– Quem Vai Administrar a CBF e a que Custo?

Boatos dizem que Ricardo Teixeira sairá, após anos, do comando da CBF. Alguns dão conta que o fará em breve; outros, que sairá quando definir um sucessor.

Aí fica a questão: quem vai mandar na entidade?

Infelizmente, não ouvimos personalidades do esporte como Zico, Parreira ou Brunoro sendo ventilados como gestores. Mas temos na disputa Marco Polo Del Nero, Rubem Lopes, José Maria Marin, Fernando Sarney ou Reinaldo Carneiro Bastos, em nomes tirados dos jornais de hoje.

Meu Deus… Trocaremos Seis por Meia Dúzia!

Além da triste perspectiva de que não teremos novidade positiva na direção da entidade, fica a constatação: Ricardo Teixeira, por tudo o que fez e ouvimos falar, não saiu. Mas sairá agora, PORQUE QUER. Ou alguém duvida que se batesse o pé, se sustentaria até 2014?

Outro ponto polêmico: a que custo será a negociação dos candidatos dirigentes? Politicamente, o que esses players oferecerão? Algo que me assustou: o ótimo Ricardo Perrone, no seu blog pelo UOL, relatou que até a troca de árbitros entre Federações faz parte dos acordos!

Justamente nessa virada de ano, onde as vagas FIFAS foram tão discutidas (a troca do árbitro Gutemberg de Paula / Péricles Bassols e a ascensão de Francisco Carlos do Nascimento – AL, mesmo tendo realizado péssima temporada), novas negociatas políticas com a tão fraca categoria dos árbitros?

Aí fica a questão: recentemente Goiás importou árbitros de destaque; Pernambuco terá assessoria de SP; Matogrossense trocando de estado…

Xiii… tudo coincidência com o que o bem informado Perrone escreveu?

Será?

É como na Política, e em específico, no Congresso Nacional: mudam os nomes, mas os costumes se mantém…

DISPUTA POR PODER DA CBF TEM AMEAÇADA DE CORTE DE MESADA E LOBBY DE ÁRBITROS

Por Ricardo Perrone (extraído de: http://is.gd/MFF5cK )

A guerra pela cadeira de Ricardo Teixeira, que ainda nem está vaga, já tem golpes baixos. O blog ouviu relatos de pressões e ameaças veladas nos bastidores do conflito entre dirigentes em volta da presidência da CBF.

Presidente de uma das federações rebeldes afirmou, sob a condição de anonimato, que um recado sutil chegou aos ouvidos dos descontentes. Se um grupo se delcarar contrário à presidência, não fará sentido a confederação continuar repassando dinheiro às federações amotinadas. A “ajuda de custo” seria cortada.

Como já escrevi aqui, há uma ala que ameaça romper definitivamente com Ricardo Teixeira por achar que foi abandonada pelo presidente ao mesmo tempo em que o cartola adotou a Federação Paulista.

Publicamente, ninguém mostrou ainda os dentes para o chefe, mas o blog apurou que Rio Grande do Sul, Santa Catarina e algumas federações do Nordeste fazem parte do grupo entrincheirado.

A pressão por apoio na sucessão de Teixeira, caso ele peça licença ou renuncie, envolve até os homens do apito. Teve federação grande oferecendo jogos de seu campeonato para árbitros de Estados menores apitarem em troca de aliança política. Um exemplo claro de como a guerra nos gabinetes pode rapidamente ter reflexos em campo.

– Dinheiro Barato a Juros Baixo: também quero!

Rafael Correa, Presidente do Equador, há 3 anos ameaçou dar calote na construtora brasileira Odebrecht e no próprio BNDES brasileiro, financiador de obras naquele país.

Agora, o BNDES voltará a emprestar dinheiro ao vizinho equatoriano, a juros baixíssimos!

Ué, a entidade não é um Banco voltado ao Desenvolvimento Nacional?

Aqui, os microempresários imploram por recursos. Mas para muitos, as verbas sobram!

– Google “parasita” no Safari?

Olha só que situação absurda, mas entendível nos dias atuais (se referindo a ações ousadas e discutíveis comercialmente): o Google é acusado de ter rastreado os sites e comportamentos dos usuários do navegador Safari, instalado nos iPhones e iMacs da Apple.

A ideia é: conhecendo as preferências dos usuários, oferecer produtos e serviços dos quais existam afinidade.

Cá entre nós: alguma novidade? Os sites de venda já fazem isso há um bom tempo…

– Se Renê é Bom, por que outros em mesma condição não podem ser?

Há certas ilusões no mundo profissional. Mitos e conceitos a serem rediscutidos.

Vanderley Luxemburgo como atleta foi um simples jogador. Como treinador, no auge, um dos melhores que vi.

Pelé, o maior atleta de todos os tempos, nunca se arriscou a ser treinador de fato. Diego Maradona, o segundo maior, o fez e foi criticado.

Quem disse que no futebol para ser bom em uma atividade, necessariamente deve-se ser vitorioso em outra?

Renê Simões é professor literalmente. Boa pessoa, didático, ótimo papo. Nunca ganhou títulos de relevância, mas tem experiência profissional ímpar (ou vamos nos esquecer da Jamaica ou do Feminino Nacional?). Um estudioso do futebol. Será coordenador das categorias de base do São Paulo Futebol Clube.

Vai dar certo. O futebol precisa disso: pessoas estudiosas, abertas à inovação e ao aprendizado.

Tomara que mais um mito do futebol caia: o de que pessoas inteligentes e que dominam a teoria não tem competência para certas atividades, seja de campo ou de análise.

– Carnaval Enfadonho!

Assisti a um pedaço do desfile das Escolas de Samba de SP durante a madrugada, quando já estava em plena atividade. Cara, que negócio cansativo!

Tudo bem, não sou carnavalesco. E respeito todos os que curtem a festa! Mas não tenho paciência de ver escola de samba cantando quase uma hora a mesma canção… Os jornalistas se viram para não ficar sem assunto!

Fico imaginando um caipira como eu na arquibancada do Sambódromo…

E a livre expressão poética da Hungria + Roberto Justus e o Menino Rei? Com todo respeito, mas a Escola de Samba (nem sei o nome da agremiação por ser ignorante no assunto) homenageou gratuitamente uma personalidade? E virou o “samba do crioulo doido!”

Na época de mercantilização da sociedade, se a homenagem fosse encomendada, não duvidaria…

Boa sorte e boas festas pra quem gosta!

– Dois Conceitos sobre o Barcelona

A Revista ESPN (ed Jan/2012, pg 14 e 15), traz uma interessante matéria sobre o Barcelona, e duas opiniões bem distintas de treinadores da antiga e da atualidade.

Pela visão do conservador Antonio Lopes, o “delegado”, jogar como o Barça é simples:

Pega o Bonsucesso e põe 10 jogadores que não erram passes. Vai fazer a mesma coisa que o Barcelona”.

Mas o inovador e observador Guardiola, atual técnico dos catalães, diz que:

Tentamos tocar a bola o mais rápido possível. É o que o Brasil sempre fez, segundo me contavam meus pais e avós”.

Duas simples definições sobre o Barcelona… escolha a sua! A do Lopes ou a do Guardiola?

– E Ninguém se preocupa com o dinheiro do Contribuinte…

Quinta-feira-16/02 a tarde em Brasília: dos quase 600 congressistas, encontram-se trabalhando apenas… 5!

Ah bom… estavam nas suas bases em atividade. Ok. Nada de descanso antecipado ou de matar o dia por culpa do Carnaval, né?

– Sorteios e Mais Sorteios: a Corrupção era o alvo, mas…

Cada vez mais começo a repensar sobre a importância do sorteio de árbitros.

Quando a imposição começou, perdi 13 rodadas seguidas, e depois venci 6. Poderia reclamar da sorte, da oportunidade, disso, daquilo…

Mas, quando criado, a ideia do legislador é de que o sorteio evitasse esquemas de corrupção, pois, escalado pela sorte, não existiria possibilidade de que o árbitro fosse previamente “vendido”.

Crendo-se que 100% dos árbitros de futebol sejam honestos, tal sorteio é uma rotulação desnecessária de preocupação com corrupção. E, enfim, o sorteio limitaria a capacidade de desenvolvimento das carreiras de jovens árbitros.

Duas observações:

1) De nada impedirá um dirigente corrupto em escalar árbitros passíveis de pressão. Ou as formas e modalidades de sorteio espalhadas pelo Brasil afora não permitem isso? A criatividade para elaborar o sorteio é assustadora!

2) Dirigente ADORA SORTEIO! É uma forma de justificar a má escala. Se o árbitro vai mal: “Pois é, é culpa do sorteio” Já viu treinador de futebol dizer: “Perdemos por minha culpa porque montei errado o time?” Não, é claro. Tampouco cartola do apito dizer: “Escalei mal ou elaborei mal o sorteio da rodada”.

A não-normatização padrão de sorteios permite tudo isso. Se a CBF, a FPF, a FERJ e outras tantas são entidades de direito privado, não deveriam dar satisfação de como escolhem seus árbitros. Mas ao mesmo tempo em que elas recebem tantos benefícios governamentais, geram tantos recursos financeiros e estão envolvidas até em Loterias, deixam de ter tanta liberdade.

A frouxidão do sistema permite que o árbitro seja passivo e aceite tudo isso. Ele não é empregado das Federações, é um prestador autônomo de serviço. Quanto mais escala, melhor para ele!

Um amigo (que não importa o nome) comentou sabiamente sobre os escândalos de arbitragem mundo afora, onde propinas milionárias são gastas (mais ou menos com essas palavras):

Aqui, a gente não vê isso; quem sabe no Brasil a corrupção é mais barata, pois ao invés de dinheiro se contentem com mais jogos nas escalas”.

Não acredito em corrupção (até, claro, se prove o contrário). Mas acontece que também não acredito em categoria 100% idônea. Certa vez, ouvi do excepcional Cláudio Carsughi:

Se Deus não poupou nem a própria Igreja, por que houvera de poupar justamente a categoria dos árbitros de futebol [e seus dirigentes]”.

Enfim: com ou sem sorteio, se o dirigente quiser, pelas inúmeras metodologias, escala quem quer e dentro da lei! O problema é: se tivéssemos bem definidos e gabaritados igualmente árbitros de 1ª, 2ª, 3as divisões, e por aí em diante, nada disso aconteceria.

Qual o problema em se sortear, se teoricamente Ouro é Ouro, 1 é 1, A é A?

Ou não é bem assim?

Se não existe árbitro de nível suficiente para atender as divisões de elite, aí é outro problema… ou isso também não é problema?

É muito cômodo atacar sorteio do que defender a meritocracia em rankings que, ao invés de serem objetivos, são subjetivos e com fórmulas confusas.

Na Administração de Empresas, utilizamos o termo “Destruição Criativa” para repensarmos novos métodos. Entretanto, de nada adianta novas práticas gerenciais se os que atuam não abandonam costumes/hábitos anteriores.

Aliás… tal assunto é tão cansativo que se torna repetitivo, não? O futebol, infelizmente, está tão mal dirigido; os clubes em nível técnico tão baixo; a alegria das arquibancadas tão ameaçada pela violência e intolerância, que, falar de futebol, cansa. E de dirigente, mais ainda!

– É dessa (e pra essa) pureza que vale viver!

Carnaval com inocência é das criancinhas. Isso sim vale a pena!

Como é bom curtir tais sorrisos…