– PSG x Istambul Basaksehir: um marco na luta contra o Racismo! E a vergonhosa atitude do árbitro…

O árbitro de futebol é a figura de respeito que deve ZELAR pelo cumprimento das Regras do Jogo. Ele precisa inspirar atitudes corretas e exemplares, de honestidade e imparcialidade. E ao ver o quarto-árbitro Sebastian Colţescu, na partida entre o Paris Saint-Germain x Istambul, tratar com prepotência o camaronês Webó, fico envergonhado!

A forma como ele trata (não a palavra “negro” ou “preto” em si), é arrogante. Não identifica-o com respeito, mas fala com teor de menosprezo, conforme as imagens mostraram. Lamentável. E sabemos que há muito racismo na Europa.

A atitude dos jogadores se recusando a jogar, destacando a liderança de Neymar, foi positiva. E por ser um jogo da Champions League, tomara que seja um marco no futebol tal ocorrência.

Chega de Racismo. Cansou!

Acréscimo: achei sensacional essa afirmação:

“Todas as vidas importam, mas as vidas que foram segregadas e maltradas há séculos, importam mais.”

Mauro Beting, no Esporte Interativo.

– Pobre João Alberto… e quantos outros não existem por aí.

Triste, lamentável e revoltante: João Alberto, um negro gaúcho, foi morto violentamente por seguranças do Carrefour.

Para quem não viu, aqui: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/11/racismo-me-tirou-a-pessoa-que-mais-amava-diz-pai-de-homem-morto-por-segurancas-no-carrefour.shtm

Perguntas pertinentes:

Por quê? Racismo, pura e simplesmente (para a indignação de todos)?

– E se fosse um alemão de olhos azuis?

– Quem devolverá a vida do filho perdido aos pais?

É até complicado imaginar… um ser humano ser tão apático quanto ao outro, não dá para aceitar. Mas fica uma questão: e o PREPARO recebido pelos profissionais? O que dirá a empresa responsável?

– O Futebol da Inglaterra contra o Racismo!

Louvável iniciativa da Premier League. Segundo o twitter de PL Brasil:

“Em reunião com os capitães das equipes, foi acordado que os jogadores usarão, ao longo da temporada 2020/21, um distintivo na manga escrito ‘Não há espaço para o racismo’ “.

Claro, será meritória essa ação se nós não observarmos nenhum caso de injúria racial ao longo do certame. Felizmente, parece que casos de racismo no futebol aqui no Brasil diminuíram no pós-pandemia.

Lembremo-nos que só existe uma raça: a raça humana. Todos somos iguais, independente da cor da pele.

Imagem: divulgação PL

– Magazine Luiza e as vagas para trainees negros: nada de racismo reverso, amigos!

Queridos leitores, me sinto a vontade para escrever este post de tema tão polêmico por ser um defensor costumeiro da meritocracia em todos os setores. E o assunto em questão (a abertura de vagas exclusivas para pessoas de cor negra para trainees na Magalu) é o que “bombou” nos últimos dias.

Leio gente boa escrevendo sobre racismo reverso (e me surpreendo com isso, não tem nada a ver com esse caso). Outros, de privilégios desmedidos à uma minoria (também discordo). Por fim, uso da ação de contratação como marketing (e qual seria o problema?).

A empresa é privada e deseja contratar funcionários de uma maioria populacional (afinal, o Brasil, país mestiço, tem segundo o IBGE uma quantidade levemente maior de negros do que de brancos). O negro torna-se minoria na questão educacional e em outros índices sociais. Contratar essa parcela fora do mercado de trabalho é inclusão social (e se for usado como publicidade, não tem problema nenhum, pois é uma ação positiva).

Talvez, se não existisse uma grande quantidade de desempregados no país, muitas pessoas não dariam nem bola para o fato. Parece-me queixas de concorrência de candidatos.

O único questionamento pode ser: em condições normais de trabalho, o Magazine Luiza não contrataria negros com exclusividade?

Por fim: contratar negros foi uma ação louvável. É esperado que em outras situações, contrate-se também outros desempregados com dificuldade em entrar no mercado de trabalho, como, por exemplo, pessoas em condições de vulnerabilidades / miséria / moradores de ruas para cargos que possibilitem sua inclusão.

– #RacismNO! Força, PC.

O amigo Paulo César de Oliveira foi vítima de racismo, só porquê um indivíduo discordou da sua opinião sobre um lance de pênalti no Fluminense x Corinthians.

O mundo está intolerante desse jeito? Por causa de uma avaliação de futebol, o sujeito acha que pode inferiorizar o seu semelhante chamando-o de macaco?

Força, Paulo César de Oliveira – você é maior do que isso. Xô, racismo.

– O preço da fama: Neymar não pode ser uma vítima? Assustador…

Ganhar “fama” é algo complicado em qualquer setor da sociedade. Veja a situação de Neymar Jr:

Antes, ele tinha a fama de driblador e muitos jogadores tentavam parar ele cometendo faltas. Aí, começou a pular delas (para fugir da pancada e algumas vezes para simular) e a fama mudou para “cai-cai”. Tentou corrigir isso, mas como tinha ganho esse rótulo, até quando apanhava de verdade em campo, muitas faltas não eram marcadas. Na dúvida, o árbitro lembrava “da fama”.

Depois veio a fase da fama de “irresponsável”. Mesmo treinando e sendo pontual em seu clube na rotina diária, a cada foto em balada ele era criticado. Mas aí veio a história de estar machucado e pulando carnaval, Anitta, festas e… a fama aumentou.

Quando uma moça tentou extorquir dinheiro dele em Paris (assim entendeu a Justiça), muita gente cravou que Neymar era agressor de mulher! Foi o preço da fama…

Agora, fico impressionado com o episódio envolvendo Álvaro González, que é acusado de prática racista contra ele (vide em: https://wp.me/p4RTuC-rte), onde surgem teorias de que “como não apareceram imagens da fala, poderia ser jogada de marketing”.

Caramba, mesmo se ele for vítima, a primeira impressão é a de culpa? É o preço da fama?

Lógico, deve-se tomar cuidado em não acusar injustamente o espanhol, mas diante disso acusar preliminarmente o brasileiro, é uma sacanagem! 

Sabe qual o problema de Neymar hoje? A fama de “estourado”. Todo mundo quer provocar ele. Se em seu lugar a vítima de racismo fosse Gabriel Jesus, Rodrygo ou outro jovem bem comportado, ninguém estaria comentando com dúvidas.

Em tempo: o racismo é algo a ser abolido da humanidade, urgentemente. 

– Acredite: o VAR não poderia interferir no caso do racismo sofrido por Neymar

Álvaro González, zagueiro espanhol do Olympique, no jogo contra o PSG, supostamente ofendeu o brasileiro Neymar com o ato racista de chamá-lo de Macaco “Filho da Puta”. O árbitro não viu e nada fez. No final do jogo, Neymar perdeu a cabeça, o agrediu e foi expulso.

Mas e o VAR?

Acredite: o árbitro de vídeo não pode interferir em questões de ÁUDIO! Somente nas de imagem. Portanto, caso o VAR tenha visto, ele não pode interferir pelo protocolo oficial.

Fora essa explicação, é insuportável ver (caso se confirme) mais uma manifestação racista).

– Benedetti sobre Marinho: vale um pedido de desculpas, não?

Rapaz, que infelicidade do comentarista Fabio Benedetti, da Rádio Energia FM (97,7). Ele foi deselegante e usou termos que deveria-se evitar a um jogador negro, como fez com Marinho, na derrota do Santos para a Ponte Preta.

A revolta de Marinho foi de arrepiar. E convida à nossa reflexão: que mundo pilhado, não?

Compartilho, extraído do GloboEsporte.com (link com vídeo): https://globoesporte.globo.com/sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/noticia/noticias-santos-marinho-racismo.ghtml

CNTTL e FESTTT apoiam Condutores do Vale do Paraíba e repudiam ...

Atualizando: a Rádio Energia se manifestou, abaixo: 

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– Que pisada na bola, Homem Elástico. Tuítes racistas?

Triste. Hartley Sawyer, o ator da série THE FLASH, da DC Comics, e que interpreta Ralf Dibny (o herói desajustado Homem Elástico), foi demitido da série pela descoberta de publicações antigas de cunho racista e sexista

Diante de tudo isso, Sawyer disse que eram apenas piadas…

Lamentável. Algumas delas:

A matéria completa em: https://observatoriodocinema.uol.com.br/series-e-tv/2020/06/estes-são-os-tuites-nojentos-que-fizeram-ator-de-the-flash-ser-demitido

 

– CrossFit e o Racismo: perdendo parceiros pelo erro!

Cuidado com o que você publica em suas Redes Sociais, pois o mundo vê! E, nessa, uma infelicidade de Greg Glassman, dono da CrossFit: ele postou uma brincadeira de mau gosto misturando Covid-19 com a morte de George Floyd (veja na imagem abaixo). Com isso, perdeu seu grande parceiro, a Reebok.

Entenda o erro da gigante do fitness, em: https://www.maquinadoesporte.com.br/artigo/apos-tuite-racista-de-fundador-reebok-rompe-com-crossfit_40409.html

REEBOK NÃO RENOVARÁ ACORDO COM MARCA QUE VIROU SINÔNIMO DE TREINOS FUNCIONAIS

Por Máquina do Esporte

O futuro da marca CrossFit foi colocado em xeque após uma manifestação racista de seu fundador, o empresário americano Greg Glassman, em sua conta no Twitter. No último sábado (6), Glassman ironizou um post feito pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) sobre racismo.

A postagem do instituto diz que o racismo é uma questão de saúde pública. Glassman respondeu ironicamente ao tuíte com “É FLOYD-19”, querendo dizer que os protestos que ocorrem nos Estados Unidos pela morte brutal de George Floyd por quatro policiais brancos em Minneapolis seriam, atualmente, responsáveis por espalhar ainda mais o coronavírus no país.

Após o tuíte racista de Glassman, diversos donos de boxes de prática de crossfit nos Estados Unidos começaram a retirar a marca criada pelo empresário. O epicentro da crise aconteceu nesta segunda-feira (8), quando a Reebok comunicou que não vai renovar o acordo de licenciamento da marca, que virou sinônimo de treinamento funcional.

“Nossa parceria com a marca CrossFit se encerra no final deste ano. Recentemente, discutimos sobre a renovação desse acordo, mas, diante dos acontecimentos recentes, tomamos a decisão de encerrar nossa parceria com a CrossFit HQ. Devemos isso aos atletas, aos fãs e à comunidade do CrossFit”, disse a Reebok, em comunicado divulgado ainda no domingo (7).

Após isso, Glassman tentou conter o impacto de suas declarações. Em uma curta frase publicada na conta do CrossFit no Twitter, ele afirmou ter “cometido um erro”.

“Eu, CrossFit HQ e a comunidade CrossFit não apoiamos o racismo. Eu cometi um erro com as palavras que escolhi ontem. Meu coração está profundamente triste com a dor que causou. Foi um erro, não racista, mas um erro”, afirmou o executivo.

A tentativa de consertar o “erro” acabou quando um dos afiliados à CrossFit revelou que enviou, antes da crise do final de semana, um e-mail a Glassman pedindo um posicionamento da marca a respeito do racismo envolvendo Floyd.

“Acredito sinceramente que a quarentena teve um impacto negativo na sua saúde mental”, respondeu o executivo.

O estrago está feito. Glassman construiu um império com a marca CrossFit, que passou a ser sinônimo de um treinamento funcional criado por ele em 2000 para adotar um novo estilo de vida.

Desde 2005, a modalidade tem crescido bastante nos Estados Unidos e também no Brasil. Nos EUA, o salto foi de 13 academias filiadas à marca naquele ano para as atuais 13 mil. No Brasil, são mais de 2 mil boxes para a prática do esporte.

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– A questão racial dos EUA é diferente da do Brasil, embora o problema do racismo exista nos dois países!

Gostei muito do post do blog Dricaribas – Uma observadora do cotidiano, a respeito das diferenças do Racismo nos EUA e no Brasil, a partir da visão de quem viveu nos dois países e pelo aspecto social e cultural dessas nações.

O Racismo é entendido e praticado diferente nos EUA. Não que ele inexista em nosso país, mas a abordagem de como ele é, diverge.

Vale a pena tal leitura!

Abaixo, extraído de: https://dricaribas.com/2020/06/04/racismo-nos-estados-unidos-um-problema-longe-de-ser-resolvido/

RACISMO NOS EUA: UM PROBLEMA LONGE DE SER RESOLVIDO

por Adriana Ribasmayer

Os europeus observam a situação de protestos nos Estados Unidos, com muita preocupação desde da morte de George Floyd. Desde de então, milhares de pessoas saem às ruas para protestar, as vezes de forma pacífica, outras vezes com direito a tumulto e quebradeira.

A questão racial no Estados Unidos é bem complexa. Já não é o primeiro caso, com o excesso de força de policiais brancos contra a população afro-americana. Um caso bem conhecido aconteceu em 1992, quando quatro policiais brancos foram declarados inocentes após a agressão contra o afro-americano Rodney King. Toda a ação foi filmada. Depois de seis dias de protestos violentos, o Corpo de Fuzileiros Navais junto com a Guarda Nacional foram chamados para acalmar a situação.

Desde então, outras situações violentas aconteceram e foram devidamente filmadas, especialmente em tempos de celulares inteligentes, os smartphones. George Floyd foi filmado sendo morto por asfixia pelos policiais. Esses já foram colocados em presídios de segurança máxima.

Além da indignação justa pela morte de Floyd, aliou-se a insatisfação com a crise econômica. Até agora, por conta da pandemia da Covid19, mais de 40 milhões de pessoas estão desempregadas. Boa parte delas são justamente de afro-americanos.

Se por um lado, governadores apoiam os protestos, por outro ficam sem ação ao pedir à população que permaneçam em casa, justamente para evitar a propagação do vírus. Os Estados Unidos está em primeiro lugar, seja em número de infectados, com mais de um milhão e meio de infectados e com mais de cem mil mortos, dados da Universidade de John Hopkins. As autoridades norte-americanas alertam que número de casos podem aumentar consideravelmente devido aos protestos. E mais uma vez, a população afro-americana é a maior afetada.

Por outro, o Presidente Donald Trump também não contribui para a uma possível pacificação dos protestos. Pelo contrário, Trump pretende colocar os militares nas ruas para conter os mesmos. Em tempos de campanha eleitoral, isso pode ser uma verdadeira bomba atômica e dividir ainda mais, uma sociedade racialmente dividida.

Sim, essa é principal diferença entre o Brasil e os Estados Unidos. Aí a sociedade é racialmente divida. O DricaRibas viveu em Washington entre 1995 e 1997 e observou isso. Mesmo com o primeiro Presidente Barack Obama, esse quadro não alterou. Na leitura DricaRibas, esse processo será longo e haverá a necessidade de um longo e dolorido diálogo entre ambas partes, além de uma política de integração da população afro-americana. Infelizmente, os atores políticos aí não dão esse sinal.

No caso do Brasil, a questão do racismo funciona diferente. Não há como classificar como melhor ou pior. Somos uma sociedade mestiça, se comparada com a norte-americana, mas isso não significa que a população afro-brasileira esteja em melhores condições. Mesmo após a abolição da escravatura, em 1888, não houve nenhuma política de inserção da população afro-brasileira.

No último fim de semana houveram protestos no Rio de Janeiro pela morte do menino João Pedro Mattos. João morreu depois de uma ação da polícia em São Gonçalo, no último dia 19 de maio. Importante que a polícia seja questionada, mas ao mesmo tempo, que os casos de Covid19 estejam foram de controle.

Por fim, para concluir esse post, no caso do Brasil, a questão de integração da população afro-brasileira deve ser levada a sério e com propostas concretas. Não pode ser instrumentalizada por um setor da esquerda que pretende usar a pauta, para dividir ainda mais uma sociedade já rachada. Verdade também que o governo Bolsonaro não ajuda em nada nesse sentido, muito pelo contrário só coloca lenha na fogueira.

Fonte: Número de infectados pela Covid19 da Univerdade John Hopkins nos Estados Unidos. Esse site também coloca a disposição o número de infectados no Brasil: http://www.jhu.edu.com

Nike se posiciona contra o racismo após assassinato de George ...

– A ótima recomendação da FIFA às homenagens para George Floyd

Gostei da FIFA! É sabido que as Regras do Jogo punem manifestações políticas, religiosas, sociais ou de qualquer outra natureza no campo de jogo (vide, principalmente, nos momentos de comemoração de gol).

Com a repercussão do triste episódio envolvendo George Floyd, o negro absurdamente assassinado pela ação desumana de um policial (leia em: https://wp.me/p4RTuC-pZ5), a entidade pediu aos árbitros e organizadores bom senso para não se punir qualquer tipo de homenagem ao falecido.

Parece algo lógico (quem poderia ser a favor do racismo?), mas quem milita no futebol sabe que os Cartões Amarelos e as multas por tais atos de manifestações citadas acima são acontecidos com frequência. 

Palmas para a razoabilidade! Cite-se, inclusive, que a própria entidade quer fazer uma homenagem a ele.

George Floyd é homenageado por jogadores da Bundesliga - Onefootball

Jogadores da Bundesliga em atos anti-racistas.

– A crueldade cometida por Derek Chauvin contra George Floyd: é “só” Racismo? Claro que não…

Que loucura o que aconteceu em Mineápolis, EUA! George Floyd, um negro, foi morto por Derek Chauvin, um policial branco que nas cenas gravadas o asfixiou mesmo quando imobilizado e implorando para respirar.

Racismo, despreparo do policial, falta de sensibilidade e desumanidade. Tudo junto nesse episódio!

Entenda, extraído de: https://glo.bo/2Xfz7gA

NÃO CONSIGO RESPIRAR

“O racismo não está piorando, só está sendo gravado agora.”

Com essas palavras o ator americano Will Smith explicou anos atrás como as câmeras de celulares estavam permitindo gravar a violência policial contra negros nos Estados Unidos.

Isso voltou a acontecer na segunda-feira passada, e pela terceira noite consecutiva, a cidade de Minneapolis, no noroeste dos EUA, voltou a ser tomada por protestos e confrontos violentos com a polícia por causa da morte de George Floyd, um cidadão negro de 46 anos.

O QUE ACONTECEU?

Darnella Frazier, que passava pela rua, sacou seu celular enquanto assistia horrorizada à cena em que Floyd, no chão de uma rua, algemado e desarmado, fica inconsciente sob a pressão do joelho de um dos policiais brancos que o haviam detido.

Ao que parece, pouco antes, Floyd, que trabalhava como segurança em um restaurante, tentou fazer uma compra com uma cédula falsa de US$ 20.

“Todos temos os nossos defeitos. Todos cometemos erros. Ninguém é perfeito.”

“A forma como ele morreu é cruel”, disse a mãe de sua filha de 6 anos, Roxie Washington, ao jornal Houston Chronicle. “Eles o roubaram da minha filha.”

Nascido em Houston, George Floyd se dedicou em sua cidade natal ao basquete e ao futebol. Ele também atuou na cena local de hip-hop, onde era relativamente conhecido.

Mas quando se mudou para Minneapolis começou uma nova vida como segurança do restaurante latino-americano Conga Latin Bistro, no centro da cidade.

FORTE, MAS ‘SUPER DOCE’

O segurança ganhou rapidamente o apelido dos colegas de “Big Floyd” (Grande Floyd).

“Era alto e musculoso”, descreve um colega de trabalho, Vernon Sawyerr. “Era simplesmente amável. Quando nos deparamos com alguém desse tamanho, pode parecer imponente, mas era super doce.”

Em 2017 e 2018, Floyd havia sido segurança particular de um abrigo de emergência para pessoas sem teto ligado à organização beneficente Exército da Salvação, em Minneapolis. “Que trágico e triste é isso tudo”, afirmou Brian Molohon, diretor-executivo da entidade.

“Para trabalhar em um abrigo de emergência é preciso ser um tipo especial de pessoa. É realmente muito difícil ver essa angústia todos os dias”, disse Molohon. “Não tenho dúvidas de que George, como muitos outros trabalhadores de abrigos na nossa comunidade, tinha um coração que se preocupava com as pessoas e nossa comunidade.”

A ex-estrela da NBA Stephen Jackson publicou em seu perfil no Instagram o lamento de ter perdido alguém que considerava um irmão. Ambos eram muito próximos e se apelidaram de “gêmeos”.

“Me enfurece tanto que, depois de todas as coisas pelas quais você passou e se comportou da melhor maneira possível, eles o levaram dessa maneira”, escreveu o ex-jogador de basquete.

No vídeo de 10 minutos, Derek Chauvin, policial branco de 44 anos que imobiliza Floyd, ignora as reclamações tanto do detido quanto das testemunhas sobre sua violência extrema.

Seu colega de patrulha, o corpulento Tou Thao, observa a cena impassível e trata de obstruir a visão das pessoas que transitam pela rua. Os dois policiais foram demitidos.

Darnella Frazier decidiu publicar seu vídeo nas redes sociais e as ruas de Minneapolis viraram palco de uma onda de protestos que se espalhou pelos Estados Unidos.

As palavras “Eu não consigo respirar”, que Floyd repetia ao policial que o mantinha imobilizado no chão, se multiplicaram em cartazes e camisetas de manifestantes em protestos em Minneapolis como um lema contra a violência policial no tratamento a negros nos EUA.

FICHA CORRIDA DO POLICIAL DEREK CHAUVIN

Esta não foi a primeira vez que o policial Derek Chauvin se envolve em episódios violentos, segundo registros do departamento de polícia.

Segundo a agência de notícias Associated Press, ao longo de 19 anos de carreira, Chauvin foi alvo de quase 20 queixas formais e duas cartas de reprimenda. A maioria foi arquivada.

Em 2006, ele foi um dos seis policiais que dispararam contra Wayne Reyes, que segundo os agentes apontou uma escopeta de cano serrado para eles depois de esfaquear duas pessoas. O júri decidiu que o uso da força havia sido justificado contra Reyes, de ascendência indígena.

Dois anos depois, Chauvin atirou duas vezes contra um homem negro depois que o policial e seu parceiro atenderam a uma denúncia de violência doméstica.

Os agentes afirmaram que Ira Latrell Toles tentou pegar a arma de Chauvin, e, na por isso foi atingido. Por outro lado, Toles afirmou ao site Daily Beast que foi agredido por Chauvin mesmo sem ter reagido à ação policial.

De ascendência asiática, Tou Thao, dupla de Chauvin que estava presente no momento em que George Floyd morreu sufocado, também já havia respondido a queixas por atos violentos.

Em 2014, um homem negro, Lamar Ferguson, denunciou Thao e outro agente sob acusação de ter sido agredido sem motivo enquanto caminhava em direção à casa de sua namorada. Três anos depois, foi firmado um acordo de US$ 25 mil para encerrar o caso.

– Abolição da Escravatura: E aí?

Hoje se recorda a Abolição da Escravatura do Brasil. Mas muitas teorias absurdas de pseudo-intelectuais ainda ganhavam coro na Europa, como a do iluminista escocês David Hume, que no longíquo 1770 dizia:

Que negros sejam naturalmente inferiores aos brancos”.

Idiotice da época. A cor da pele nada faz para que se mude a dignidade das pessoas. Mundo afora tivemos racismos históricos. A escravidão no Brasil é exemplo clássico.

Porém, em 13 de maio de 1888 a Princesa Isabel aboliu a escravatura. Foi a salvação para os negros?

Nada disso. Foi uma demagoga lei. No dia 12, eles dormiam em Senzalas e se alimentavam muito mal. No dia 13, foram livres e ficaram sem casa e sem comida.

Claro, o acerto foi a proibição da exploração. O grande erro foi a falta de assistencialismo da Lei, que deixou os pobres escravos ao Deus-dará.

Fica a histórica indagação: a Princesa Isabel bobeou e não pensou no futuro dos ex-escravos, ou simplesmente fez politicagem para ganhar os louros da fama?

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– O Racismo em Penapolense x Portuguesa contra Léo Pereira.

Lamentável… pela Segunda Divião do Campeão Paulista, no Estádio Tenente Carriço em Penápolis, no jogo entre a Penapolense x Portuguesa, uma pessoa pobre de espírito e indigna de ser chamada de cidadão ironizou e ficou pulando na arquibancada, imitando um macaco, a cada vez que Léo Pereira, jogador da Lusa, tocava na bola.

Pena que ninguém avisou o juiz ou parou o jogo para providências e prisão por crime de racismo. Triste.

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– O racismo contra Marega em Vitória de Guimarães x Porto. De novo? E o que a FIFA tem feito?

Moussa Marega, jogador de Mali e que atua no Porto, foi alvo de ofensas por ser negro no campeonato português. Revoltado, abandonou o campo e desabafou.

Lembram do protocolo FIFA, de 3 etapas, contra sexismo, homofobia, racismo, manifestação político-religiosa e outras situações constrangedoras? O fato de simplesmente parar o jogo na fase 1 está, ao que parece, fazendo com que os insensíveis não temam nenhuma consequência mais séria.

Se não se recorda, clique sobre o Protocolo em: https://professorrafaelporcari.com/2019/07/26/os-3-passos-para-o-protocolo-fifa-contra-a-discriminacao-no-futebol/

Enfim: algo mais sério, mais duro e que renda punição de maneira mais efusiva deve ser feito. Chega! Permitir que as manifestações sejam encaradas do tipo: “se fizer uma vez, eu paro o jogo; na 2a, vai ser o último aviso; na 3a, eu encerro o jogo” (fazendo a analogia do Protocolo FIFA) tornou-se inútil. Todo mundo está fazendo “uma vez” no jogo, até que ele seja paralisado (já que nada mais grave de punição acontece).

Quando o time dos idiotas racistas / homofóbicos / maus cidadãos sentir na pele (ou nos pontos e no bolso) na primeira manifestação, os demais bandidos se mancarão do erro.

É triste quando o respeito à vida do próximo deve ser imposta por uma entidade, e não seja algo natural o ser humano.

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– Rodrigo Bocardi e o caso de Racismo. Ou de equívoco?

Em tempos nos quais ser politicamente correto se faz necessário, há situações difíceis de se explicar.

O apresentador Rodrigo Bocardi, durante o Bom Dia São Paulo da Rede Globo, entrevistou ao vivo um rapaz com a camisa do Clube Pinheiros. Ao ver a roupa dele, perguntou se era catador de bolinha do clube (por praticar tênis lá e ver tal uniforme). Não era. Era um atleta do Polo Aquático que usava a mesma camisa, levando-o ao engano.

Não deu outra: Bocardi foi acusado de Racismo. Mas será que ele realmente não foi induzido ao erro pela roupa do rapaz, e não pela cor da pele?

Difícil opinar. O apresentador divulgou uma nota falando sobre não ser racista e explicando a confusão ocorrida. Não fugiu do tema. Leia abaixo o texto dele,

Extraído de: https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/redacao/2020/02/07/bdsp-web-ve-preconceito-em-fala-de-bocardi-e-apresentador-rebate.htm

BDSP: BOCARDI CONFUNDE ATLETA COM GANDULA, É CRITICADO E REBATE

Uma fala do apresentador do Bom Dia São Paulo, Rodrigo Bocardi, repercutiu negativamente hoje nas redes sociais. Internautas encararam a interação dele com um rapaz negro como racista e preconceituosa.

O repórter Tiago Scheuer acompanhava o movimento na linha 3-vermelha do metrô de São Paulo na estação Pedro 2º e entrevistou um rapaz chamado Leonel, que esperava por um trem mais vazio para poder embarcar.

Ao ver que o jovem usava uma camiseta do Clube Pinheiros, um dos mais tradicionais da capital paulista, Bocardi pediu que o repórter perguntasse a ele se ia “pegar bolinha lá”.

“Scheuer, o Leonel vai pegar bolinha de tênis lá no Pinheiros?”, questionou o apresentador. O rapaz respondeu que era atleta do clube e jogava polo aquático. “Aí sim, eu estava achando que era um dos meus parceiros ali que me ajudam nas partidas. Manda os parabéns para ele”, disse Bocardi.

Nas redes sociais, muitos internautas apontaram que o apresentador da TV Globo foi preconceituoso e racista em sua fala. Após o telejornal sair do ar, o jornalista divulgou uma nota explicando que havia se confundido por causa da camiseta que o rapaz usava.

“Eu pratico tênis no Clube Pinheiros. Os jogadores de tênis não usam uniformes, mas os pegadores/rebatedores, sim: uma camiseta igual a do Leonel, com quem tive o prazer de conversar hoje. […] Não frequento outras áreas do clube onde outros esportes são praticados. E não sabia que a camiseta era parecida (…) Nunca escondi minha origem humilde. Comecei a vida como garoto pobre, contínuo, andando mais de duas horas de ônibus todos os dias para ir e voltar do trabalho e escola. Alguém como eu não pode ter preconceito. Eu não tenho, nunca tive, nunca terei. E condeno atitude assim todos os dias. Mas se ofendi pessoas que não conhecem esses meus argumentos e a minha história, peço desculpas.”

Bocardi ainda postou um vídeo em que mostra uma matéria de fevereiro do ano passado com pegadores de bola do Pinheiros usando uma camiseta igual a de Leonel.

Nas redes, o impacto foi imediato e o apresentador foi criticado.

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– Racismo contra Taison: ofender a dignidade humana está valendo a pena para o agressor. E custando caro para o ofendido…

Dias atrás rodou o mundo a triste manifestação racista da torcida do Dínamo de Kiev contra Dentinho e Taison. Dentinho saiu chorando e Taison, revoltado, mostrou o dedo do meio após ser chamado de várias ofensas raciais, inclusive de macaco.

E não é que, para a vergonha do esporte, a Associação Ucraniana de Futebol puniu o atleta por 1 jogo de suspensão e a agremiação por 500 mil Grívnia (R$ 87.160,38)!

Ofender a dignidade humana está valendo a pena para o agressor. E custando caro para o ofendido

Taison reage após ser vitima de racismo na Ucrânia — Foto: Reprodução arquivo social

– O exemplo contra o Racismo. Ou um excesso? Sobre Bernardo Silva e Mendy:

Aconteceu na Inglaterra, com dois companheiros do Manchester City. Entenda:

Bernardo Silva fez uma brincadeira com seu colega de time Mendy, que é negro, fazendo uma postagem no twitter em referência à sua cor (foto abaixo). Mendy não se importou, pois deu essa liberdade para o amigo. Mas a “CBF” deles puniu o atleta por “conduta inapropriada / mau exemplo”.

O Politicamente Correto aplaude, mas alguns acham excessivo. E você, o que pensa sobre isso?

Abaixo, a matéria e outros detalhes,

Extraído de: https://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-ingles/noticia/bernardo-silva-pega-um-jogo-de-suspensao-por-brincadeira-com-colega-mendy-em-rede-social.ghtml

BERNARDO SILVA PEGA UM JOGO DE SUSPENSÃO POR BRINCADEIRA INAPROPRIADA COM COLEGA MENDY

Português do Manchester City, que comparou o lateral a mascote de uma marca de doces, também pagará multa de 50 mil libras. Football Association cita “violação agravada” de regra

A Football Association, entidade máxima do futebol na Inglaterra, divulgou nesta quarta-feira uma punição para Bernardo Silva, meia do Manchester City, por conta de brincadeira considerada inapropriada feita com o companheiro de clube Mendy em sua rede social, no dia 22 de setembro. O português está suspenso do próximo compromisso do time na Premier League e terá que pagar multa de 50 mil libras.

Em comunicado, a F.A. citou “violação agravada da regra E3”, que diz respeito a insultar ou levar o jogo a descrédito incluindo referências, expressamente ou de forma implícita, à raça, cor ou origem étnica.

Na ocasião, Bernardo postou uma imagem comparando uma foto do lateral francês quando ainda era criança com o mascote de uma marca de doces. “Adivinha quem é”, escreveu. Mendy pareceu não ter se sentido ofendido e respondeu com emojis de risadas em seguida. Pouco depois, no entanto, a publicação foi apagada por conta de acusações de racismo.

– Não se pode mais brincar com um amigo nos dias de hoje. Vocês… – postou Bernardo Silva depois das críticas.

Depois da Data Fifa, o próximo compromisso do City é contra o Chelsea, pela 13ª rodada do Campeonato Inglês. A partida acontece no próximo dia 23, sábado.

ABAIXO, A PUBLICAÇÃO:

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– O Protocolo FIFA foi acionado duas vezes em Bulgária 0x6 Inglaterra. Mas a resposta…

Em Sofia, capital da Bulgária, uma noite para envergonhar a humanidade. Durante o jogo válido pelas Eliminatórias da Eurocopa, torcedores búlgaros entoaram cantos racistas e nazistas aos jogadores negros ingleses, fazendo com que o Protocolo FIFA contra a discriminação (que engloba qualquer tipo de situação, incluindo homofobia, sexismo ou religião) fosse adotado por duas vezes.

Ao anúncio que no terceiro passo do Protocolo a partida seria encerrada, houve uma grande vaia na arquibancada ao invés de conscientização. Uma tristeza à espécie humana, dita “racional”…

Dentro de campo, a resposta foi boa: Bulgária 0x6 Inglaterra. Uma vitória não de uma equipe, mas a derrota dos preconceituosos.

Sobre o Protocolo FIFA citado, aqui: https://professorrafaelporcari.com/2019/07/26/os-3-passos-para-o-protocolo-fifa-contra-a-discriminacao-no-futebol/

A capa do jornal britânico foi perfeita. Abaixo:

– O Racismo no Futebol ainda impera na Itália!

Às vezes, é melhor ficar calado do que falar uma bobagem. Na Itália, onde os casos de racismo no futebol são frequentes, o presidente da Lazio (que por muitos é uma equipe mal vista por ter sido o time de Mussolini), declarou que imitar um macaco nem sempre é racismo e é normal isso acontecer com quem não tem a pele normal (que seria branca).

Pela lógica, a coloração negra da pele é algo “anormal”?

É complicado ver que esse câncer da humanidade – o racismo – está aculturado em nossa sociedade de maneira a cegar as pessoas. Lembrando ainda que, em casos de racismo na arquibancada, existe o Protocolo FIFA a ser aplicado pela arbitragem.

Para conhecer os procedimentos do protocolo, clique aqui: https://professorrafaelporcari.com/2019/07/26/os-3-passos-para-o-protocolo-fifa-contra-a-discriminacao-no-futebol/

A matéria do racismo abaixo, extraído de: https://www.espn.com.br/futebol/artigo/_/id/6145875/presidente-da-lazio-diz-que-imitacao-de-macaco-nem-sempre-e-racismo-e-cita-pele-normal-como-branca

PRESIDENTE DA LAZIO DIZ QUE “IMITAÇÃO DE MACACO NEM SEMPRE É RACISTA” E CITA “PELE NORMAL” COMO BRANCA.

O presidente da Lazio, Claudio Lotito, deu uma declaração polêmica, de acordo com a agência de notícias ANSA.

Segundo Lotito falou à ANSA, os gritos de “macaco” no estádio não são sempre racistas.

“Os gritos nem sempre correspondem a atos racistas ou discriminatórios. Eu lembro quando era pequeno, as pessoas que não eram de cor, que tinham pele normal, branca, frequentemente usavam esse grito para atrapalhar o atacante adversário na frente do goleiro” (…)

“Nós temos que tratar isso individualmente. Nós temos muitos jogadores negros. Eu não acho que a Lazio faz distinção da cor da pele. A conduta da Lazio nesse aspecto está aí para todos verem”, completou.

Recentemente no Campeonato Italiano, o atacante belga da Inter de Milão Lukaku foi chamado de macaco pela torcida do Cagliari.

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Lukaku, uma das vítimas de racismo na foto acima.

– Márcio Chagas da Silva: mais um entre tantos, infelizmente!

Corajoso! Palmas para Márcio Chagas, o ex-árbitro gaúcho que contou sobre as ofensas racistas que sofreu e que sofre, em entrevista ao UOL.

Felizmente, há alguém para testemunhar e alertar a sociedade. Infelizmente, Márcio é somente mais uma das inúmeras vítimas de racismo.

Somente existe uma raça: a raça humana. E a cor da pele? Nada importa.

Força Márcio!

Extraído de: https://esporte.uol.com.br/reportagens-especiais/marcio-chagas-denuncia-racismo?fbclid=IwAR3xEU-SMcly7TMi8OFCp_FdnMK4andKN3XakXes6T4fg1Bg-dW4LzloO24#matar-negro-e-adubar-a-terra

MATAR NEGRO É ADUBAR A TERRA

Comentarista de arbitragem da Globo denuncia agressões racistas que ouviu no campo e na cabine

Por Tiago Coelho

Um dia meu filho de cinco anos me perguntou por que os pretos dormem na rua e são pobres. Expliquei que é um resquício da escravatura, que estamos tentando mudar isso, mas que é difícil. Não sei se ele entendeu. Às vezes nem eu entendo. Sendo negro em um estado racista como o Rio Grande do Sul, eu me acostumei a ser o único da minha cor nos lugares que frequento.

Fui o único negro na escola, o único namorado negro a frequentar a casa de meninas brancas e, como árbitro, o único negro apitando jogos no Campeonato Gaúcho. Hoje sou o único negro comentando esses jogos na TV local. Durante muito tempo, me calei ao ouvir alguma frase racista. Engolia, como se não fosse comigo. Mas era comigo. A verdade é que estou puto com os racistas. Todo fim de semana escuto gente me chamando de preto filho da puta, macaco, favelado. “Matar negro não é crime, é adubar a terra”, eles dizem. Estou de saco cheio dessa história.

A galera saiu do armário total, não tem vergonha nenhuma. As manifestações racistas estão vindo cada vez mais ferozes e explícitas. O fato de eu estar na TV agride muito mais as pessoas do que quando eu apitava. O racista não aceita que você ocupe um espaço que você não deveria ocupar.

Dá vontade de sair na mão com esses caras, mas sei que se eu fizer isso vou perder a razão.

Em um Avenida x Internacional, em Santa Cruz do Sul, o juiz marcou um pênalti que não aconteceu e eu comentei no ar que o pênalti não aconteceu. Um torcedor foi no meu Instagram e escreveu: “Não gosta de ser chamado de preto, mas tá fazendo o quê aí?” O que tem a ver a minha cor com o meu comentário? Outro cara me chamou de “crioulo burro” e um terceiro disse que, se pudesse, me enfiaria uma banana no rabo. Os caras escrevem isso em público, com nome e sobrenome. Já acionei o Ministério Público.

Caxias do Sul, para mim, é uma das cidades mais terríveis para trabalhar. Há algumas semanas, fui transmitir um jogo no estádio Alfredo Jaconi e passei uma tarde inteira ouvindo xingamentos. Tive que ouvir que era um preto ladrão, que estaria morrendo de fome se a RBS, a Globo local, não tivesse me contratado, que eles tinham trazido banana pra mim. A cada cagada que o árbitro fazia em campo, eles se voltavam contra mim na cabine e xingavam. Eu virei um para-raios pro ódio deles.

Um dia, em um Juventude x Internacional, a arbitragem estava tendo uma péssima atuação. Houve um pênalti não marcado para o Juventude, e uns torcedores que ficavam perto da cabine se viraram para mim dizendo coisas como: “E aí, preto safado, vai falar o quê agora?” Eu já tinha dito no ar que o juiz tinha errado ao não marcar o pênalti. O clima já estava pesado desde o começo, e eu me segurava para não descer lá e ir pro soco com os caras, mas é tudo que eles querem, não é?

Uma mulher com uma criança de colo se virou para mim e começou a xingar: “Negro de merda, macaco, fala alguma coisa”. Ela veio em minha direção, achei que ia me dar uma bofetada ou cuspir na minha cara, que é uma coisa que eles costumam fazer na serra gaúcha.

“O que eu fiz para você”, perguntei quando ela se aproximou.

“Você não está vendo que ele está roubando, que não marcou o pênalti?”, perguntou de volta, apontando ao árbitro em campo.

“Moça, tudo que você está falando eu disse na transmissão. Por que você está dizendo essas coisas para MIM?”

“É que você colocou ele lá”, ela respondeu. E eu tive que explicar que quem escala os árbitros é a Federação Gaúcha e que eu não tenho nenhuma influência sobre ela.

No intervalo, um rapaz que estava com a namorada virou e disse: “Aprendeu direitinho como roubar o Juventude, né, preto de merda? Se não fosse a RBS, estaria na Restinga roubando ou morrendo de fome.” Os racistas costumam usar o bairro periférico e violento da Restinga, em Porto Alegre, para me atacar. Quando essas coisas acontecem, os colegas brancos dizem para eu deixar pra lá, que eu sou maior que isso, que estamos juntos, que bola pra frente. Juntos no quê? Deixar pra lá como? Quem sente a raiva e o constrangimento sou eu. Como “estamos juntos”?

Depois de muito tempo ouvindo esse tipo de coisa, eu desenvolvi uma forma de defesa, que também é uma forma de ataque. No final do jogo, quando um cara disse que tinha trazido uma banana (“porque eu sei que tu gosta”), eu falei que gostava mesmo. “Já brinquei muito de banana com tua mãe.” Os amigos dele riram, e o cara saiu com o rabo no meio das pernas.

Tem um motivo de eles sempre se referirem a bananas quando querem me agredir.

No dia 5 de março de 2014, o Esportivo jogou contra o Veranópolis, em Bento Gonçalves, uma cidade perto de Caxias, também na serra gaúcha. Essa é a região mais racista do estado. Logo que saí do vestiário já fui chamado de macaco, negro de merda, volta pra África, ladrão. Falei pros meus colegas:

“Se nem começou o jogo os caras já estão assim, imagina no final.”

Acabou a partida. Jogando em casa, o Esportivo venceu por 3 a 2, e não teve nada anormal no jogo: nenhuma expulsão, nenhum pênalti polêmico, lance de impedimento controverso, nada. Mesmo assim os torcedores se postaram na saída do vestiário para me xingar.

A uma distância de uns dez metros, questionei um senhor que estava com o filho:

“É isso que você está ensinando pro seu filho?”

“Vai se foder, macaco de merda.”

“Uma ótima semana pro senhor também”, respondi e desci ao vestiário. A polícia não fez menção de interpelar os torcedores, mas registrei os xingamentos na súmula.

Tomei meu banho, esperei meus colegas e saí do vestiário pra pegar meu carro, que estava em um estacionamento de acesso restrito à arbitragem e funcionários dos clubes. Encontrei as portas do carro amassadas e algumas cascas de banana em cima.

Ao dar partida no carro, ele engasgou duas vezes. Na terceira tentativa, caíram duas bananas do cano de escapamento. Alguém colocou duas bananas no cano do escapamento. Meu colega Marcelo Barison ficou horrorizado.

Caminhei revoltado para o vestiário. O atacante do Esportivo Adriano Chuva, negro, me pegou pela mão e me levou um pouco mais afastado. Ele disse que ali aquilo era normal. “Você tem que ver o que eles fazem com a gente no centro da cidade.” Ele dizia que os negros do time preferiam jogar fora de casa para não ser chamados de macaco em seu próprio estádio.

Ao chegar em Porto Alegre, refleti sobre o que deveria fazer. Encaminhei um texto para uns jornalistas que eu conhecia, e o caso veio a público. Francisco Novelletto, o presidente da Federação Gaúcha, me ligou, dizendo que eu deveria tê-lo procurado antes de falar com a imprensa, porque a denúncia estava prejudicando a imagem do campeonato. Ele disse que poderia pagar para consertar meu carro.

“Não quero seu dinheiro, quero respeito”, eu lembro de ter dito. Novelletto também sugeriu que se eu continuasse com a denúncia, isso poderia prejudicar a minha carreira. Eles fazem essa chantagem emocional. Eu continuei com a denúncia.

No Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o Esportivo perdeu três pontos por causa desse jogo e acabou rebaixado naquele campeonato. Até hoje, quando querem me atacar, os racistas dizem que fui eu quem rebaixei o clube. Mas eu não rebaixei ninguém. O que eu fiz foi denunciar o ataque absurdo que sofri. O clube nunca entregou a pessoa que colocou as bananas no meu carro.

Tiago Coelho/UOL

Ao longo do processo, me senti desamparado e desvalorizado pela federação. Eu tinha 37 anos e era aspirante à Fifa, imaginava que ainda podia ter uma carreira internacional. Mas, por causa desse episódio, fiquei tão de saco cheio que resolvi largar o apito. Apitei a final do campeonato e parei. Até hoje não posso pisar na federação. A federação nunca mais teve um árbitro negro.

Na esfera cível, processei o Esportivo por danos morais. Durante o julgamento, o advogado deles debochou do racismo que sofri no estádio. “Chamar negro de macaco não é ofensivo”, ele disse. “Ofensivo é amassar o carro porque, como diz a propaganda do posto Ipiranga, todo brasileiro é apaixonado por carro.” Essa frase me fez decidir abandonar o futebol. Em janeiro deste ano, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou o clube a me pagar R$ 15 mil. Até hoje não pagaram.

Eu refleti muito antes de vir aqui contar tudo isso. No futebol, existe uma tendência ao silenciamento quando o assunto é racismo. Muito jogador negro que passa por isso prefere ignorar os ataques temendo ter problemas na carreira se abrir a boca. Outro dia um jogador saiu de campo na Bolívia. Todos deviam fazer o mesmo, principalmente os medalhões.

Eu posso até me prejudicar no trabalho, mas resolvi comprar a briga porque nos fóruns que reúnem negros, costumamos dizer que os racistas podem nos fazer duas coisas: ou eles nos matam ou eles nos adoecem.

Eu me recuso a morrer ou adoecer. Prefiro lutar. Quando esses ataques acontecem, minha mulher, que é negra, me dá a força que ela consegue. Ela sabe muito bem o que é isso. Meus filhos ainda não sabem. Eu fortaleci a consciência da minha negritude principalmente pelo rap, ouvindo aquela música, analisando aquela letra e me identificando com aquela situação retratada.

Os racistas não sabem, mas eles só fortaleceram minha consciência racial. Eu falo pro meu menino que ele é lindo. Enalteço o nariz e o cabelo “black power” dele, digo para ele sempre valorizar a negritude que ele tem. Minha filha tem dois anos e vou procurar fazê-la ter orgulho de si mesma, assim como eu tenho da nossa raça.

Minha briga é por mim, mas também por eles. Os racistas não vão nos matar.

Procurado pela reportagem para comentar a declaração de Márcio Chagas da Silva, o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelletto, afirmou que as críticas do ex-árbitro são injustas e que não deixou de apoiá-lo no episódio de racismo em 2014.

“O Márcio está faltando com a verdade”, afirmou Novelletto. “Quando soube do fato, liguei para ele em um gesto de grandeza para saber o que tinha acontecido. Ele me narrou uma versão ‘super light’ dos fatos e tirou toda a culpa do Esportivo. No dia seguinte, para minha surpresa, apareceu dando entrevista chorando na TV e se dizendo indignado. Achei isso estranho.”

Segundo Novelletto, a federação lançou uma nota de repúdio contra o comportamento do Esportivo e iniciou uma campanha no seu site de combate ao racismo. De acordo com o cartola, as ofensas que Márcio Chagas sofre são consequência da briga que ele comprou contra o Esportivo. “Eu se fosse patrão dele, não mandava ele para trabalhar nessas cidades, você sabe como torcedor é.”

Para o cartola, não é papel da federação defender o árbitro porque “ele é um prestador de serviço”. “E os donos da federação são os clubes”, disse ele.

Esportivo diz que assunto ficou no passado

Presidente do Esportivo desde 2017, Anderson Vanela afirmou que o clube não faria maiores comentários sobre o episódio das bananas em 2014 porque “o assunto ficou no passado.”

“O clube acata a decisão judicial, mas não concorda. A cidade se machucou muito, a comunidade inteira sentiu. Bento Gonçalves é uma cidade turística, que acolhe a todos e não tem em seu histórico qualquer tipo de ato racial”, afirmou Vanela.

O Esportivo já fez o depósito dos R$ 15 mil a título de reparação a Márcio Chagas. “Aqui no clube ninguém mais fala do assunto.”

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– O Racismo do conselheiro do Santos FC: #ExpulsaORacista

Que nojo! Racismo não cabe mais, pois somos somente uma raça: a humana!

Viram a declaração racista e totalmente condenável do conselheiro do Santos FC, Adilson Durante Filho

O áudio está disponível em: https://globoesporte.globo.com/sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/noticia/conselheiro-do-santos-faz-declaracoes-racistas-clube-repudia-e-torcida-pede-expulsao.ghtml

Pois bem: o que eu penso sobre isso foi de encontro com a coluna abaixo de Juliano Costa (no GloboEsporte.com), que compartilho, 

Extraído de: https://globoesporte.globo.com/sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/noticia/opiniao-santos-pode-fazer-historia-na-luta-contra-o-racismo.ghtml

SANTOS PODE FAZER HISTÓRIA NA LUTA CONTRA O RACISMO

Declaração racista de conselheiro expõe o clube, que não pode se omitir diante da gravidade do caso

A hashtag “ExpulsaORacista” foi uma das mais comentadas no Twitter no mundo todo nesta quinta-feira, mas a mobilização dos internautas – santistas ou não – foi insuficiente para fazer com que ao menos 20 membros do Conselho Deliberativo do Santos protocolassem um pedido de expulsão de Adilson Durante Filho.

Até agora, nada foi feito pelo clube além de uma nota de repúdio, que, apesar de bem escrita, é muito pequena diante da gravidade das declarações desse homem de meia-idade, filiado a um partido político e funcionário da Prefeitura de Santos, uma das cidades mais ricas e tradicionais do estado de São Paulo.

É dever de todos nós – jornalistas, torcedores, gente que se importa com gente, autoproclamadas “cidadão de bem” ou não – combater o racismo.

Manter Adilson Durante Filho no seu Conselho Deliberativo é uma vergonha indescritível para a história do Santos. Não há como passar pano. Ele mesmo já admitiu que gravou o áudio.

Ora, então o que os nobres conselheiros estão esperando? Não importa se é feriado.

O Santos precisa dar uma resposta não só aos seus torcedores, mas à sociedade como um todo. E precisa fazer isso rápido.

Trata-se de uma oportunidade de fazer história – assim como o Vasco fez nos anos 20, ao bancar a escalação de jogadores negros, e como o Bahia tem feito hoje, dia após dia, na luta pelas minorias.

O Santos se tornou conhecido no mundo todo (e ainda é o clube brasileiro mais famoso) com um time nos anos 60 que contava com quatro negros em seu ataque titular, incluindo o maior de todos, o Rei. O Santos continuou sendo reconhecido por revelar meninos como Robinho, Neymar, Rodrygo. Mais incrível: o Santos parou uma guerra na África, porque combatentes de duas etnias rivais queriam ver o time de Pelé jogar.

Pegando essa deixa, escrevo agora particularmente para o presidente José Carlos Peres e os membros do Conselho Deliberativo do Santos: sabem aquela foto do menino pobre na África, com uma camisa do Santos, brincando com uma bola improvisada? Aqui na Globo SP imprimimos essa foto há um tempo e a colocamos na nossa sala de reuniões – é a única coisa destoando em uma parede pintada de “branco corporativo”. Ela nos inspira. Gostamos da ideia de pensar que trabalhamos para atender gente como aquele menino sorridente – e não como Adilson Durante Filho.

Aquele menino mora em Moçambique, uma ex-colônia portuguesa, como o Brasil. Ele se chama João. É o mesmo nome do meu filho de três anos. Há um oceano separando os dois. Mas ambos torcem pelo mesmo time, o Santos Futebol Clube.

O João de Moçambique é negro. O meu João é branco. É a união dessas duas cores que faz o Santos ser o “Glorioso Alvinegro Praiano”, um “orgulho que nem todos podem ter”.

Então, senhor presidente, senhores do Conselho, é hora de vocês fazerem história, é hora de vocês mostrarem que “não é só futebol”, é hora de mostrar que o Santos está acima de qualquer questão política. É uma questão de princípios. É a oportunidade perfeita para mostrar que esse tipo de atitude não é mais aceitável, tolerável. Para que o meu João, o João de Moçambique e tantos outros Joões cresçam num mundo sem racismo.

*Juliano Costa, 38, é editor-executivo do GloboEsporte.com

Santos multicampeão dos anos 60: Pelé era um dos quatro negros do ataque titular — Foto: Divulgação / Conmebol

Santos multicampeão dos anos 60: Pelé era um dos quatro negros do ataque titular — Foto: Divulgação / Conmebol

– O atacante Ari na Seleção Russa e a revolta do seu futuro colega em campo.

Me lembro que quando o atacante brasileiro Hulk foi comprado pelo time russo do Zenit, vindo do Porto, jogadores se revoltaram pelo alto salário e por ser o primeiro jogador negro da história do time (até então somente brancos haviam jogado por lá).

Agora, o atleta Ari, jogador do Krasnodar e que vive na Rússia desde 2010 quando chegou pelo Spartak Moscou, foi convocado para jogar pela Seleção da Rússia. Um dos seus futuros colegas de seleção, Pavel Pogrebniak, disse ter uma opinião negativa a respeito”.

O atleta indignado declarou que:

É estranho que um jogador de cor jogue pela seleção russa. Não vejo sentido. Para que Ari recebeu passaporte russo?

Seria o fato de existirem jogadores natos da Rússia para a mesma posição e não ficar feliz com um estrangeiro, ou absurdamente pela cor da pele?

Ô mundo racista…

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– O racismo praticado contra Serginho na Bolívia em Blooming 2×0 Jorge Wilstermann

Ainda é admissível que idiotas cantem gritos ofensivos nas arquibancadas?

Sempre ouvi falar (e nunca concordei) que o estádio de futebol é um lugar onde se pode xingar à vontade, extrapolar e extravasar. Não concordo. Você pode vaiar e aplaudir, mas nunca ser selvagem.

Atitudes como gritos homofóbicos, racismo, violência e outras coisas que contestam a inteligência humana já deixaram de ser aceitáveis, e mostram como nossa cidadania ainda é questionável. E digo isso pelo fato lamentável ocorrido na Bolívia, na partida entre Blooming 2×0 Jorge Wilstermann, do último domingo, onde o brasileiro Serginho abandonou o campo após insultos incessantes dos torcedores por ser negro.

O árbitro corretamente parou a partida para que os torcedores encerrassem os gritos racistas (conforme manda atualmente a Regra do Jogo), mas mesmo assim o atleta preferiu se retirar.

Até quando veremos tristes situações assim? Até quando as punições serão “de mentirinha”? Até quando o ser humano vai ficar esperando ser “gente de verdade”?

Muito triste.

Extraído de: https://www.gazetaesportiva.com/futebol/brasileiro-abandona-o-campo-apos-sofrer-insultos-racistas-na-bolivia/

Vídeo em: https://twitter.com/liberta__depre/status/1107803186461638659

BRASILEIRO ABANDONA O CAMPO APÓS SOFRER INSULTOS RACISTAS NA BOLÍVIA

Mais uma cena lamentável tomou conta do futebol no último domingo. Na partida entre Blooming e Jorge Wilstermann, válida pela 13ª rodada do Apertura do Campeonato Boliviano, o brasileiro Serginho, do time visitante, sofreu insultos racistas e abandonou a partida ainda em seus decorrer, aos 40 minutos do segundo tempo, em lance de cobrança de escanteio.

Diante de mais de 15 mil pessoas que marcaram presença na vitória do Blooming por 2 a 0, no Estádio Tahuichi Aguilera, o meio-campista brasileiro sofreu diversos atos racistas durante a partida, segundo relatos dos companheiros de equipe. Na reta final, mesmo com a vitória, os fanáticos dos donos da casa não cessaram nos insultos.

Aos 40 minutos do segundo tempo, o jogador brasileiro se dirigiu a linha de fundo para efetuar uma cobrança de escanteio. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, é possível ver o atleta abandonando o gramado e explicando a arbitragem que seguiu sofrendo com as declarações da torcida adversária. Por conta da polêmica, a partida ficou parada por cerca de quatro minutos.

Após a partida, personalidades dos dois lados se manifestaram contra as cenas presenciadas. Do lado do Jorge Wilstermann, Cristian ‘Pochi’ Chávez condenou a “vergonha” que marcou a partida, enquanto Jorge Ortiz criticou que o fato tenha acontecido durante toda a partida. “Essas coisas externas ao jogo são tristes. Não me surpreende a saída de campo do Serginho, porque estava sendo insultado desde o primeiro tempo”, disse ao jornal El Deber.

Mesmo com os três pontos conquistados, o tema foi abordado pelo Blooming, na voz do capitão, Cristian Latorre, e do treinador Erwin Sánchez. “Eu repudio o racismo, mas essas são coisas que fogem das nossas mãos, dos jogadores. Fico com pena pelo que aconteceu. É lamentável”, ressaltou o atleta, corroborado pelo comandante. “Sou sempre contra o racismo. Fiquei 20 anos fora e volto para sentir isso. Veremos o que fazer junto ao clube”, finalizou.

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– Os Observadores à Paisana contra o Racismo na Copa do Mundo

A Copa do Mundo da Rússia começará na 5ª feira, e para coibir o racismo e qualquer outra forma de discriminação (sexual, religiosa ou política), a FIFA colocará 3 observadores em cada estádio, à paisana, para identificar tais situações.

Lembrando que: se perceptível, o árbitro deverá parar o jogo até as manifestações preconceituosas na arquibancada cessarem.

Extraído de: https://sportv.globo.com/site/programas/copa-2018/noticia/fifa-implementara-acoes-de-combate-ao-racismo-no-mundial-da-russia.ghtml

FIFA IMPLEMENTARÁ AÇÕES DE COMBATE AO RACISMO NO MUNDIAL DA RÚSSIA

Árbitros poderão interromper ou suspender partidas em caso de manifestações discriminatórias. Observadores estarão espalhados pelos estádios para denunciar atos hostis

A Fifa anunciou, nesta quinta-feira, que implementará ações de combate ao racismo e a favor da diversidade durante a Copa do Mundo da Rússia. Os jogos terão um sistema de monitoramento, que inclui a presença de observadores espalhados pelos estádios. Em campo, os árbitros poderão interromper ou suspender partidas em caso de manifestações discriminatórias vindas da arquibancada. As ações já foram implementadas nas Eliminatórias e na Copa das Confederações.

– No ano passado, na Copa das Confederações, a atmosfera foi muito amigável – disse a secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura. – A Fifa tem uma abordagem de tolerância zero à discriminação e isso é algo que levamos muito a sério. Além das medidas educacionais que incluem um guia de boas práticas, temos sistemas em vigor para reagir e sancionar atos discriminatórios, bem como medidas para garantir um ambiente livre de discriminação na Copa do Mundo – completou.

As ações foram criadas em uma parceria da Fifa com a Fare Network, organização com um longo histórico de combate à discriminação no futebol. Todas as partidas do Mundial 2018 terão três observadores espalhados pelos estádios. Os profissionais terão a missão de monitorar o comportamento dos torcedores de ambas as equipes, reportando aos oficiais de segurança eventuais atos racistas e discriminatórios.

Os árbitros também terão total liberdade para intervir em casos de atos racistas. De acordo com o chamado “procedimento de três etapas”, eles terão a autoridade para primeiro parar a partida e solicitar um anúncio público pedindo que o comportamento discriminatório cesse. O segundo passo é suspender a partida até que o comportamento inadequado pare. Caso os atos persistam, o árbitro pode encerrar o jogo.

– Temos um forte sistema de monitoramento no local. Além disso, todos que fazem parte da organização do jogo, incluindo funcionários, voluntários, equipes, mordomos e pessoal de segurança foram informados e treinados para garantir que, se ocorrerem incidentes discriminatórios, a ação correta seja tomada rapidamente – disse o chefe de sustentabilidade e diversidade da Fifa, Federico Addiechi.

A nova edição do Guia de Boas Práticas da Fifa sobre Diversidade e Anti-Discriminação foi publicada esta semana no site oficial da entidade e distribuída a todas as associações filiadas. Nos dias 6 e 7 de julho, durante as quartas de final da Copa do Mundo, a Fifa também celebrará os Dia do Combate à Discriminação com um protocolo especial pré-jogo.

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– Um Homem Azul

Essa eu nunca vi. Se você digitar no Google Images a pesquisa sobrePaul Karason, aparecerá um homem de cor azul e barba branca. Ele é azul porque se automedicou por 20 anos com prata coloidal para se livrar de uma dermatite. Sarou, mas agora ficará para sempre azulado.

Como legado, acabou de lançar uma campanha contra o preconceito racial aos… azuis!

A quantos ele defenderá?

– O Racismo de Day McCarthy contra a menina Titi

Nunca ouvi falar da tal de Day McCarthy. Só sei que ela chamou Titi, a filha de Bruno Gagliasso e Giovana Ewbank (uma criança maravilhosa, adotada e nascida na África) de “macaca, com cabelo de pico de palha e nariz de preto horrível”.

Que desprezo enorme é esse a uma pobre criança? A mesma “socialite” (ou idiota, não sei o que essa “senhora racista” é) já houvera ofendido outras crianças e ameaçou divulgar um vídeo da cantora Anitta cheirando cocaína.

É claro que Day McCarthy quer popularidade. Mas para isso aceita se tornar uma pessoa ofensiva como essa?

Extraído de: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2017/11/27/interna_diversao_arte,643708/quem-e-a-socialite-day-mccarthy-que-xingou-a-pequena-titi.shtml

QUEM É A SOCIALITE DAY MCCARTHY, QUE XINGOU A PEQUENA TITI NO INSTAGRAM

Por Gabriela Vinhal

Ela se diz escritora, mas é conhecida pela série de ofensas que publica na internet. Além da filha de Giovanna Ewbank e de Bruno Gagliasso, outras crianças, como Rafa Justus, já foram vítimas de seus ataques

Brasileira, naturalizada norte-americana e radicada no Canadá, Day McCarthy, a mulher que usou o Instagram para chamar de “macaca” a filha dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank já protagonizou várias polêmicas envolvendo ataques preconceituosos na internet.

Com mais de 700 mil seguidores no Instagram, McCarthy se autointitula “escritora” e afirma ter diplomas de três das mais renomadas universidades dos Estados Unidos, embora seja difícil comprovar a veracidade da afirmação. Enquanto uma legião de haters a ataca, admiradores criam fã-clubes para enaltecer seus feitos. Atualmente, há ao menos quatro grupos desse tipo na internet.

Em um site de viagens que leva seu nome, a socialite conta que estudou arte na New York Film Academy e em Harvard, além de administração e negócios na Universidade de Geroge Washington. Na descrição, McCarthy afirma que é poliglota e fala fluentemente alemão, italiano, inglês, português e francês e diz ter planos de deslanchar na carreira de digital influencer pelo mundo.

Ela conta ainda que começou a escrever aos 14 anos e não parou desde então. Já teria publicado quatro livros. “Se houver uma coisa que Day McCarthy quer fazer em sua vida amorosa e compassiva é inspirar. Ela quer escrever para incentivar a felicidade, a esperança e o pensamento das pessoas de todo o mundo. Day cresceu em um ambiente único que moldou e alimentou sua paixão por escrever e inspirar”, escreveu.

Veja algumas das ofensas que ela já propagou pela internet:

RAFA JUSTUS FOI COMPARADA COM CHUCKY

Em agosto deste ano, outra criança foi vítima da socialite. Rafaella Justus, filha da apresentadora Ticiane Pinheiro e de Roberto Justus, foi comparada com o boneco assassino de filmes de terro Chucky. McCarthy disse que a menina, de apenas 9 anos, havia sido “separada ainda na maternidade” do personagem.

“Brasileiro quer processar tudo, mas eu moro no Canadá e o Justus não tem cidadania canadense. Pra ele vir aqui me processar, ele teria que ter a cidadania. E outra: as leis aqui [no Canadá] e no Brasil são diferentes. Eu achar a Rafaella Justus feia não é crime, tá? Ela é feia, tem um metro de testa, olho torto, e daí? Eu também sou feia”, disse.

“As pessoas me chamam de feia e é ‘ok’, mas chamar a menina de feia não é ‘ok’. Esse povo puxa muito o saco de famoso. Vocês acham ela a cara do Chuck mas não têm coragem de falar. Mas eu tenho. Isso porque a Ticiane deu o golpe em velho. Filho de velho nasce com doença”, continuou.

OFENSAS AOS FILHOS DE HICKMANN E SAFADÃO

Outra criança vítima de ofensas da internauta foi o filho da apresentadora Ana Hickmann. A socialite chamou Alexandre Júnior, 3 anos, de “horroroso e magrelo nojento!”. A apresentadora prestou queixa contra ela, como fez Gagliasso na manhã desta segunda-feira (28/11). Já a pequena Ysis Oliveira não seria filha do cantor Wesley Safadão. Ela afirmou que o pai da criança é o ex da atual esposa dele, Thyane Dantas.

AMEAÇA DE DIVULGAR VÍDEO DE ANITTA USANDO DROGAS

McCarthy agora ameaça divulgar um vídeo que mostraria a funkeira Anitta cheirando cocaína. “Tô esperando o processo da Anitta até hoje. O povo não falou: ‘Ah, a Anitta vai te processar’. Querida, a Anitta cheira pó sim, cheirou pó na minha frente e eu ainda filmei sem querer e, se me irritar muito, eu posto o vídeo mesmo pra mostrar”, disse. Como “prova”, ela mostrou uma foto durante uma festa com a cantora e um vídeo filmado do banco traseiro de um carro dirigido pela famosa.

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– Dilma Rousseff e a ridícula declaração sobre Coisa de Preto!

Tolice ou Mau uso de Expressão?

A ex-presidente Dilma Rousseff quis fazer demagogia (não há outra explicação) e falou uma bobagem absurda, reproduzida no twitter oficial dela (@dilmabr), compilada de uma fala dela própria ao jornal alemão Deutsche Welle.

Disse:

Sabe o que eu acho que é o novo? Esse foi um pensamento que tive depois do caso do William Waack. Você sabe o que é coisa de preto? O PT é coisa de preto. O Lula é coisa de preto. Nós somos coisa de preto. Eu sou uma coisa de preto”.

Não, Dilma. Nunca se relacione a “Preto” e seja mais correta: é NEGRO! E negro não é bandido. O PT, a Senhora e o Lula são indubitavelmente incomparáveis aos Negros.

O negro é sofrido, ainda sente os resquícios históricos de sofrimento dos seus antepassados escravos. São batalhadores, trabalhadores e honestos. Já a sua turma, dona Dilma (incluindo José Genoíno, Zé Dirceu, Palocci, Gleise e outros) não se pode comprovadamente dizer o mesmo.

Enquanto o partido se corrompe, enriquece e diz ser vítima, o cidadão negro que labuta é a real vítima. O PT (assim como outros partidos) tem corruptos de sobra e roubam milhões enquanto o negro procura trabalhar honestamente para garantir seu pão.

É até constrangedor ler tal declaração…

Aliás, não existem raças, existe apenas uma raça: a raça humana, onde todos devem ter os mesmos direitos e deveres, independente da cor da pele ou etnia.

Ops, não vejo negros na equipe de Dilma enquanto Chefe de Governo (e não é que o Temer estava lá)?

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– A injustiça ao negro Muntari

Passou “batido” por mim: a insensibilidade do árbitro italiano Minelli, em 30 de abril, na partida entre Pescara e Crotoni, quando o ganês Sulley Muntari (do Pescara), jogador de cor negra, reclamou que estava escutando ofensas racistas da torcida adversária. Questionando o juizão se ele não iria parar o jogo, recebeu a sugestão de que “deveria deixar para lá e não dar importância”. Insistindo, o jogador acabou levando Cartão Amarelo por reclamação.

Revoltado, resolveu abandonar o gramado e, por tal gesto, recebeu o 2o cartão amarelo e consequentemente o Vermelho.

Absurdo total! Disse o atleta:

“Ficaram gritando ofensas para mim desde o começo. No início, vi crianças em um pequeno grupo e fui até os pais para entregar minha camisa e dar o exemplo. Mas os gritos racistas continuaram com outro grupo em outra parte do estádio. Fui falar com eles, mas o árbitro me disse que eu tinha que deixar para lá. Foi então que eu me irritei. Por que ao invés de parar a partida eu é que tinha que deixar? Os torcedores são responsáveis, mas o árbitro deveria ter feito outra coisa. Tenho certeza que se parassem os jogos, esse tipo de coisa não voltaria a acontecer”.

Tudo isso é lamentável. Só existe uma raça: a humana!

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– Paremos com gritos homofóbicos: pelo hábito, pela força ou pela multa.

Tempos atrás, a FIFA se preocupou com os atos racistas que eram acompanhados de ações políticas em jogos na Europa, em especial nos países que formavam a Iugoslávia (Sérvia, Croácia, Montenegro, especificamente). Posteriormente, a “moda das ofensas” passou para a Itália (objetivamente: ofensas a negros e saudações fascistas). Mais recentemente, esse fenômeno racista migrou para a Espanha e alguns atos isolados na Argentina e Brasil.

Em todos eles, ocorreram algum tipo de punição: a Lazio (ITA) jogou com portões fechados, o Estrela Vermelha (SER) perdeu mando, o Villareal (ESP) foi multado e o Grêmio (BRA) eliminado na Copa do Brasil.

No conjunto de medidas contra a intolerância, a FIFA solicitou que os árbitros relatem em súmula (e parem o jogo, se for o caso) qualquer manifestação racial, religiosa, política e homofóbica.

Se a torcida jogar bananas em campo (como certa feita aconteceu com Daniel Alves, enquanto atleta do Barcelona), o jogo deve parar pois é racismo explícito. Se o jogador comemorar um gol tirando a camisa com os dizeres Jesus é o Rei ou Alá é Grande, o atleta deve receber cartão amarelo por desconfigurar o uniforme e ser citado para julgamento por apologia religiosa. Se o jogador, após um gol, saudar a torcida com o gesto de Hi Hitler imortalizado pelos nazistas, ele não recebe o cartão mas é citado por manifestação política. E, por fim, se os torcedores fazerem cânticos ou gritos homofóbicos, o árbitro deve relatar nos documentos da partida (se eles forem contínuos, o jogo pode até ser paralisado).

É nesse último item que chamo a atenção: no México, os torcedores gritavam PUTO (que é uma palavra similar a VIADO no coloquial espanhol) quando o goleiro cobrava o tiro de meta. Tal prática, ao mesmo tempo que começou a ser abolida aos poucos lá fora, passou a ser praticada no Brasil pela torcida do Corinthians, especificamente tendo nascida num jogo contra o São Paulo, a cada tiro de meta cobrado por Rogério Ceni (trocando-se o PUTO por BICHA, com um longo tempo no IIIIII até o chute do arqueiro). Palmeirenses, santistas e até os próprios são-paulinos, primeiras vítimas do ato, começaram a imitar.

Nesta cruzada contra a homofobia, a FIFA resolveu reforçar a orientação para que tal prática fosse extinta. Recentemente, a CBF foi punida por 20 mil francos suiços (65 mil dólares) por tais gritos na partida pelas Eliminatórias entre Brasil x Colômbia em Manaus, ocorrida em setembro. Neste mesmo “pacotão de punições” foram multadas equipes e seleções em Honduras, Albânia, Itália, México, Canadá, Argentina, Paraguai e Peru. O Chile, além da multa, perdeu um mando de jogo nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.

Em parceira com a ONG Fare Network, a FIFA, depois destas punições, reforçou o pedido e o monitoramento (replicado pelas Federações / Confederações Nacionais e suas entidades filiadas), para que árbitros, clubes e federações sejam agentes denunciadores de tais situações, sejam essas personagens testemunhas ou vítimas. Ou seja: um árbitro deve relatar se presenciar os gritos, uma equipe pode denunciar se sentir atacada ou um goleiro pode até pedir a punição ao clube cuja torcida praticou a homofobia.

Porém, esses gritos de BICHA foram praticados novamente em jogo da Seleção Brasileira, dessa vez contra a Bolívia em Natal, também pelas Eliminatórias, com punição de  R$ 83 mil. Outros nove países também foram punidos por gritos homofóbicos, além do Irã, por cânticos religiosos do Islã.

Aqui no Brasil, os grandes clubes da Capital têm pedido, através do sistema de som, que os torcedores não pratiquem tal ato. Infelizmente, há aqueles que ainda não sabem das medidas recomendadas e as punições que podem receber.

Então, seja na Copa São Paulo de Futebol Jr ou em Copa do Mundo, os clubes e Seleções podem ser severamente multados ou até perderem o mando caso os torcedores gritem BICHA na arquibancada.

IMPORTANTE – sabemos que na cultura do futebol algumas situações são discutíveis (eu, que fui árbitro de futebol por tanto tempo, sei bem disso). Xingar o juiz de ladrão ou outros impropérios é algo “aceitável e comum” (não levando em conta o politicamente correto e nem que se ofende a pessoa, mas sim uma personagem). Mas se existe um novo momento no futebol, uma mudança de cultura, seja ela forçada por multas e punições ou por clamor social, que cumpra-se!

Torcedor, diante de tudo isso: seja prudente!

EM TEMPO – a FIFA colocou em seu game, o FIFA 17, a opção de “vestir o atleta nas cores do arco-íris”, em alusão à campanha contra homofobia (Stonewall’s Rainbow Laces). E aqui acrescento: não confunda a opção sexual, particular de cada um, com APOLOGIA (sempre condenável).

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– Os responsáveis pelo crime de Racismo contra a pequena Titi (filha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank) foram detidos!

Discriminação Racial é sempre condenável. Feita contra uma criança, pior ainda!

Eis que recentemente a filha do casal de atores da Globo (Gagliasso e Ewbank), a pequena Titi, de 3 anos, uma linda garotinha de pele morena que foi adotada (em um gesto maravilhoso de solidariedade e amor), sofreu ridículas ofensas raciais que recusou a publicá-las nesse blog.

A polícia identificou os criminosos: dentre eles, uma adolescente de 14 anos (de cor parda), que alegou ter criado um perfil falso, a fim dos ataques, para “apenas fazer uma brincadeira”!

Pior: os pais da garota duvidaram quando a Polícia chegou, dizendo que a mocinha “não saia de casa, ficava no computador e não dava trabalho”.

Quem disse que “ficar no computador” é sempre saudável mental e espiritualmente?

Extraído de: http://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2016/12/adolescentes-confessam-ataques-racistas-contra-filha-de-bruno-gagliass.html

ADOLESCENTES CONFESSAM ATAQUES RACISTAS CONTRA FILHA DE BRUNO GAGLIASSO

Sete pessoas foram conduzidas à delegacia para prestar depoimento, dentre elas, um adolescente de 17 e uma de 14

Durante operação Gagliasso, as polícias Civil do Rio e de São Paulo cumpriram três mandados de busca e apreensão, que resultaram na captação de celulares, além na condução de sete pessoas para prestar esclarecimentos. Dentre essas pessoas, estavam dois adolescentes, um de 17 e uma de 14, que confessaram ter feito ofensas dirigidas à Titi, de 3 anos, filha adotiva de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank.

A jovem de 14 anos confessou ter criado um perfil falso, acreditando que isso a deixaria impune. “O curioso é que os dois adolescentes eram de cor parda. Eles vão responder por ato infracional. Acreditaram que não ia dar em nada e se disseram arrependidos”, explicou ao Extra a delegada Daniela Terra, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). Os mandados foram cumpridos em Guarulhos e Itaquaquecetuba.

No mês passado, após a repercussão dos casos de ofensas à filha, Bruno Gagliasso se pronunciou a jornalistas, afirmando que aqueles não eram os primeiros ataques que ela sofria, mas que deveriam ser os últimos. “Quem fez isso vai ter que pagar. Isso é muito sério, isso é crime. Quem fez tem que pagar. Os responsáveis têm que ser punidos”, declarou. A operação continua em execução para descobrir outros envolvidos.

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Pintura da Garotinha Titi, que nasceu no Malauí (África) e foi adotada aos dois anos.

– Humanidade Desumana

Viram isso? Nesta semana, uma mulher foi presa na Barra da Tijuca (RJ) por racismo.

A turista Sonia Valéria foi flagrada e filmada ofendendo a guia turística Sulamita Xavier. Por não concordar com algo, a racista disse: não tenho culpa se você é mulata, nasça branca da próxima vez (…) sua complexada por ter cabelo duro.

Como pode alguém, em pleno século XXI, discriminar seu semelhante pela cor da pele. Só existe uma raça: a raça humana!

O pior é que sabe de quanto foi a fiança por crime de injúria racial? R$ 500,00, e já está solta.

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– Xingamentos citados, mas não comprovados! Houve racismo em Jundiaí?

Após, o término da partida entre Paulista 0x2 Red Bull, atletas do “Toro Loko” foram ao alambrado “baterem-boca” com torcedores do Galo. Posteriormente, veio a informação de que eles estavam inconformados por algum xingamento racista. Da cabine da Rádio Difusora, eu e meus colegas de transmissão vimos o número 4 na discussão. Na súmula, algo um pouco diferente: o lateral Bruno Santos e o zagueiro Marcos Vinícius disseram ao árbitro Edson Alves da Silva que ambos foram chamados de “macaco”. Ainda, no campo “ocorrências” do documento do jogo, divulgado há pouco, o juizão disse que não ouviu o xingamento. Abaixo, o relato oficial:

“Após o término da partida, os jogadores n. 2 o Sr. Bruno F. dos Santos e n. 4 o Sr. Marcos Vinícius G. Nascimento da equipe Red Bull dirigiram-se próximo ao alambrado para conversar com torcedores da equipe do Paulista Futebol Clube Ltda. Em seguida, estes, vieram em direção à equipe de arbitragem, alegando terem sido alvo de xingamentos racistas, com a palavra “macaco”, porém nós da equipe de arbitragem, não ouvimos tais xingamentos. “

Curiosidade: as praças esportivas fazem parte de um banco de dados da FPF, onde os estádios são inseridos automaticamente na súmula eletrônica. E não é que lá consta o Jayme Cintra como “Estádio MUNICIPAL”?

O link está em: http://www.futebolpaulista.com.br/sumulas2.php?cat=70&cam=100&jog=104&ano=2016

Se verdade o ato racista, penso que se deveria identificar o torcedor e puni-lo conforme as leis deste país. Afinal, só existe uma raça: a raça humana.

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– Racing Club da Argentina demite Preparador de Goleiros Racista

Um bom exemplo: o Racing da Argentina demitiu Juan Carlos Gambandé, o seu preparador físico do time profissional, que na última semana, no Estádio independência, fez gestos de racismo contra a torcida do Atlético Mineiro (fez de conta que descascava uma banana na frente de negros apontando a eles, ironizando-os como macacos), durante a partida válida pela Libertadores da América.

Que não seja apenas uma decisão para fugir de uma penalidade da Conmebol, mas sim que tenha sido um espírito de contrariedade e filosofia do time argentino.

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