– Como explicar a depressão para… idiotas!

Li no Blog “Reset a Vida” e concordo com o que ele testemunha: muitas pessoas só entenderão o que é a depressão após tê-la sofrido!

Veja que artigo precioso, abaixo, extraído de: https://reseteavida.wordpress.com/2020/11/23/como-explicar-a-depressao-para-os-idiotas/

COMO EXPLICAR A DEPRESSÃO PARA OS IDIOTAS

por Rodrigo Rosa

Por toda a vida eu fui um completo idiota quando o assunto era depressão. Nunca questionei as mensagens que recebia sobre a doença, de modo que por um lado eu era ignorante, por outro, perpetuava conceitos que não correspondem à verdade. Em plena era digital da informação, eu me prestava ao papel de disseminador de desconhecimento.

Escrevo este artigo para que você, que já passou pela depressão, explique a doença para pessoas semelhantes ao meu eu antigo.

Pra começo de conversa, é preciso perdoar incondicionalmente o idiota. É difícil, mas é necessário. Você sabe o quanto é humilhante que os idiotas o julguem uma pessoa fraca. Sabe como irrita quando os idiotas menosprezam sua dor. Sabe como irrita ver idiotas na rua usando camisetas com frases do tipo “Não tenho depressão porque tenho Jesus no coração”. Sabe a besteira que os idiotas estão falando quando afirmam que são imunes à depressão porque levantam da cama todo dia irradiando felicidade.

Como se o sentimento de felicidade fosse o bastante para estar imune a doenças.

Perdoe os idiotas que insistem na ideia de que depressão é falta de vontade, preguiça, desvio de caráter, doença de rico. Seja melhor que eles. Recorra à empatia para perdoá-los. Eles não conhecem a sua realidade e são incapazes de sentir empatia por uma pessoa deprimida. A fraqueza não é sua. É deles. Perdoe.

Para explicar a depressão para idiotas é preciso ser direto e dizer que ela é uma doença, não uma escolha. Assim como ninguém escolhe ter gripe, sarampo ou diabetes, ninguém escolhe ter depressão. Por mais apática e indiferente à vida uma pessoa seja, ela jamais vai fazer a escolha de ficar doente. Ninguém escolhe isso. Ninguém escolhe ter depressão e se isolar, ficar de cama ou se matar. Esses acontecimentos são consequências, não escolhas.

Explique aos idiotas que nós, depressivos, temos um pequeno defeito cerebral. Esse defeito é um provável fator genético. Assim como não escolhemos nossa altura ou cor dos olhos, não escolhemos esse defeito. Mas é possível também que a gente tenha nascido com o cérebro perfeitinho, e o meio em que vivemos tenha gerado esse defeito. Não se sabe. O que sabemos é que não é culpa nossa.

Esclareça esse defeitinho aos idiotas. Diga que o cérebro humano tem bilhões de neurônios, e entre um neurônio e outro há um espaço ocupado por substâncias químicas, os neurotransmissores. Explique que a baixa quantidade de neurotransmissores é, em termos gerais, a depressão. Ou seja. Se nascemos com predisposição a ter menos neurotransmissores que o normal, poderemos desenvolver depressão. Ou, se nosso organismo reage ao meio em que vivemos produzindo menos neurotransmissores, poderemos desenvolver depressão.

Quando os idiotas querem dizer que alguém não bate bem das ideias, diz que “o fulano é tarja preta”. Medicamentos tarja preta são prescritos aos doentes mentais, entre esses, os deprimidos. Diga aos idiotas que está tudo bem usar remédio tarja preta. O que não cai bem é se referir a doentes mentais e seus tratamentos de forma tão pejorativa.

Para completar, a respeito do medicamento tarja preta, ensine o mecanismo de ação dos antidepressivos: eles impedem que os neurônios reabsorvam os neurotransmissores que já estão ali em seu espacinho fazendo seu vigoroso trabalho de proporcionar sinapses – que é a comunicação entre neurônios. Dessa forma, o nível de neurotransmissores não cai.

Resumidamente, isso é tudo o que os idiotas precisam saber sobre a metade bioquímica da depressão. A outra metade é a psicológica.

Faça com que o idiota entenda isto: depressão não é tristeza, melancolia, desmotivação, baixa autoestima e amargura, embora tudo isso e mais um pouco seja consequência da depressão. Quando não causada apenas pelo fator bioquímico, a depressão é causada por traumas psicológicos ou emocionais, ou pela combinação de tudo isso. Depressão é uma doença complexa e sem respostas prontas. Alterações hormonais, pressões psicológicas, frustrações emocionais, traumas na infância, perdas, ataques, meio ambiente, condições de vida degradantes: tudo isso pode ocasionar a depressão. É por isso que nós, os deprimidos, precisamos de remédios e psicoterapia quando a doença ataca. E tempo. Muito tempo. Nosso tratamento é demorado, custoso e cheio de indas e vindas. Ao contrário do que eles, idiotas, pensam, nosso tratamento exige dedicação, disciplina e uma força de vontade acima da média, em um nível que talvez eles mesmos não tenham. É cansativo pra caramba, mas a gente persiste. Por isso, não precisamos de reprimendas e julgamentos. Precisamos de aplausos.

Não deixe de mencionar aos idiotas que depressão não tem cura, apenas tratamento e controle. Uma vez que uma pessoa tenha passado por ela, a chance de que retorne é de cinquenta por cento. Quando alguém passa por dois episódios de depressão, as chances de vivenciar o terceiro aumenta para setenta por cento. Algumas pessoas têm depressão severa e podem precisar de tratamento contínuo pelo resto da vida. Definitivamente, isso não é fraqueza pessoal ou acomodação.

Avise aos idiotas que, durante um episódio de depressão ou durante o tratamento, é provável que nós, os deprimidos, fiquemos introspectivos. Deixaremos de comparecer a aniversários, não conversaremos muito, talvez a gente evite manter contato por um tempo. Peça aos idiotas que, ao perceberem esses sinais, em vez de pensarem que não estamos nos importando com eles, tomem a iniciativa de nos visitarem, de nos procurarem. Será uma ajuda e tanto. Faça-os pensarem o seguinte: quando estão com dengue, conjuntivite, gripe ou qualquer uma dessas doenças de grande ocorrência, tudo o que menos querem é ir a um churrasco com bebedeira. Pois é assim que nos sentimos quando estamos com depressão. No entanto, a depender do estado do doente, talvez seja legal receber uma visita, bater um papo, se distrair um pouco, tirar o foco da doença.

Falando em ocorrência, informe aos idiotas que mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo estão com depressão. No Brasil, quase 12 milhões. Fora as pessoas que não têm acesso a tratamentos e não entram nas estatísticas ou que, apesar de doentes, optam por não se tratarem.

É muito comum que nós, os deprimidos, mudemos nossa visão do mundo após passar pela depressão. Comigo foi assim e, se é seu caso, compartilhe suas novas ideias, práticas e perspectivas. Conte para os idiotas que, após a depressão, passamos a nos interessar mais por saúde e bem-estar. Começamos novas atividades esportivas, mudamos nossos hábitos, deixamos de consumir drogas – inclusive a mais consumida, o álcool –, alteramos nossa cultura alimentar e nos conectamos melhor conosco e com o mundo. Às vezes os idiotas criticam, dizem que mudamos muito, que não queremos saber mais disso ou daquilo. Peça a eles que sejam só um pouquinho menos idiotas e guardem suas críticas para si.

Agora, se depois de todas as explicações acerca da depressão, os idiotas continuarem corroendo o mundo com suas idiotices, exclua-os da sua vida. Ninguém precisa ter esse tipo de gente intoxicando a nova realidade de quem passou por um episódio de depressão e venceu o desafio. Nossa vida está cheia de idiotas, inclusive entre amigos e familiares bem próximos. Se você está deprimido, em tratamento ou passou por uma crise de depressão e se recuperou, não se sinta culpado por manter a distância segura e necessária dessas pessoas, a fim de valorizar e promover o seu bem-estar. Continue em seu caminho de aprendizado, criação e amadurecimento, ciente de que fez o seu melhor para livrar o mundo de, ao menos, uma porção da idiotice.

Foto: Bigstock (https://www.thetruthaboutguns.com/city-officials-can-only-preach-more-gun-control-to-do-something-about-soaring-violent-crime/)

– Meditação sobre o Futebol:

Por Paulo Delgado, esse belo texto sobre o futebol “das antigas” versus o futebol “moderno” nos leva a pensar: para onde vai o esporte que tanto amamos, e o quanto ele já mudou?

Texto do Estadão (10/04/2024).

MEDITAÇÃO SOBRE O FUTEBOL

Sem ter mais identidade autêntica, a espiral de decadência do esporte está bem próxima da depressão clínica a que chegou o futebol. Só o tempo dirá para onde estamos indo.

Desdenhar das ilusões, do devotamento e do entusiasmo do torce-dor; não entender o papel dos jogos como educador coletivo de multidões apaixonadas; e estimular a desconsideração pela história de profissionalismo dos autênticos campeões mundiais é como entorpecer o cavalo para mantê-lo nas rédeas de modo mais fácil. Na história do futebol atual, a atrofia da imaginação que o cerca, reduzindo tudo ao prazer e risco do negócio, nega sua tradição, sua civilida-de, seus rituais e interação social e, alienado em relação ao seu passado, pode significar outra coisa, menos esporte.

O torcedor dos clubes talvez seja aquele que, por sua bondade e sua lealdade, se torne o mais facilmente explorado, pela facilidade com que pode ser usado. Sem carecer de nenhum defeito, sem amenizar nenhuma diferença entre eles, a maioria dos clubes parece singularmente hábil na arte do embus-te, sem se vincular ao dever de ver o esporte como deveria ser.

A arrecadação compensa a falta de virtude não cobrando nada dela, a faz mesmo um des-perdício. O sentimento de sua maior vantagem é encontrar cada vez mais formas de engajamento das torcidas, sem nenhuma penalidade por descaracterizar todos os símbolos de sua história de torcedor. Avança sobre tudo, cada vez mais retrocede em princípios. As mudanças em voga no mundo do futebol transbordam em deslizes. Por trás da sua força, a falta de graça é ter o torcedor como vasilha humana receptiva.

Sem a passividade do torcedor, o poder dos clubes não cumpriria seu destino. Há clube que esta à frente de seu tem-po, mas não está no caminho certo; há outro que pode estar no caminho certo, mas não é o clube certo para enfrentar o desafio do caminho. Rendidos aos patrocinadores, vendidos aos compradores de marcas que lambuzam de manteiga todos os lados do pão que com-praram, não existem mais técni-co, time, história ou uniforme.

Insolentes na facilidade, os clubes de donos de marcas ensinam seus torcedores a se emocionar com clichês, mudando o nome do clube para o nome da marca de salsicha ou remédio para fixar a amnésia.

Os clubes de futebol são hoje outra coisa, sem sabedoria diante da pressão para fazer dinheiro quelhes cobra o compromisso com o salário de tanto jogador ruim-milionário, butique sem cultura, morrendo de vontade de ser amado, admirado.

Todo o glamour do jogador medíocre díocre-bilionário vem, no campo, dos disparates que despeja sobre a bola e, fora dele, da autópsia que revela seu caráter.

Sua celebridade é perceber que é mais fácil e agradável fracassar como atleta e tratar de fritar sua alma no inferno do ouro de tolo onde os petro-reis compram seu séquito. Jogadores cobiçosos, tortos de bobos, que estragaram toda uma geração para o futebol, são como pessoas ambiciosas que entram na cadeia alimentar uns dos outros agrupadas em torno do transe de seus apetites.

(Continua na imagem abaixo):

– E há algum fundo de verdade?

Já rodou pela Web algumas vezes esse texto, e sempre ele parece ser oportuno para discussões: temos na sociedade uma geração que prega a causa do politicamente correto e levanta bandeiras justas, mas, contraditoriamente, não age de maneira coerente no próprio lar e com os seus próximos?

Abaixo:

TRISTE GERAÇÃO QUE SE ESTRESSA POR TUDO

“Andam de carro, uber, táxi… Não lavam suas cuecas, nem suas calcinhas.

Não buscam conhecimento. Nem espiritualidade. Não se encantam com decorações natalinas, nem com um ipê florido no meio da avenida.

Reivindicam direitos de expressão e não oferecem nada em troca. Nenhuma atitude.

Consideram-se vítima dos pais. Julgam. Juízes duros! Impiedosos! Condenam.

Choram pelo cachorro maltratado e desejam que o homem seja esquartejado.

Compaixão duvidosa. Amorosidade mínima. “Preciso disso! Tem que ser aquilo!” E haja insatisfação! Infelicidade. Descontentamento. Adoecimento. Depressão. Suicídio… Geração estragada.

Inconformada. Presa em suas desculpas. Acomodada em suas gaiolas de ouro. Postam sorrisos, praias paradisíacas, mas não se banham no mar curador.

Limpam o lixo na praia com os amigos e não arrumam a própria cama. Em casa, estampam tristeza, sofrimento, dor… a dor de ter que crescer sem fazer por onde… merecer.”

Autor Desconhecido

Imagem extraída de Espaço Psique, em: https://pages.facebook.com/ClinicaEspacoPsique/photos/a.758927924190830/3470592426357686/?type=3&source=48

– Qual geração mais se reinventou? A X, sem dúvida!

Falam muito da Geração Z ser a mais nativa com a tecnologia. De fato, isso é uma obviedade.

Porém, se perguntar qual mais se reinventou, foi a Geração X!

Quer uma prova?

Aqui, na imagem: 

– As qualificações e aprendizados que nós devemos obter e nem as máquinas conseguem!

Não somos robôs feitos com perfeição e precisão indiscutíveis e/ou infalíveis. Somos seres humanos que precisamos aprender a viver com as adversidades inevitáveis na vida pessoal e profissional.

Compartilho esse ótimo artigo a respeito deste assunto:

Extraído de: https://www.linkedin.com/pulse/competências-que-os-robôs-não-têm-milton-beck/?trk=eml-email_feed_ecosystem_digest_01-recommended_articles-4-Unknown&midToken=AQEuiQ98yJUGTQ&fromEmail=fromEmail&ut=1GN6o5fM9RY8s1

AS COMPETÊNCIAS QUE OS ROBÔS NÃO TÊM

Por Milton Beck

O avanço da tecnologia não dispensa as habilidades unicamente humanas – e nada melhor do que a vida real para nos preparar para um mundo mais integrado.

Há conversas que, mesmo informais, levam a reflexões sobre temas profundos, urgentes e complexos. Lembro-me de um diálogo descontraído em um almoço com dois amigos alguns anos atrás. Todos tínhamos trabalhado em empresas de tecnologia juntos e comentávamos episódios profissionais, quando um deles falou, orgulhoso:

“Nunca deixei de cumprir um orçamento na vida! Sempre atingi minhas metas.” 

O outro amigo, que ocupava um cargo mais alto do que nós dois, nos surpreendeu com sua resposta.

“Que pena. Se tivesse passado pela experiência de não atingir suas metas teria aprendido com isso e, certamente, seria um profissional ainda melhor.” 

Na hora, aquilo me fez pensar. Aquele almoço voltou à minha mente, enquanto assistia ao episódio Kintsugi, da série The Man in the High Castle. Eu não conhecia essa palavra japonesa, tampouco seu significado. Trata-se de uma técnica de reparação de peças de cerâmica quebradas, a partir da junção dos pedaços usando um verniz polvilhado com ouro, deixando à mostra as “cicatrizes” do objeto. Depois da reconstituição, muitas peças se tornam mais valiosas do que eram originalmente.

O Kintsugi é também uma filosofia de vida que parte do princípio de que erros e adversidades são inevitáveis. Diante delas, o que podemos fazer é recuperar a ordem interna e aprender a viver com suas marcas. Como diz uma das personagens no episódio: “Imperfeições podem ser belas”.

O que capturou a minha atenção naquelas cenas foi a reflexão sobre a valoração de algo a partir do erro. Da experiência. Em vez de tentarmos apagar os tombos de nosso currículo, o Kintsugi sugere que incorporemos os aprendizados e sigamos em frente melhores do que éramos antes da quebra.

A verdade é que, no ambiente corporativo, não costumamos lidar bem com erros. O orgulho do meu amigo sobre seu bom desempenho é compreensível. Nutrimos a crença de que quanto menos erramos, melhor somos. Mas isso não é a realidade. Cair e levantar pode nos ensinar, na prática, sobre resiliência e nos ajudar a desenvolver empatia pela situação de outras pessoas.

BIG DATA E OLHO NO OLHO

O tema voltou à minha mente pela terceira vez recentemente, quando vi os resultados de uma pesquisa conduzida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (IDB) em parceria com o LinkedIn. O estudo se baseou em pessoas que usam a nossa plataforma em dez países, incluindo o Brasil. O objetivo era identificar as mudanças no universo do trabalho – e como elas estão afetando as competências que se esperam dos profissionais de diferentes áreas. O estudo, que abrangeu 50 mil habilidades, trouxe algumas revelações que corroboram a tese do meu amigo sobre a importância do erro.

As profissões ligadas à tecnologia, como desenvolvedor de software, analista de segurança da informação e webdesign, aparecem como uma forte tendência de crescimento na pesquisa. Isso não significa que os robôs e softwares de inteligência artificial tomarão conta de todos os postos de trabalho – como teme uma parcela significativa dos trabalhadores brasileiros. Falado isso, os empregos serão sim transformados, mas o que deve direcionar essa transformação são as habilidades que só a experiência humana pode desenvolver.

As funções na área de TI que mais devem crescer são aquelas que demandam qualidades tipicamente humanas – entre elas, estão as habilidades transferíveis, isto é, que podem ser adaptadas de um setor para outro. Por exemplo, a capacidade de analisar um cenário complexo, de se adaptar, planejar e gerir uma estratégia de negócio, ainda que não se conheça profundamente a parte técnica do trabalho. As habilidades transferíveis ajudam os profissionais a encontrar soluções criativas para os desafios da empresa, e a identificar oportunidades de carreira fora de seu escopo tradicional.

Cruzar informações de diferentes fontes, fazer associações entre dados de diferentes mercados, ter a sensibilidade para reconhecer talentos e saber gerir grupos multidisciplinares são habilidades chamadas de soft skills (ou habilidades comportamentais). Elas são tão urgentes quanto as de automação de atividades. Não podemos subestimá-las por serem menos objetivas. É justamente sua natureza “fora da caixa” que as torna valiosas.

Isso não significa que as hard skills – habilidades técnicas – deixarão de ser importantes. Elas são (e continuarão sendo) básicas para a maior parte das profissões. Sem entender do negócio é difícil ser um bom profissional. O efeito colateral da supervalorização das soft skills é dar a impressão de que basta saber se relacionar para tomar as melhores decisões. Não é isso.

A tecnologia continuará a avançar pela maior parte das áreas corporativas, substituindo o ser humano em tarefas como pesquisa de dados e identificações de padrões. Mas, com mais informações na mesa, se torna ainda mais necessário ter uma cabeça pensante e um olhar sensível para tomar decisões. E para lapidar essas capacidades unicamente humanas, meu amigo tem razão: poucas coisas ensinam mais do que um tombo no mundo real.

Universidade de Tóquio desenvolve robô que se mexe como humano | Notícias | TechTudo

Imagem extraída de: https://www.techtudo.com.br/noticias/2012/12/universidade-de-toquio-desenvolve-robo-que-se-mexe-como-humano.ghtml (Kenshiro é o robô mais próximo de um ser humano atualmente (Foto: Reprodução/IEEE Spectrum) — Foto: TechTudo)

– Nas crises, você muda seu comportamento?

Reflita:

“Crises não mudam as pessoas, apenas as revelam.”

Eric Walters

Propício para verificar se isso é real no momento atual, não?

Resultado de imagem para personalidade verdadeira

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida. Quem conhecer, favor divulgar para créditos.

– A Obrigação em Trocar Presentes para quê? Sobre o 13º e a sua origem:

Por que temos, nessa época natalina, que obrigatoriamente gastar mais e mais? Trocar presentes é realmente necessário?

Mais do que tudo isso, deve ser o afeto desinteressado, a demonstração verdadeira do espírito de Natal.

O cidadão comum pena com as contas e a correria dessa época. O empresário também, com os custos dos encargos.

No século passado, a gratificação natalina era comum. Se baseava na gentileza dos patrões para que os empregados comprassem um agrado de Natal. O Governo tornou-a obrigatória com o nome de 13o. Hoje, isso virou renda para pagar dívidas de final de ano, não mais um agrado sincero.

Enfim: mais um problema para o empreendedor que não teve vida fácil no ano e, ao mesmo tempo, um dinheiro muitas vezes insuficiente para quem trabalha e aguarda ansioso esse bônus.

Imagem extraída de: https://coparecreio2013.wordpress.com/2013/12/14/feliz-natal-e-prospero-ano-novo/

– O Influencer e a Hóstia: falta de noção ou falta de responsabilidade?

Caio Scheffer é um dos milhares de criadores de conteúdo que, talvez equivocadamente, sejam chamados de influencers (afinal, influenciam a quem?).

Ele postou em suas redes sociais que “comprou um saco de hóstias” para satisfazer sua curiosidade sobre o sabor, por não ter sido catequizado na Igreja Católica.

No vídeo, sabemos que não é a Hóstia Consagrada, portanto, não é a Sagrada Eucaristia ali presente. Mas mesmo assim, penso que uma pessoa mais madura evitaria tal vídeo como o que Caio produziu, até em questão do deboche que ele fala.

Para quem não assistiu, em: https://youtu.be/WCwlq7Hvy7Q?si=g0Vz8i8Skvkm8z1

– Como Afastar os Jovens das Drogas?

Reflita:

“Nem todos os usuários de crack são pobres, mas o crack empobrece a todos”.

Tal frase está na Revista Época (ed 630 de 14 de junho de 2010, pg 71-78, por Rodrigo Turrer e Humberto Maia Júnior), onde a matéria de capa procurou mostrar como tentar prevenir a dependência de drogas entre os jovens.

A reportagem é didática, interessante, e mostra como as drogas invadiram a classe média brasileira. Um verdadeiro alerta aos pais, aos filhos e à sociedade em geral. Para quem ainda defende a liberação das drogas, o texto é algo para se pensar mais!

Para acessá-lo, entre direto no site de Época: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI147183-15257,00-COMO+AFASTAR+OS+JOVENS+DO+MUNDO+DAS+DROGAS+TRECHO.html

Lei torna obrigatória a exibição de vídeos educativos nas aberturas de eventos culturais | Alessandra do Brumado

Imagem extraída de: https://alessandradobrumado.wordpress.com/2014/09/15/lei-aprovada-pela-camara-torna-obrigatoria-a-exibicao-de-videos-educativos-nas-aberturas-de-eventos-culturais/

– A Psicologia da Reclamação: Cuidado com suas queixas… e busque estratégias para evitá-las!

Reclamar vicia as pessoas? Óbvio que sim…

Grandes santos católicos já falaram da necessidade de ter ânimo e evitar queixas ou lamúrias. Por exemplo: o Papa Francisco reza diariamente a “Oração do Bom Humor“, de São Thomás More (a conheça aqui: https://wp.me/p4RTuC-Bq8). Já São Bento tinha a Regra 34, onde ele lembrava a necessidade de uma vida sem murmuração para alcançar a Graça Divina (aqui: https://wp.me/p4RTuC-kJD).

Leio, agora, que a Ciência fala um pouco mais sobre os males do ato de reclamar e busca soluções para evitar que ele aconteça. Veja só que interessante, em: https://g1.globo.com/saude/saude-mental/noticia/2024/11/25/psicologia-da-reclamacao-o-custo-mental-emocional-e-ate-fisico-de-reclamar-de-tudo-sempre.ghtml

PSICOLOGIA DA RECLAMAÇÃO: O CUSTO MENSAL, EMOCIONAL E ATÉ FÍSICO DE SE RECLAMAR SEMPRE.

Por Maria Garcia Rúbio

Vamos imaginar uma situação muito comum: duas pessoas andando rapidamente se cruzam na rua. Podem ser amigos, colegas de trabalho ou conhecidos. Um deles cumprimenta com um “ei, tudo bem?” ou “como você está?” Automaticamente, o outro responde: “tudo indo” ou “vamos andando”. Pouco depois, cada um segue seu caminho. O breve encontro é marcado desde o início pelo ato da reclamação sistemática.

No entanto, foi demonstrado que o queixume crônico tem um impacto significativo na saúde emocional, mental e até física tanto daqueles que reclamam como dos que recebem as lamentações.

  • Um fenômeno cotidiano:

Aqui, abordaremos a expressão repetida de insatisfação, frustração ou desconforto com situações percebidas como negativas. É um fenômeno quase universal que pode ser extrapolado para contextos familiares, profissionais e sociais. Longe de ser uma visão catastrófica, as reclamações ocasionais são uma parte normal da experiência humana. A exaustão emocional e fisiológica ocorre quando esse humor negativo invade nossas rotinas diárias.

Mas por que lamentamos tanto? Alguns especialistas consideram que funciona como um mecanismo de enfrentamento através do qual liberamos a tensão ou buscamos validação. Especificamente, observou-se que ao reclamar buscamos a aprovação da nossa opinião ou percepção, como se fosse um ciclo.

Até o momento, ela funciona como estratégia de apresentação perante nosso grupo social. É uma função adaptativa do ser humano.

O problema é quando se torna crônico e se estende a vários contextos. É uma situação que se agrava com o uso e abuso das redes sociais, em que é comum que pessoas influentes das populações mais jovens dediquem grande parte do seu conteúdo a desabafar sobre isto e aquilo como estratégia para atrair seguidores ou para criar debates e troca de comentários.

  • Impacto no cérebro e na saúde mental:

Embora seja um campo de pesquisa pioneiro e necessite de mais estudos, a neurociência já se aprofundou na etiologia e nas consequências do ato de queixar.

Várias pesquisas confirmaram que o cérebro humano foi projetado para identificar ameaças e problemas, o que explica porque é tão fácil focar no negativo e porque algumas pessoas tendem a reclamar mais do que outras. Este é um mecanismo evolutivo de origem protetora: o cérebro tende a se fixar no que é ruim porque isso lhe permitiu enfrentar um perigo real há milhares de anos e aumentou suas chances de sobrevivência.

Tal efeito, denominado viés de negatividade, pode tornar-se contraproducente no ambiente moderno, uma vez que focar continuamente no que não está bom pode alterar a maneira como as pessoas veem o mundo e, assim, promover novas interações como aquelas baseadas em reclamações.

Observou-se, também, que as queixas diárias estão correlacionadas com sintomas de ansiedade e depressão. Especificamente, com pensamentos intrusivos, ruminação, baixa autoestima, cansaço e fadiga mental. Portanto, indivíduos que não param de reclamar de tudo tendem a ser mais pessimistas e menos resilientes diante das adversidades.

  • Estratégias para mudar de atitude:

A seguir, explicamos algumas das formas de interação e enfrentamento mais recomendadas na consulta psicológica:

  1. Pratique a gratidão. Focar a atenção no momento concentrando no que temos/conseguimos promove a gratidão. Registrar coisas pelas quais podemos nos sentir gratos em um diário ajuda a mudar a perspectiva.
  2. Procure soluções. Fazer, por exemplo, uma lista de possíveis ações para melhorar uma situação nos dá uma sensação de controle e reduz a frustração.
  3. Preste atenção às próprias palavras. A psiconeurolinguística nos ensina que estar ciente da linguagem que usamos e modificá-la para que seja mais positiva ou neutra pode nos ajudar a mudar nosso padrão de pensamento.
  4. Estabeleça limites com outras pessoas. Este é um mecanismo de proteção. Significa, por exemplo, evitar conversas que foquem muito no negativo ou propor uma abordagem mais construtiva para os problemas.

Sem dúvida, ter consciência do hábito pouco saudável de reclamar incessantemente e tentar mudá-lo é fundamental para melhorar a qualidade de vida. É um objetivo que faz parte do crescimento pessoal de cada indivíduo e que pode ser reforçado com o apoio da terapia psicológica.

Antes de reclamar novamente, considere os efeitos cerebrais, emocionais e sociais que isso acarreta. E lembre-se: a queixa não é negativa se não se tornar crônica. Não somos perfeitos, somos humanos.

María García Rubio é professora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidad Internacional de Valencia, codiretora da Cátedra VIU-NED de Neurociência Global e Mudança Social e membro do Grupo de Pesquisa em Psicologia e Qualidade de Vida (PsiCal).

Este texto foi publicado originalmente no site do The Conversation Brasil.

– Dia Internacional do Voluntário.

Um dia para parabenizar aqueles que se dedicam a ajudar o próximo, sem nada esperar: o voluntário!

Veja a origem do dia (do site da Casa da Acolhida):

Extraído de: https://www.festadodia.com.br/ler.php?id=435

DIA INTERNACIONAL DO VOLUNTÁRIO

Desde 1985 a Organização das Nações Unidas institui o dia 5 de dezembro como o dia internacional do voluntário. A ONU define o voluntário como uma pessoa que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social ou outros campos.

O serviço voluntário além de trazer um retorno intangível em termos de satisfação e bem-estar para quem o pratica, também pode fazer a diferença na hora de conseguir uma vaga no mercado de trabalho. As empresas estão valorizando cada vez mais os profissionais que estejam engajados em algum tipo de trabalho voluntário junto à sociedade. Primeiro porque os empresários visam a melhoria nos serviços prestados ao cliente, e pessoas com espírito social, normalmente, são mais eficazes nesse ponto. Segundo porque, se a pessoa tem olhos para a sociedade da qual faz parte, dentro da empresa terá uma visão de conjunto capaz de abranger todo o contexto e não apenas o seu setor.

Para nós da SOS Casas de Acolhida o voluntário é visto como um empreendedor social, uma pessoa que traz consigo a disponibilidade de mudar a vida de crianças, mesmo que seja com um simples sorriso ou um abraço apertado. É alguém que conhece a importância de compartilhar o que temos de mais precioso: amor, respeito, felicidade, conhecimento, tempo e humildade. O voluntário é uma pessoa evoluida em espírito, mente e coração.

Parabéns a todas essas pessoas que por livre e espontânea vontade doam uma parte do seu tempo a quem precisa.

– A felicidade é contagiosa. A infelicidade também.

O caderno “Vida & Ciência” do Estadão traz uma matéria da BBC, a respeito da FELICIDADE. E olha que interessante: cientificamente, está ‘quase’ provado: Felicidade é contagiante! E o contrário, idem.

Extraído de: http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid288879,0.htm

FELICIDADE PODE SER CONTAGIANTE, DIZ ESTUDO

Pesquisa mostra que felicidade de indivíduo está conectada às pessoas com que se relaciona.

– Um estudo publicado na revista científica British Medical Journal aponta que a felicidade de uma pessoa não é só uma escolha ou experiência individual, mas que está ligada “à felicidade dos indivíduos aos quais a pessoa está conectada, direta ou indiretamente”.

Usando análises estatísticas, os pesquisadores Nicholas Christakis, da Escola de Medicina de Harvard, e James Fowler, da Universidade da Califórnia, mediram como as redes sociais estão relacionadas com a sensação de felicidade de uma pessoa.
Segundo os dados do estudo, a felicidade de uma pessoa pode “contagiar” aqueles com quem ela se relaciona.

“Mudanças na felicidade individual podem se propagar em ondas de felicidade pela rede social e gerar grupos de felicidade e infelicidade”, diz o estudo.

E mais, não são apenas os laços sociais mais imediatos que têm impacto nestes níveis de felicidade, o sentimento consegue atingir até três graus de separação (amigos de amigos de amigos).

“Pessoas que estão cercadas de pessoas felizes e aqueles que são centrais nessas redes de relações têm mais tendência a serem felizes no futuro”.

A pesquisa aponta que estes grupos de “felicidade” resultam da disseminação desse sentimento, e não são apenas resultado de uma tendência dos indivíduos se associarem a pessoas com características similares.

Proximidade

Assim, um amigo que viva a uma distância de cerca de uma milha (1,6 km) e que se torna feliz, aumenta a probabilidade de que uma pessoa seja feliz em 25%. Efeitos similares foram observados entre casais que moram na mesma casa (8%), irmãos que vivam a menos de uma milha de distância (14%) e vizinhos (34%).

Surpreendentemente, essa relação não foi observada entre colegas de trabalho, o que sugere que o contexto social pode afetar na disseminação no sentimento de felicidade.
O estudo também aponta que a proximidade geográfica é essencial para a disseminação da felicidade.

Uma pessoa tem 42% mais chances de ser feliz se um amigo que viva a menos de 800 metros de distância se torna feliz. O efeito é de apenas 22% se o amigo morar a mais de 2,2 quilômetros.

Dados

Para chegar a essas conclusões, os autores analisaram dados coletados em um outro estudo que reuniu informações de 5.124 adultos entre 21 e 70 anos na cidade de Framinggham, no Estado americano de Massachusetts, entre 1971 e 2003.

Originalmente iniciado para pesquisar riscos de problemas no coração, este estudo também coletou dados sobre a saúde mental dos entrevistados.

Em diversos momentos, os entrevistados foram convidados a responder se concordavam ou discordavam de quatro afirmações: “Me sinto esperançoso em relação ao futuro”; “Eu fui feliz”; “Eu aproveitei a vida” e “Eu me senti tão bem como as outras pessoas”.

Para chegar ao conceito de “felicidade” usado em sua pesquisa, Christakis e Fowler levaram em conta a resposta afirmativa às quatro sentenças.

Segundo o professor Andrew Steptoe, especialista em psicologia da University College of London, “faz sentido intuitivamente que a felicidade das pessoas à nossa volta tenham impacto em nossa própria felicidade”.

“O que é um pouco mais surpreendente é que essa felicidade parta não apenas daqueles muito próximos a você, mas também de pessoas um pouco mais distantes.”

Segundo ele, a pesquisa também pode ter implicações em políticas de saúde pública.

“A felicidade parece estar associada a efeitos protetores à saúde.”

“Se a felicidade realmente for transmitida por conexões sociais, ela poderia, indiretamente, contribuir para a transmissão social de saúde”, disse ele.

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Imagem extraída de: https://encenasaudemental.com/comportamento/insight/e-se-a-busca-excessiva-pela-felicidade-nos-torna-infelizes/

– A Hierarquia das Necessidades de Maslow trabalhada pelos chefes:

Muito bom: um quadro ilustrativo, abaixo, de como os líderes podem usar a Hierarquia das Necessidades de Maslow em prol da motivação dos funcionários.

Tal material deveria ser distribuído para todos os CEOs...

Veja só:

– Versa, da Disney, e as críticas sobre “excesso de heterossexualidade”.

O curta-metragem “Versa”, da Disney, que é um belíssimo trabalho onde se mostra a sensibilidade de um casal que lida com o luto da perda do filho, é acusado de… fazer propaganda “heteronormativa” por grupos Woke nos EUA.

Isso é assustador: a Disney, que havia “entrado de cabeça” na Cultura Woke e depois foi saindo dela, não pode fazer uma produção onde um homem e uma mulher desejem casar e ter filhos? Obrigatoriamente, deve haver elementos inclusivos na arte?

No recorte do “Brasil Paralelo”, abaixo, uma explicação sobre o assunto:

(Em tempo: a inclusão, o respeito a qualquer raça, ideologia ou sexualidade, sempre é importante como respeito e cidadania. Entretanto, forçar a representatividade em toda obra artística e fazer apologia, é indevido. As críticas, em algum momento, beiram absurdamente uma heterofobia para combater a homofobia… que loucura!).

– A “Sociedade do Eu” é a responsável por acabar com o mundo…

A “Sociedade do Eu” está em todos os setores: na Política, no Esporte, na Comunidade e na Vida Pessoal.

É o exacerbar da busca do poder, da vaidade, e do egoísmo sempre eliminando vozes contrárias e desrespeitando pensamentos alheios.

Extirpa-se da vida somente pelo argumento diverso! Que absurdo…

Uma breve reflexão, em: https://youtu.be/byL_btYr0ps?si=DHl_pX633k–UWxE

– A Resiliência é realmente a palavra da moda?

Resistir com serenidade ou ser pressionado e não se afetar psicologicamente.

Ter resiliência é a virtude dos dias atuais?

RESILIÊNCIA, A PALAVRA DA MODA

Por Walcyr Carrasco

De tempos em tempos uma palavra ou expressão entra em moda. Todo mundo fala sem saber exatamente o que é. Quando eu tinha meus 20 anos e estudava História na Universidade de São Paulo, a expressão de ordem era “má consciência”. Significava genericamente a consciência pesada do burguês diante de seus lucros, por explorar o proletariado. Estendia-se a todos que, de alguma maneira, não se alinhassem com a crítica esquerdista a qualquer coisa neste mundo. Demorei um pouco para perceber que os ricos não tinham má consciência, a não ser alguns herdeiros desajustados. A maior parte prefere desfrutar os lucros em iates, casas de praia luxuosas, restaurantes, roupas, carros a refletir sobre a exploração do proletariado. A expressão deixou de ser usada. Nas últimas décadas, termos psicológicos entraram para o cotidiano. As pessoas usam a psicologia sem a menor noção do que estão falando. Você certamente já ouviu alguém dizer:

– Ele fez isso por ser traumatizado com o pai.

Pobre Freud, deve se retorcer na cova! Peça para explicar o que é traumatizado. Gagueira total. Mas a palavra trauma entrou para o vocabulário como quem fala de alface, abóbora, cenoura. Há menos tempo, a palavra foi psicótico. Leigos não sabem bem o que é psicopatia. Mas ouviram falar que, em cada dez, um ser humano é psicopata. Seu vizinho, talvez. Mais: ouviram também que nem todos os psicopatas são assassinos, mas têm uma lacuna na emoção. São capazes de usar sua generosidade para se aproveitar de você. Tornou-se comum dizer:

– Acho que ele é meio psicopata.

Meio?

A palavra da moda é resiliência. Primeiro pensei que era xingamento. Depois, que talvez fosse algo bom. Enfim, fui ao Google. Na Wikipédia, resiliência é a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas, sem entrar em surtos psicológicos (no sentido primário, é a capacidade de um material se deformar sob pressão e depois voltar à forma original, em vez de ficar deformado, quebrar-se ou romper-se). Ou seja, é algo bom. Descobri que sou o próprio exemplo da resiliência. Em situações de estresse, desligo a reação emocional. Fico calmo, calmíssimo. Certa vez, um amigo desmaiou no corredor de um hotel na Turquia, tarde da noite. Tranquilo, fui pegar a chave do meu quarto, aberto, para poder voltar. Depois achei a chave dele em seu bolso. Abri a porta de seu quarto. Consegui, não sei ainda como (resiliência muscular?), levá-lo até a cama. Havia se cortado no supercílio. Lavei seu rosto. Ao acordá-lo, conversei. Faltava um dia para voltar. Seria melhor um hospital turco ou esperar a volta ao Brasil? Ele explicou: era uma doença não diagnosticada. Ele desmaia, de repente. Esperamos a volta. A doença não foi diagnosticada até hoje, mas ele está bem. Em nenhum momento senti a menor tensão. Isso é resiliência! Ainda bem, porque antes me achava psicopata. Uma palavra pode aliviar a vida de alguém!

A origem da palavra é latina. Vem do verbo resilire, que significa ricochetear, pular de volta. Em inglês, acrescenta-se o significado de “capacidade de recuperação após um golpe”. Tornou-se o diamante das novas técnicas motivacionais e psicológicas (o diamante é duro, e não resiliente, porque não se deforma, ou seja, não “aprende” com o golpe). Tornar alguém mais resiliente é fazê-lo mais apto às dificuldades da vida. Os conceitos já faziam parte do cotidiano da terapia. A palavra resiliência foi traduzida apressadamente. Antes bombou nos países de língua inglesa. Lá, era um termo comum. Aqui, tornou-se novidade.

E a última é agregar algo. Um amigo psicólogo disse:

Não quero trabalhar só a resiliência. Ao superar a situação, a pessoa avança. Aquilo que poderia ser uma experiência desagradável torna-se um fator positivo de crescimento.

Seria uma espécie de resiliência plus?

Escrevi este texto porque queria saber o que é resiliência.  Descobri que é uma espécie de guarda-chuva para vários conceitos. Resiliência pessoal, empresarial… tornou-se uma panaceia no campo da superação (outra palavra na moda).

Talvez a palavra “resiliência” ainda não tenha chegado ao seu cotidiano. Chegará. Moda é moda. Mas não faça questão de tornar-se um expert. As pessoas gostam de usar palavras inteligentes, mesmo sem saber bem o que é. Tranquilo. Palavras e expressões supostamente sábias são como cor de esmalte. Saem de moda. Depois vem outra.

– Xô, Racismo!

Para quem assistiu Avaí x Remo, viu uma lamentável cena racista praticada por uma senhora.

E…

Não cabe mais racismo, xenofobia, homofobia ou qualquer coisa que o valha hoje. 

– Dia da Consciência Negra.

Sou contra certas datas festivas: Todo dia é dia das mães; dos pais; das mulheres; dos homens ou dos negros.

Muitas vezes, temos datas comerciais: o dia dos namorados, por exemplo. Ou outras demagógicas: não seria a de hoje um exemplo disso?

Detesto rotulações: raça branca, negra, amarela… Ora, somos todos uma única raça, a RAÇA HUMANA! Não importa a cor da pele, a preferência sexual ou a religião: todos somos iguais em direitos e deveres.

Perceberam que o “dia de reflexão” virou descanso para uns e aproveitamento político para outros? Pior: o fato das cidades determinarem feriado municipal ou não acaba desacreditando no dia como feriado em si. Ou é para todos os municípios, nacionalizando a data, ou não.

Mais grave do que isso é tratar o dia como se fossem os negros gente inferior que precisassem de piedade. Nada disso. A história de cotas ou privilégios não pode ser uma caridade de gente subestimada, pois para ser inteligente ou competente não há cor (diferente das cotas sociais – por pobreza – as quais defendo).

Que o Dia da Consciência Negra sirva para refletir a igualdade, não aumentar discussões discriminatórias ou comparações de raças; coisas que são bobagens abomináveis nos dias atuais.

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Imagem extraída de: https://camararedencao.ce.gov.br/portal/noticia/dia-nacional-da-consciencia-negra/

– A Mensagem Papal no Dia Internacional da Tolerância. #DayForTolerance

Hoje é celebrado o “Dia Internacional da Tolerância”. E o Papa Francisco anos atrás, deixou uma importante mensagem sobre a data, na qual deveríamos pensar diariamente:

“O diálogo entre pessoas de diferentes religiões não se faz apenas por diplomacia, amabilidade ou tolerância. O objetivo do diálogo é estabelecer amizade, paz, harmonia e partilhar valores e experiências morais e espirituais num espírito de verdade e amor. #DayForTolerance

Respeitemos as diferenças, celebremos o que nos une.

Dia Internacional da Tolerância combate qualquer tipo de intolerância e preconceito, seja ele religioso, sexual, econômico ou cultural. Imagem extraída de: https://www.sonhosbr.com.br/dia-internacional-da-tolerancia/

– Versa, da Disney, e as críticas sobre “excesso de heterossexualidade”.

O curta-metragem “Versa”, da Disney, que é um belíssimo trabalho onde se mostra a sensibilidade de um casal que lida com o luto da perda do filho, é acusado de… fazer propaganda “heteronormativa” por grupos Woke nos EUA.

Isso é assustador: a Disney, que havia “entrado de cabeça” na Cultura Woke e depois foi saindo dela, não pode fazer uma produção onde um homem e uma mulher desejem casar e ter filhos? Obrigatoriamente, deve haver elementos inclusivos na arte?

No recorte do “Brasil Paralelo”, abaixo, uma explicação sobre o assunto:

(Em tempo: a inclusão, o respeito a qualquer raça, ideologia ou sexualidade, sempre é importante como respeito e cidadania. Entretanto, forçar a representatividade em toda obra artística e fazer apologia, é indevido. As críticas, em algum momento, beiram absurdamente uma heterofobia para combater a homofobia… que loucura!).

– Definindo Adultério, segundo Paulo Coelho.

Quando Paulo Coelho lançou seu Best Seller Adultério, ele deu uma entrevista à antiga Rádio Eldorado (eu estava sintonizado naquela oportunidade), declarando sobre o que pensava sobre o tema que dava nome ao livro:

Para mim, o adultério é a infidelidade do coração, não a do corpo“.

Sei não… para mim, não são desassociáveis. E pra você?

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Foto: Divulgação da Editora Sextante

– O Papa e os empreendedores cristãos:

O Papa Leão tuitou dias atrás:

“O mundo precisa de empreendedores e comunicadores honestos e corajosos que cuidem do bem comum.

Às vezes ouvimos: ‘Negócios são negócios!’. Na realidade, não é bem assim. Ninguém é absorvido por uma organização a ponto de se tornar uma engrenagem ou uma mera função.

Tampouco existe verdadeiro humanismo sem um senso crítico, sem a coragem de questionar: para onde estamos indo? Para quem e para o quê estamos trabalhando? De que forma estamos tornando o mundo?”

Diante disso, como está a sua relação com o seu emprego? Você é ou permite que alguém seja uma engrenagem?

– Os influenciadores de ontem e os influencers de hoje.

Cada vez mais os tempos modernos mudam algumas coisas significativas.

Na década de 80, as pessoas que nos moldavam eram os pais e os professores. Eles influenciavam nossa vida. E, como opção, existia a televisão para o entretenimento, onde os programas acabavam influenciando o próximo, caso o telespectador não tivesse orientação adequada.

Hoje, a Internet substituiu os principais influenciadores (os educadores do lar e da escola). Também substituiu a TV como lazer e acabou enchendo a cabeça de muitas pessoas – que aceitam sem muito discutir as ideias de pessoas chamadas influencers.

Essas pessoas que influenciam pela Internet vão desde políticos de Esquerda ou de Direita, passando por artistas, religiosos, coachings e tantas outras pessoas.

Fica a pergunta: você se deixa influenciar por quem?

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Imagem extraída de: https://directivosygerentes.es/marketing/tres-cosas-evitar-campana-influencer-marketing-2022

– O Papa e os empreendedores cristãos:

O Papa Leão tuitou dias atrás:

“O mundo precisa de empreendedores e comunicadores honestos e corajosos que cuidem do bem comum.

Às vezes ouvimos: ‘Negócios são negócios!’. Na realidade, não é bem assim. Ninguém é absorvido por uma organização a ponto de se tornar uma engrenagem ou uma mera função.

Tampouco existe verdadeiro humanismo sem um senso crítico, sem a coragem de questionar: para onde estamos indo? Para quem e para o quê estamos trabalhando? De que forma estamos tornando o mundo?”

Diante disso, como está a sua relação com o seu emprego? Você é ou permite que alguém seja uma engrenagem?

– O “aluguel” dos profissionais!

E você, “aluga o quê”?

“Intelectual aluga o cérebro, Trabalhador Braçal aluga os músculos, Prostituta aluga a fantasia“

Ruth Escobar

Cada um faz o que pode na oferta de trabalho. Concorda ou discorda desta lógica?

Cérebro Mente Psicologia - Imagens grátis no Pixabay

Imagem iStock, extraída de: https://pixabay.com/pt/illustrations/cérebro-mente-psicologia-idéia-2062055/

– Dia Nacional da Língua Portuguesa.

Neste dia 05, data de nascimento de Rui Barbosa, celebra-se nossa língua-mãe!

Cá entre nós, do Português Antigo ao Português do recente Acordo Ortográfico, muita coisa mudou no jeito que falamos e escrevemos. Inclua-se gírias, modismos e estrangeirismos. Ainda assim, em muitos momentos pensa-se em Língua Brasileira, ao invés da Língua Portuguesa

Sobre essa data, uma postagem bacana e simpática, em: https://inspiracoesparalelas.wordpress.com/2020/11/05/dc-dia-nacional-da-lingua-portuguesa/

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.

– Lavando Roupa Suja na Internet: a Durabilidade dos Conflitos que são expostos nas Mídias Sociais.

Walcyr Carrasco, jornalista e autor de novelas e peças de teatro, escreveu uma interessante coluna na Época (Ed 2811) sobre a exposição de conflitos e brigas entre casais, quando estes caem na Internet. 

E quando eles próprios fazem questão de expor?

Na rede, os conflitos de qualquer natureza costumam se eternizar. Sobre essa situação, Walcyr lembrou que

O amor acaba. A raiva diminui. O tempo alivia os corações. Mas a Internet pode durar sempre

Eu concordo, e você? Abaixo, o texto na íntegra:

ROUPA SUJA NA INTERNET

É de lascar. Antes, quando as pessoas brigavam, no máximo a fofoca corria solta entre amigos. Hoje a guerra explode na internet. Em casos de amor é pior. O risco de alguém ter a cor de suas cuecas divulgada na web é imenso. Bem… a cor das cuecas seria pouco diante do que ocorreu com um amigo. É um ator famoso da Globo. Casado, pai de filho, teve um breve romance com uma atriz. Acabou quando ela descobriu a existência de uma terceira. Irritadíssima, não deixou por menos. Sabe-se lá como, conseguiu uma foto dele e da nova rival, pelados, na cama. Eu a recebi, assim como todo nosso grupo de amigos. Um desastre. Salvou-se porque a esposa, cuidando do bebê em casa, não é ligada em tecnologia. Nem sequer desconfiava dos pulinhos do cônjuge. Liguei para a autora do e-mail:

– Você vai destruir a vida dele!

– Tomara!

Mas ele tem bons amigos que resolveram deletar a foto. Por sorte, a história aconteceu há um ano, e a imagem, para minha surpresa, passou batida. E não estourou nas revistas de celebridades. Fotos da atriz Scarlett Johansson nua bombaram na web não faz muito tempo. Ela mesma as enviara pelo próprio smartphone a seu então marido e atual ex, Ryan Reynolds. Suspeitou-se que o próprio Reynolds, no calor da separação, as houvesse disseminado. Para aplacar o escândalo, Scarlett afirmou ter sido vítima de um hacker. Conseguiu retirá-las dos sites onde era exibidas. As fotos haviam sido batidas pela própria atriz no auge da paixão. Na revista Vanity Fair, ela se saiu com uma explicação bem-humorada:

– Eu conheço meus melhores ângulos.

Diante de mico tamanho, dizer o quê?

Quando a fofoca fica restrita a uma lista de amigos, é possível segurar o estrago. Mas e quando os ex-pombinhos se bicam pelo Twitter e pelo Facebook? Recentemente, um casal gay que nem conheço pessoalmente separou-se. Apavorado, o primeiro, com quem sempre converso no Twitter, pediu-me um conselho. O outro havia entrado em seu Facebook e adicionado sua tia. E revelou o caso em detalhes à velha senhora, que contou tudo para a família. Ocorre que o rapaz pretendia manter em segredo suas preferências.

– Meus pais são evangélicos, queria ficar no armário!

– Seu armário está com cupim – alertei.

Além da tia, o outro também mandou mensagens ao grupo de amigos da net. Segundo contou, conhecera o primeiro na rua, fazendo programa. Endividara-se com os gastos exagerados do parceiro. Pelo Twitter, o primeiro descobriu que trocávamos mensagens. Não teve dúvidas: denunciou o ex como pedófilo, também pela web, em texto aberto a quem quisesse ler. Era baixaria demais. Bloqueei ambos no Twitter. Reapareceram em meu Facebook. Arrependidos, que surpresa!

– Exagerei, ele nunca fez programa.

– Pedófilo ele não é. Só caloteiro.

Adoro uma boa história. Permaneci em silêncio, mas desbloqueei os dois. E descobri que… estão fazendo as pazes! Inacreditável!

Pior é o caso de uma amiga, personal trainer. No auge da paixão, fez uns vídeos bem íntimos com o namorado. Falta de juízo? O amor é assim, quando está rolando ninguém pensa no perigo. Brigaram. Ele quer voltar, ela não. O rapaz já ameaçou botar tudo na web, como fez, há anos, o ex de Paris Hilton. (Alguém lembra? Na época foi um barulhão. Hoje sabemos que foi um ato de pioneirismo.) Minha amiga está desesperada. Voltar não quer. Nem pode, com tal chantagista mau caráter. A lavagem de roupa suja pode acabar com sua carreira. Pouco se fala no assunto, mas hoje em dia muitas empresas entram no Google para pesquisar o passado do funcionário. Academias não contratam uma personal trainer que apareça nua em qualquer site ou em situação ainda mais explícita.

– Que mulher vai querer o marido treinando com uma piriguete? – disse-me o gerente de uma delas.

Intimidade e internet não fazem uma boa parceria. Quando casais se separam, acusações explodem. No auge da fúria, ex-parceiros dizem coisas horríveis um ao outro. Normal. Mas, quando desembocam na internet, intimidades podem ser compartilhadas por um número incalculável de pessoas. Qual é a saída? Talvez seja bloquear o acusador no primeiro e-mail, tweet ou mensagem pelo Facebook. Quem briga quer reação e quem sabe desista. Mas a fúria também pode aumentar exponencialmente.

A lavagem de roupa suja pelas redes sociais está crescendo. Para quem quer brigar, é melhor pensar bem. O amor acaba. A raiva diminui. O tempo alivia os corações. Mas a internet pode durar para sempre.

Logotipo do Internet foto editorial. Ilustração de projeto - 64514541

Imagem extraída de: https://pt.dreamstime.com/foto-editorial-logotipo-do-internet-image64514541

– Anúncio de venda de escravos: que tempo…

Tristeza: como eram os anúncios de vendas de escravos em nosso país!

Ingênuos”, que se lê, são os que não tem idade para trabalhar ainda.

(Recorte do Jornal do Brazil, 1880).

– Autistas não são antissociais, mas associais. Entenda:

Que não se tenha nenhum preconceito contra os portadores de autismo, e se entenda essa verdade, abaixo:

Screenshot

– Ajudando para uma sociedade melhor!

Estive hoje na cidade de Campinas, no CPP local, falando em nome do Sebrae para os reeducandos daquela unidade sobre “Empreendedorismo e trabalho honesto”.

É muito bom tentar lutar por uma Sociedade melhor, através da Educação. Especialmente nos dias em que se discute a bandidagem e os meios de controle nas comunidades.

– Adultização de Crianças e Adolescentes nas Redes Sociais:

Meu filho William Porcari fez o ENEM como treineiro. E, mui orgulhosamente, sua redação no simulado me encantou pelo conteúdo redigido, pelo vocabulário utilizado (tanto na ortografia quanto na pontuação) e pela coerência com o tema proposto e os problemas associados.

É muito bom ver os filhos se desenvolvendo e tornando-se críticos dos problemas sociais, com ponderação e lucidez.

(Em tempo: das 180 questões, acertou 168)…

Abaixo:

Adultização de Crianças e Adolescentes nas Redes Sociais:

A pesquisa “Ela vai no meu barco”, de setembro de 2015, realizada pelo Instituto PROMUNDO, apontou que 36% das mulheres casadas entre 20 e 24 anos no Brasil, que representam cerca de três milhões de pessoas, se casaram antes dos 18 anos, prática conhecida como “casamento infantil”. Além disso, o estudo revelou que, em média, essas uniões ocorreram entre meninas de 15 anos e homens pelo menos nove anos mais velhos, geralmente de classe social mais alta. Com isso em mente, é visível a realidade preocupante desse fenômeno no Brasil, uma vez que pessoas entre 14 e 16 anos só podem se casar em caso de gravidez, e entre 16 e 18 anos apenas com o consentimento dos responsáveis legais. Outrossim, cerca de vinte mil casos de estupro de vulnerável foram notificados no mesmo período, e acredita-se que houve uma severa subnotificação, além do preocupante fato de que aproximadamente 99% dos casos não têm seus responsáveis punidos. Tal realidade demonstra que a “adultização” de crianças e adolescentes no âmbito sexual não decorre apenas da irresponsabilidade parental, mas também de mecanismos legais que possibilitam a sexualização dos corpos infantis de maneira lícita, além da negligência estatal, que se manifesta tanto na culpabilização das vítimas quanto na ineficácia da punição dos culpados, principalmente no meio digital, onde tais condutas foram “normalizadas” e até monetizadas por diversas plataformas. Assim, infere-se que a raiz do problema da “adultização” de crianças e adolescentes é uma sociedade que, por fatores históricos e culturais, naturaliza a sexualização de meninas sob a falsa premissa do “consentimento”, somada à omissão das autoridades responsáveis pela proteção física, mental e sexual dos menores.

Diante desse cenário, é necessário ressaltar a relação entre a “adultização” e os resquícios misóginos herdados do período colonial brasileiro. A normatização do casamento entre meninas púberes e homens adultos era uma realidade na Europa e foi importada para o Brasil colonial, sendo agravada pela escravidão, uma vez que as pessoas escravizadas não tinham direito à preservação de sua dignidade, e mesmo mulheres e crianças livres careciam de políticas de proteção sexual. Consequentemente, o Brasil cresceu com a ideia de que meninas são maduras o suficiente para consentir em atos sexuais desde tenra idade, e que a sexualização dos corpos femininos e infantis não é problemática, mas natural. Isso se reflete em casos recentes, como o de Hytalo Santos, em que apenas após denúncias públicas houve mobilização contra a exposição e a “adultização” de crianças nas redes sociais. Logo, percebe-se que a crença colonial de que meninas são “mocinhas” desde muito novas, somada a mecanismos legais falhos e à monetização de conteúdos de “adultização”, contribui para a manutenção de uma sociedade que desconsidera a importância da infância, gerando vítimas com impactos socioemocionais permanentes.

Ademais, é de suma importância apontar que o Estado não dispõe de legislações eficazes para garantir a segurança e a infância de crianças e adolescentes, sendo omisso quanto à exploração de influenciadores mirins, que, apesar de trabalharem, não são devidamente protegidos pela legislação contra o trabalho infantil. Também há negligência na eliminação de mecanismos que ainda viabilizam o casamento infantil e na falta de suporte às vítimas de “adultização”. Muitas vezes, o Estado, através do Poder Judiciário mostra-se leniente diante de casos de abuso, como o do prefeito de Piracanjuba, que admitiu publicamente ter agredido a filha como “corretivo” após ela enviar fotos íntimas, e não foi punido. Tal episódio evidencia que, embora o Estatuto da Criança e do Adolescente tenha sido promulgado em 1990, ele ainda é amplamente ignorado, sobretudo por autoridades estatais. Isso reforça a necessidade de aparatos legais mais eficazes e punições severas aos responsáveis por crimes contra vulneráveis.

Em conclusão, é nítido que a “adultização” de crianças e adolescentes está enraizada no pensamento e comportamento da sociedade brasileira. Assim, cabe aos legisladores competentes criar canais de denúncia acessíveis às vítimas de qualquer atentado contra a infância, seja na forma de “adultização” ou de abuso físico, sexual ou emocional, além de instituir mecanismos de penalização mais eficazes aos abusadores. Essas ações devem ser realizadas por meio de campanhas de conscientização em escolas e redes sociais, para garantir que os jovens tenham consciência dos seus direitos e de como fazer denúncias em casos de qualquer tipo de abuso;programas de educação parental, para ajudar as famílias a, não somente proteger as crianças no meio digital, como também demonstrar que a agressão e a “adultização” não são práticas constitucionais e não serão toleradas; e pela criação de legislações que regulamentem as mídias digitais, impedindo a monetização e a disseminação de conteúdos que sexualizem menores, e sua exclusão imediata. Dessa forma, será possível garantir a proteção integral das crianças e adolescentes e combater de maneira efetiva a negligência histórica com a infância no Brasil.

– Você se deixa influenciar pelos influenciadores, na hora da compra?

Olhe só que dado: os países que mais as pessoas aceitam influência dos influenciadores, na hora de efetivar a compra de um produto:

Você “faz parte” dessa turma? 

Na imagem abaixo:

– Destaque-se no meio da maioria:

(Extraído de Hendel Favarin, da Escola Conquer).

Seja diferente:

– O que Interessa ou Desinteressa?

Não existe assunto desinteressante; o que existe é pessoa desinteressada”.

G. K. Chesterton

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– Entenda e Respeite o uso dos Cordões:

Entenda:

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