– Danone e o Prejuízo com sua Parceira

Algumas empresas sofrem pela má escolha dos parceiros. Em nossas aulas de “Gestão de Serviços e Terceirização”, costumamos falar sobre a importância da escolha dos terceiros.

Pois bem: a Danone teve que pagar os funcionários da Construtora que ela contratou para sua nova fábrica cearense. Olha que prejuízo:

(Extraído de Leite, Paulo Moreira. A Danone se Livrou do Desastre. Coluna Vamos Combinar, Revista Época, pg 39, ed 24 de maio de 2010.)

A DANONE SE LIVROU DO DESASTRE

Depois de investir R$ 60 milhões na reforma de uma fábrica de iogurte em Maracanaú, no Ceará, a multinacional Danone, uma das maiores do mundo na produção de derivados de leite, acaba de se recuperar num negócio que ameaçava transformar-se em desastre. A obra atrasou meses e não ficou pronta. Os salários dos funcionários também atrasaram. As obrigações trabalhistas já não eram pagas havia meses. Diante de uma situação de alto risco, a Danone decidiu intervir. Afastou a Construtora Giga, de São Paulo, encarregada do serviço. Acertou as dívidas e os compromissos atrasados e agora toca o projeto com uma nova parceria. Procurada para comentar o caso, a Giga não designou quem pudesse prestar esclarecimentos sobre o assunto.

– Um Popstar Brasileiro no Irã

Ao melhor estilo hollywoodiano, ele pára as ruas onde anda. Histeria, gritos, choros. Pessoas enlouquecidas querendo ao menos ver de perto o… Januário!

Em terra de cego, “quem tem um só olho é rei”, já diria o poeta. Esta é a história do jogador brasileiro Januário, ilustre desconhecido no Brasil, mas que virou ídolo no Oriente Médio.

Extraído da Folha de São Paulo, 02/11/2010, página D4, por Samy Adgirni, enviado especial a Teerã:

BRASILEIRO VIRA SUPERASTRO NO IRÃ AO BRILHAR NO TIME DO PRESIDENTE AHMADINEJAD

O meia paranaense Fábio Januário, 30, consagrou-se no futebol iraniano ao marcar, em abril, o gol que deu o título ao Esteghlal, maior time do país e que tem entre seus torcedores o presidente Mahmoud Ahmadinejad. Graças a ele, o azulão de Teerã ganhou por 1 a 0 fora de casa e na última rodada, quando só a vitória interessava.

No Irã, Januário (conhecido como Janvariô) é um superastro. Em lugares públicos é cercado por fãs histéricos -entre os quais torcedores do arquirrival Persepolis. A disputa para chegar perto do ídolo às vezes beira a pancadaria. Moças trajando o véu obrigatório tietam e se espremem ao lado do brasileiro, cena rara numa sociedade em que as mulheres se abstêm até de apertar a mão dos homens.

“Encontrei no Irã um carinho da torcida que eu nunca imaginaria”, disse o meia. Ele começou no Cascavel, em 1998, época em que se formou em engenharia civil. Passou pelo Vitória (BA) e por Portugal (Gil Vicente e Belenenses) e foi para o Irã em 2006. Jogou duas temporadas no Foolad, do interior, até ser contratado pelo Esteghlal.

O reconhecimento e o salário -“Duas vezes maior do que em Portugal”- ajudam a compensar as dificuldades. No tempo livre, Januário e a mulher, Pollyana, fazem churrascos com a pequena comunidade de brasileiros de Teerã -funcionários da embaixada e de ONGs. Ao confinamento se soma o conturbado ambiente político no país após a controversa reeleição de Ahmadinejad.

Januário diz não ter sido instruído a evitar o assunto, mas diz que se autopolicia para manter distância de temas espinhosos, principalmente pelo fato de o maior patrocinador do Esteghal (em persa, independência) ser o governo.

A volta ao Brasil é um sonho. “Sou realista. Sei que dificilmente teria lugar lá.”