– CBF oficializa Listas com os Árbitros 2012

A CA-CBF divulgou a relação de árbitros para as competições 2012, com os FIFAs, os aspirantes a FIFA, CBF 1 e CBF 2, além dos quadros especial e feminino.

Se restringíssemos aos árbitros de São Paulo, poderíamos dissertar sobre os nomes, como a boa novidade Guilherme Ceretta de Lima entrando no quadro de aspirantes, ou a surpreendente saída da FIFA da assistente Maria Elisa Correa Barbosa. Mas não é esse o propósito desse artigo, e sim de questionar a tal “integração nacional” alardeada.

A CBF entende que deve promover a integração do país. Assim, todos os cantos do Brasil devem estar representados no futebol nacional. Ok, é uma linha de pensamento. Mas não podemos fazer como nos tempos da ditadura: integrar para ter apoio político, sem se ter merecimento para tal. Ou esquecemos dos tempos quando “onde a Arena vai mal, mais um time no Nacional?”

Integrar é manter em contato; mas se deve fazer com PROPORCIONALIDADE adequada. Na lista divulgada (link em: http://is.gd/ARBITROS2012), vemos que estados de pouca representatividade tem um grande percentual na arbitragem. E aqui temos que ser justos – sem demagogia (e que não venham com discursos de discriminação): mas estados mais fortes futebolisticamente, economicamente, estruturalmente, não devem ter maior proporcionalidade do que outros? Alguns estados acabam sendo generosamente alavancados sem ter clubes ou árbitros de boa qualidade (sempre falando em números relativos / proporcionais).

Carece-se urgentemente repensarmos o cenário e critérios da arbitragem nacional. Pesa-me ver que o critério político pode atrapalhar o critério meritocrático. Para isso, deve-se responder: os 10 árbitros FIFA do quadro, são verdadeiramente os 10 melhores do Brasil? Os aspirantes que o seguem, são pela sequência o 11º, 12º, 13º melhores?

 

RENAF MASCULINA 2011/12

CNA ÁRBITROS – FIFA  UF  DT_NASC  OBS

1  HEBER ROBERTO LOPES  PR  13/07/72  

2  PAULO CESAR OLIVEIRA  SP  16/12/73

3  WILSON LUIZ SENEME  SP  28/08/70

4  MARCELO DE LIMA HENRIQUE  RJ  26/08/71

5  SANDRO MEIRA RICCI  PE  19/11/74

6  LEANDRO PEDRO VUADEN  RS  29/06/75

7  EVANDRO ROGERIO ROMAN   PR  03/03/73

8  RICARDO MARQUES RIBEIRO  MG 18/06/79  

9  PERICLES BASSOLS PEGADO CORTEZ  RJ  03/07/75

10  FRANCISCO CARLOS DO NASCIMENTO  AL  09/10/77

 

CNA ÁRBITROS ESPECIAL – 1  UF  DT_NASC  OBS

1  ALICIO PENA JUNIOR  MG 01/02/68  

       

CNA ÁRBITROS ASPIRANTES-FIFA  UF  DT_NASC  OBS

1  WILTON PEREIRA SAMPAIO  GO  21/12/81  

2  LUIZ FLAVIO DE OLIVEIRA  SP  13/06/77

3  WAGNER REWAY  MT  14/05/81

4  CELIO AMORIM  SC  08/02/79

5  MARCIO CHAGAS DA SILVA  RS  05/07/76

6  PABLO DOS SANTOS ALVES  ES  03/06/76

7  CLAUDIO LUCIANO MERCANTE JUNIOR  PE  19/02/76

8  FELIPE GOMES DA SILVA  RJ  16/03/79

9  GUILHERME CERETA DE LIMA  SP  25/11/83

10  CLAUDIO FRANCISCO LIMA E SILVA  SE  26/04/80

       

CNA ÁRBITROS ESPECIAL-2  UF  DT_NASC  OBS

1  ANDRE LUIZ DE FREITAS CASTRO  GO  08/06/74  

2  NIELSON NOGUEIRA DIAS  PE  14/09/74

3  JAILSON MACEDO FREITAS  BA  09/01/71

4  ARILSON BISPO DA ANUNCIAÇAO  BA  08/02/73

5  ELMO ALVES RESENDE CUNHA  GO  18/12/74

6  FRANCISCO DE ASSIS ALMEIDA FILHO  CE  25/05/78

7  JOSE HENRIQUE DE CARVALHO  SP  13/03/74

       

CNA ÁRBITROS CBF-1 (UM TERÇO: 1/3)  UF  DT_NASC  OBS

1  PAULO H DE GODOY BEZERRA  SC  27/01/69  

2  RODRIGO NUNES DE SA  RJ  28/03/79  (*)

3  EDIVALDO ELIAS DA SILVA   PR  30/06/73  

4  FABRICIO NEVES CORREA  RS  08/05/74

5  DEVARLY LIRA DO ROSARIO  ES  28/06/76  (*)

6  MARCOS ANDRE GOMES DA PENHA  ES  10/01/75  

7  MARCOS MATEUS PEREIRA  MS  10/09/79  (*)

8  ANTONIO F DE CARVALHO SCHNEIDER  RJ  28/08/76  (*)

9  RENATO CARDOSO DA CONCEIÇAO  MG 18/09/72  

*  JOSE DE CALDAS SOUZA  DF  01/09/67

10  RODRIGO BRAGHETTO  SP  30/06/75

11  MARCELO APA RIBEIRO DE SOUZA  SP  20/10/72

12  JEAN PIERRE GONÇALVES LIMA  RS  13/07/79  (*)

13  ANTONIO HORA FILHO  SE  23/07/68  

14  ANDERSON DARONCO  RS  05/01/81  (*)

15  JEFFERSON SCHMIDT  SC  07/10/69  

16  EMERSON DE ALMEIDA FERREIRA  MG 25/08/78  (*)

17  ROGERIO LIMA DA ROCHA   SE  05/12/70  

18  ANTONIO DENIVAL DE MORAIS  PR  03/07/70

19  JOAO BATISTA DE ARRUDA  RJ  24/06/74

20  CHARLES H CAVALCANTE FERREIRA  AL  19/07/79  (*)

21  JOAO BOSCO SATIRO NOBREGA  PB  22/08/79  (*) CA-CBF

22  WAGNER DOS SANTOS ROSA  RJ  18/04/69  

23  RAPHAEL CLAUS  SP  06/09/79  (*)

24  EDUARDO TOMAZ VALADAO  GO  22/02/78  (*)

25  CLEISSON VELOSO PEREIRA  MG 13/07/79  (*)

26  MANOEL NUNES LOPO GARRIDO  BA  01/10/69  

27  WLADYERISSON SILVA OLIVEIRA   CE  17/10/76  (*)

28  SUELSON DIOGENES DE FRANÇA MEDEIROS  RN  21/02/78  (*)

29  MARIELSON ALVES SILVA  BA  14/05/82  (*)

30  WAGNER DO NASCIMENTO MAGALHAES  RJ  22/06/79  (*)

31  ANDREY DA SILVA E SILVA  PA  24/06/78  (*)

32  ARNOLDO VASCONCELO FIGARELA  RO  13/07/69  

*  VINICIUS COSTA DA COSTA  RS  19/09/67

33  EDMUNDO ALVES DO NASCIMENTO  SC  19/05/69

34  EMERSON LUIZ SOBRAL  PE  23/06/74

35  RODRIGO MARTINS CINTRA  SD  04/10/76  (*)

36  PATHRICE W CORREIA MAIA  RJ  21/04/84  (*)

37  ADRIANO MILCZVSKI  PR  29/07/75  

38  ANTONIO R BATISTA DO PRADO  SP  04/06/71

39  JANIO PIRES GONÇALVES   TO  16/01/77  (*)

40  RODRIGO G FERREIRA DO AMARAL  SP  25/10/76  (*)

42  GLEIDSON SANTOS OLIVEIRA  BA  19/03/72  

42  ITALO MEDEIROS DE AZEVEDO  RN  19/02/75

43  ALINOR SILVA PAIXAO  MT  31/12/79  (*)

44  JOSE ACACIO DA ROCHA  SC  17/03/72  

45  MAYRON F DOS REIS NOVAES  MA 23/08/77  (*)

46  WELLINGTON BRANQUINHO  GO  23/04/77  (*)

47  ROBSON MARTINS FERREIRA  MA 06/11/72  

48  LUCIO JOSE SILVA ARAUJO   BA  26/04/70

49  NILO NEVES DE SOUZA JUNIOR  PR  18/10/74

50  JOSE R ALBUQUERQUE SOARES  PB  03/10/69

51  JOAO LUPATO  MS  12/04/78  (*)

52  EDMAR CAMPOS ENCARNAÇAO  AM 02/01/74  

53  MARCELO ALVES DOS SANTOS  MT  19/07/75

       

CNA ÁRBITROS CBF-2 (DOIS TERÇOS: 2/3)  UF  DT_NASC  OBS

1  CARLOS RONNE CASAS DE PAIVA  AC  06/03/73  

2  FLAVIO FEIJO DE OMENA  AL  01/09/69

3  DEWSON FERNANDO F. DA SILVA   PA  27/02/81

4  FABRICIO NERY TRINDADE  GO  04/08/77

5  DIEGO POMBO LOPEZ  BA  07/08/86

6  SEBASTIAO RUFINO NETO  PE  02/09/78

7  FLAVIO RODRIGUES GUERRA  SP  30/06/79

8  RODRIGO BATISTA RAPOSO  DF  22/07/79

9  JOAQUIM WEBESTHER F MARTINS  CE  03/01/73

10  JOSE CLEUTON DE SOUZA LIMA  CE  03/12/76

11  LEONARDO GARCIA CAVALEIRO  RJ  28/10/74

12  MARCIO C BRUM CORUJA  RS  05/08/72

13  CLAUDIONOR DOS SANTOS JUNIOR  SE  18/04/75

*  FRANCISCO LEONE DE OLIVEIRA  TO  14/01/67

14  PAULO SERGIO SANTOS MOREIRA   MA 28/01/76  

15  FRANCISCO SANTOS SILVA NETO  RS  01/12/71

16  CARLOS EDUARDO VIEIRA AREAS  SC  16/06/76

17  ELIVALDO CASSIO DOS SANTOS  AP  10/07/75

18  VINICIUS FURLAN  SP  15/12/79

19  LUIZ APARECIDO DA SILVA   MS  10/03/69

20  JOSE ANTONIO DE ALMEIDA PINHEIRO  AC  26/07/72

21  GLEYDSON FERREIRA LEITE  PE  31/07/76

22  COSME IRAN SABINO DE ARAUJO  BA  08/11/72

23  CLAUBER JOSE MIRANDA  PA  26/06/70

24  OSIMAR MOREIRA DA SILVA JR  GO  27/03/81 CA-CBF

25  FABIUS FILIPUS  PR  09/04/80  

26  LEANDRO S DANTAS DE OLIVEIRA  RN  26/03/83

27  ANTONIO N DO REGO COSTA  AC  14/12/76

28  JOSE MARIO DE S DA COSTA  AP  19/07/77

29  FLEDES RODRIGUES SANTOS  RO  16/11/79

30  ROGERIO JOSE BUENO  DF  07/03/76

31  JOSIMAR SOUZA DE ALMEIDA  AC  12/05/70

32  EDUARDO CORDEIRO GUIMARAES  RJ  16/12/81

33  ANTONIO C PEQUENO FRUTUOSO  AM 17/09/80  

34  EVANDRO TIAGO BENDER  SC  05/12/83

35  CLEBER VAZ DA SILVA  GO  05/03/79

36  EDER CAXIAS MENEZES  PB  08/12/81

37  GLEYSTO GONÇALVES DA SILVA  CE  07/11/78

38  WALES MARTINS DE SOUZA  DF  25/03/79

39  ANTONIO J L TRINDADE DE SOUZA  PI  17/02/73

40  JOSE E ARAUJO ALCANTARA  PE  07/07/76

41  CARLOS EDUARDO NUNES BRAGA  RJ  19/02/80

42  RODRIGO CARVALHAES DE MIRANDA  RJ  19/01/80

43  GILBERTO R CASTRO JUNIOR  PE  29/05/80

44  FELIPE DUARTE VAREJAO  ES  11/06/83

45  CLIZALDO L M DI PACE FRANÇA  PB  30/06/83

46  FLAVIO H COUTINHO FERREIRA  MG 25/05/80  

47  LEANDRO BIZZIO MARINHO  SP  26/09/78

48  AVELAR RODRIGO DA SILVA  CE  24/03/74

49  LUIZ CARLOS PEREIRA   SC  20/03/78

50  MARCOS VINICIUS DE SA DOS SANTOS  MG 21/05/79  

51  JOHNN HERBERT ALVES BISPO  BA  23/11/73

52  LUCIANO OLIVEIRA DOS SANTOS  TO  24/03/74

53  GERVALIO TAIGO DE CARVALHO LIRA  RR  18/11/70

54  RENAN ROBERTO DE SOUZA  PB  14/08/86

55  CLAUDINEI FORATI DA SILVA  SP  08/01/82

56  DYORGENES J PADOVANI DE ANDRADE  ES  24/10/79

57  FLAVIO RODRIGUES DE SOUZA  SP  29/07/80

58  ELVIS SIQUEIRA DE ALMEIDA  ES  30/01/80

59  RONAN MARQUES DA ROSA  SC  08/07/85

60  LEANDRO JUNIOR HERMES  PR  30/07/79

61  PABLO RAMON GONÇALVES PINHEIRO  RN  12/11/86

62  PHILIP GEORG BENNETT   RJ  10/02/86

63  PAULO H SCHLEICH VOLKOPF  MS  07/04/85

64  ANTONIO DIB MORAES DE SOUZA  PI  15/08/82

65  JOAO BATISTA CUNHA BRITO  AM 16/07/80  

66  GILBERTO FREIRE DE FARIAS  PE  23/09/78

67  JOSEVALDO BISARRIA DE MELO  AL  20/10/83

68  ANTONIO SANTOS NUNES  PI  17/11/72

69  ENEIAS FERREIRA LEITE OLIVEIRA  PE  02/11/81

70  FRANCISCO PEREIRA DE LIMA JR  PI  26/02/82

71  RAFAEL ODILIO RAMOS DOS SANTOS  MT  16/03/83

72  ANTONIO M BELMONTE VIEIRA  BA  03/06/73

73  ARNILDO PEREIRA OLIVEIRA  RO  10/08/75

74  WASLEY DO COUTO LEON  PA  01/02/84

75  GRAZIANNI MACIEL ROCHA  RJ  17/12/82

76  DANIEL DE SOUSA MACEDO   RJ  04/10/82

77  DANIEL MARTINS DOS SANTOS  MT  08/09/77

78  JOAQUIM RIBEIRO DE SOUZA JR  MT  03/11/85

79  ROBERTO GIOVANNY OLIVEIRA SILVA  GO  05/05/78

80  EMANUEL DINIZ DE ARAUJO  PB  20/01/79

81  ROGER GOULART  RS  03/06/82

82  JOSE CLAUDIO ROCHA FILHO  SP  03/04/78

– O Tamanho e o Poder de Carlinhos Cachoeira

Dias atrás questionamos como Carlinhos Cachoeira, preso em RN, consegue comandar seus negócios criminosos de lá de dentro. E cada vez mais vemos o poderio do Rei da Contravenção: a sua quadrilha fazia arapongagem, interceptando ligações e emails de políticos, policiais e até de jornalistas!

Se durou tanto tempo, é porque muita gente estava no esquema. Ou não?

Demóstenes Torres virou o Judas da semana. Mas será que ele é o único?

– Páscoa, Tempo de Transformações

por Reinaldo Oliveira

No antigo Egito quando o povo judeu se libertou do Faraó, a Páscoa já tinha esse clima festivo. Com os cristãos, passou a ter um significado ainda mais profundo, pois mesmo mantendo a libertação, acrescentou o mistério da ressurreição. É na verdade, um ritual de passagem, de transformação. Como a passagem do inverno para a primavera; quando a nova estação surge, e com ela a esperança de felicidade e dias melhores. Afinal, depois de sofrer com o frio, com a improdutividade, com a escuridão;  se vive novos tempos! O bom é que todo ano tem Páscoa e, todo ano deve-se acreditar num mundo melhor, renovado e que a humanidade possa enfim, encontrar seu caminho feliz! O que chateia na Páscoa atual, é que já não se sabe o que é felicidade. Tudo é associado ao consumismo e ao bem estar individual. A mentalidade nos tempos atuais é ganhar dinheiro, superar o outro e comprar coisas, às vezes, desnecessárias. Se você no fundo, está feliz com esse mundo, boa sorte. Continue competindo, ganhando dinheiro e comprando muito. Mas, se quiser experimentar uma transformação, seguindo os mais variados exemplos, sempre há tempo. Pode começar por extinguir os pecados sociais, que segundo Mahatma Gandhi são estes: 1. Política sem princípios e ideologia; 2. Riqueza sem trabalho; 3. Prazer sem consciência; 4. Conhecimento sem caráter; 5. Comércio sem moralidade; 6. Ciência sem humanidade; 7. Devoção sem sacrifício. É claro que a esta altura da vida, muitos têm sua própria filosofia; porém, não custa divulgar as palavras desse líder indiano. È importante também esperar mudanças para a cidade. Que o povo exerça mais sua cidadania e participe das decisões políticas que tanto afeta sua vida. Que o governo municipal respeite e faça respeitar as leis sobre meio ambiente. Que o atendimento da saúde pública,  seguindo o tema da Campanha da Fraternidade – “Fraternidade e Saúde Pública”, seja mais eficiente no serviço prestado à população. Que o transporte público seja eficiente e menos oneroso ao bolso da população. Que as velhas posturas políticas, que infelizmente permanecem inalteradas, sejam renovadas. Enfim. Que, não só na política, mas no dia a dia, a transformação aconteça. Que todos possam olhar a frente e ter a certeza de um mundo melhor; acreditar e trabalhar para que isso aconteça. Olhar para cima e acreditar num Ser superior, que como Pai, estará sempre disposto a ajudar. Olhar para trás e se orgulhar de suas ações ficando bem com sua consciência, através do perdão. Olhar para baixo e saber reverenciar a Mãe Terra, colaborando com o meio ambiente e compreendendo essa intensa relação com ela e com outros seres. Olhar para os lados e ver no próximo, a nossa única condição de ser feliz; primeiro o próximo, depois nós mesmos; e não pararmos enquanto um só de nossos semelhantes sofrer algum tipo de injustiça. À todos, desejos sinceros de uma Páscoa de Luz, Paz e Amor no Cristo Ressuscitado. É isso!

(texto original publicado no jornal Primeirafeira)

– Atlético/PR 1 X 1 Criciúma: o Gol da Posse de Bola Perdida?

O lance pastelão protagonizado na Copa do Brasil no meio dessa semana, na partida entre Atlético X Criciúma, nos mostra que até os árbitros têm dificuldade em interpretar “Posse de Bola” dos goleiros.

No jogo, o goleiro está quicando a bola e o atacante a rouba, de cabeça, fazendo o gol. O bandeira avisa o árbitro do ocorrido, mas este entende que o gol é legal e valida. Para quem não viu o lance, clique no link abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=Al4ZKa3gZC8&feature=relmfu

Qual é a irregularidade da jogada?

O erro é: quando o goleiro tem a posse de bola com as mãos, ele tem 6 segundos para a repor em jogo. Entende-se, pela Regra do Jogo, que essa posse compreende também o ato de quicar a bola para lançá-la. Sendo assim, estando o goleiro com a posse de bola com as mãos (com o pé é diferente), ela não pode ser disputada até ser efetivamente colocada em jogo.

Portanto, é infração o fato do atacante cabecear a bola durante o quicar da mesma, já que ela estava na posse do goleiro.

Se o goleiro a colocasse no chão, aí a bola estaria em condição de disputa. Ele estaria com a posse de bola (e não tem mais a preocupação dos seis segundos, pois já a repôs ao jogo), sendo que nada haveria de irregular em roubá-la (o goleiro não poderia mais segurá-la com as mãos a partir desse momento). Um exemplo de tal lance: a famosa roubada de bola de Ronaldo (Cruzeiro) em cima de Rodolfo Rodriguez (Bahia), em 1994.

Errou o árbitro, acertou o bandeira, que acabou sido desprezado.

– Atlético/PR 1 X 1 Criciúma: o Gol da Posse de Bola Perdida?

O lance pastelão protagonizado na Copa do Brasil no meio dessa semana, na partida entre Atlético X Criciúma, nos mostra que até os árbitros têm dificuldade em interpretar “Posse de Bola” dos goleiros.

No jogo, o goleiro está quicando a bola e o atacante a rouba, de cabeça, fazendo o gol. O bandeira avisa o árbitro do ocorrido, mas este entende que o gol é legal e valida. Para quem não viu o lance, clique no link abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=Al4ZKa3gZC8&feature=relmfu

Qual é a irregularidade da jogada?

O erro é: quando o goleiro tem a posse de bola com as mãos, ele tem 6 segundos para a repor em jogo. Entende-se, pela Regra do Jogo, que essa posse compreende também o ato de quicar a bola para lançá-la. Sendo assim, estando o goleiro com a posse de bola com as mãos (com o pé é diferente), ela não pode ser disputada até ser efetivamente colocada em jogo.

Portanto, é infração o fato do atacante cabecear a bola durante o quicar da mesma, já que ela estava na posse do goleiro.

Se o goleiro a colocasse no chão, aí a bola estaria em condição de disputa. Ele estaria com a posse de bola (e não tem mais a preocupação dos seis segundos, pois já a repôs ao jogo), sendo que nada haveria de irregular em roubá-la (o goleiro não poderia mais segurá-la com as mãos a partir desse momento). Um exemplo de tal lance: a famosa roubada de bola de Ronaldo (Cruzeiro) em cima de Rodolfo Rodriguez (Bahia), em 1994.

Errou o árbitro, acertou o bandeira, que acabou sido desprezado.

– Como Salvar seu Casamento

O assunto foi publicado há meses, mas o tema é muito atual: como vencer as dificuldades do casamento e torná-lo um ato consumado de amor, felicidade e sucesso?

Extraído da Revista Época, ed 622, 19/04/2010, por Ivan Martins e Kátia Melo.

COMO SALVAR SEU CASAMENTO

O casamento. A boda. O matrimônio. O que essas palavras evocam são imagens tocantes e cenas de festa. Uma noiva sorrindo à beira de um lago, radiante em seu vestido branco de cetim que, embora ela não saiba, foi usado pela primeira vez pela rainha Vitória, da Inglaterra, em seu casamento com o príncipe Albert, em 1840. De lá para cá, as noivas no Ocidente vestem branco. E são rainhas por um dia.

Mas o casamento, a boda, o matrimônio – e mesmo a forma laica e informal de compromisso, a coabitação –, não se resume a uma festa. Depois da noite de núpcias, começa, para todos os casais, aquilo que o psiquiatra Alfredo Simonetti, ligado ao Hospital das Clínicas de São Paulo, descreve como “o sofrimento de viver a dois”: uma luta diária contra a natureza humana, que, ao mesmo tempo que atrai as pessoas para a vida conjugal, faz com que elas, rapidamente, se desapontem com as dificuldades do cotidiano a dois.

As estatísticas brasileiras são eloquentes a respeito tanto do fascínio quanto das agruras do casamento. Cerca de 1 milhão de pessoas se casam todos os anos no Brasil – e pouco mais de 250 mil se separam no mesmo período. Logo, de cada quatro casamentos, um termina em separação. Embora a estatística seja adversa, o risco não é suficiente para fazer as pessoas deixar de casar. Os números do IBGE mostram que a quantidade de uniões por 100 mil brasileiros aumenta um bocadinho a cada ano. Entre 1998 e 2008, o número de casamentos cresceu 34,8%, superando em 13 pontos porcentuais o crescimento vegetativo da população nessa faixa etária. Os divórcios e as separações, no mesmo período de dez anos, cresceram menos, 33%. A diferença é pouca, mínima na verdade, mas sugere que o sonho de casar está mais em alta que a vontade de se separar.

Há várias maneiras de olhar para essas estatísticas de casamento e separação. Uma delas é com otimismo: as pessoas se separam por que estão infelizes, e é bom que a lei facilite o afastamento. Antes de 2002, a separação judicial no Brasil, quando não era consensual, estava condicionada à comprovação de “culpa objetiva e específica” de uma das partes. Hoje em dia, qualquer motivo, mesmo fútil, é suficiente para que o juiz aceite a “impossibilidade de vida comum”. Os juízes entendem que, se uma das partes não quer, basta. Qualquer que seja a razão.

Outra forma de olhar para a mesma estatística é com alarme. Afinal, a cada casamento fracassado corresponde uma dose imensa de sofrimento humano. O divórcio, diz um estudo americano, só perde em termos de estresse para a morte de um cônjuge. É das piores experiências que as pessoas podem ter na vida. Para os filhos, a separação também é dolorosa. Cria períodos de terrível ansiedade. Quando se olha para além da família, a onda de separações tem como consequência social o empobrecimento das pessoas. Mães pobres que criam sozinhas seus filhos, como mostram pesquisas recentes, estão entre os poucos grupos sociais que não conseguiram se beneficiar da elevação geral da renda brasileira dos últimos anos. Parecem estar abaixo da possibilidade de ascensão.

As pesquisas sugerem que o sonho da maioria continua
sendo um único casamento, que dure a vida inteira

Tudo isso seria mais ou menos irrelevante se homens e mulheres estivessem perfeitamente confortáveis com a ideia de casamentos seriais. Eles seriam intercalados por períodos miseráveis de separação e pelo êxtase da descoberta de uma nova parceira ou parceiro. Não é isso que a pessoas querem. Mesmo nos Estados Unidos, país que tem uma longa tradição de convívio com o divórcio, onde metade das uniões termina em separação (o dobro da taxa brasileira!), as pesquisas sugerem que o sonho da maioria continua sendo um único casamento longo e feliz, que abarque a existência, produza filhos e dê à vida de cada um dos cônjuges uma riqueza de sentido que ela não teria sozinha. As pessoas não se separam por ter superado essa aspiração romântica. Ao contrário, elas se afastam amarguradas por não conseguir atingir esse ideal. Em geral, quem faz isso é a mulher. Nos Estados Unidos, elas são responsáveis por dois terços dos pedidos de separação. No Brasil, essa proporção é ainda maior, 72%. Ao que tudo indica, para essas mulheres o sonho de felicidade no casamento não mudou. A realidade é que tem se revelado mesquinha.

Ninguém tem escrito com mais propriedade e mais aceitação sobre os dilemas do casamento do que a americana Elizabeth Gilbert, de 40 anos, autora do superbest-seller Comer, rezar, amar. Nesse livro de 2006, que vendeu 7,5 milhões de cópias e foi traduzido em 30 idiomas, ela conta como rompeu um casamento juvenil desastroso, passou por um divórcio nauseante, mergulhou em depressão, viajou o mundo para tentar juntar seus próprios pedaços e, ao final dessa jornada quase épica, tendo jurado nunca mais se casar, se apaixonou em Bali, na Indonésia, por um charmoso expatriado brasileiro, 17 anos mais velho que ela, apresentado no livro como Felipe – e que, segundo o jornal The New York Times, chama-se, na verdade, José Nunes. As memórias de Gilbert venderam 300 mil cópias no Brasil. O filme com o mesmo título, que será lançado em setembro no país, tem elenco para ser outro sucesso. Gilbert será interpretada por Julia Roberts e Felipe-Nunes pelo espanhol Javier Bardem, o romântico cafajeste de Vicky Cristina Barcelona.

Em janeiro deste ano, pondo fim a uma monumental expectativa editorial, Gilbert lançou Committed, a skeptic makes peace with marriage. Na tradução brasileira, a ser lançada em agosto pela Objetiva, o título será Comprometida – Uma história de amor. A história autobiográfica começa onde a outra termina, apenas 18 meses depois. Ela e o namorado brasileiro, comerciante de pedras preciosas, chegam aos Estados Unidos de mais uma viagem ao Oriente, e ele é detido pela imigração. Motivo: excesso de entrada e saída no país sem a cidadania americana. Os dois, que já viviam juntos na cidade de Filadélfia, são informados de que ele não mais poderá entrar no país, a não ser que os dois se casem – o que só poderá acontecer, graças às complicações das leis americanas para imigrantes, depois de meses de espera e milhares de dólares gastos com advogados. Felipe é deportado para a Austrália (seu país oficial de residência) e começa, para o casal, um longo exílio fora dos Estados Unidos, durante o qual Gilbert hesita, pesquisa e pondera sobre as possibilidades de que esse novo casamento, ao contrário do primeiro, funcione. Committed é o resultado desse período de incerteza e investigação. Ele encerra um vigoroso “sim” para o casamento (apesar da incerteza inerente a ele). “Talvez a única diferença entre o primeiro casamento e o segundo é que, da segunda vez, você sabe que está apostando”, diz Gilbert.

Além do entretenimento de uma boa leitura, há no livro informações e ideias úteis para quem deseja iniciar ou preservar um casamento. A primeira coisa que ele atira pela janela é o romantismo. Casamento não é uma questão de paixão, afirma Gilbert. Bons casamentos não se ancoram numa erupção hormonal que desliga o senso crítico e faz do cérebro apaixonado algo parecido com o cérebro de um dependente químico (como está demonstrado por estudos de imagens de ressonância magnética!). Estatísticas americanas mostram que, quanto mais jovens as pessoas se casam, maior a chance de separação – e isso parece estar ligado à urgência e à instabilidade das paixões juvenis. Só depois dos 25 anos as estatísticas começam a ficar menos dramáticas. Tendo casado pela primeira vez aos 24 anos, depois de uma sequência de paixões avassaladoras, Gilbert parece saber do que está falando. Ela está separada desde 2002, mas ainda paga pensão mensal ao ex-marido, embora ele tenha se casado novamente, seja pai e vá lançar, em setembro, seu próprio livro de memórias, do qual se esperam grandes doses de veneno contra a ex-mulher e mantenedora. Ninguém com esse fardo biográfico é capaz de olhar para o casamento sem justificada má vontade.

Outra ilusão que o livro se empenha em destruir é a completude. Não há um homem ou mulher, diz ela, que seja capaz de preencher a vida de cada um de nós. A pessoa que porá nosso mundo no lugar ou fará com que ele permaneça à deriva somos nós mesmos. O outro é um companheiro de viagem, não um pedaço de nosso corpo ou uma fração de nossa alma. Muito menos um guia. “Eu me recuso a sobrecarregar Felipe com a tremenda responsabilidade de me completar”, ela escreve. “Já lidei o suficiente com minhas falhas para saber que elas pertencem apenas a mim. Mas foi preciso mais de três décadas e meia para chegar a isso.”

Embora não sejam realmente revolucionárias, e em alguns momentos até cortejem o lugar-comum, as conclusões de Gilbert estão afinadas com as ideias mais recentes dos especialistas em casamentos. O psiquiatra Simonetti, autor do livro O nó e o laço – Desafios de um relacionamento amoroso, é um deles. Ele acredita que o fator isoladamente mais importante para evitar a separação dos casais é, justamente, aprender a ser sozinho. “Se a pessoa aprende que ela sobrevive sozinha, o outro passa a ser um companheiro de jornada, e não uma necessidade absoluta”, diz ele. “Caso contrário, ela vai tentar prender o outro. É um paradoxo.” Outra estudiosa do assunto, a americana Michele Weiner-Davis, autora de livros sobre casamento que faz palestras no mundo inteiro, também diz que o romantismo é um problema, não uma solução. “Fomos educados a acreditar que o casamento é romântico, mas ele não é”, afirma. “O casamento é uma relação de conexão com o parceiro, é educar filhos e cuidar um do outro, é ser fiel.” O mesmo diz a antropóloga brasileira Mirian Goldenberg, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “A fantasia romântica destrói qualquer possibilidade de casamento”, ela afirma. “É preciso ter uma visão crítica daquilo que se vê nos filmes e se lê nos romances. A vida real não sustenta essas fantasias.”

Se o casamento é menos uma questão de sentimentos exaltados e mais a expressão de cuidados e atitudes cotidianos, talvez se possa aprender alguma coisa com a experiência de casais bem-sucedidos. A atriz Alexandra Plubins, de 46 anos, está casada há 15 com o engenheiro Mauro Rodrigues, de 51. Eles têm três filhos (os gêmeos Pablo e Diego, de 17 anos, e a caçula Laura, de 13) e vivem em Teresópolis, no Estado do Rio de Janeiro. Alexandra deu à luz aos 29 anos, seguiu morando com a mãe e casou-se com Mauro apenas dois anos depois. Eles têm vivido juntos desde então. “Mauro é supercompanheiro. Lava, passa, limpa a casa e, se eu preciso trabalhar, fica com as crianças”, diz. Esse tipo de comportamento prático e atencioso, que pode ser entendido como feminista, parece ser imensamente importante do ponto de vista da preservação do afeto das mulheres. Em seu livro, Gilbert conta que seu namorado brasileiro faz jantar todos os dias: ele fica no fogão, ela toma vinho, e os dois conversam. A escritora diz que em cinco anos de relacionamento nunca precisou ir ao supermercado comprar comida. E que isso não tem preço.

Além da divisão das tarefas da casa, parece haver mais coisas a ser aprendidas com os casamentos sólidos – como a decisão de criar espaços exclusivos para o casal, que não incluam os filhos. Todos os especialistas dizem que isso é essencial para manter a chama do desejo e reforçar a sintonia. O comerciante Alexandre Cavalcante, de 36 anos, e a mulher Andréa Cristina, dona de casa, fazem assim: tiram duas semanas de férias por ano, sem as crianças. Eles têm Vanessa, de 16 anos, e Mateus, de 10. Vivem em Natal, no Rio Grande do Norte. “Em janeiro passado, nós dois fizemos um cruzeiro”, diz ele. O sucesso desse casamento é um desafio às estatísticas. A união começou com a gravidez de Andréa aos 18 anos e tinha tudo para acabar rápido. “Todos apostavam que não duraria seis meses”, diz Alexandre. Já dura 16 anos. Andréa, que agora tem 35, atribui isso ao fato de os dois conversarem muito. Ele acha que o essencial é a consciência de estar casado. “Casar é saber que não é só você”, afirma.

Coincidentemente, esses dois casais defendem, no campo do sexo, uma atitude que a americana Michele Weiner-Davis chama de filosofia Nike: just do it. Em português, Faça logo. “Mesmo que você não esteja com muita vontade, comece. E se permita ser estimulado fisicamente”, diz ela. “Essa é a melhor forma de vencer o tédio sexual.” Para Andréa e Alexandre, o casal de Natal, esse truque tem funcionado há anos. “Mesmo que a gente não esteja com vontade, faz um esforço”, diz ela. A atriz Alexandra conta algo semelhante. “Se eu me acomodo, não vou mais sentir desejo. Não quero que Mauro seja meu ‘amiguinho’. Preciso me sentir cortejada.”

Os homens casados costumam olhar com ironia para essas “fantasias românticas” de suas mulheres, mas talvez não devessem. Mirian Goldenberg diz que sentir-se desejada é um imperativo da cultura feminina brasileira. “As mulheres se separam por isso e traem por isso”, afirma a professora. “Têm de provar que são desejadas, sensuais, bonitas. Assim se sentem valorizadas.” A antropóloga diz que em outros países as mulheres enfatizam aspectos diferentes da relação, como amizade e companheirismo. Mas aqui o sexo ocupa um papel preponderante. E pode determinar o fim do casamento.

Outra obsessão feminina à qual os maridos não costumam dar atenção é a intimidade. Para os homens, essa palavra tem uma conotação quase puramente física, enquanto no universo feminino intimidade significa um milhão de outras coisas. “Um nível profundo e psicológico de comunicação e reciprocidade”, por exemplo. Ou “um jeito de falar sobre si e de ser escutada pelo outro”. Ou, ainda, “um tipo de conversa especial, de entrega singular, de quem fala e de quem escuta”. Essa intimidade de atributos quase metafísicos, diz Mirian, está por trás de inúmeros pedidos de separação no Brasil. “A mulher casada há vários anos diz que não consegue mais ter intimidade com o marido”, afirma ela.

No livro de Elizabeth Gilbert, uma passagem sugere que a intimidade não é uma questão apenas das mulheres brasileiras. Ela relata um estudo americano sobre adultério no qual se mostra que, antes de trair, a mulher constrói, muitas vezes de forma inocente, um espaço de intimidade com outro homem. Em geral é um amigo ou colega de trabalho que, aos poucos, toma o lugar de confidente que o marido deixou de ocupar. Essa inversão cria cumplicidade, reforça a exclusão do marido e abre a porta para o sexo extraconjugal, que tem potencial para destruir até o casamento mais sólido. “No momento em que você se descobre partilhando com um novo amigo segredos que deveriam pertencer a seu marido, é hora de voltar para casa e falar abertamente sobre isso”, diz Gilbert.

A lista dos desafios que cercam o casamento moderno ilustra o óbvio: a instituição está em crise. Desde o final do século passado, quando as leis começaram a permitir a dissolução dos casamentos, as separações têm aumentado ano a ano. Gilbert enfatiza em seu livro que a multiplicação dolorosa das separações tem sido a outra face de uma das conquistas mais caras à humanidade: o casamento por amor. “Talvez o divórcio seja uma taxa que nós todos pagamos coletivamente, como cultura, por nos atrevermos a acreditar no amor – ou, pelo menos, por vincularmos o amor a um contrato social tão vital como é o casamento”, ela escreve. Tão logo as pessoas conquistam o direito de casar por amor, passam a exigir o direito de se separar quando o amor acaba. E conseguem. Isso está acontecendo na Índia e em outras culturas tradicionais neste preciso instante. Não há muito o que se possa fazer. A seta da cultura global avança na direção da liberdade de escolha, e a nós, como pessoas e como sociedade, resta conviver com a dor de nossos desejos realizados.

Tão logo as pessoas conquistam o direito de casar por amor,
passam a exigir o direito de se separar quando ele acaba

Lúcia Razera e Rubens Crispim Jr. sabem como é isso. Eles vivem juntos há 11 anos, desde que ela tinha 22 e ele 26. Casaram-se oficialmente em 2003 e, recentemente, tiveram duas separações. Breves. Agora estão juntos novamente, em São Paulo, com os filhos Vitor, de 10 anos, e Clara, de 6. “Eu sentia falta de ficar apaixonada, não tinha mais borboletas no estômago”, diz Lúcia. Rubens tinha outra queixa: “Para mim, separar era ter liberdade. Eu gosto de ficar sozinho”. A distância não resolveu as insatisfações e criou outras. Eles voltaram, depois de demoradas negociações, com algumas mudanças. Decidiram que vão falar sem tabus sobre seus desejos. Acertaram também que cada um deles vai fazer mais coisas sem o outro – sair, ver amigos, estar. Rubens, diretor de cinema publicitário, tem passado mais tempo em casa depois da volta. E Lúcia, que é administradora, passou a trabalhar com o marido. “A gente não tem necessidade, mas tem vontade de ficar casado e dividir as coisas”, diz ela.

Gilbert, a escritora que fez fama e fortuna demolindo a instituição do casamento em Comer, rezar, amar, também descobriu, em seu novo livro, que ainda é importante dividir a vida com quem se ama. Mesmo que a ameaça de dor e rompimento paire no horizonte. As garantias acabaram, mas o desejo humano de partilhar não terminou. É dele que vem o alento sempre renovado dos casamentos. “Quando comecei a estudar esse assunto, eu via o casamento como algo opressivo e anacrônico, terrivelmente destrutivo”, diz ela. “Ao terminar, concluí que é algo complexo e duradouro, que deve estar aqui por alguma razão, talvez porque está sempre evoluindo.” Como tantos apaixonados antes dela, a cética foi vencida pela esperança.

– Infeliz Intolerância em Plena Época de Paz

Há certas coisas que são indevidas. Por exemplo: em plena época da Páscoa Judaica, o escritor Gunter Grass, Prêmio Nobel de Literatura, escreveu um poema criticando Israel na questão nuclear do Irã. Em versos, condenou o país e defendeu Teerã.

Ora, sabemos que se qualquer alemão falar mal de judeu será problemático; defendendo o Irã, piorou. Em tempo de celebração do Êxodo Judaico?

Deveria ter ficado quieto…

– Prefeitura de Itupeva Comete Crime Ambiental

por Reinaldo Oliveira

A prefeitura de Itupeva cometeu crime ambiental através da deposição de entulho de construção na área de preservação permanente (APP) existente entre os bairros Vila Independência, Portal Santa Fé e Jardim Ana Luiza. A ação ocorreu nesta semana, quando do serviço de remoção de entulho do muro de proteção da APAE, localizada próximo da APP, que caiu por conta de fortes chuvas ocorridas na quinzena passada. O procedimento correto seria a retirada deste material através de caminhões. Não foi isso que aconteceu. Como a área verde está ali inerte e indefesa, foi o local certo para mais uma ação de crime contra o meio ambiente. Porém, tudo que começa errado pode piorar ainda mais; ao longo de mais de mil metros na viela sanitária que margeia a APP, tanto abaixo quanto acima deste local, várias outras irregularidades foram cometidas, no mesmo dia, com o entulho dos mais diversos tipos de material sendo depositado na área da APP. Não é a primeira vez que isto acontece; e nem será a última. Não há um fiscal que oriente o funcionário, não há orientação e nem acompanhamento do setor de meio ambiente da prefeitura, quando da execução destes trabalhos, e nem dos voluntários do CONDEMA. Resta apenas o registro fotográfico a denunciar mais esta ferida aberta na área de preservação permanente (APP), pois também parte da vegetação foi suprimida, inclusive árvores.