– Brasil de Primeiro Mundo? Você Acredita?

Dias atrás, debatemos no blog sobre o fato do Brasil ter superado o Reino Unido e alcançado o posto de 6ª economia do mundo (em: http://is.gd/xSlTDv). Agora, leio uma coluna de Elaine Catanhêde na página 2 da Folha de São Paulo de hoje. Sensacional! Ela vai no “X” da questão: que potência é essa com tantos problemas?

QUE POTÊNCIA É ESSA?

por Elaine Cantanhêde

A grande (e ótima) novidade anunciada durante as minhas férias foi que o Brasil passou o Reino Unido e é agora a sexta economia do mundo. Uau! Somos uma potência! Mas que potência é essa?

A infraestrutura é sofrível. Os “apaguinhos” são quase rotina, os portos estão cheios de gargalos, as estradas são péssimas, ferrovias praticamente inexistem.

Chegar de uma viagem internacional é um inferno no Galeão e em Guarulhos, as grandes portas de entrada, e até mesmo em aeroportos menores, como o de Natal, onde há três (isso mesmo: três) esteiras de bagagem até que a ampliação seja concluída.

uanto à educação: Será que o país tem boas escolas para a maioria e profissionais de ponta para enfrentar os desafios do crescimento e da competitividade em todos os setores? Há dúvidas.

E o país consegue ser a sexta economia mundial com um IDH ainda vexaminoso. Quando você passeia pelo interior do Nordeste, onde as coisas vêm melhorando, é verdade, assusta-se com os ainda extensos bolsões de miséria atolados em dois ou três séculos atrás.

Povoados sem asfalto, um atrás do outro, com crianças barrigudinhas e descalças correndo na poeira, entre mulheres de ar sofrido e pele encarquilhada e homens trôpegos pela cacha e pelo cansaço de uma vida inteira de trabalho duro, debaixo de sol a pino e em regime de semiescravidão.

Não consta que haja gente e cenários assim no Reino Unido e na França, o próximo país a ser, bem antes do que se previa, ultrapassado pela economia emergente do Brasil.

O que está em pauta não é (só) o ritmo da economia e o complexo equilíbrio entre crescimento mais baixo e inflação debochada, mas principalmente a qualidade do desenvolvimento. Há que se discutir por que, para que e para quem o Brasil assume ares de potência.

– A Estabilidade (ou falta de) dos Treinadores mudou no Brasil?

Jorginho, treinador da Portuguesa, deu uma sincera declaração ao Marcos Sérgio Silva, na revista Placar, Dez/2011, pg 67.

Eu falo para o jogador: ‘Não me sacaneie’. Não posso deixar gente de mau caráter continuar trabalhando no futebol, porque ele vai te derrubar”.

Ele era atleta também. O bom e sofrido Jorginho sabe que se jogador forçar a barra, derruba treinador mesmo. E há quem diga que jogador não faz isso…

O treineiro continua prestigiado; mas, no Brasil, a qualquer sintoma de crise, sobra para o treinador. Ou será que com os casos de Tite e Luxemburgo, que balançaram em 2011 mas permaneceram nos seus cargos, a coisa mudou? Ou só não foram demitidos por não termos nomes disponíveis na praça?

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– A Ressurreição da Gradiente

Ela já foi a número 1 do Brasil, mas conheceu a crise e ficou 1 ano sem produzir. Eugênio Staub, empreendedor respeitado, viu a derrocada e agora prepara o ressurgimento da marca Gradiente.

Extraído de: http://is.gd/lnV1iE

PRODUTOS GRADIENTES DEVEM VOLTAR ÀS LOJAS EM ABRIL

Depois de quatro anos sem produzir, os produtos da Gradiente devem voltas às lojas no segundo trimestre deste ano, segundo afirmou o presidente da IGB Eletrônica (antiga Gradiente), Eugênio Staub. No entanto, o executivo não informou quais produtos serão comercializados.

A marca será operada pela Companhia Brasileira de Tecnologia Digital (CBTD), com controle dividido entre a IGB e um fundo de investimento que tem participação de dois fundos de pensões estatais (de Petrobras e Caixa). A nova companhia deve ter ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo ainda este ano.

A Gradiente, que já foi a maior fabricante brasileira de eletroeletrônicos, entrou em uma grave crise financeira em 2007, quando paralisou duas fábricas e as vendas no mercado. A companhia lançou um plano de reestruturação em 2008 e o processo de recuperação extrajudicial foi aprovado em 2010.