Comparar é um desafio ímpar. Uma tarefa árdua, e ao mesmo tempo, tola.
Sim, tola, pois em alguns casos, há situações incomparáveis, pois as bases de comparação são mutáveis e diferentes no tempo.
Imagine o universo do futebol. Como alguém pode querer comparar Di Stéfano com Maradona? Jogaram com chuteiras de outras tecnologias, regras com algumas modificações, qualidade dos gramados, outros esquemas de jogo e companheiros diferentes (se levarmos em conta os 50 anos que distam suas atuações).
Quer outro problema? Poucos puderam ver Leônidas da Silva e Ronaldo, por exemplo. Quem seria melhor? O Diamante Negro, inventor do gol de bicicleta (que o fez ao receber a bola descalço – seu gol seria invalidado pelas regras hoje), ou o Fenômeno, recordista de gols em Copas do Mundo? Quantas pessoas assistiram os dois em campos? Não se esqueça: leve em conta os fatores acima (gramado, chuteira, esquemas).
A mídia também tinha outros recursos. Quantas pessoas assistiram em suas casas a transmissão “Ao Vivo” da Final da Copa do Mundo de 58 e quantas assistiram Barcelona X Santos no mês de dezembro?
Um grande viés: o evento contemporâneo encanta! Os jovens de hoje tem na retina Messi; os de 30 anos têm Ronaldo e Zidane; os quarentões têm Maradona; o pessoal de 50 anos lembra de Cruyff e Beckenbauer; os sexagenários têm Pelé.
Portanto, é bobagem querer comparar. Só dá para fazer qualquer tipo de análise aqueles que possuem mais de 80 anos. E com várias considerações!
Tudo isso foi dito pois a Sport Illustred, conhecida revista americana, fez um ranking mundial de todos os tempos e o maior jogador da história é… Messi (que ainda não terminou a carreira, mas é comparado). Pelé ficou em quarto lugar. Veja a lista:
1 – Lionel Messi (ARG)
2 – Diego Maradona (ARG)
3 – Johann Cruyff (HOL)
4 – Pelé (BRA)
5 – Franz Beckenbauer (ALE)
6 – Lev Yashin (URSS)
7 – Michel Platini (FRA)
8 – Bobby Moore (ING)
9 – Zinedine Zidane (FRA)
10 – Ferenc Puskas (HUN)
18 – Zico (BRA)
19 – Ronaldo (BRA)
22 – Roberto Carlos (BRA)
24 – Ronaldinho (BRA)
28 – Garrincha (BRA)
29 – Carlos Alberto(BRA)
34 – Falcão (BRA)
40 – Romário (BRA)
45 – Nilton Santos (BRA)
57 – Cafu (BRA)
Ainda sobre listas: o que dizer da IFFHS (Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol), que fez a eleição do melhor árbitro do Quarto de Século? Eis a lista:
1.º – Pierluigi Collina (Itália).
2.º – Markus Merk (Alemanha).
3.º – Kim Milton Nielsen (Dinamarca).
4.º – Peter Mikkelsen (Dinamarca).
5.º – Oscar Ruiz (Colômbia).
6.º – Sandor Puhl (Hungria).
7.º – Urs Meier (Suíça).
8.º – Anders Frisk (Suíça).
9.º – Pier-Luigi Pairetto (Itália).
10.º – Helmut Krug (Alemanha).
Para nossa tristeza, os árbitros brasileiros desse período foram classificados bem atrás:
45.º – Marcio Rezende de Freitas.
50.º – José Roberto Wright.
58.º – Romualdo Arppi Filho.
72.º – Arnaldo David César Coelho.
93.º – Carlos Eugenio Simon.
98.º – Sálvio Spínola Fagundes Filho
100º- Renato Marsiglia.
E você, gosta da ideia de listas? Deixe seu comentário:

