Francisco não tem medo! Assim como Cristo se sentou com marginalizados e excluídos (e foi criticado), o pontífice faz o mesmo nos dias atuais.
Pela segunda vez, se reuniu com a comunidade trans e prostitutas, comendo à mesa com eles.
Abaixo:
“Em 1971, um grupo de jovens negros se reuniu no centro de Porto Alegre para pesquisar a luta dos seus antepassados e questionar a legitimidade do 13…
Continua em: Zumbi dos Palmares

Texto de 2014 atualizadíssimo…
As mulheres muçulmanas costumam ser submissas aos maridos. Algumas por tradição e desejo próprio; outras, a força.
Neste mundo árabe machista, leis absurdas existem: mulheres que não podem entrar em shoppings, dirigir ou realizar outras atividades comuns.
Eis que em Teerã, na última semana, uma jovem foi presa e condenada por simplesmente tentar assistir ao jogo entre Irã x Itália pela Liga Mundial de Vôlei. Motivo: no Irã, as mulheres não podem frequentar praças esportivas para assistirem jogos masculinos, sendo permitido a elas apenas assistirem a jogos femininos (a prática é com véus). Em protesto, a moça está fazendo greve de fome…
Estamos no século XXI, hein?…
Abaixo, em:
IRANIANA CONDENADA POR TENTAR VER JOGO DE VÔLEI FAZ GREVE DE FOME
A iraniana, que também tem nacionalidade britânica, condenada à prisão em Teerã por tentar assistir a uma partida de vôlei masculino no país iniciou uma greve de fome, anunciou seu irmão à agência francesa AFP.
Ghoncheh Ghavami, 25, foi detida em 20 de junho em um ginásio de Teerã. Ela fazia parte de um grupo de mulheres que tentava assistir a uma partida da Liga Mundial de vôlei entre Itália e Irã.
A jovem, formada em direito em Londres, protesta contra o que considera uma “detenção ilegal”, afirmou sua mãe ao canal britânico BBC.
“Ela está em greve de fome desde sábado (30)”, afirmou o irmão da condenada, Iman Ghavami.
Ghoncheh, que aguarda a ratificação da pena, fez uma greve de fome de duas semanas em outubro para protestar contra a detenção.
Todas as mulheres foram impedidas de assistir à partida no ginásio Azadi de Teerã, incluindo as jornalistas credenciadas. Desde 2012, o país proíbe que mulheres assistam aos jogos de vôlei.
Embora o advogado tenha indícios de que a pena seja de um ano, o procurador-geral ainda não confirmou a sentença de Ghavami.
A jovem foi acusada de fazer propaganda contra o regime, um argumento muito utilizado pela justiça iraniana para determinar prisões.
FEDERAÇÃO DE VÔLEI
No dia 1º deste mês, no encerramento do 34º Congresso da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), em Cagliari (Itália), os representantes dos países afiliados à FIVB aplaudiram de pé uma moção em apoio à iraniana.
Em carta escrita ao presidente do Irã, Hasan Rowhani, o presidente da federação, o brasileiro Ary Graça Filho, pede a libertação da iraniana.
Graça Filho lembrou aos representantes o compromisso da FIVB para a inclusão das mulheres e o direito de elas participarem desse esporte em igualdade de condições, como prega a Carta Olímpica.
“Estou certo de que você [Rowhani] vai se juntar a mim hoje para garantir o desejo da FIVB de que Ghoncheh Ghavami seja liberada imediatamente e que as mulheres de todo o mundo sejam autorizadas a assistir e a participar do voleibol em pé de igualdade.”
O Congresso da FIVB aprovou a atitude por unanimidade.
Em entrevista ao canal SporTV, Graça Filho disse que ainda não recebeu resposta do governo do Irã.
“Estamos fazendo contato com a Federação Iraniana de Vôlei para continuarmos. Para nós, fica muito difícil fazer eventos no Irã, porque fica comprometida a inclusão. Não entra na nossa cabeça a exclusão de mulheres. Estamos em contato com a federação para que eles mudem o procedimento”, afirmou.

Imagem extraída da Web.
Em 17/11 é celebrado o “Dia Internacional da Tolerância”. E o Papa Francisco tuitou no ano passado uma importante mensagem sobre a data, na qual deveríamos pensar diariamente:
“O diálogo entre pessoas de diferentes religiões não se faz apenas por diplomacia, amabilidade ou tolerância. O objetivo do diálogo é estabelecer amizade, paz, harmonia e partilhar valores e experiências morais e espirituais num espírito de verdade e amor. #DayForTolerance“
Respeitemos as diferenças, celebremos o que nos une.
O Dia Internacional da Tolerância combate qualquer tipo de intolerância e preconceito, seja ele religioso, sexual, econômico ou cultural. Imagem extraída de: https://www.sonhosbr.com.br/dia-internacional-da-tolerancia/
Leio que as duas influencers que “presentearam” crianças negras com macacos e bananas de pelúcia (num irônico e racista vídeo, tentando se passar como “humor”) foram presas.
Que raio de insensibilidade é essa? Praticar racismo é humor?
Pior: e as crianças?
Absurdo…
Há certos exageros que me assustam. Digo isso pois leio que a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse que o termo Buraco Negro é racista!
Eu sou contra qualquer tipo de preconceito e busco sempre tratar as pessoas de maneira inclusiva e respeitosa. Mas crer que o nome de um fenômeno da natureza (os buracos negros no universo) é de conotação preconceituosa, aí já foge do bom senso…
Menos, dona Ministra.

Imagem extraída de: https://www.poder360.com.br/governo/termo-buraco-negro-e-racista-diz-anielle-franco/, com a matéria na íntegra. Crédito no próprio link.
Nos EUA, causa bastante repercussão a resposta positiva do Papa Francisco a um Ministério de Acolhimento Católico às Pessoas Gays, mostrando uma tendência discutida pré-Sínodo: a de abertura maior.
Compartilho, extraído de ACI Digital.
Extraído de: https://www.acidigital.com/noticia/56545/obrigado-pelo-seu-ministerio-escreve-papa-francisco-a-lider-lgbt
OBRIGADO PELO SEU MINISTÉRIO, ESCREVE PAPA FRANCISCO A LÍDER LGBT
por Joseph Bukuras*
Um homem do estado americano do Kentucky envolvido em um “ministério católico LGBTQ” publicou uma carta on-line que diz ter recebido no início deste mês do papa Francisco agradecendo-lhe pelo seu trabalho.
Stan “JR” Zerkowski chefia a comissão de divulgação LGBTQ da diocese de Lexington, no estado americano do Kentucky. A comissão é um “esforço diocesano de buscar, acolher, acompanhar e ministrar à comunidade LGBT”.
Ele também lidera o ministério LGBTQ+ na Igreja Católica de St. Paul em Lexington, uma paróquia que foi causa de polêmica no passado, inclusive por uma imagem da Bem-Aventurada Virgem Maria envolta em uma bandeira do orgulho gay postada em seu site e uma oração à Mãe Santíssima, compartilhada sob o título de “Mãe do Orgulho”.
A nota manuscrita do papa veio em resposta a um e-mail que Zerkowski escreveu a ele em 10 de outubro sobre os três ministérios LGBTQ de Zerkowski, dois dos quais estão sob a diocese de Lexington.
“Eu contei a ele sobre Fortunate Families. Eu disse a ele o que faço local e nacionalmente com paróquias, hierarquia, instituições educacionais e construção de ministérios LGBTQ+ intencionais”, escreveu Zerkowski em uma postagem no Facebook.
“Agradeci a ele por abrir as portas para o ministério LGBTQ+ e expliquei que foi e ainda é um ministério difícil. Eu disse a ele que sua abertura salvou vidas, sei disso em primeira mão. Mencionei que à medida que o Sínodo [da Sinodalidade] se desenrola em Roma, ele ocupa um lugar especial nas minhas/nossas orações”, escreveu.
A resposta do papa Francisco, traduzida para o inglês numa foto que Zerkowski publicou on-line, dizia: “Querido irmão, muito obrigado pelo seu e-mail. Obrigado pelo seu ministério. Eu oro por você, por favor, continue fazendo isso por mim. Que o Senhor te abençoe e Nossa Senhora cuide de você”.
“Eu entendo perfeitamente que esta nota não é sobre mim. Esta nota é sobre nós e nosso ministério. É sobre você. É uma afirmação do papa”, escreveu Zerkowski. “Minha lição pessoal? O papa está ouvindo. O papa se importa”.
Zerkowski é autor de um livro de memórias intitulado “Coming Out and Coming Home: A Gay Catholic Man’s Journey from Marginalization to Ministry, with a Few Miracles Along the Way” (Saindo do armário e voltando para casa: A jornada de um homem gay católico da marginalização ao ministério, com alguns milagres ao longo do caminho). O bispo de Lexington, dom John Stowe, OFMConv, escreveu o prefácio.
Além de liderar a comissão de divulgação da diocese e o ministério LGBTQ+ em St. Paul’s, Zerkowski dirige um ministério chamado Fortunate Families que oferece recursos e orientação ao clero, paróquias e escolas para “discernir e iniciar o ministério para pessoas LGBTQ+ através de boas-vindas intencionais e LGBTQ+ ministério” dentro da Igreja.
O site de Fortunate Families apresenta testemunhos de indivíduos que vivenciaram uma crise de identidade de gênero, alguns dos quais passaram por transições de gênero hormonais ou cirúrgicas. Contudo, ainda dizem que desejam estar em comunhão com a Igreja Católica.
Um homem que sofria de disforia de gênero escreveu em seu testemunho: “Depois de muita oração, consideração e ajuda de um terapeuta, comecei a terapia hormonal. Fisicamente estou muito melhor: minha saúde melhorou e meus sintomas diminuíram. Emocionalmente, estou lutando para saber como vou contar à minha esposa e a todos os outros. Acredito que meu caminho é fazer a transição e me apresentar como a mulher que sou. Acredito que é o único caminho a seguir, embora não saiba aonde o caminho vai levar. Continuo me lembrando de não ter medo e confiar em Deus”.
“Acredito que não há problema em ser transgênero e católico. A vida de Jesus na terra se centrou no cuidado dos pobres e marginalizados. Ninguém estava e está fora de sua compaixão. Como ele disse: ‘É misericórdia que desejo, não sacrifício’”, continuou o depoimento.
A CNA, agência em inglês do grupo EWTN, do qual ACI Digital faz parte, perguntou a Zerkowski se os depoimentos de indivíduos que passaram pela transição de gênero incentivavam a prática.
“Ouvimos e partilhamos histórias reais, tal como o papa Francisco encorajou a Igreja a fazer através do sínodo”, respondeu Zerkowski por e-mail. “As histórias são sagradas”.
Também no site há um livro para profissionais de saúde mental chamado “The Gender Affirmative Model: An Interdisciplinary Approach to Supporting Transgender and Gender Expansive Children” (O modelo afirmativo de gênero: uma abordagem interdisciplinar para apoiar crianças transgênero e com expansão de gênero). A sua descrição diz que “os leitores aprenderão como facilitar e permitir que as crianças vivam no seu gênero autêntico com os apoios sociais necessários”.
O livro diz que “influenciar as crianças a aceitarem o gênero que corresponde ao sexo na sua certidão de nascimento foi contestado, declarado antiético e avaliado como prejudicial ao bem-estar das crianças”.
Outro recurso, intitulado “Este é um livro para pais de crianças gays: um guia de perguntas e respostas para a vida cotidiana”, diz: “Seu filho, ao ter a liberdade de explorar quem é, pode conhecer alguém do mesmo sexo, cair loucamente apaixonado e envelhecer com eles, mais feliz do que você jamais poderia imaginar”.
Ao ser questionado por CNA se os dois livros contradizem o ensinamento da Igreja sobre relações entre pessoas do mesmo sexo e transgenerismo, Zerkowski se referiu ao site, que diz que Fortunate Families fornece uma lista de recursos, mas “não pode endossá-los”.
“Apoiamos o ensinamento social católico sobre a dignidade da pessoa humana e o mandato do Evangelho de trabalharmos juntos para o bem comum”, diz o site.
A notícia da carta surge após relatos de que o papa Francisco se reuniu em sua residência em outubro com a liderança da organização americana LGBT New Ways Ministry (Ministério Novos Caminhos), que foi anteriormente denunciada tanto pela conferência dos bispos dos EUA quanto pela Congregação para a Doutrina da Fé da Santa Sé por causar confusão sobre a moralidade sexual entre os fiéis católicos.
A doutrina católica sobre a homossexualidade está resumida em três artigos do Catecismo: 2357 A homossexualidade designa as relações entre homens ou mulheres, que experimentam uma atracção sexual exclusiva ou predominante para pessoas do mesmo sexo. Tem-se revestido de formas muito variadas, através dos séculos e das culturas. A sua génese psíquica continua em grande parte por explicar. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves a Tradição sempre declarou que «os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados». São contrários à lei natural, fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados.
2358. Um número considerável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta propensão, objetivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma provação, devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição.
2359. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.
*Joseph Bukuras é jornalista da Catholic News Agency. Joe tem experiência anterior no governo estadual e federal, em organizações sem fins lucrativos e na educação católica. Contribuiu para uma série de publicações e suas reportagens foram citadas pelas principais fontes de notícias, incluindo o New York Times e o Washington Post. É bacharel em Ciências Políticas pela Universidade Católica da América. Está em Boston.
Imagem extraída do link acima
Pratique sempre o bem.
Nunca faça mal ao seu próximo.
Seja solidário.
Defenda a paz e o perdão.
Ajude o mundo a ser um lugar melhor para se viver.
Demonstre mansidão.
Não existe alguém “melhor ou pior que outrem”. Assim, seu irmão é negro, branco, gay, hetero, baixo, alto, magro, gordo, estrangeiro, vizinho e…. acima de tudo, uma pessoa tão abençoada como você.
#Respeito, #Harmônia e #Convivência. Serve para todas as crenças e descrença. 🙏🏻
Imagem extraída de: https://querobolsa.com.br/revista/solidariedade-na-pandemia-universidades-promovem-campanhas-de-doacao-no-combate-ao-coronavirus
O bobão dessa foto que corre o mundo, imitando um macaco para Vinícius Jr, foi expulso pelo Sevilla, entregue as autoridades e denunciado pela La Liga.
Exatamente o contrário que o Valencia fez anteriormente.
Embora possamos nos contentar com a possível justiça do caso, o triste é: há pessoas que se sentem confortáveis em fazer esse nojento gesto.
O que pensam indivíduos como esse cara, não?
Vinicius Jr parece estar lutando sozinho contra o racismo na Europa – e ainda assim não desiste.
Ao jornal francês L’Equipe, disse nessa semana:
“Se eu for o único contra o racismo, o sistema vai me esmagar com facilidade. Eu quero simplesmente estar tranquilo para jogar e saber que não vou ser insultado em campo porque sou preto. Não creio em um mundo sem racistas, mas eles devem ser uma minoria. As próximas gerações não podem pensar que é normal ser assim”.
Como se lê, ele é realista e clama: não pode ser uma voz solitária e precisa conscientizar a sociedade.
A pergunta é: onde estão os demais jogadores para apoiá-lo na mesma intensidade dos ataques que são praticados?
Imagem: Fadel Senna / AFP
Para qualquer discordância de crença religiosa, se alerta para a intolerância. Mas isso tem sido seletivo: você não pode criticar determinadas profissões de fé e suas crenças (por questões de cidadania). Porém, para outras, vale tudo.
O termo “preconceito religioso” é cunhado muitas vezes contra religiões de origem africanas e a alguns ramos evangélicos. Mas contra os católicos, muitas vezes ele é “deixado de lado”.
Vide o caso da cidade de Bastos-SP, ocorrido nessa semana: um pastor disse (e gravou-se em vídeo) que a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que está na entrada da cidade era “Satanás fantasiado” e uma “porta do inferno para quem é da idolatria”.
Total desconhecimento da fé católica (que não idolatra ninguém, mas adora o Pai, o Filho e o Espírito Santo) e venera a Virgem Maria, os Santos e Anjos como modelos de fé a Jesus Cristo, que devemos imitar.
Qual a repercussão que temos desse caso? Onde está a indignação? Está se falando de intolerância?
É mais ou menos igual a questão do aborto: se você defende a vida do nascituro pelo motivo religioso, sua fé é desrespeitada pelos grupos pró-aborto. Mas se algum ponto das crendices desse pessoal é questionado, vira intolerância.
Valores defendidos e atacados circunstancialmente?
Foto: autoria pessoal (Padroeira do Brasil, da Catedral Nossa Senhora da Conceição, em Bragança Paulista / SP)
Homem bater (literalmente) em mulher?
– Crime, cadeia e o alerta da falta de vergonha na cara!
Neste tempo do anúncio da foto (abaixo), não tinha Lei Maria da Penha! Como deveria ser difícil para as pobres senhoras mais indefesas…
Cada coisa que a humanidade já viu, não? Ao ler essa propaganda, me traz uma pontinha de curiosidade: o que as pessoas justificavam quando questionadas se “bater em mulher” era algo comum (e até aceito!)?
Imagem extraída da web, autoria desconhecida.
“Na verdade a mão escrava / Passava a vida limpando / O que o branco sujava, ê. / Imagina só / O que o branco sujava, ê. / Imagina só / O que o negro pensava, ê. Mesmo…
Continua no link em: A QUEM INTERESSA O RACISMO?

Eu respeito toda e qualquer manifestação religiosa, política e sexual. Tenho a minha e não me perturbo com a dos outros. É coisa pessoal, íntima e merece ser privada.
Digo isso pois quando vou buscar informações sobre a Copa do Mundo Feminina, a maioria das buscas redireciona para “os relacionamentos e as namoradas das jogadoras“.
Não se fala de esquema tático ou coisas do jogo, mas sobre questões feministas e/ou LGBTQIAN+!
Ao contrário do que muitos possam defender, isso não é questão de empoderamento. Ao contrário: é tratar do assunto de forma sensacionalista, como se fossem pessoas “diferentes” ou “atrações” por algumas serem lésbicas, bissexuais, não-binárias ou qualquer outra condição. São pessoas! O atrativo é o esporte, não do que elas gostam.
Se elas desejarem expressar suas intimidades, que o façam. Mas quando a imprensa esportiva fica buscando esse tema, deixando o futebol de lado, é invadir a privacidade delas. E quem quer apenas discrição?
Deixem as moças em paz… Já foi o tempo de ficar “fuçando a vida pessoal” dos outros. Chega de preconceito.

Marta e Carrie Lawrence se conheceram no Orlando Pride, time em que jogam, e namoram há um ano –
Ontem falamos sobre a questão da Conmebol punir o racismo e se os torcedores ousariam ou não praticar tais nefastos atos em Lima, no Universitário x Corinthians (vide aqui: https://wp.me/p4RTuC-Ocg).
E não é que os relatos de jogadores foram de torcedores imitando gestos de macacos do trajeto do hotel ao estádio? O atleta Matheus Bidu, por exemplo, desabafou nas Redes Sociais.
Tão grave quanto a isso foi a presença de uma torcida chamada “Los Nazis”, uma louvação ao… Nazismo! Inclusive, torcedores com suásticas foram filmados pela TV.
Fico pensando: o Peru é um país miscigenado, com descendentes indígenas e uma parcela negra. Farfán e Guerrero, atacantes recentes da seleção peruana, que o digam. E o maior atleta da história deles: Teófilo Cubillas! Como pode ocorrer isso?
Defender (ou minimizar) os males do Racismo e do Nazismo não é uma forma de atacar o adversário, mas atentar contra a sua própria história. Não imaginava tamanha ignorância dessa parcela da população do nosso país vizinho (que infelizmente, deve existir aqui dentro do próprio Brasil também).
Aguardemos o que a Conmebol fará nesse episódio.
Imagem extraída de: https://revistaforum.com.br/esporte/2023/7/18/universitario-time-peruano-que-enfrenta-corinthians-na-sul-americana-tem-torcida-nazista-139710.html
O preparador físico do Universitário-PER, Sebastian Avellino Vargas, é um sujeito corajoso (ou sem juízo): chamou um grupo de torcedores do Corinthians, em plena Arena Neo Química, de macaco, além de praticar gestos racistas.
Cá entre nós: toda rodada, até em jogos improváveis envolvendo clubes que não se esperava, estão acontecendo problemas. E avalie algumas circunstâncias bem particulares:
O mais irritante é que, quando preso, fez cara de coitado e provavelmente justificou que foi ofendido por torcedores (como se não conhecesse o mundo do futebol).
Aguardemos a omissa Conmebol, que tirou uma “casquinha” dos problemas de Vinícius Jr, divulgando notas e protestos, mas nada faz de concreto em seu próprio território.
Foto: Marcelo Braga, extraído do G1.com
Um primeiro e significativo caso: após seu zagueiro sofrer racismo de um adversário, estando vencendo por 1×0, a Nova Zelândia abandonou o amistoso contra o Catar, em protesto.
Quando um clube grande ou uma Seleção campeã fará o mesmo em jogo de expressão?
Extraído de: https://www.cnnbrasil.com.br/esportes/nova-zelandia-abandona-amistoso-contra-catar-acusacoes-racismo/
NOVA ZELÂNDIA ABANDONA AMISTOSO CONTRA CATAR APÓS ACUSAÇÕES DE RACISMO
A Nova Zelândia se recusou a participar do segundo tempo do amistoso contra o Catar, na Áustria, nesta segunda-feira (19), após alegações de abuso racial contra o zagueiro Michael Boxall por parte de um adversário.
O incidente aconteceu pouco antes do intervalo, desencadeando uma confusão. Jogadores indignados da Nova Zelândia cercaram um dos jogadores do Catar antes de uma cobrança de falta.
“Michael Boxall sofreu abuso racista durante o primeiro tempo do jogo por um jogador do Catar (disse a confederação de futebol da Nova Zelândia, em sua conta no Twitter). Nenhuma ação oficial foi tomada, então a seleção concordou em não jogar o segundo tempo da partida.”
A federação do Catar disse em seu Twitter que a Nova Zelândia se retirou do amistoso, sem dar mais detalhes.
O árbitro Manuel Schuttengruber teve uma longa discussão com o capitão da Nova Zelândia, Joe Bell, e logo depois o jogo foi para o intervalo.
A Nova Zelândia vencia por 1 a 0, com gol de Marko Stamenic aos 16 minutos.
O racismo no futebol voltou às manchetes nas últimas semanas, com o presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciando um comitê antirracismo liderado pelo atacante brasileiro do Real Madrid Vinicius Jr, que foi vítima de abuso racista na LaLiga.
(Reportagem de Janina Nuno Rios na Cidade do México)

Zagueiro Michael Boxall, da Nova Zelândia, teria sofrido racismo em partida contra a seleção do Catar Scott Winters/Icon Sportswire via Getty Images
Estão “pegando no pé” do Vanderlei Luxemburgo pois, ao esquecer o nome do jogador Patrick de Paula, tentou se lembrar dizendo “escurinho”.
Eu sou contra o racismo e contra toda e qualquer forma de discriminação. Mas não deu a impressão que pela entonação da fala, ele não falou de maneira pejorativa, mas adjetiva, como se referisse a um jogador branco como “alemãozinho”?
Da mesma forma que alguém pode dizer “aquele negão forte” como “aquele brancão forte”, ou ainda como “crioulo” como “polaco”, e por aí vai.
Muitas vezes, mudam-se os termos e as cognições ao bel-prazer. Não me pareceu nem ao menos um ato de racismo estrutural (mas respeito toda e qualquer posição contrária).
Ops: eu, particularmente, não usaria esse termo e não gosto também do uso – embora eu tenha o entendimento acima.
Imagem extraída da Web.
Texto de 2015, mas muito curioso para os mais jovens que não conheceram o politicamente incorreto Eurico Miranda:
Eurico Miranda, polêmico presidente do Vasco da Gama, realmente é uma figura ímpar. Sem papas na língua, em entrevista à Rádio “DIA FM” na última 4a feira, ao ser questionado sobre Fair Play, respondeu:
“Futebol é uma guerra. Até na pelada é uma guerra. Você entra para ganhar, não pode ter essas babaquices para lá, para cá, colocar a bola para fora. Por qual motivo tem que devolver, porra? Sabe o que isso ocasiona? O jogador fingir que está contundido, colocar a bola para fora sem motivo.”
Sobre mulheres e homossexuais na arbitragem, ele ampliou o tema e foi mais enfático! Disse que:
“Futebol não pode ser apitado por veado. Veado que apita futebol pode se comprometer. Mulher tem que apitar jogo das mulheres, não tem que apitar jogo dos homens. Mas não tenho e nunca tive nada contra gay, tenho contra veado“.
Sobre os problemas extra-campo do jogador Bernardo e sua suposta tentativa de suicídio, disse Eurico:
“É um problema dele. Eu sempre fui adepto de uma filosofia diferente: o problema que o jogador tem fora do trabalho, desde que não comprometa a instituição e não traga reflexos a sua produção, não tenho nada com isso. Ele está com o contrato suspenso por 20 dias por problema comportamental. Por este tempo, não tem relação”.
E aí, o que achou das declarações de Eurico Miranda?
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Imagem extraída de Goal Brasil. Quem souber do autor, favor informar para crédito.
Um texto para o “homem moderno”. Na verdade, para uma sociedade justa, não preconceituosa, respeitosa, digna e de equidade aos homens e mulheres:
“O machismo convence o mundo de que um homem deve sentir-se vexado por ganhar menos que a mulher. Convence o mundo de que um homem que abra mão da carreira para cuidar dos filhos é um fracassado disfarçando sua incompetência profissional. Convence-nos de que o homem, sexualmente, deve funcionar como uma máquina que nunca poderá ter falha alguma, seja no porte, na performance ou na vida útil. Que o homem precisa dirigir bem, manobrar com facilidade, saber trocar pneu, desentupir ralo e trocar resistência de chuveiro. Que o homem não deve usar antirrugas, nem corretivo para acne e olheiras, nem filtro solar. Que o homem não deve ter medo de barata, de escuro, de altura, de ficar solteiro, de não poder ter filhos, de se aposentar e sentir-se inútil.”
Na íntegra, abaixo, extraído de: https://emais.estadao.com.br/blogs/ruth-manus/o-quanto-o-machismo-tambem-reprime-os-homens/
O QUANTO O MACHISMO TAMBÉM REPRIME O HOMEM
por Ruth Manus
Como todos sabemos o comportamento machista não é exclusividade masculina. Há homens machistas, mulheres machistas, músicas machistas, livros machistas, doutrinas machistas. Da mesma forma, o feminismo não é uma luta apenas das mulheres. O feminismo, como já mencionamos aqui no blog, não é o contrário de machismo, mas é a luta por igualdade entre homens e mulheres. E isso interessa todos nós.
A mentalidade machista mata, fere, humilha e reprime mulheres todos os dias, em todos os cantos do mundo. E nós precisamos lutar diariamente contra esse tipo de comportamento, mesmo quando ele se apresenta de forma sutil, disfarçado de piada, de pequena censura.
Mas não são só as mulheres que são vítimas do machismo. Obviamente não estamos comparando dores, nem nivelando os potenciais das agressões. As maiores vítimas do machismo sempre serão as mulheres. Mas talvez esteja na hora de entendermos que a vida de todo mundo seria melhor sem ele.
Começa muito cedo. O antiquado “menino não chora” ainda circula por aí. Por vezes ele se traveste de “vai ficar chorando que nem uma menina?”. O machismo tenta enfiar as lágrimas de volta nos olhos dos meninos, que já crescem com duas ideias erradas: a de que eles não podem ter fragilidades e a de que toda menina é frágil por natureza.
Depois os meninos são tolhidos nos brinquedos. Uma menina jogando bola ou brincando de carrinho pode até ser aceita (embora o mundo prefira vê-la com uma cozinha de plástico cor de rosa). Mas um menino com uma Barbie jamais passará ileso. Um menino que queira brincar de ser pai de uma boneca será motivo de preocupação. Um menino com um bambolê. Um menino que se divirta penteando cabelos.
Mais tarde são os cursos universitários: Nutrição? Enfermagem? Psicologia? Pedagogia? Design de interiores? Gastronomia? O machismo está pronto para mandá-los para a engenharia, para o direito e para administração de empresas. Nas profissões não é diferente. Um amigo que estuda em Barcelona é excelente com crianças, pensou em se oferecer para cuidar de algumas. Mas quem aceitará “um” baby-sitter? Será um pedófilo? Um pervertido? Além disso, misturam-se conceitos, associando profissões a orientação sexual e, de repente, o simples fato de um homem gostar de cortar cabelos ou desenhar roupas já torna-o gay aos olhos dos machismo. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas o machismo é muito burro.
O machismo convence o mundo de que um homem deve sentir-se vexado por ganhar menos que a mulher. Convence o mundo de que um homem que abra mão da carreira para cuidar dos filhos é um fracassado disfarçando sua incompetência profissional. Convence-nos de que o homem, sexualmente, deve funcionar como uma máquina que nunca poderá ter falha alguma, seja no porte, na performance ou na vida útil. Que o homem precisa dirigir bem, manobrar com facilidade, saber trocar pneu, desentupir ralo e trocar resistência de chuveiro. Que o homem não deve usar antirrugas, nem corretivo para acne e olheiras, nem filtro solar. Que o homem não deve ter medo de barata, de escuro, de altura, de ficar solteiro, de não poder ter filhos, de se aposentar e sentir-se inútil.
O machismo não costuma matar homens. (a não ser que esse homem beije outro homem no meio da Avenida Paulista). O machismo prefere matar mulheres. O machismo odeia todas as mulheres que não se encaixam em seu asqueroso e pobre padrão. Mas também odeia os homens que não correspondem às suas tristes expectativas. E reprime-os. Julga-os. Condena-os. Não os mata com armas de fogo, não os espanca no chão da cozinha, não os violenta nos becos escuros. Mas mata, sim, a cada dia, um pouco das sua liberdade, da sua paz, dos seus sonhos.
Morte grande e sangrenta ou morte pequena e sutil, somos todos vítimas do mesmo machismo. E a luta contra ele é uma só: uma luta sem gênero, protagonizada por todos os que sabem que não queremos seguir caminhando por caminhos trilhados por uma mentalidade tão pobre, tão atrasada e tão carregada de ódio.
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Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.
Jogando no Barcelona, Ronaldinho Gaúcho não sofreu ataques públicos de racistas na Espanha. Consta apenas uma situação desagradável, onde seu companheiro de ataque Samuel Eto’o foi chamado de macaco pela torcida do Zaragoza. Na oportunidade, o camaronês ameaçou abandonar o campo e contou com o apoio do brasileiro, que abandonaria o jogo junto. Ambos acabaram demovidos da ideia.
Racismo, publicamente visto, ocorreu quando ele foi jogar no Querétaro-MEX, quando um membro do Partido Conservador ficou preso no trânsito por conta da apresentação de R10, e o político disse que o congestionamento era por conta daquele “macaco”.
Mas compare:
Ronaldinho Gaúcho dava dribles geniais. Vinícius, idem.
R10 fazia malabarismos e firulas com a bola. Vinícius, em algumas oportunidades, idem.
R10 comemorava os gols dançando. Vini Jr também.
R10 e Vini Jr, ambos, são negros.
Não é curioso que Ronaldinho Gaúcho não tenha sido perseguido? Ao contrário de Vinícius Jr, que recebe todo tipo de manifestação.
Teria algo em relação à Catalunha / Barcelona e Capital / Madrid? Ou não?
Conversando com um colega professor nessa semana, ele me alertou:
“Existe o efeito ‘manada‘ combinado com o efeito ‘modismo’: se uma pessoa pratica racismo e alguns acham engraçado ou tolerável, a “modinha” vai se espalhando. E a multidão em sua volta, compactuando, a segue (efeito manada). Isso dura semanas ou meses.”
O ideal é que na primeira ocorrência: puna-se, para evitar novos casos. Mas as autoridades espanholas deixaram a manada fazer moda… E agora, não adianta entrar em campo com faixa escrita “não ao racismo”, pois falar para os educados, não precisa; e pedir respeito os transgressores, não adianta.
Vinícius simplesmente foi escolhido por ser negro e um importante atleta de um time de destaque. Poderia ter sido outro, pois o bolinador não escolhe causa, mas alvo. Virou atração de racistas!
Eu sou branco, e por mais que eu tente demonstrar empatia para dizer que sinto a dor de Vini Jr, será mentira, pois vivemos (nós, brancos) por instantes essa mácula. Ele vive diariamente, e isso nunca conseguiremos sentir.
Abaixo, uma representação do que colonizadores europeus faziam: tratavam negros como bichos (citação em: https://wp.me/p4RTuC-JKN).
Que o mundo não se cale para essa barbaridade, em pleno 2023!

Na imagem,

Seminário discute os 100 anos dos “camisas negras” e o racismo no futebol O Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte (LEME), em parceria com o …
Continua em: Evento “Virada Histórica” debate o preconceito no futebol
Em 6 jogos disputados, nenhuma vitória de Vanderlei Luxemburgo pelo Corinthians (e o acordo com as Torcidas Organizadas foi de 10 partidas).
Concordo que o time esteve mais organizado na última rodada, contra o Flamengo. Mas ainda é muito pouco. E tem dado azar, apesar das bagunças da direção e das entrevistas sem sentido do treinador (a “analogia do banheiro”, na coletiva de domingo, foi bizarra). Aliás, nada dá certo mesmo (já falamos aqui: https://wp.me/p4RTuC-MMd).
Luxemburgo será mantido no cargo, se for eliminado na Libertadores e perder os próximos jogos do Brasileirão (o que é provável que aconteça)?
Mano Menezes, procurado antes de Luxemburgo, provavelmente estará à disposição na praça… O Corinthians o contrataria?
A propósito, uma observação: boa arbitragem de Rafael Klein, gaúcho considerado o sucessor da Daronco na FIFA – porém, como ele não tem disposição alguma em agilizar o jogo! Se seu colega de estado gosta de parar o jogo com faltas, Klein (que tem essa tendência também) não se importa com a cera para o reinício da partida. Não é curioso que a Escola Gaúcha de Arbitragem, que tanto se notabilizou por deixar o jogo correr, marcar poucas faltas e permitir a virilidade nas disputas (como a Escola Argentina), mudou radicalmente?
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Imagem extraída da Web:
Em tempo, recebi, há pouco: o Corinthians se pronunciou a favor de Vinícius Jr e contra o racismo. Mas o episódio envolvendo internamente o próprio clube, não será resolvido? Abaixo:
Sobre os insistentes ataques racistas contra Vinícius Jr (culminado com a absurda expulsão do atleta por se revoltar contra os xingamentos de macaco, na partida em Valência), há dois caminhos:
Escreveu ele, em desabafo, no Twitter:
Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas. Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhois que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui.
O “Mesmo que longe daqui” significa uma sinalização de que poderia mudar de Clube? Talvez esse seja o fator desencadeante da mudança de postura (mais contundente) do Real Madrid na noite passada, abraçando (ufa, enfim), a causa, e consequentemente dizendo que poderia ir até à Justiça contra os racistas?
Abaixo, a mensagem no Instagram de Vini:
Quando eu era pequeno e sem saber o que era albinismo, pensava que essas pessoas eram estrangeiras no nosso país. Nem imaginava o que era a doença, nem que os negros poderiam sofrê-la também.
Mais do que isso: protetor solar, para eles, é remédio, e as autoridades pouco fazem…
Compartilho essa matéria da Revista VejaSP, ed 26/04, sobre esse assunto importante. Abaixo:
CUIDADO À FLOR DA PELE
Programa inédito no país ajuda albinos a tratarem da saúde e a lidar com o preconceito social
Por Mariana Zylberkan e Sara Ferrari
Em 2011, quando estava grávida de sua filha Beatriz, a professora Fernanda Quintiliano ouviu uma frase aterradora de uma médica que a acompanhava na gestação. “Ela me disse que eu não deveria pôr filhos albinos no mundo, pois havia um risco imenso de eles contraírem câncer de pele”, relembra.
Ela e o marido, o técnico em segurança do trabalho Flavio André Silva, possuem o distúrbio genético do albinismo e o transferiram às duas filhas — a caçula, Clarice, tem 1 ano. O único integrante da família de Osasco, na Grande São Paulo, que não apresenta a condição é Augusto, 6, adotado em 2011. “Eu sabia que nossos filhos biológicos seriam albinos, e não via problema nisso, mas esse comentário me deixou bastante assustada”, conta ela.
Quando a criança completou 3 anos, Fernanda encontrou o Programa Pró Albino, que funciona há seis anos na Santa Casa de Misericórdia com o objetivo de oferecer atendimento médico e psicológico gratuito a portadores de albinismo. Hoje, o casal e as duas meninas fazem consultas a cada três meses na instituição, para a realização de exames e acompanhamento clínico.
O albinismo é uma condição genética associada à deficiência de melanina, pigmento que dá cor à derme, aos olhos e aos cabelos. Além de possuir características físicas próprias (veja o quadro na pág. 50), quem é portador dessa mutação está sujeito a ter doenças cutâneas, como tumores, e deficiência visual.
Estima-se que existam 1 000 albinos no Estado de São Paulo. Para receberem tratamento específico, todos deveriam se dirigir ao instituto da Santa Casa, o único centro médico do Brasil voltado para esse público. No entanto, apenas 220 pacientes estão cadastrados no programa.
Em 2011, quando foi lançado, eram 22. “No começo, pedíamos aos pacientes para nos indicar outros albinos”, conta a dermatologista Carolina Marçon. A médica faz parte de uma equipe de nove especialistas, entre eles oftalmologista e geneticista, pronta para atender a uma gama de necessidades, desde a detecção do nível de melanina até o aconselhamento genético e o suporte para exigir auxílio por invalidez em caso de deficiência visual.
Os beneficiados são ainda orientados a proteger-se dos efeitos nocivos do sol com o uso de protetor solar com fator 30, no mínimo, e ingerir suplementos de vitamina D, substância que não são capazes de produzir naturalmente. Uma vez detectada alguma lesão mais grave na derme, o procedimento de internação e cirurgia é realizado no próprio hospital.
A ideia de criar o programa surgiu nos departamentos de dermatologia e oftalmologia da Santa Casa para prevenir casos de câncer de pele precocemente. “Muitas pessoas chegavam aqui com a doença em estágio avançado”, explica Carolina. Um dos motivos é a falta de conhecimento sobre essa condição por parte dos próprios médicos.
“Na minha infância, passei por vários pediatras e nunca me disseram nada”, diz Fernanda, que só recebeu o diagnóstico correto aos 17 anos. Além dos problemas de saúde, essa população enfrenta diariamente o preconceito social. A assistente de produtos Rafaela Rosário relata que atrai olhares curiosos quando está ao lado do namorado, Livyston Fernandes, também albino.
Os dois se conheceram em uma rede social há dez anos. O casal procura levar a situação na esportiva. “A gente tira sarro e até manda um ‘joia’ ”, diverte- se. Há ainda ajuda para resolver problemas práticos.
O aposentado Miguel José Naufel teve de entrar na Justiça contra a prefeitura de Mococa, cidade a 270 quilômetros da capital, onde mora, para conseguir retirar um frasco de protetor solar por semana em um posto de saúde local. “Alegaram que era cosmético, mas para nós é como um medicamento. Preciso usar todo dia”, explica.
Há dois anos, o Programa Pró Albino foi reconhecido pela Associação Paulista de Medicina como uma das principais iniciativas sociais da área médica na capital. O plano agora é expandir o trabalho a outros hospitais do país. “O Estado do Rio de Janeiro e Brasília estão implantando projetos semelhantes”, diz Carolina. “Eles vão facilitar a vida de quem necessita viajar milhares de quilômetros para vir a São Paulo para o tratamento.”
OS GRAUS DO ALBINISMO
Tipo 1: é a versão mais intensa da condição genética. Tem como características cabelos brancos, pele pálida e olhos claros. A deficiência visual, causada pela incapacidade de produção da proteína que forma os nervos ópticos, é mais acentuada.
Tipo 2: os indivíduos têm cabelos loiros ou castanho claros e pele menos pálida.
Tipo 3: a pigmentação da pele e dos cabelos é avermelhada e os olhos são castanhos, mas existem problemas de visão.
Tipo 4: essa variação se assemelha fisicamente ao tipo 2, mas as dificuldades de enxergar são mais amenas.

Beatriz, Flavio, Augusto, Fernanda e Clarice (em sentido horário, a partir da esq.): consultas e exames de rotina (Alexandre Battibugli/Veja SP)
Que tristeza… racistas na Arena da Baixada, no Athletico x Flamengo, infernizaram alguns torcedores.
Tá fácil identificar e punir. Assista o vídeo, abaixo, extraído do Twitter do jornalista Gilherme Silva, em: https://twitter.com/gsilvajpan/status/1655406048440733696
Fico pensando: o que faz um cara se achar superior a outro, por conta da cor da pele?
Chimy Ávila, jogador argentino do Osasuna, após a derrota do seu time para o Real Madrid na Copa do Rei, disse sobre Vini Jr:
“Com o tipo de jogador que ele é, muito bom, está protegido e acho que isso é muito bom, mas também somos pessoas e é isso que é importante para se ser um bom ser humano, porque pode ser um bom jogador, mas se tiver um coração negro é impossível. O Vinícius tem muito para dar, gosto dele como jogador e o treinador ou os colegas de equipe vão corrigi-lo”.
Coração negro?
Eu não consigo acreditar que ele se referiu como uma forma pejorativa e racista para Vinícius Jr, associando que o coração (ou melhor: a índole) de um negro é diferente de um branco. Se foi isso, é uma atitude para as autoridades puni-lo imediatamente.
Vou torcer para que “coração negro” seja alguma expressão argentina mal compreendida, de sentido enviesado num primeiro momento a nós, mas entendível se explicada. Porém, se for o que se aparenta, será mais um triste episódio de racismo…
Em tempo: em Curitiba, no Athlético Paranaense x Flamengo, imbecis imitaram macaco para torcedores visitantes. Tudo filmado e fácil de se identificar. Que se puna exemplarmente (clube e autoridades públicas devem ser cobrados).

Imagem extraída de: https://br.freepik.com/fotos-premium/arte-de-coracao-negro-gerada-por-inteligencia-artificial_34842448.htm
Vinícius Jr recebeu 10 cartões amarelos na atual temporada do Campeonato Espanhol. Seu último, contra o Almería, o deixou de fora do confronto contra o Real Sociedad.
Desses (segundo o GE.com) 6 foram por reclamações – de faltas sofridas e não marcadas, de queixas contra as atitudes não tomadas pelos árbitros contra o racismo, e, por fim, de pedidos de cartões amarelos aos adversários.
Na última coletiva, um jornalista espanhol perguntou ao treinador Ancelotti se o Real Madrid deveria punir Vini pelo excesso de cartões recebidos! E ele respondeu:
“É claro que protestando não ganha nada. Mas também é bastante surpreendente que teve 10 amarelos. Nem o meio-campista mais grosso da Liga não tem 10 amarelos. É muito surpreendente. Ele (Vini) tem que melhorar em alguns aspectos. Mas a verdade é que creio que deram mais amarelos a ele do que aos que dão pancadas nele.”
Para mim, é muito curioso: Vinícius Jr é um rapaz humilde, se mostra correto dentro e fora de campo, sofre racismo, leva faltas acima da média, não cria situações escandalosas e nem se vitimiza. E ainda assim ele é, para muitos… culpado?
Incompreensível!
Confesso que torceria para ele mudar para alguma outra liga, a fim de ter paz e continuar sendo uma atração.
Imagem extraída do Instagram do atleta.
Ontem, pela oitava vez na temporada do Campeonato Espanhol, Vinicius Jr foi alvo de insultos racistas (agora, na partida contra o Girona, na Catalunha).
Em 16 de março, Gianni Infantino tomou posse oficialmente em seu novo mandato como presidente da FIFA, e em meio a seu discurso, relembrou que era inadmissível o que estava acontecendo com o brasileiro (logo após o 7º caso de racismo), e cobrou que os árbitros espanhóis aplicassem o Protocolo FIFA contra a Discriminação (declaração aqui: https://onefootball.com/pt-br/noticias/infantino-advierte-que-arbitros-no-cumplen-protocolo-con-vinicius-jr-36988547).
Mas como funciona o Protocolo?
Em 3 etapas para coibir racismo, homofobia, sexismo, manifestações políticas e outros casos (explicado abaixo), as medidas vão de advertência pelo sistema de som do estádio, paralisação temporária do jogo e, na insistência, encerramento da partida.
A Conmebol, na oportunidade, foi CONTRA, alegando que existiam raízes culturais e que seria impossível evitar xingamentos como “puto”, por exemplo.
Sua utilização aconteceu na França pela primeira vez por cantos homofóbicos; no Brasil, utilizou-se em Vasco 2×0 São Paulo pelo Brasileirão.
Compartilho, extraído de: https://professorrafaelporcari.com/2019/07/26/os-3-passos-para-o-protocolo-fifa-contra-a-discriminacao-no-futebol/
OS 3 PASSOS PARA O PROTOCOLO FIFA CONTRA A DISCRIMINAÇÃO:
Desde 15 de julho de 2019, a FIFA ampliou como norma mundial um procedimento em 3 etapas que adotou como “Protocolo contra a Discriminação”. Entenda isso com os exemplos de: Imitar Macaco / Jogar Banana (Racismo), Gritar “Bicha” / “Puto” no Tiro de Meta (Homofobia), Fazer gestos sexistas (ironizar uma atleta / oficial de arbitragem por ser mulher), cantar música que possa fazer alusão a jingles políticos ou gestos (cantos neonazistas) e ou manifestação religiosa preconceituosa (atos anti-semitas).
Se isso acontecer, 3 passos a serem providenciados pela arbitragem:
Claro que tudo isso depende de qual ato e como tem sido feito. Mas é uma forma de advertir em 3 momentos uma torcida que não se comporta bem para o clube não perder os pontos do jogo por conta da conduta discriminatória dos seus aficcionados.
Reforçando: isso já valia para jogos FIFA desde 2017, mas desde o dia 15/07/19 passou a valer mundialmente em qualquer tipo de jogo, de Copa do Mundo até à 4a divisão regional.
Na imagem abaixo, o quadro que relata os 61 casos de discriminação oficialmente contabilizados no futebol brasileiro em 2017:
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Sobre o primeiro uso, na França: https://professorrafaelporcari.com/2019/08/17/por-homofobia-pela-1a-vez-partida-e-interrompida-na-franca-pelo-protocolo-fifa/
NA FRANÇA, ÁRBITRO INTERROMPE JOGO DIANTE DE CANTOS HOMOFÓBICOS
Por Jamil Chade
O jogo da segunda divisão do campeonato francês, entre os modestos Nancy e Le Mans, entrou na sexta-feira para a história do futebol do atual campeão do mundo. Trata-se da primeira vez que, por conta de um comportamento homofóbico por parte da torcida, um árbitro decide suspender o jogo, ainda que por apenas alguns minuto. Os torcedores do Nancy devem ser punidos e o clube pagará uma multa. Mas foi o gesto do árbitro Mehdi Mokhtari que se transformou numa referência e abriu um amplo debate. A ministra dos Esportes, Roxana Maracineanu, foi a primeira a comemorar a decisão, tomada depois de uma pressão de governos para que a Uefa modificasse suas leis para permitir que uma partida pudesse ser alvo de uma interrupção, em caso de incitação ao ódio ou homofobia.
Em abril, o jogo entre Dijon e Amiens já havia sido suspenso por alguns minutos, desta vez por conta de ataques racistas. A decisão, naquele momento, foi dos jogadores. Agora, aos 27 minutos, foi a vez do árbitro assumir a decisão.
Jean-Michel Roussier, o presidente do Nancy, admitiu que a regra deve ser aplicada e afirmou ter ido encontrar, ainda durante a partida, com os representantes das torcida organizadas para alertar sobre a situação. Na França, a lei permite que um clube proíba a entrada de um torcedor que tenha sido identificado como autor de uma provocação homofóbica, racista ou que promova o ódio e violência.
Se na França a nova lei começa a ser aplicada, na Fifa o assunto já foi alvo de um acalorado debate. Com as seleções sul-americanas acumulando multas milionárias aplicadas pela Fifa, em diversos jogos das Eliminatórias, a Conmebol tentou explicar à entidade máxima do futebol que os cantos homofóbicos eram “culturais”. A Fifa se recusou a aceitar a explicação e continuou a multar as federações.

Quando ele foi acionado mais à frente: https://professorrafaelporcari.com/2019/10/15/o-protocolo-fifa-foi-acionado-duas-vezes-em-bulgaria-0x6-inglaterra-mas-a-resposta/
NA EUROCOPA, CANTOS NEONAZISTAS E O PROTOCOLO FIFA:
m Sofia, capital da Bulgária, uma noite para envergonhar a humanidade. Durante o jogo válido pelas Eliminatórias da Eurocopa, torcedores búlgaros entoaram cantos racistas e nazistas aos jogadores negros ingleses, fazendo com que o Protocolo FIFA contra a discriminação (que engloba qualquer tipo de situação, incluindo homofobia, sexismo ou religião) fosse adotado por duas vezes.
Ao anúncio que no terceiro passo do Protocolo a partida seria encerrada, houve uma grande vaia na arquibancada ao invés de conscientização. Uma tristeza à espécie humana, dita “racional”…
Dentro de campo, a resposta foi boa: Bulgária 0x6 Inglaterra. Uma vitória não de uma equipe, mas a derrota dos preconceituosos.
Sobre o Protocolo FIFA citado, aqui: https://professorrafaelporcari.com/2019/07/26/os-3-passos-para-o-protocolo-fifa-contra-a-discriminacao-no-futebol/
A capa do jornal britânico foi perfeita. Abaixo:

No Brasil, a primera vez, em: https://professorrafaelporcari.com/2019/08/26/o-protocolo-fifa-contra-a-discriminacao-foi-usado-pela-1a-vez-no-brasil-mas-a-conmebol-nao-queria/
1- O árbitro Anderson Daronco não parou o jogo por ordem da CBF, mas sim por determinação do Protocolo FIFA de 3 etapas, visando o combate a qualquer tipo de discriminação(sexista, racista, política, entre outras tantas coisas).
Sobre o Protocolo FIFA, aqui: https://professorrafaelporcari.com/2019/07/26/os-3-passos-para-o-protocolo-fifa-contra-a-discriminacao-no-futebol/
2- Independente do Protocolo FIFA (que na etapa 3 das 3 existentes determina automaticamente que o jogo seja encerrado e o time cuja torcida praticar a discriminação tenha oficializada a derrota na partida), o TJD determinou que aqui no Brasil punirá conforme a intensidade da discriminação os clubes(independente do protocolo), podendo até sugerir que se percam os pontos do jogo apenas com os gritos, sem outras manifestações. Há de se aguardar!
3- A Conmebol quis que a FIFA não colocasse esse protocolo em vigor no dia 15/07/2019, justificando que em nosso continente existiam práticas culturais enraizadas e que não deveriam ser punidas. É mole?
É esperar se existirá uma punição para o Vasco por parte da CBF. Pela FIFA, não haverá!
Toda e qualquer forma de discriminação é um atentado contra a humanidade. E os árbitros são agentes importantes contra isso.
Imagem extraída de: https://unitau.br/noticias/detalhes/4870/discriminacao-racial-origem-e-consequencias-do-preconceito/
Há alguns percalços interessantes na carreira de Administrador. Para as mulheres, alguns outros limites e paradigmas a serem quebrados.
Costumeiramente, elas se questionavam: Carreira ou Família?
Hoje, segundo a historiadora Mary Del Priore, as mulheres fracassam no mundo da administração por um outro motivo: a Vaidade!
Certamente, se fosse uma declaração dada por homem, seria rotulada de machista. Mas uma própria mulher falando sobre a preocupação das executivas em relação a beleza, é algo a se levar em conta.
Ela ainda diz que:
“As brasileiras são apáticas, machistas e escravas da ditadura da beleza“.
Eu discordo. E você?
Extraído de: ISTO É (clique acima para citação)
O ESPELHO É A NOVA SUBMISSÃO FEMININA
por Cláudia Jordão
(…) uma grande parcela da população feminina foi absorvida pelo mercado de trabalho, conquistou liberdade sexual e hoje, cada vez mais, se destaca na iniciativa privada, na política e nas artes – mesmo que a total igualdade de direitos entre os sexos ainda seja um sonho distante. Mas, para a historiadora Mary Del Priore, uma das maiores especialistas em questões femininas, apesar de todas as inegáveis conquistas, as mulheres não se saíram vitoriosas. Autora de 25 livros, inclusive “História das Mulheres no Brasil”. Mary, 57 anos, diz que a revolução feminista do século XX também trouxe armadilhas.
Istoé – Neste 8 de março, há motivos para festejar?
Mary Del Priore – Não tenho nenhuma vontade. O diagnóstico das revoluções femininas do século XX é ambíguo. Ele aponta para conquistas, mas também para armadilhas. No campo da aparência, da sexualidade, do trabalho e da família houve benefícios, mas também frustrações. A tirania da perfeição física empurrou a mulher não para a busca de uma identidade, mas de uma identificação. Ela precisa se identificar com o que vê na mídia. A revolução sexual eclipsou-se diante dos riscos da Aids. A profissionalização, se trouxe independência, também acarretou stress, fadiga e exaustão. A desestruturação familiar onerou os dependentes mais indefesos, os filhos.
Istoé- Por que é tão difícil sobreviver a essas conquistas?
Mary Del Priore – Ocupando cada vez mais postos de trabalho, a mulher se vê na obrigação de buscar o equilíbrio entre o público e o privado. A tarefa não é fácil. O modelo que lhe foi oferecido era o masculino. Mas a executiva de saias não deu certo. São inúmeros os sacrifícios e as dificuldades da mulher quando ela concilia seus papéis familiares e profissionais. Ela é obrigada a utilizar estratégias complicadas para dar conta do que os sociólogos chamam de “dobradinha infernal”. A carga mental, o trabalho doméstico e a educação dos filhos são mais pesados para ela do que para ele. Ao investir na carreira, ela hipoteca sua vida familiar ou sacrifica seu tempo livre para o prazer. Depressão e isolamento se combinam num coquetel regado a botox.
Mary Del Priore – O de sempre: a felicidade. Só com educação e consciência seremos capazes de nos compreender e de definir nossa identidade.

MULHERES NA POLÍTICA
“Elas roubam igual, mentem igual, fingem igual. São tão cínicas quanto nossos políticos”, diz
Do ano passado, para refletir:
Quando ocorreu o “Dia Nacional do Orgulho Gay (25/03)”, o SPFC (assim como outros times de futebol) fizeram postagens nas Redes Sociais pedindo o fim da homofobia (e o ambiente das arquibancadas é carregado disso).
A foto da esquerda é uma postagem do São Paulo, e nos comentários, há elogios e muitas críticas, beirando a própria homofobia, e algumas mais descaradas como “desnecessário” e outras com palavrões que me recuso a publicar aqui.
A foto da direita tem uma pergunta pertinente do perfil de “Estrelinha @Lekass_”: “Me diga, se fosse 2 homens tirando uma foto dessa na arquibancada laranja?”
Enfim, a questão é: por mais que se peça respeito nas arquibancadas, haverá o machismo, o preconceito e a confusão de que “respeitar é fazer apologia”.
Parabéns por quem, ao menos, tenta respeitar e promover o respeito no futebol. E paciência pelas críticas que surgirão.
Não seja tolerante aos intolerantes! Racismo, não!
Denuncie:
Para defender as mulheres, você não precisa atacar ninguém. Certo?
Para o radical deputado Nikolas Ferreira, errado. Que papelão fazer discurso homofóbico dentro do Congresso, ao tentar falar sobre mulheres trans com tom de crítica. Errou em tudo!
A pauta é interessante quando se fala em esporte e competitividade (pelas questões físicas e hormonais), mas ainda assim deve ser respeitoso. Nikolas confundiu tudo e ainda vestiu um peruca loira… que mico!
Imagem: print de tela.
Vinícius Jr deu assistência, fez gols e um lançamento de 3 dedos no Marrocos, na final entre Real Madrid 5×3 Al Hilal.
Foi eleito o Melhor Jogador do Mundial de Clubes, sem nenhuma polêmica e com um lindo e simpático sorriso no rosto.
Conclusão: provavelmente veremos mais casos de racismo na Espanha… E seria Inveja?
Não! É porquê se torna insuportável pessoas com comportamento racista (e eles existem aos milhares) verem um negro exemplar de sucesso!
Insisto: Vinícius não fez nada para pagar esse preço tão alto e indigno. Já falamos sobre isso aqui: https://professorrafaelporcari.com/2023/02/02/pobre-vinicius-jr/
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Imagem extraída de GE.com, em foto de Julio Muñoz/EFE
Eu não consigo entender, mesmo tentando entrar na cultura do povo espanhol: que raio de má vontade estão tendo com Vini Jr?
O jogador brasileiro sofre inúmeras manifestações racistas, não reage contra seus opositores com mesma pobreza de valores, pede punições para eles, e ainda é questionado?
O atleta mantém obras sociais educacionais, e não se vangloria por isso. Não cria polêmicas com ninguém. É educado, cheio de virtudes, e está pagando um preço caríssimo por parte de torcedores e adversários. Eu, sinceramente, não consigo compreender… a única coisa seria: são racistas convictos, desavergonhados de admitir tal tontice?
Força, garoto. A última triste manifestação veio do zagueiro Raíllo, do Mallorca. Leia abaixo e pense: o que Vinícius Jr fez???