada de suas funções da Escola de Árbitros Flávio Iazzetti, entidade de formação dos novos árbitros da Federação Paulista de Futebol. Para o seu lugar, entrará o ex-assistente FIFA, Cel Nilson de Souza Monção, também de ótima índole e conhecimento profundo do futebol.
– Vamos a algumas considerações?
Monção foi um dos melhores com que trabalhei. Salvo engano, o último jogo em que tive a oportunidade de trabalhar com ele foi Guarani X São Bernardo, onde ele bandeirou para mim na A2. Mas isso não importa. Importa sim o fato dele assumir um cargo de tamanha responsabilidade, no qual grandes nomes como Gustavo Caetano Rogério, Antonio Cláudio Ventura, Roberto Perassi e Sílvia Regina atuaram nos últimos 20 anos.
Formar árbitros é difícil. Moldar a universalização dos critérios mais ainda. Segurar a empolgação do jovem apitador, então… Quem entra na Escola de Árbitros para se formar é seguramente um entusiasmado estudante. O jovem se orgulha em dizer que está na FPF! E aí é o momento delicado: respeitar a individualidade do futuro árbitro (suas características pessoais que estarão presentes no seu desempenho), mostrar a necessidade de respeitar critérios de arbitragem e não deixá-lo querer ser maior que o próprio espetáculo.
Por isso, desejo boa sorte ao Nilson Monção. E é impossível não questionar: por que a Sílvia Regina saiu?
Até agora, não há uma nota sequer oficial no site da FPF sobre a saída.
Sílvia é instrutora FIFA e assessora de árbitros da Conmebol. Claro, tal acúmulo de atividades poderia ser dificultoso a ela na EAFI-FPF. Perde a escola uma ótima professora, já que a didática dela (além de conhecimento e simpatia) é muito boa. Aqui, faz-se um adentro: ser um docente do ensino de arbitragem, não necessariamente, tem a ver com suas qualidades enquanto profissional dentro de campo, ou seja, a competência dela como professora não está atrelada a atuação que teve como árbitra (Roberto Perassi, Gustavo Caetano ou Ventura foram árbitros extremamente excepcionais? Claro que não, mas conheciam bem o meio). Se assim fosse, os comentaristas de futebol virariam treinadores e os treinadores virariam jornalistas. Portanto, cada um na sua.
O problema é: dirigentes do apito creditam a sua saída à mudanças profundas na arbitragem paulista! Disse o presidente Marco Polo Del Nero, sobre o fato de ter demitido a Sílvia:
“A decisão é minha. Precisava ser feito algo. O treinamento precisa ser contínuo. Não estou feliz e os clubes também não”
Balela. Pura bobagem. O presidente da FPF quer imputar a má atuação dos árbitros no Paulistão a ela? Demiti-la seria uma satisfação demagógica às reclamações dos clubes?
Ora, não é Sílvia quem escala os árbitros. Não é ela quem promoveu a absurda e forçada renovação de 70% do quadro de bandeiras da 1ª divisão! Na Escola de Árbitros, ela ensina regras àqueles que entravam no curso. Administrar o quadro, orientá-los dentro de campo é de responsabilidade da Comissão de Árbitros, não da Escola! A função deve ser exercida pelos administradores do departamento, Cel Marcos Marinho e seu assessor, Arthur Alves Júnior. Na hora do sorteio dos árbitros e das orientações, são eles que tem a função. Na hora de punir os árbitros, são eles que determinam as penas. Quando é para dar entrevistas, eles aparecem em público. E a culpa é da Sílvia, segundo Marco Polo?
Se você considera ótimo o trabalho dos árbitros no Paulistão, elogie a eles da Comissão. Se você considera ruim, se reporte aos próprios. Mas Sílvia é a menos culpada de tudo isso.
Na ânsia em dizer que o trabalho é bom, galgam jovens inexperientes à Categoria A1. E como fica toda a história do Ranking, de que o árbitro deveria passar por diversas etapas até chegar a elite? “Foi pro saco”, junto com as denominações Ouro, Prata e Bronze, substituídas por Especial/1,2,3,4 e estagiários?
Faço uma analogia com clube de futebol: é como se a campanha ruim do Flamengo não fosse culpa dos dirigentes ou dos jogadores, mas do treinador da categoria de base…
Atitude demagógica, no mínimo.
E o que dizer da punição ao árbitro José Cláudio da Rocha Filho e do bandeira João Boulgauber? A Comissão de Árbitros os suspenderam, devido a atuação no jogo Palmeiras X Comercial. A quem eles recorrerão? Ao Sindicato, cujo presidente Arthur Alves Júnior faz parte da Comissão que os puniu? Ou à Cooperativa, cujo tesoureiro (ele próprio) faz parte da mesma Comissão e o presidente Silas Santana trabalha na Ouvidoria da FPF?
Os árbitros estão desamparados ao extremo. E depois não querem que diga que há incompatibilidade de cargos nas entidades de defesa dos árbitros…
Uma pena.
E você, o que pensa sobre a medida do Marco Polo Del Nero? Demitir a Sílvia Regina resolve os problemas da arbitragem?
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Parece piada: ontem, nas discussões legislativas sobre o zoneamento da cidade de Jundiaí, “descobriram” que o vetor Oeste tem mais espaço para crescer. Ou seja: Fazenda Grande, Medeiros, Ermida… Ok, nada de novo. Mas alguém já experimentou sair do Medeiros no horário de pico?
Pela Dom Gabriel, você fica parado já aqui no Eloy Chaves. E olha que as torres que estão sendo construídas pela Atmosfera no Jardim Ermida ainda não estão prontas. Imagine quando elas estiverem!
Agora, se o mesmo morador tentar sair pela Rod Hermenegildo Tonoli, fica parado também, represado no trânsito que vem de Itupeva.
Senhores… há espaço no Medeiros. Mas não há infraestrutura suficiente não só no bairro, nem nas vias de acesso.
Fica o convite para tentar sair do bairro às 18h e ir para o Centro. Missão impossível!
O peruano Álvaro Vargas Llosa, um dos maiores estudiosos em liberalismo latinoamericano (filho de Mário Vargas Llosa, Prêmio Nobel de Literatura), fez uma declaração pertinente e propícia:
“Enquanto a América Latina está cada vez mais refém de líderes com ações ditatoriais, o Brasil se consolida como a democracia a ser seguida”
Ele tem razão. Apesar de todos os nossos problemas (principalmente a corrupção), não temos a caça a imprensa como na Argentina, nem as loucuras de Chávez ou Moralles.
Nessa, dona Dilma merece aplausos. Desvencilhando-se cada vez mais de Lula, ela também acerta na política internacional, corrigida pelos equívocos anteriores. Vargas Llosa também dissertou sobre isso, dizendo que:
“Lula mantinha uma infantil política internacional com Irã e Venezuela”.
Matou a pau. Penso como ele.
Leio no “Marca”, em matéria de Daniel Carmona (18/04, pg12), que o Palmeiras vai de “psicologia do bate-papo” para se superar, onde o psicólogo improvisado será o treinador Scolari. Mas olha que interessante: o clube não tem psicólogo, e a justificativa do gerente César Sampaio foi a seguinte:
“Quando você traz alguém que o grupo não quer, o ambiente pode até piorar. O jogador de futebol tem um jeito diferente de ver as cosias. Vai pensar: ‘quem é esse cara que não entra em campo para dizer o que eu vou fazer’? Não é uma rejeição, mas ele tem uma avaliação negativa num primeiro momento de alguém que vem de fora”.
E o que o Palmeiras está fazendo para tentar um “segundo momento”, o do aceite? Parece que nada… É o Profissionalismo do Improviso!
Minha filha Marina adora estar no jardim. Desde cedo brincávamos na grama, observávamos os bichinhos e sentíamos o perfume das flores. Hoje, ela foge de casa para brincar no meio do mato.
Pesquisa mostra: As crianças querem e precisam da Natureza! E faz muito bem. E elas só não podem fazer muito isso devido aos… próprios pais!
Extraído de: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI181493-15228,00-ELAS+QUEREM+ESTAR+NA+NATUREZA.html
ELAS QUEREM ESTAR NA NATUREZA
por Kátia Melo
Pesquisa mostra que as crianças desejam ter mais contato com os bichos e as plantas – mas a falta de tempo e a insegurança dos adultos as impedem
Pegar uma minhoca com as mãos pode ser nojento para alguns, mas não para a empresária paulista Tarsila de Souza Aranha, de 34 anos, e seus dois filhos – Theo, de 3, e Helena, de 6. Os três cuidam da horta caseira de onde saem, direto para a cozinha, maços de manjericão, alecrim e hortelã. Dentro de casa, Helena e Theo ajudaram a mãe a montar na sala “o cantinho da estação”, que muda a cada temporada. Nesta primavera, a decoração do cantinho consiste num tronco de árvore, três bonequinhas com flores, dois passarinhos de madeira e uma menina com uma borboleta.
Para Tarsila e seu marido, Lucas Weier Vargas, é muito importante que seus filhos estejam em constante contato com a natureza. A casa de veraneio da família fica em uma praia de Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo. Para chegar lá é preciso pegar um barco e depois fazer uma pequena caminhada. Nem o pequeno Theo escapa dela. “Na natureza, vale o que você é. As crianças aprendem a respeitar ao outro e a si mesmas”, diz Tarsila. Um estudo dos pesquisadores americanos Dorothy e Jeromy Singer, da Universidade Yale, sugere que Tarsila e seus filhos configuram quase uma exceção entre as famílias.
A pesquisa Criança e Natureza – realizada com 2.233 entrevistados, entre mães e filhos de 8 a 12 anos, em 11 países, incluindo o Brasil – concluiu que, apesar de haver uma grande expectativa de contato com a natureza na infância, ele raramente se realiza. Quarenta e cinco por cento das crianças disseram que aprendem mais sobre a natureza no vídeo, nos filmes e na televisão do que vivenciando. Tanto os pais como os filhos reconhecem a importância e os benefícios de atividades fora de casa: 99% dos adultos apontam isso, e 97% das crianças têm a mesma opinião. Brincar fora de casa, porém, é uma realidade cada vez mais distante da vida familiar em todo o planeta. Hoje, 50% da população mundial vive em cidades, segundo dados das Nações Unidas. A previsão é que esse número salte para 65% em 2030.
A rotina longe dos quintais, das praças, dos parques e das áreas rurais pode trazer consequências sérias na vida de uma criança. A mais fácil de entender é o sedentarismo, que leva à obesidade. No Brasil, a obesidade infantil atinge 15% das crianças, segundo índice divulgado no mês passado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metodologia. A deficiência de vitamina D em crianças que não se expõem ao sol também é relatada pelos estudiosos. “Seria bom se os pais desligassem a televisão e incentivassem seus filhos a brincar fora de casa. Apenas 15 ou 20 minutos por dia já seriam suficientes”, diz a médica Juhi Kumar, da Faculdade de Medicina Albert Einstein, de Nova York, que fez uma pesquisa sobre o assunto. Problemas visuais também podem afetar meninos e meninas s que passam a maior parte do tempo em ambientes fechados. Um levantamento feito entre 2003 e 2005 em 51 escolas da Austrália relata que as crianças com menos contato com a luz natural têm maior probabilidade de apresentar miopia. E não são apenas os aspectos físicos que preocupam. Pesquisadores da Universidade Cornell, em Nova York, chegaram à conclusão de que crianças em contato com a natureza sofrem menos ansiedade, menos depressão e têm mais autoestima. As que observam animais e plantas também têm chances menores de apresentar déficit de atenção e hiperatividade.
Os pesquisadores de Yale acham que a falta de interação com as árvores e os animais pode levar as crianças a ter uma percepção distorcida da realidade. “Há programas de televisão que exageram as forças da natureza”, diz Dorothy Singer. “Provocam medo nas crianças ao falar de tempestades, vulcões e terremotos que acontecem com menos frequência do que são mostrados.” Nunca ter visto animais da zona rural, como vacas e galinhas, está se tornando comum entre as novas gerações, afirmam os pesquisadores. Ana Paula de Assis, de 34 anos, pedagoga paulista, diz que sua filha Catherine, de 2, nunca viu uma galinha ou um cavalo. Catherine, assim como muitas crianças da pesquisa de Yale, conhece os bichos apenas pelos livros ou pela TV. Ana Paula diz que, apesar de a família morar em frente a um parque, eles raramente o frequentam. Ana Paula está amamentando uma bebê de 7 meses e diz que não sobra tempo para atividades fora de casa. A pesquisa de Yale constatou que a falta de tempo, a ausência de áreas abertas ou parques nas cidades e a preocupação com a segurança são as principais explicações dos pais para a falta de contato dos pequenos com a natureza.
É natural que os pais tenham medo. Crianças brincando longe dos adultos, em lugares ermos, estão sujeitas a riscos maiores do que correriam na sala de casa. Segundo Stephan R. Kellert, professor em Yale e autor de um livro sobre a conexão humana com a natureza, é bom que as crianças corram riscos – uma pesquisa britânica mostrou que 51% das crianças não tinham permissão dos pais para subir em árvores sem a presença dos adultos. Mas subir em árvores, correr, levar tombos e se machucar são experiências essenciais para aprender a se relacionar com o mundo. “A natureza nos ensina a resolver problemas”, diz Kellert. Como resolver, então, a escassez do contato com o mundo natural? Dorothy Singer aconselha os pais a estabelecer um conjunto de regras:
separar um tempo do dia para estar ao ar livre com as crianças, controlar mais rigidamente o uso de videogames e televisores;
participar com os filhos de passeios, acampamentos e caminhadas;
escolher programas de TV que sejam educativos com respeito à natureza e vê-los com as crianças;
os pais deveriam preparar excursões em que os aspectos da natureza mostrados na TV pudessem ser vistos de perto. “Talvez seja mais fácil para os pais deixar as crianças dentro de casa e acreditar que elas preferem ver TV a brincar na rua”, diz a psicóloga de Yale.
O pesquisador americano Richard Louv, presidente da ONG Children and Nature e autor do best-seller Last child in the woods (A última criança nas florestas), disse a ÉPOCA que é impossível cuidar do meio ambiente sem conhecê-lo. “Como podemos proteger algo que não sabemos identificar, que não aprendemos a amar?”, diz ele. Louv afirma que não é o caso de sermos nostálgicos e evocarmos os tempos em que as crianças sumiam de casa pela manhã e só chegavam no início da noite, sujas e exauridas. Ele fala que é preciso acharmos soluções práticas para a situação moderna.
Em países como Canadá, Inglaterra, Estados Unidos e Austrália, os pais se revezam para levar as crianças aos espaços abertos. Algumas atitudes simples como deitar no chão e contar nuvens podem levar as crianças ao mundo essencial do imaginário. “O importante é que as crianças tenham tempo para fantasiar. Na natureza, elas podem fazer isso”, diz Louv.
Os ônibus espaciais foram aposentados. Mas parece que os americanos irão ao espaço através de inventos da iniciativa privada. E ontem, uma foto impressionou pela boa qualidade: a foto do Discovery sendo transportado pelo Boeing da Nasa, onde ele está exatamente sobre o marco de Washington!
Simbolismo total!
Ditadores do século XXI: a Argentina estatiza a petrolífera YPF.
Os espanhóis da Repsol, donos da empresa, devem estar contente…
Com tal atitude, você investiria nos nossos hermanos?
Dona Cristina está dando um tiro no pé…
No último sábado, o Facebook se tornou o site mais acessado do país. Segundo uma pesquisa divulgada hoje (perdoem-me a falta de citação), a rede social Facebook foi visitada por 10,86% dos internautas, contra 10,85% do site buscador Google.
Enquanto isso, o Orkut definha e o Google+ engatinha. Sou usuário também do Google+, e é nítido que estão trabalhando ferozmente na ferramenta social. Mas, para popularizá-lo, levará muito tempo ainda…
Como explicar esse número: sem os radares eletrônicos desde a última semana, o número de acidentes em Campinas reduziu em 50%!
Na nossa vizinha cidade, o contrato da empresa que cuidava dos radares expirou, e para surpresa geral, há menos problemas no trânsito…
O que dizer?
Coisas inacreditáveis de Sílvio Berlusconi: uma cafetina interrogada sobre o caso de assédio sexual e festas com prostitutas, disse que o dirigente italiano gosta de fetiches sexuais com moças brasileiras. E, em especial, por uma ocasião, solicitou uma profissional do sexo vestida com a camisa do Flamengo e com máscara de Ronaldinho Gaúcho!
Aí não dá… eu não acredito, mas está no processo.
Durma-se com tal barulho. O que se sabia publicamente é que o ex-primeiro ministro promovia orgias sexuais, incluindo menores de idade, nas chamadas “festas bunga-bunga”. Mas com fantasia de R10, esquece!
Um número me assustou: em Alagoas, terra da família Collor há muito tempo, ¼ da população é analfabeta, segundo o IBGE. No Maranhão, terra dos Sarneys, pouco mais de 1/5 da população não sabe ler e escrever.
Todos são eternamente senadores, governadores, e quase proprietários dessa gente. O que fizeram por eles? Triste, não?
Como podemos admitir que um país seja considerado desenvolvido com um de seus estados da União com quase 25% (e outros do Nordeste beirando esse número)?
Aqui, o analfabeto é exclusivamente aquele que não sabe ler nem escrever. Se saber escrever o seu nome, já sai dessa conta. Na prática é analfabeto, mas na teoria é semi-alfabetizado.
Se a média do estado de Alagoas é de 24,3%, imagine a cidade com índice mais alto?
Será que as autoridades estão realmente preocupadas em resolver o assunto? Deixe seu comentário:
O que posso dizer da minha princesa Marina?

Saldo do Paulistão: equipes inativas por um longo período, devido ao formato das competições da FPF; clubes ioiô (subiram da A2 e caem da A1 no ano seguinte), falta de atletas revelados na competição, baixas rendas e desestruturação de equipes.
Desestruturação por quê? Veja só: em dezembro, a Portuguesa era chamada de “Barcelusa” (em alusão ao Barcelona). Ao término do Paulistão, a Lusa (que havia subido da B para a A do Nacional) foi rebaixada para a A2 do Estadual. Melhor que não tivesse existido Paulistão a ela.
Curiosamente, o Guarani, que não subiu no Brasileirão, se classificou para as oitavas. Vá entender…
E um fator positivo: nenhuma equipe usou o fator “salário” no regulamento. Quem atrasasse salários perderia pontos no torneio. Os 20 clubes devem estar em dia…
Boa sorte ao torneio, que para mim, começa de verdade agora. Digo isso com infelicidade, pois, vide a derradeira rodada para o meu glorioso Galo da Terra da Uva… Não classificou-se para a série D e vai ter que esperar a Copa Paulista.
Triste, mas real: alunos da FFLCH (faculdade de filosofia, letras e ciências humanas) da USP promoverão um evento em louvor às drogas, onde fumarão orégano em alusão à maconha. Se chamará “Semana do baseado”, onde se discutirá a liberação de entorpecentes.
Com tanta coisa mais importante a se fazer, com tanto doente viciado em drogas e com tanta família desestruturada por elas, a troco de quê esses maconheiros se acham acima do bem e do mal?
Lamentável.
Coisas que os políticos não dizem: Sarney vive em Brasília, tem seu curral eleitoral no Maranhão e já se elegeu pelo Amapá. Mas quando fica doente, vem se tratar no Sírio Libanês, em São Paulo.
Ora, com tanto tempo na Política e a frente de pastas executivas, por que não construiu hospitais de excelência nessas localidades?
Neste final de semana, o senador sofreu um mal estar e veio se tratar aqui. Não existe hospital de boa qualidade na capital do país?
Com todo respeito, mas são incoerências revoltantes!
Vejam só: o ECAD divulgou os números de recebimentos dos direitos autorais das canções internacionais executadas. E sabe quem lidera a lista aqui no nosso país?
The Beatles!
Pois é. Depois de tanto tempo, eles ainda são o número 1, seguidos por Lady Gaga, Michael Jackson, Justin Bieber e U2.
Alô, universitários! Falta boa mão de obra no Brasil!
Compartilho interessante matéria sobre a importação de profissionais para trabalharem em nosso país, pelo simples motivo da falta de mão-de-obra-qualificada!
Sobram vagas para gente competente no Brasil. Abaixo:
Extraído de: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI217544-15259,00-VAMOS+ABRIR+O+BRASIL.html
VAMOS ABRIR O BRASIL
por Marcos Coronato, Keila Cândido e Murilo Ramos
País cresce e precisa de mais profissionais do que consegue formar. Outras nações também sofrem com falta de pessoal. Por que deveríamos entrar nessa briga por cérebros
Os ingênuos costumam crer que os números formem uma linguagem universal e objetiva. Os contadores sabem que não é bem assim – números, como palavras, podem confundir mais do que esclarecer. Por isso, os executivos da Whirlpool, empresa que fabrica os eletrodomésticos Brastemp e Consul, vêm se dedicando a fazer todas as suas contas da mesma forma, nos mais de 40 países em que tem sedes. No Brasil, parte do trabalho de padronizar as contas da Whirlpool está a cargo do executivo Robert Gisewite, um americano “importado” em 2010. O episódio pode ser visto de duas formas. Uma seria questionar: por que trazer um estrangeiro para ocupar uma vaga que poderia estar com um brasileiro? A outra seria comemorar: afinal, dezenas de brasileiros, incluindo jovens executivos de finanças, ganharam a oportunidade de crescer e aprender com um profissional assim.
Cada um desses brasileiros será enriquecido pelo convívio e se tornará mais valioso para a Whirlpool, para outras empresas em que eles venham a trabalhar e para negócios próprios que venham a abrir no futuro. A única coisa a lamentar é que casos assim não sejam mais comuns no Brasil.
Embora gostemos de pensar em nós mesmos como uma nação aberta e hospitaleira, 0,5% de nossa população é de imigrantes legais, muito menos que os 2% do Chile e os 4% da Argentina e dos Estados Unidos. E certamente bem menos que os 18% de estrangeiros da população do Canadá e os 25% na Austrália, os países que mais atraem forasteiros no mundo. Mesmo se considerarmos apenas os imigrantes com alta qualificação, que chegam ao país de destino na maioria das vezes já empregados, o Brasil pouco se integra ao resto do planeta. Entre 1999 e 2009, caiu a participação desses estrangeiros no mercado formal de trabalho. É fato que o país se tornou mais atraente para os estrangeiros nos últimos anos, e eles cresceram em números absolutos – as histórias apresentadas nestas páginas ilustram isso. Mesmo assim, a falta de empenho do governo e das empresas em atrair estrangeiros e nossa nada desprezível burocracia diante dos que querem ingressar no Brasil nos classificam como um país fechado. Entre 30 grandes países, ficamos apenas na 23ª posição em abertura e mobilidade de profissionais, atrás de outras nações em desenvolvimento, como Argentina, México e Índia. O Canadá é o campeão nesse quesito, segundo a avaliação feita pela consultoria Heidrick & Struggles e pela área de pesquisa da revista britânica The Economist.
Trata-se de um mau negócio para todo brasileiro. À medida que a economia cresce, precisa de mais gente com formação boa o bastante para entrar no mercado de trabalho e assumir responsabilidades rapidamente, para atuar numa nova loja, num escritório em expansão, numa obra em andamento. Ora, não são os brasileiros que devem preencher essas vagas? Sim, são. O problema é que não há brasileiros bem preparados em número suficiente. No longo prazo, a única solução é formar nossa gente: dar a muito mais pessoas uma educação muito melhor. Mas isso é no longo prazo. Enquanto isso não chega, precisamos aproveitar o momento animador da economia (que não vai durar para sempre).
Para quem acaba de conseguir ou está a ponto de obter um emprego novo, uma promoção ou um aumento, essa preocupação pode soar exagerada. Não é. Os empregos, promoções e aumentos do resto da década correm o risco de ser comprometidos por queda de produtividade, perda de oportunidades de negócios e alta da inflação – desequilíbrios que se ampliam com a falta de gente qualificada.
O desencontro entre o tipo de profissional que as companhias precisam e os profissionais que chegam ao mercado já tem consequências. Em diversos estudos, cerca de dois terços das companhias no Brasil relatam dificuldade para contratar, ante menos da metade das chinesas e menos de um quinto das indianas. Uma pesquisa feita pela IBM em 2010 mostrou que, enquanto as empresas no resto do mundo se preocupam principalmente com transformações em andamento em seus mercados, o que as brasileiras mais temem neste momento é a escassez de pessoal qualificado (embora esse temor ocorra, em diferentes graus, no mundo todo, como veremos adiante). “O processo de recrutamento e seleção ficou mais longo, para conseguirmos encontrar quem precisamos”, diz Alexandre Garcia, diretor de Recursos Humanos da Whirlpool.
Embora o país abra muitos postos de trabalho (deverá ser mais de 1,5 milhão neste ano), subiram as exigências para preenchê-los. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Economia (Confea) calcula haver demanda por 20 mil engenheiros extras a cada ano. Apenas um em cada 50 formandos no Brasil é dessa área, proporção muito inferior à de um em 20 do México ou um em quatro da Coreia do Sul. O país forma anualmente menos de 40 mil engenheiros, porque os jovens se acotovelam em outras carreiras com menor demanda e pior remuneração média – daí chegarem ao mercado anualmente 20 mil bacharéis em humanidades e artes e mais de 10 mil psicólogos.
Também temos poucos economistas, matemáticos, físicos, geólogos e técnicos em geral – supervisores de obras, operadores de máquinas, laboratoristas, mecânicos e eletricistas. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) prevê que, a partir de 2014, a maior parte da demanda será por técnicos com qualificação mais demorada, acima de 200 horas de treinamento. “Não falta gente, mas falta gente qualificada. O problema é generalizado, mas mais agudo no nível técnico profissionalizante e em alguns setores, como construção, turismo e petróleo”, diz Christian Orglmeister, do Boston Consulting Group (BCG), que vem estudando o trânsito internacional de profissionais. “É insustentável o ritmo de investimento da infraestrutura, da logística e da produção se continuarmos com esse ritmo com que estamos formando”, afirmou recentemente o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. A dificuldade para achar pessoas bem preparadas pode ser percebida também por famílias e microempresas que procuram prestadores de serviços diversos, de limpeza, manutenção e reparos.
Nesse cenário de escassez imediata, uma solução para o futuro próximo seria o Brasil adotar uma política ativa para tentar atrair profissionais estrangeiros naqueles setores em que há maior falta de mão de obra qualificada. Trata-se de avançar até o ponto em que outros países já estão faz tempo. Eles têm – e ao Brasil falta – um conjunto de leis e regras que se pode chamar de “política de imigração”. Aqui, as permissões ou negativas de entrada de estrangeiros são decididas pontualmente, com base em pedidos de empresas e em razões políticas, sociais e humanitárias. Só que a falta de gente capacitada sentida agora não é um problema brasileiro – é uma preocupação global, que provoca uma disputa internacional pelos melhores cérebros. O Canadá já se antecipava a ela em 1981, quando o Departamento de Emprego e Imigração produzia uma obra-prima de pragmatismo: “A não ser que seja corrigida por meio de políticas governamentais adequadas, a falta de mão de obra poderá ter impacto negativo em emprego, produtividade e inflação”. Em seguida, sugeria que fossem admitidos de 20 mil a 25 mil “trabalhadores selecionados” para atender às demandas que não pudessem ser resolvidas com o treinamento de canadenses.
Esse medo ressurge com força, nas economias mais importantes do mundo, pela confluência do envelhecimento das populações dos países ricos com o forte crescimento econômico dos países em desenvolvimento. Nos próximos anos, quando os Estados Unidos e a Europa voltarem a crescer, a situação vai piorar. “A economia global se aproxima de um choque demográfico em escala não observada desde a Idade Média. Numerosas organizações serão incapazes de encontrar empregados suficientes em seus países de origem para sustentar a lucratividade e o crescimento”, afirma o relatório Estimulando economias pelo incentivo à mobilidade de talentos, do Fórum Econômico Mundial e do BCG. Por isso, países como Estados Unidos, China, Cingapura, Malásia e Austrália vêm modificando suas políticas de imigração. Ao mesmo tempo que restringem a entrada de estrangeiros menos instruídos, tentam atrair estudantes promissores e adultos capazes de criar riqueza (leia no mapa abaixo). O Brasil não tem o dinheiro dos Estados Unidos e da China nem a qualidade de vida da Austrália e do Canadá para atrair esses cérebros. Mas pode-se fazer muita coisa. Algumas das sugestões de empresas e consultorias especializadas são:
· reforçar a “marca Brasil”, aproveitando um momento em que o país é bem-visto. Profissionais talentosos em outros países deveriam associar o Brasil a crescimento e oportunidades, e não somente a uma aposentadoria tranquila à beira-mar;
· fechar mais acordos com outros países para facilitar o trânsito de profissionais e o reconhecimento da formação do estrangeiro, quando ela for de boa qualidade;
· criar uma categoria de visto de trabalho expresso, com um mínimo de burocracia, para trabalhadores altamente qualificados;
· facilitar o envio de recursos para a família no exterior e a transferência para o Brasil de benefícios e pensões que o estrangeiro receba em seu país de origem;
· incentivar ambientes tolerantes, abertos, multiculturais.
O tema é delicado. Atrair estrangeiros é uma estratégia que desperta receios em populações e políticos em todos os países, principalmente nas economias mais maduras, que geram menos emprego. De carona na crise econômica mais recente, a xenofobia também recrudesceu. Felizmente, há muitos estudos sobre o tema, em parte porque vários países tentam entender o que deu tão certo em países como Canadá e Austrália, que atraem não só muitos imigrantes, mas também os mais bem qualificados do mundo; e o que deu errado em casos como os da França e da Alemanha, onde muitos filhos de imigrantes não conseguem se integrar à sociedade e à economia. As pesquisas já descobriram fatos que seriam úteis para o Brasil.
Na União Europeia, calcula-se que um aumento de 10% no número de imigrantes de um país reduza o nível de emprego dos nativos da mesma faixa educacional em até 0,7%. O maior especialista em imigração nos Estados Unidos, o economista cubano George Borjas, professor da Universidade Harvard, afirma que a concorrência de estrangeiros pode, sim, reduzir salários em seus respectivos níveis de formação. Um aumento de 10% na quantidade de estrangeiros com doutorado reduziria os salários desse nível de qualificação em 3%. A resposta veio de outro imigrante, o economista italiano Giovanni Peri, da Universidade da Califórnia. Ele constatou que a chegada de estrangeiros bem qualificados a uma região aumenta localmente o nível de emprego e, entre os mais instruídos, eleva também os salários. Segundo Peri, muitos estrangeiros assumiriam funções complementares às dos nativos e aumentariam a produtividade e a riqueza disponível para todos.
Na Austrália, constatou-se que os filhos de imigrantes não falantes de inglês – oriundos de países asiáticos, na maioria – vêm conseguindo notas médias melhores que todas as outras crianças. No Canadá, descobriu-se que um aumento de 10% no número de imigrantes de um determinado país é seguido por um crescimento no comércio exterior com aquele país em até 3%. Um relatório da ONU de 2009, chamado Superando barreiras: mobilidade humana e desenvolvimento, concluiu que o trânsito aberto de profissionais beneficia o país de origem e o país de destino (contanto que nenhum dos dois seja miserável). Isso ocorreria porque, diante da maior intensidade de imigração e emigração, crescem nos países envolvidos a busca e a cobrança por educação de melhor qualidade. Todos se preparam melhor, mesmo que apenas uma minoria chegue algum dia a sair de seu país ou a enfrentar diretamente competidores estrangeiros. “Administrar esse assunto é um desafio. Os estrangeiros disputam vagas com os brasileiros, sim, mas também trazem novos conhecimentos para o mercado”, diz a cientista social Maria Tereza Fleury, diretora da escola de administração da FGV e especialista em atuação internacional de empresas. “Historicamente, a imigração teve para o Brasil mais consequências positivas. Esses benefícios já ocorreram com a agricultura, com a indústria e agora começam a acontecer com serviços e tecnologia.”
Essa não devia ser uma questão controversa. Os Estados Unidos construíram seu caminho de superpotência com diversas levas de imigrantes – desde a aceitação indiferenciada de “pobres, cansados, rejeitados” de que fala a inscrição da Estátua da Liberdade, em Nova York, até a política de atração de gênios durante a Segunda Guerra Mundial que lhes deu a chave da energia nuclear. Israel, um país que compete como nação de primeira grandeza no mundo da tecnologia, foi formado por levas de imigrantes do mundo todo. Na própria história do Brasil há exemplos de explosão empreendedora a partir das massas de imigrantes no início do século passado. O mundo de hoje – empresas e países – vive uma era de guerra por talentos, gente capaz de inovar, inspirar, implementar. Está mais que na hora de o Brasil alistar exércitos para essa guerra. Venham de onde vierem.
Fiquei surpreso.
O amigo e excepcional radialista Adilson Freddo não está mais na Rádio Cidade AM. O “Time Forte do Esporte”, como a equipe do Adilson ficou conhecida, saiu da emissora.
Certamente, levará a sua forte audiência para onde for. E que volte logo!
Tudo bem, meu tempo livre aos domingos é curto, mas hoje terei uma dedicação especial: passarei a tarde (que é a minha folga) curtindo minha esposa, minha filha e minha afilhadinha que tanto amo! Afinal, padrinho é ser segundo pai!
A Ana Luiza é um doce, como amo esta menininha linda! Para a Marina, ela é sua prima-irmã ao pé da letra! E tem mais: hoje é Aniversário de 6 anos de Batismo dela!!!
O Domingão será de bagunça de nós quatro.
Iupi! Fui, volto só amanhã!
Como o Paulistão terá a sua última rodada neste domingo, todos os jogos estão marcados para o mesmo horário. Sendo assim, ontem, espaço total para jogos do Campeonato Espanhol na mídia. E, claro, destaque para Barcelona e Real Madrid.
Como eles estão sobrando no torneio, não? Quase o dobro de pontos do 3º colocado, Cristiano Ronaldo e Messi com média próxima a 1 gol por jogo (incrível) e jogam por música. Parece que ganham o jogo na hora que quiserem.
É verdade que tomaram um susto ontem, pois suas vitórias vieram de viradas. Mas, do resto, nada de anormal.
E se a dupla Barça e Madrid jogasse no Campeonato Inglês?
Provavelmente, também estariam na frente, mas nada de disparar na tabela e nem com esses monstruosos números de Messi e Cristiano Ronaldo. Idem se estivessem no Brasileirão.
Na verdade, o Espanhol parece um Paulistão com mais grana: respeitosamente, mas Gijón seria maior que o Guarani? Claro que não. O Rayo Valecano tem mais importância (e futebol) que a Ponte Preta? Ou ainda o Levante seria mais representativo do que o Paulista de Jundiaí?
Time fraco existe em todo lugar. A verdade é que o Campeonato Espanhol tem 2 times bons e alguns poucos medianos. O resto é ruim. Idem no Paulistão: 4 grandes e o restante nivelado.
E sobre o Campeonato Paulista: tanto jogo para chegarmos à rodada derradeira com os principais clubes já classificados e os demais como figurantes. Sem contar a média de público…
Trocando em miúdos: emoção somente no rebaixamento e na luta pela vaga na série D no Brasileiro.
Quer prova disso? Responda rápido: quais as grandes revelações do Campeonato Paulista?
.
…
Demorou para responder…
Amigos, compartilho ótimo material a respeito do pior dos níveis de ensino no Brasil: o Ensino Médio.
De 9,4 milhões de jovens entre 14 e 17 anos, 1 milhão está fora da escola.
Dos que estudam, 49,8% não concluem o Ensino Médio.
Daquele que concluem, apenas 10% tem desempenho verdadeiramente aceitável.
Estarrecedor!
Extraído de: http://is.gd/g37aX8
ENSINO MÉDIO: A PIOR FASE DA EDUCAÇÃO DO BRASIL
Por Cinthia Rodrigues
Há duas avaliações possíveis em relação à educação brasileira em geral. Pode-se ressaltar os problemas apontados nos testes nacionais e a má colocação do País nos principais rankings internacionais ou olhar pelo lado positivo, de que o acesso à escola está perto da universalização e a comparação de índices de qualidade dos últimos anos aponta uma trajetória de melhora. Já sobre o ensino médio, não há opção: os dados de abandono são alarmantes e não há avanço na qualidade na última década. Para entender por que a maioria dos jovens brasileiros entra nesta etapa escolar, mas apenas metade permanece até o fim e uma pequena minoria realmente aprende o que deveria, o iG Educação apresenta esta semana uma serie de reportagens sobre o fracasso do ensino médio.
O problema é antigo, mas torna-se mais grave e urgente. As tecnologias reduziram os postos de trabalho mecânicos e aumentaram a exigência mínima intelectual para os empregos. A chance de um jovem sem ensino médio ser excluído na sociedade atual é muito maior do que há uma década, por exemplo. “Meus pais só fizeram até a 5ª série, mas eram profissionais bem colocados no mercado. Hoje teriam pouquíssimas e péssimas chances”, resume Wanda Engel, superintendente do Instituto Unibanco, voltado para pesquisas educacionais.
Ao mesmo tempo, a abundância de jovens no País está com tempo contado, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O Brasil entrou em um momento único na história de cada País em que há mais adultos do que crianças e idosos. Os especialistas chamam o fenômeno de bônus demográfico, pelo benefício que traz para a economia. Para os educadores, isso significa que daqui para frente haverá menos crianças e adolescentes para educar.
“É agora ou nunca”, diz a doutoranda em Educação e presidente do Centro de Estudos e Memória da Juventude, Fabiana Costa. “A fase do ensino médio é crucial para ganhar ou perder a geração. Ali são apresentadas várias experiências aos adolescentes. Ele pode se tornar um ótimo cidadão pelas décadas de vida produtiva que tem pela frente ou cair na marginalidade”, afirma.
HISTÓRIA DESFAVORÁVEL
O problema do ensino médio é mais grave do que o do fundamental porque até pouco tempo – e para muitos até agora – a etapa não era vista como essencial. A média de escolaridade dos adultos no Brasil ainda é de 7,8 anos e só em 2009 a constituição foi alterada para tornar obrigatórios 14 anos de estudo, somando aos nove do ensino fundamental, dois do infantil e três do médio. O prazo para a universalização dessa obrigatoriedade é 2016.
Por isso, governo, ONGs e acadêmicos ainda concentram os esforços nas crianças. A expectativa era de que os pequenos bem formados fizessem uma escola melhor quando chegassem à adolescência, mas a melhoria no fundamental não tem se refletido no médio.
Para o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, a questão envolve dinheiro. Quando o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) foi criado, em 1996, repassava a Estados e municípios verba conforme o número de matrículas só naquela etapa. “O dinheiro não era suficiente para investir em tudo e foi preciso escolher alguma coisa”, diz o especialista.
A correção foi feita em 2007, quando o “F “da sigla foi trocado por um “B”, de Educação Básica, e os repasses de verba passaram a valer também para o ensino médio. “Só que aí, as escolas para este público já estavam sucateadas”, lamenta Cara.
A diferença é percebida pelos estudantes. Douglas Henrique da Silva, de 16 anos, estudava na municipal Guiomar Cabral, em Pirituba, zona oeste de São Paulo, até o ano passado quando se formou no 9º ano. Conta que frequentava a sala de informática uma vez por semana e o laboratório de ciências pelo menos uma vez por mês.
Em 2010, no 1º ano do ensino médio, conseguiu vaga na escola estadual Cândido Gomide, que fica exatamente em frente à anterior. Só pelos muros de uma e outra, qualquer pessoa que passa por ali já pode notar alguma diferença de estrutura, mas os colegas veteranos de Douglas contam que ele vai perceber na prática uma mudança maior.
“Aqui nunca usam os computadores e não tem laboratório de ciências”, afirma Wilton Garrido Medeiros, de 19 anos, que também estranhou a perda de equipamentos quando saiu de uma escola municipal de Guarulhos, onde estudou até 2009. Agora começa o 2º ano na estadual de Pirituba, desanimado: “Lá também tinha mais professor, aqui muitos faltam e ninguém se dedica.”
Até a disponibilidade de indicadores de qualidade do ensino médio é precária. Enquanto todos os alunos do fundamental são avaliados individualmente pela Prova Brasil desde 2005, o ensino médio continua sendo avaliado por amostragem, o que impossibilita a implantação e o acompanhamento de metas por escola e aluno e um bom planejamento do aprendizado.
A amostra, no entanto, é suficiente para produzir o Índice da Educação Básica (Ideb), em que a etapa é a que tem pior conceito das avaliadas pelo Ministério da Educação. Foi assim desde a primeira edição em 2005, quando o ensino médio ficou com nota 3,4; a 8ª série, 3,5; e a 4ª série, 3,8; em uma escala de zero a 10. Se no ensino fundamental ocorreu uma melhora e em 2009 o conceito subiu, respectivamente, para 4 e 4,6, os adolescentes do ensino médio não conseguiram passar de 3,6.
“A etapa falha na escolha do conteúdo, que não é atrativo para o estudante, e também não consegue êxito no ensino do que se propõe a ensinar”, diz Mateus Prado, presidente do Instituto Henfil e colunista do iG que escreverá artigos especialmente para esta série, que durante os próximos dias conduzirá o leitor a conhecer o tamanho do problema e refletir sobre possíveis soluções.
A Folha de São Paulo deste domingo, pg D6-D7, na matéria de Rodrigo Mattos, trouxe uma informação curiosa: Marco Polo Del Nero, presidente da FPF e um dos vices da FIFA (e que luta com todas as forças para o sucesso da Copa do Mundo no Brasil), juntamente com Bruno Balsimelli (da BWA), está envolvido diretamente na administração dos estádios no Mundial.
Ora, estaria realizando funções com incompatibilidade moral / financeira? Lutaria em benéfico próprio?
Tire suas conclusões:
DUPLA FUNÇÃO
Marco Polo Del Nero, novo membro da Fifa e mais influente cartola junto à presidência da CBF, tem um escritório de advocacia que defende uma empresa em ação judicial na disputa pelo controle de estádio da Copa-2014.
O dirigente foi nomeado no final de março para o Comitê-Executivo da Fifa. Na ocasião, a entidade determinou que todos os membros fariam parte de seu grupo para “tomar decisões”, “monitorar” e “organizar” o Mundial.
Ou seja, ele participa de fórum que decide sobre aspectos dos estádios da Copa.
Um mês antes da nomeação do dirigente à Fifa, seu filho, Marco Polo Del Nero Filho, e Paulo Sérgio Feuz, ambos advogados de seu escritório, pediram medida cautelar para o grupo BWA contra a Galvão Engenharia em disputa pela Arena Castelão, sede do Mundial em Fortaleza.
Questionavam a exclusão da empresa do consórcio para gerir o estádio.
Em seu artigo 5º, o Código de Ética da Fifa prevê que seus dirigentes têm que evitar conflitos de interesses entre suas funções na entidade e seus negócios privados.
A relação de Marco Polo com a BWA vai além da ação do Castelão. A empresa diz usar os serviços do escritório do dirigente desde 1998.
“Por que contratei [o escritório de Del Nero]? Gozado. Tenho todos os recibos desde 98 de que pago o escritório. Ele me dá manutenção preventiva. Ele que faz todos os meus contratos. Ele que faz todos os meus negócios jurídicos”, contou Bruno Balsimelli, sócio da BWA.
Ele não revelou quanto paga, mas diz que dá valores extras em casos grandes.
Se Marco Polo, o advogado, tem a BWA como sua cliente. Marco Polo, o cartola, contratou a empresa para prestar serviços para a FPF (Federação Paulista de futebol), entidade que preside.
Foi a BWA a escolhida desde 2007 para fazer o cadastramento das torcidas organizadas no Estado. Após uma interrupção no serviço, a federação fez contrato mais recente, no mês passado, com a empresa, por R$ 14 mil/mês.
“Aqui não há necessidade de fazer licitação. Aqui é uma empresa privada. A gente contrata quem a gente confia. Decisão da presidência”, contou Marcos Marinho, chefe do departamento segurança da federação.
Outro diretor da entidade, no departamento jurídico, é justamente Paulo Sérgio Feuz, o advogado que representa a BWA no processo judicial da Arena Castelão.
Nessa ação, ele obteve uma liminar para que a empresa reassumisse a gestão do estádio, mas a medida foi anulada em seguida pela Justiça.
A BWA, no entanto, disse que já retirou a ação e que chegou a um acordo com a Galvão Engenharia -isso não está registrado no tribunal.
Segundo Balsimelli, a empresa assumirá a gestão do estádio como previsto.
“A ação já foi retirada. Já foi encerrado esse caso”, explicou Balsimelli.
“A Galvão vai embora em outubro, e nós vamos assumir definitivamente lá [no Castelão]”
A Galvão Engenharia não quis se pronunciar. É ela quem faz, de fato, a reforma do estádio de Fortaleza.
Juntamente com a BWA e outras empresas, a Galvão ganhou licitação do Estado do Ceará para, por meio de Parceria Público-Privada, construir, gerir e manter a arena.
“É uma briga judicial entre as duas partes. O governo não tem nada com isso. Para nós, é indiferente”, afirmou o secretário de Esporte do Ceará, Ferrucio Feitosa, sobre a disputa judicial e a participação de um cartola da Fifa nela.
Fifa afirma não ter relação com o caso
A entidade não comentou a atuação de Marco Polo Del Nero na ação do Castelão. “Mas a Fifa não está envolvida na propriedade dos estádios, nem na sua operação [após a Copa]“, alegou. Assim, exime o cartola de possível quebra do seu código de ética por conflito de interesse.
Os portugueses do grupo de comunicação Ongoing estão com tudo no Brasil. Primeiro, compraram o “O DIA”. Depois, lançaram o jornal “Brasil Econômico” (um diário de economia na cor rosa). Agora, compraram o IG.
Dessa forma, o mercado de audiência nos Portais da Internet ficou da seguinte forma (em número de acessos):
1-UOL
2-GLOBO
3-TERRA
4-R7
5-IG
Será que a entrada do grupo mudará esse posicionamento?
O deputado federal Chico Alencar, do PSOL-RJ, foi perfeito no seu artigo publicado hoje pela Folha de São Paulo (pg 3) sobre a FIFA e a Copa. Disse que o futebol se transforma “de caixinha de surpresas para caixa-registradora”.
Ainda, fala sobre as “zonas de exclusão” nas quais a FIFA atuará e se beneficiará, contrariando interesses do país. Abaixo:
ESTADO FUTEBOLÍSTICO DE EXCEÇÃO
por Chico Alencar, do PSOL-RJ
O manifesto dos tenentes rebelados em São Paulo, em 1924, denunciava: “O Brasil está reduzido a verdadeiras satrapias, desconhecendo-se completamente o merecimento dos homens e estabelecendo-se como condição primordial, para o acesso às posições de evidência, o servilismo contumaz”.
Passados 88 anos, um anacrônico servilismo emoldura as iniciativas nas 12 cidades-sede da Copa de 2014 e nas alterações legais que o Congresso Nacional está votando para receber o megaevento.
Sobra subserviência, falta transparência: os compromissos do governo com a Fifa, assinados em 2007, seguem cercados de mistério. As informações sobre gastos e etapas das obras, nos portais oficiais, são contraditórias e incompletas.
O processo de remoção de moradias, que pode afetar 170 mil pessoas, desrespeita o princípio do “chave por chave”, que diz que ninguém pode ser despejado de sua casa sem receber outra, próxima e melhor.
O projeto da Lei Geral da Copa – bem mais do que uma “lei do copo de cerveja” nas partidas – transforma o Brasil em protetorado de interesses mercantis.
Ele “expulsa de campo” a legislação nacional que regula concorrência, patentes, direitos do consumidor, transmissões esportivas, gastos orçamentários, publicidade, punição a delitos e até calendário escolar. A lei das licitações já fora “escanteada” pelo Regime Diferenciado de Contratações. Uma entidade privada internacional impõe legislação excepcional, garantindo isenções fiscais a mais de mil produtos!
O projeto aprovado na Câmara assegura megaprivilégios à Fifa. O Inpi vira um “cartório particular”, com regime especial para pedidos de registro de “marcas de alto renome” apresentadas pela entidade.
Libera-se uma associação suíça de direito privado do pagamento de custos e emolumentos exigidos a todos que requerem registro de marca no Brasil. Trata-se de uma renúncia fiscal longa e onerosa!
O projeto afronta até um preceito defendido pelos liberais de todos os matizes: o da livre iniciativa.
Isto é evidenciado ao se “assegurar à Fifa e às pessoas por ela indicadas a autorização para, com exclusividade, divulgar suas marcas, distribuir, vender, dar publicidade ou realizar propaganda de produtos e serviços, bem como outras atividades promocionais ou de comércio de rua, nos locais oficiais de competição, nas suas imediações e principais vias de acesso”.
Prevê-se também que será objeto de sanções -como prisão de três meses a um ano- a “oferta de provas de comida ou bebida, distribuição de panfletos ou outros materiais promocionais (…), inclusive em automóveis, nos locais oficiais de competição, em suas principais vias de acesso ou em lugares que sejam claramente visíveis a partir daqueles”.
O “Estado Futebolístico de Exceção” cria suas “zonas de exclusão”.
A União fica também obrigada a disponibilizar, sem quaisquer custos para a Fifa, “a segurança, serviços de saúde, vigilância sanitária e alfândega e imigração”.
Além de disponibilizar gratuitamente todos esses serviços para um evento privado, o Brasil também se responsabiliza por quaisquer acidentes que venham a ocorrer.
A Fifa, que ganhou na África do Sul mais de R$ 7,2 bilhões só com radiodifusão e marketing, “marca sob pressão” as nossas autoridades. Em 2011, já faturou R$ 1,67 bilhão com vendas vinculadas à Copa de 2014. Medidas provisórias poderão ser editadas “na prorrogação” para garantir os resultados esperados.
No lugar de caixinha de surpresas, o futebol se transforma em um instrumento para nutrir a caixa-registradora da Fifa e dos seus sócios.
O Evangelho de hoje traz a leitura de São João, onde Tomé duvidava da Ressurreição. Disse Jesus:
“Você acreditou porque viu. Felizes os que creem ser ter visto”.
Aí, vem a discussão da “Fé X Ciência” e do “Acreditar na Conveniência”.
Ciência não é incompatível com a fé. Juntas, elas explicam a maravilha da Criação pelos conhecimentos do homem e pela sabedoria do coração. O problema é quando cremos e vivemos isso somente quando nos convém…
Acho que o pé gelado sou eu. Sentei no sofá para assistir a largada da corrida desta madrugada, e o Galvão Bueno começou “para o Massa, o campeonato começa hoje”. Xiiii.
Felipe Massa, fora as 3 equipes que não saem do 21-26º lugar, é o único piloto que não pontuou até agora. Acho que sua batata está assando.
Saí um pouco, voltei, e o Hamilton passou o Massa. Na sequência, Maldonado passou Senna. Depois, Webber também passou Massa. Ô louco…
Meno-male que Senna acabou em 7º, mas está difícil torcer.
Perez e Maldonado, aliás, são um show a parte. Correm como nunca, mas dão cada trombada!
Detalhe para Shangai: meu cunhado está lá e disse que a névoa que víamos na corrida nada mais é do que… poluição! É mole?
Outro detalhe: perceberam que os pilotos não tuitam de lá? Na China, Twitter e Facebook nem pensar. O Partido comunista não deixa, e olha que o Zuckemberg, depois de comprar o Instagram, passou por lá para passear.
Por fim: parabéns à Mercedes. Ué: ganhou a corrida com sua escuderia, e colocou em 2º e 3º lugares dois carros com seus motores.
O que você acha disso: o cara mora na cidade, aluga uma chácara e se acha o dono do pedaço?
Imbecis que assim procedem costumam fazer o seguinte roteiro:
– tocam som alto a tarde inteira (não importa se é de dia, a Lei não restringe bom comportamento somente após as 22h, como muitos pensam, mas o dia todo!);
– Passam os momentos na chácara gritando “uh-uh”;
– emendam a tarde com a noite no mesmo ritmo;
– esquecem que tem vizinhos e aumentam o som na madrugada;
– tocam funk, reggae, rap e tecnobrega;
– dançam até cair pois estão embriagados;
– perdem a noção do ridículo;
– brigam entre si, pois os “feios” invocam com qualquer coisa;
– saem à rua e ficam na calçada como se fossem proprietários dela;
– adoram fazer gracinha pelo seu estado.
Muita idiotice? Que nada! Os ignorantes que passaram a noite na Chácara Piloto, meus vizinhos, fizeram isso tranquilamente nesse sábado / domingo. E nem dão bola se atrapalham os outros, se os vizinhos estão incomodados ou se cantar Michel Teló as 4:00h da manhã no último volume é inconveniente. Acreditam que se alugam uma chácara podem fazer o que bem entender.
Os outros?
Que se danem, ué. Folgados pensam assim.
Gente má educada é isso. Faz o que der na telha e o respeito ao próximo que se exploda!
Mas de hoje não passa… A chácara tem alvará para esse tipo de serviço? É permitido o som a tal hora? E outras coisas mais…
Quem pintou o céu de rosa?
Fim de treino, tudo redondo: das 5h às 6h da matina, trote de 10 k , 1000 calorias, presenteado por esse lindo alvorecer de domingo!

Bom dia a todos, inspirado na beleza do Criador!
A Folha de São Paulo deu um exemplo de democracia: nesta segunda-feira, divulgou em “Tendências/Debates” um artigo do senador carioca Marcelo Crivella, intitulado “Eclipse Jornalística”, detonando o Jornal, dizendo que ele é perseguido por ser sobrinho de Edir Macedo, evangélico, Ministro da Pesca, e outras coisas.
Na verdade, colunistas da Folha criticaram a escolha de Crivella ao Ministério da Pesca, coisa que o Brasil inteiro fez e por motivos óbvios. No entanto, a própria Folha teve coragem de publicar a mágoa do senador.
Parabéns ao Grupo Folha.
Há 90 anos, o brilhante escritor Lima Barreto (quem nunca leu a brilhante obra “Triste Fim de Policarpo Quaresma”?) escrevia sobre algo perfeito dos dias atuais: a briga entre Torcedores de Futebol!
Incrível, parece atual, mas foi escrito em 1922! Extraído do Blog do Paulinho (blogdopaulinho.net), de onde li esse belo texto:
FOOT-BALL (Da revista “CARETA”, em 1922)
Por Lima Barreto
Não é possível deixar de falar no tal esporte que dizem ser bretão.
Todo dia e toda a hora ele enche o noticiário dos jornais com notas de malefícios, e mais do que isto, de assassinatos.
Não é possível que as autoridades públicas não vejam semelhante cousa.
O Rio de Janeiro é uma cidade civilizada e não pode estar entregue a certa malta de desordeiros que se querem intitular sportmen.
Os apostadores de brigas de galos portam-se melhor. Entre eles, não há questões, nem rolos.
As apostas correm em paz e a polícia não tem que fazer com elas; entretanto, os tais footballers todos os domingos fazem rolos e barulhos e a polícia passa-lhe a mão pela cabeça.
Tudo tem um limite e o football não goza do privilégio de cousa inteligente.
Sempre questionei a relação Competência Financeira X Competência Intelectual. Nem sempre ter dinheiro significa ter sucesso.
Vejam só: o conhecidíssimo Clemente Nóbrega, em seu enésimo excepcional artigo, escreveu a respeito dos investimentos minguados no Brasil em INOVAÇÃO. E desafia: se investirmos mais dinheiro, teremos mais inovação?
Ele duvida. Responde que nem sempre dinheiro se transforma em bons resultados.
Extraído de: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI177094-16644,00-O+FATOR+DECISIVO.html
O FATOR DECISIVO
O Brasil investe pouco em inovação – cerca de 1% do PIB. Será que mais uns bilhõezinhos melhorariam nossa performance? Duvido.
Em um artigo publicado em 2007, mostrei a correlação entre incompetência para inovar e instituições fracas – não há inovação sem que na sociedade haja confiança institucionalizada. Pesquisas mostram que não melhoramos nisso, mas temos outros pecados também. Fala-se que o país investe pouco em inovação – cerca de 1% do PIB (países ricos, duas ou três vezes mais). Será que mais uns bilhõezinhos melhorariam nossa performance? Duvido. Eu não aumentaria investimentos, rearranjaria recursos que já estão no sistema. Veja só. No mundo da gestão (de qualquer coisa, privada ou pública), só o que legitima é resultado – output, não input. Sucesso não é medido pelo que entra no sistema, mas pelo que sai dele. Não número de policiais nas ruas, mas redução de crimes. Não campanhas de vacinação, mas diminuição de doenças. Claro que inputs são aproximações – proxys, como dizem, para resultados esperados, mas um gestor que se limita a proxys não é um gestor, é um burocrata.
A Apple – empresa mais inovadora do mundo – investe bem menos em inovação do que a média das empresas de tecnologia, mas obtém muito mais resultado. É mais produtiva em inovar. Numa empresa, os dirigentes estabelecem diretrizes (metas a atingir e meios para que sejam alcançadas). Ex: “Queremos que, dentro de cinco anos, 20% de nossas receitas estejam sendo geradas por produtos que não existem hoje”. Os recursos que vão ser alocados para que a diretriz seja cumprida dependem da meta a alcançar, não é simples? O que as empresas inovadoras têm são processos gerenciados em função de metas de output de inovação. Assim: “Se tudo continuar sendo feito como vem sendo feito, cresceremos ‘x%’ ano que vem. Mas se quisermos inovar, então, em cima de ‘x%’, colocaremos, digamos, mais um ou dois pontos percentuais, que têm de vir de inovações. Ficando no ‘papai &mamãe’, cresceríamos 20%, mas a meta é 22%. Esses 2% além do ‘esperado’ são inovação na veia. O investimento para chegar lá será um percentual desse ‘extra’ que espero obter (um percentual aplicado aos 2%). Os 2% de inovação terão de ser desdobrados por todas as áreas produtivas da empresa. Cada uma dará sua contribuição para o todo. Não sabem como fazer? Treine-os, há método para isso. A unidade bateu sua meta de inovação? Prêmios, bônus, fanfarras. Não bateu? Bem, o que acontece com um vendedor que não vende? Com um financeiro que não planeja o fluxo de caixa? Não há mistério. É gestão pelas diretrizes. Tem meta, prazo, responsabilização e plano de ação. A cada período tudo se repete – um delta além do ‘papai &mamãe’, incorporando os ganhos do período anterior”.
“A Apple investe bem menos em inovação do que a média, mas obtém muito mais resultado“
Órgãos fomentadores de inovação devem parar de se medir pelo dinheiro que injetam no sistema, como se isso garantisse resultado. Sem gestão, não garante. O input que conta é conhecimento, mais que dinheiro. Atenção: o investimento em inovação (como percentual do resultado) tem de diminuir com o tempo, mas riqueza nova tem de ser criada continuamente. Possível, mas só com gestão da inovação.
* Clemente Nobrega é físico, escritor, consultor de empresas e autor do blog Ideias e Inovação no site de Época NEGÓCIOS