E ao procurar elencar os fatores que levam funcionários a se demitirem de uma empresa, me deparo com essa interessante e didática imagem. Abaixo:

E ao procurar elencar os fatores que levam funcionários a se demitirem de uma empresa, me deparo com essa interessante e didática imagem. Abaixo:

Gostei deste banner sobre dicas para “delegar tarefas”, algo muito difícil quando a centralização do poder e das tomadas de decisões estão arraigadas culturalmente.
Vale a atenta observação. Abaixo:

Extraído do Facebook de Jamila Nascimento: https://www.facebook.com/104394481337325/posts/133033168473456/
Estou com essa turma e não abro mão: na Alemanha, homens, com importantes cargos profissionais, fazem de tudo para poder conseguir um tempinho a mais com seus filhos. Sacrifício e ao mesmo tempo, prazer recompensador!
Extraído de:
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,homem-alemao-troca-cargo-por-familia-,1114810,0.htm
HOMEM ALEMÃO TROCA CARGO POR FAMÍLIA
Executivos em posições de liderança em bancos e em órgãos do governo pedem demissão ou trabalham meio período para cuidar dos filhos
Por Susanne Amann , Simone Salden / Der Spiegel
No passado, as políticas alemãs relativas às famílias dos empregados eram mais voltadas às mulheres, mas a situação vem mudando. Os homens também começam a exigir condições de trabalho mais flexíveis para equilibrar seus deveres de trabalho e com a família – e isso vem forçando grandes mudanças da cultura corporativa.
Há alguns anos, Gerd Göbel provavelmente seria considerado um irracional por muitos diretores de recursos humanos. E possivelmente deixaria também os colegas surpresos. Göbel tem uma carreira bem-sucedida no segundo maior banco da Alemanha, o Commerzbank, onde chefia uma equipe de administração de ativos e portfólio. E trabalha em tempo parcial porque tem uma filha ainda muito pequena.
Quando a menina nasceu, há três anos, o executivo de 47 anos reduziu suas horas de trabalho para 40% do total; depois aumentou para 60% e mais recentemente para 80%. Na sua divisão, que tem 80 funcionários, ele foi o primeiro pai a tirar uma licença paternidade e o primeiro a desistir de uma posição que exige horário integral.
“Na época, claro que me perguntei se seria possível trabalhar em tempo parcial em um cargo de liderança”, diz ele, que chefia uma equipe de cinco pessoas. Mas seu experimento foi bem-sucedido e ele continua a passar um dia útil em casa, embora possa ser encontrado pelo telefone celular.
Göbel ainda é exceção. Mas o fato é que ele é um dos muitos pais que não se satisfazem mais em trabalhar a semana inteira e ver os filhos só nos fins de semana. Quando Jörg Asmussen se demitiu do seu posto de alto nível como membro da diretoria executiva do Banco Central Europeu, em meados de dezembro, ele citou a “família” e os “dois filhos ainda bebês” como o motivo. Considerações familiares também teriam sido fator decisivo para o fim surpreendente da carreira de Roland Pofalla, durante anos um dos homens mais influentes do governo Angela Merkel.
Mudanças. Na Alemanha em geral os homens ainda representam pouco menos de 20% de todos os indivíduos que trabalham em tempo parcial, mas este porcentual cresce rapidamente. A proporção de homens que trabalham meio período mais do que dobrou em dez anos, ao passo que a de mulheres cresceu em torno de 30%.
No pacto de coalizão recentemente concluído pelo governo da Alemanha foi inserido, pela primeira vez na história do país, um capítulo que trata do papel dos “pais ativos” e um apelo no sentido de “melhores condições que permitam que pais e mães compartilhem as obrigações profissionais e familiares de modo equitativo”.
A pressão por mudanças vem crescendo, com as empresas ainda lutando para encontrar e reter bons empregados. Já não basta mais oferecer aos funcionários uma creche na empresa. Pesquisas com os pais mostram que a possibilidade de manter uma carreira compatível com a vida privada aumenta enormemente a motivação para o trabalho e a fidelidade ao patrão.
Gestores de recursos humanos também reconhecem que o fato de estar ativamente envolvido na educação dos filhos também é benéfico para o progresso profissional de um indivíduo, já que pais que trabalham sempre são mais sociáveis e costumam organizar a carga de trabalho de maneira eficiente.
Os homens avaliam as políticas corporativas para famílias de forma mais negativa do que as mulheres. Para 85% deles, as políticas das empresas nesse setor são mais direcionadas às colegas do sexo feminino. Foi o que revelou um estudo feito pela A.T. Kearney que será publicado este mês. “As empresas precisam agir. Necessitamos urgentemente de novos modelos de modo a reformular inteiramente o trabalho”, disse Martin Sonnenschein, diretor da A.T. Kearney para a Europa Central.
Iniciativas. A gigante da engenharia Bosch é uma das que se esforçam para incluir os homens nas políticas de família. A empresa oferece a seus funcionários não só a possibilidade de “tempo de trabalho flexível” ou em meio período, mas os incentiva expressamente a trabalhar a partir de outros locais.
Os executivos têm permissão para organizar seus horários como preferirem, desde que produzam resultados – um projeto inicial pôs cem executivos para trabalhar de casa. Redes internas, como “papas@bosch” (“papais na Bosch”), auxiliam a troca de informações.
Os executivos estão embarcando nas possibilidades oferecidas, mesmo quando estão em cargos considerados chave pelas organizações. Lutz Cauers, de 49 anos, é um bom exemplo dessa tendência. Ele é diretor do departamento de auditoria interna da Deutsche Bahn, empresa ferroviária alemã.
Ele é responsável por mais de 100 empregados e se reporta diretamente ao presidente da companhia. Cauers tem escritório em Berlim e um segundo em Frankfurt. Ele controla também três outras bases na Alemanha e mais quatro na Europa, Ásia e Estados Unidos. Mas centralizou sua vida em Nuremberg, onde vivem a mulher e os três filhos.
Atualmente ele está montando um escritório numa empresa afiliada em Nuremberg e passa pelo menos uma noite da semana com a família. E com frequência pega um avião no início da manhã para Berlim ou o trem para Frankfurt. Se necessário, leva os filhos com ele para o escritório.
“Minha mulher tem uma empresa de médio porte, portanto é claro que ela não consegue cuidar da casa sozinha”, disse ele. “E eu não gostaria disso também. Quero ver meus filhos crescerem.”
Flexibilidade. Um número crescente de homens pretende seguir o caminho escolhido por Cauers e as empresas vêm reagindo a isso. A aérea Lufthansa, há anos, oferece a seus 70 mil funcionários a possibilidade de trabalharem meio período. Mas diz ter percebido que só isso não é mais suficiente.
Bettina Volkens é diretora de recursos humanos do grupo Lufthansa e também mãe de duas crianças. “Contratos de trabalho que não têm flexibilidade não funcionam mais”, diz ela, explicando que a empresa tem de se envolver diretamente com os problemas dos funcionários. A meta de Bettina é tornar a cultura da empresa mais aberta a modelos de contrato de trabalho ainda mais flexíveis.
Parte disso é o projeto piloto chamado “Novo Espaço de Trabalho”, em que 80 empregados da área de recursos humanos compartilham 50 estações de trabalho. Mesmo os executivos sentam em mesas diferentes a cada dia. “Os empregados podem trabalhar às vezes a partir de casa. “A ideia é incentivar isso”, diz Bettina. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

Imagem extraída de: https://4daddy.com.br/homens-estao-passando-mais-tempo-com-seus-filhos-mas-licenca-paternidade-estendida-so-e-realidade-em-12-das-empresas/
Creio que não há quem ganhe mais dinheiro no Brasil do que Cielo, Amex, Rede, Elo, dentre tantas outras operadoras.
Quanto elas cobram dos clientes que parcelam suas dívidas? Mais de 10% ao mês!
Quanto elas cobram dos comerciantes? Descontam de 3 a 5% para pagarem a venda em 30 dias!
Um mina de ouro…

Imagem extraída de: https://www.foregon.com/blog/quais-sao-os-melhores-cartoes-de-credito-para-2020/, na matéria de Janaína Tavares.
Há certos momentos em que paramos para refletir o que vale a pena em nossas vidas. A busca do sucesso, de vaidade, dos rótulos…
O que interessa a cada pessoa, de fato, é muito pessoal e subjetivo. Para nós, administradores de empresas, a grande dificuldade é conciliar as atividades profissionais, os compromissos, os interesses pessoais e a família.
Ricardo Diniz, empreendedor, ex-presidente da Associação Comercial de Jundiaí e colunista do agora extinto Jornal Bom Dia, escreveu há 9 anos um texto que resume muito bem tudo isso: o que é urgente, hoje, para nós?
E ele nos lembra: quantas mensagens e emails respondemos por dia? Temos tempo para os entes queridos? Descansamos? É tanta informação num mundo tão dinâmico, que os alunos em qualquer graduação já estão desatualizados na metade do curso! Ou, mais assustador: lendo uma semana de jornal, podemos ter mais informações do que os cidadão do século XVIII tiveram!
Compartilho o excepcional artigo (que se mantém bem atual) e deixando ele próprio como reflexão:
O QUE É URGENTE?
Em cima da mesa, ou mesmo no bolso, como quase sempre está, meu celular, pelo menos 40 vezes ao dia, faz aquele toque uníssono fácil de identificar, mensagem! Normalmente, um convite do facebook, e-mail ou sms.
Nos assuntos, vejo palavras chaves: importante, urgente, aguardo resposta, aprovação…
Quando é e como é que as coisas se tornaram tão imediatas assim?
Até bem pouco tempo atrás, havia tempo para tudo: estudar, trabalhar, ficar com a família, ler, ver TV, ter uma atividade extra, fazer um trabalho voluntário. Como dizia o poeta, Renato Russo, “antes eu sonhava e agora já não durmo”.
E é bem assim que a maioria da população se sente, sempre atrasada, perdendo hora.
A tecnologia, que na teoria foi criada para facilitar o trabalho e diminuir o tempo das tarefas, paradoxalmente, tem acelerado o dia a dia, dando a impressão de que o tempo voa.
Veja só, dia desses vi em um vídeo da internet que em uma semana lendo o The New York Times você obtém mais informação do que em uma vida inteira no século 18. E ainda, que a quantidade de informação técnica está dobrando a cada dois anos, então, para um aluno iniciando um curso de quatro anos, metade do que aprendeu no primeiro ano estará desatualizado no terceiro ano de estudo.
Sem desconsiderar as necessidades materiais que a vida exige, trazendo para nós essa euforia para alcançar o sucesso, e falo isso para mim mesmo, acredito ser necessário estabelecer prioridades que vão além do “ter”.
E você, se tivesse que enumerar suas urgências, sua família estaria entre elas?

Imagem extraída de: iStock
Dias atrás, a Volkswagen resolveu mostrar um dos seus segredos com mais de 30 anos: o projeto (abortado) do sucessor do fusca no Brasil, um automóvel pequeno e barato – mais moderno do que o antecessor – e que levou o nome de projeto BY.
Abaixo, a matéria da Revista Motor1.com, mostrando esse “mini-Gol”. Mas não parece um Uno da Volks? Com a união estratégica junto à Ford, formando a Autolatina, desistiu-se da ideia.
Em: https://motor1.uol.com.br/news/385161/vw-by-subcompacto-abaixo-do-gol/
VW MOSTRA O BY, PROJETO DE SUB-GOL DOS ANOS 1980
Se você é leitor assíduo do Motor1.com certamente já ouviu falar do VW BY. Trata-se de um projeto de carro de entrada para ficar abaixo do Gol, que apresentamos numa reportagem sobre “carros natimortos”, ou seja, que morreram antes mesmo de chegar às lojas. Pois não é que, mais de 30 anos depois, a própria Volkswagen resolveu mostrar o carrinho? Ele é uma das estrelas do Garagem VW, um acervo que a marca preparou dentro de um galpão da própria fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP).
Por conta do balanço traseiro curto, o porta-malas era sacrificado em relação ao do Gol. Mas a VW então criou duas soluções para preservar o espaço de bagagens: banco traseiro corrediço, que seria aplicado no Fox em 2003, e suspensão traseira do Voyage de exportação para os EUA (chamado de Fox por lá), que tinha pontos de ancoragem diferentes do Gol, justamente para não invadir o compartimento de carga.
Esses pontos, porém, fizeram o projeto ficar um tanto caro de produzir (ainda mais em se tratando de um carro de entrada) e, fora isso, o design desproporcional (devido ao uso do motor AP-1.600 da família BX (Gol, Voyage, Parati e Saveiro CS) se somou aos fatores que fizeram o BY “subir no telhado”. E entrar para a história dos natimortos…

Por: Daniel Messeder, extraído de: https://motor1.uol.com.br/news/385161/vw-by-subcompacto-abaixo-do-gol/
Muito interessante: empresas procuram cada vez mais realizar sonhos pessoais dos seus funcionários para que permaneçam no quadro de funcionários.
Abaixo, extraído de OESP, edição 12/11/22, página B10
PARA RETER TALENTOS, EMPRESAS SE PROPÕEM A REALIZAR SONHOS DOS FUNCIONÁRIOS
Companhias fazem entrevistas periódicas para conhecer os maiores desejos de seus trabalhadores e tentar realizá-los
por Ludmila Honorato
Quando era estagiário, Tercio Farias mitigou o sonho de um colega de trabalho sem querer. “Aquilo me arrasou”, conta. O episódio, no entanto, plantou a semente daquilo que viria a ser o propósito da Villa Camarão: um meio para transformar vidas e realizar sonhos. Hoje, CEO da companhia, o empresário contribui para tornar realidade alguns desejos dos funcionários, promovendo conexão e engajamento.
De forma estratégica, ele entende que perguntar o sonho de cada colaborador ajuda no autoconhecimento da pessoa e faz a empresa compreender seu papel na oferta de desenvolvimento profissional.
O engajamento promovido traz benefícios e, consequentemente, leva à satisfação dos clientes. “O time vai se preocupar com o resultado do cliente, vai cuidar, entender como vender mais”, diz Farias. “Se o cliente tem um bom produto, vai comprar mais vezes.”
Práticas como essas de humanização no trabalho geram encantamento e fazem parte das políticas de empresas reconhecidas no Prêmio Gupy Destaca. A premiação divulgou, no final de outubro, as 100 companhias com os RHs mais inspiradores do Brasil, entre elas a Copastur, que figura no ranking pelo segundo ano consecutivo.
Na empresa de viagens e turismo, o time de pessoas e cultura também pergunta aos funcionários três sonhos, além do chocolate e de uma comida preferida. As respostas são usadas para ações especiais, como no anúncio de uma promoção.
Fernanda Souza, por exemplo, era recepcionista e tinha o sonho de viajar de avião pela primeira vez. Quando foi promovida ao setor de RH, teve a surpresa de ver a mãe e a filha na companhia, que lhe entregaram uma caixa com o chocolate favorito dela, fotos de pessoas queridas e uma passagem aérea.
“Não imaginei que teria um dos sonhos realizado. Ver minha família aqui fez toda diferença”, conta a analista, que diz ter se sentido valorizada, autoconfiante e orgulhosa de si. Ela estava há um ano na Copastur e afirma que esse reconhecimento é estimulante. “Venho me desenvolvendo mais a cada dia, já tive outras duas promoções. Então, dou meu melhor para estar sempre conquistando o que almejo e olho o futuro de forma diferente agora.”
A supervisora de pessoas e cultura na Copastur, Areli Petta, diz que a iniciativa está conectada ao propósito da empresa. “Entendemos que precisávamos anunciar a promoção de forma mais humanizada e tocar mais o funcionário”, comenta. “Envolver o familiar, seja por vídeo, pessoalmente, por carta ou fotos, e estar próximo do colaborador facilita a gente entender a história dele, do que ele gosta. E o gestor nos ajuda nesse desafio.”
Pesquisa da Gupy em parceria com a Ideafix mostrou que 40% dos mil RHs entrevistados estão investindo em humanização de processos. Porém, apenas 14% dizem ter práticas personalizadas para gestão de pessoas. O diretor de recursos humanos da companhia, Gianpiero Sperati, analisa que os dados refletem o aprendizado das empresas de como equilibrar o “fazer humanizado” com uso da tecnologia.
“São algumas fases pelas quais o RH passa”, comenta. “Alguns anos atrás, era tudo feito por pessoas. Quando se vai para o modelo de tecnologia, acaba indo muito nessa direção, em que tudo é feito de forma massificada. Acho que agora estamos entrando na fase 3.0, usando a tecnologia mais personalizada”, diz.
Como não há consenso sobre o que é humanização no trabalho, as ações são mais intuitivas. Sperati entende que a prática passa por olhar cada um mais como pessoa e menos como funcionário ou número na estrutura empresarial. “Entender que as pessoas têm ciclos e momentos diferentes, que existe curva de adaptação e aprendizagem traz esse olhar humano para dentro do trabalho.”
Na Betterfly, plataforma que estimula hábitos saudáveis, o propósito também é levado para dentro da empresa global. Entre os valores da companhia, um deles é o sonhar grande, que se materializa com o programa Dreams Come True. Anualmente, três funcionários são sorteados para terem um sonho realizado. Outra iniciativa é o Sports Buddy, que incentiva a prática de atividade física e tem um teto de custo para apoiar a jornada dos funcionários.
Quem deseja correr uma maratona ou participar de um concurso de dança, por exemplo, pode receber suporte financeiro e treinamento com profissionais da modalidade. Jin Klaus Terada, gestor de contas da empresa no País, foi um dos beneficiados. Adepto às aventuras na natureza, ele uniu o bem-estar à realização de um sonho: escalar o Nevado Sajama, o monte mais alto da Bolívia. Toda a viagem foi custeada pela companhia.
Virginia Vairo, head de pessoas e cultura da Betterfly Brasil, diz que, para construir essa cultura humanizada, a empresa realiza ações mensais com os funcionários. Há desde formação de líderes, grupos de conversa e projetos de voluntariado. “É uma estratégia de proximidade para as pessoas se sentirem reconhecidas, ter espaço de confiança para serem autênticas”, diz. “Não é a gente que impõe a cultura. A gente precisa acreditar no processo entre as pessoas.”
Para Ingrid Rapold, head de pessoas da Villa Camarão, a estratégia focada nos sonhos é uma forma de reter talentos. “As pessoas estão pedindo demissão porque o trabalho não faz mais sentido, então não olhar para isso é estar por fora do que está acontecendo no mercado de trabalho. A pessoa não está buscando única e exclusivamente uma remuneração”, diz.
Ela cita o exemplo de um funcionário que tinha o sonho de andar de veleiro, o que foi viabilizado pela descoberta de outro colaborador que tem a embarcação. O match estava dentro da companhia. Já um vendedor desejava comprar uma casa para a avó dele. A empresa não concedeu o imóvel, mas contribuiu para a viabilidade do sonho.
“A gente cresceu muito rápido e foi criando muitas oportunidades. Quem está engajada vai aproveitar”, diz Tercio Farias. Com um plano e desempenho, o profissional evoluiu e se tornou sócio, tendo realizado o que almejava.
Areli Petta, da Copastur, afirma que proporcionar experiências únicas em momentos que a pessoa não espera é um diferencial. “O fato do colaborador ser ouvido, bem tratado, se sentir pertencente desde a entrevista melhora o clima, e a pessoa quer se desenvolver aqui.”
Na Betterfly, o retorno é visto na qualidade das relações e nas pesquisas semanais acerca de ações realizadas. “Numa escala de 1 a 5, nossa meta é 4 e temos ficado sempre acima. Ouvimos muito as pessoas, e elas têm abertura para construir a cultura. Colocamos a pessoa no papel de protagonista”, diz Virginia.
Fernanda Souza teve o sonho de viajar de avião realizado pela empresa ao ser promovida Foto: Felipe Rau/Estadão
Que interessante: Robson Viturino e Álvaro Oppermann (Revista Época Negócios, Ed fevereiro – 22, pg 60) trouxeram uma importante matéria sobre como a concorrência ajuda a vender mais, além de alguns malefícios que ela traz, de forma leve e interessante.
Abaixo:
JÁ VIU O QUE SEU RIVAL FEZ HOJE?
Estudo desvenda os mecanismos psicológicos que motivam o espírito de rivalidade entre empresas concorrentes.
No dia a dia dos negócios, as palavras “rival” e “concorrente” são usadas de forma indistinta. Uma nova pesquisa, porém, evidencia que existem diferenças claras entre as duas na relação de pessoas e empresas. E não é só uma questão semântica. “A primeira coisa a notar é que as pessoas são mais aguerridas na competição quando existe rivalidade entre elas”, dizem os autores do estudo, Gavin Kilduff, Hillary Elfenbein e Barry Staw. O trio de pesquisadores, professores de administração nas universidades de Nova York, Saint Louis e Berkeley, estudou a psicologia da rivalidade e da concorrência entre jogadores e times de basquete dos Estados Unidos. Segundo eles, as conclusões podem ser estendidas aos negócios.
“A literatura de negócios usava as duas palavras como sinônimos de competição”, dizem os pesquisadores em um artigo publicado no Academy of Management Journal. “No entanto, a concorrência é algo racional. A rivalidade é passional”, afirma o trio. Esta última nasceria do envolvimento psicológico entre os protagonistas. Ou seja, surge quando existe uma relação íntima, ou um histórico comum, às partes envolvidas, gerando implicações profundas na maneira como jogadores e equipes se relacionam. “O mesmo ocorre nos negócios”, dizem eles.
Se a concorrência é o motor do desempenho, a rivalidade é o seu “afrodisíaco”. Um bom exemplo disso está no basquete norte-americano dos anos 80, que foi polarizado por Larry Bird, do Boston Celtics, e Earvin “Magic” Johnson, do Los Angeles Lakers. Os dois iniciaram a carreira profissional em 1979. Antes eles eram estrelas dos principais times universitários dos Estados Unidos e acompanhavam com afinco a carreira um do outro. “Quando a tabela de jogos da temporada era publicada, os jogos do Celtics eram a primeira coisa que eu marcava”, diz Magic Johnson. “Eu começava a ler o jornal pela seção de esportes, para ver como estavam as estatísticas de Magic”, diz Bird. A rivalidade – ou quase obsessão – acabou servindo de combustível ao brilhantismo de ambos nas quadras. Concorrentes se esforçam e dão o sangue. Rivais fazem das tripas coração. Eis a diferença.
Nos negócios, a rivalidade também pode gerar um ciclo virtuoso. No Japão, os rivais Toyota e Nissan protagonizam um duelo de inovação desde os anos 70. Quando a Toyota invadiu o mercado americano com o Corolla, em 1972, a Nissan respondeu em seguida com o Bluebird. Em 2001, a Nissan redesenhou totalmente o Altima para enfrentar o Toyota Camry. Em 2010, diante do Leaf, carro elétrico mundial a ser produzido pela Renault-Nissan, a Toyota respondeu comprando uma fatia da Tesla Motors. Segundo a autora Evelyn Anderson, embora a Toyota seja altamente competitiva em relação a Ford e GM, a competição acirrada com a Nissan e a Honda sempre teve um gostinho especial.
A rivalidade também tem uma face sombria, dizem os pesquisadores. É comum rivais engalfinharem-se em lutas do tipo “custe o que custar”. O Boston Scientific Group, por exemplo, se dispôs a pagar US$ 24,7 bilhões pela fabricante de marca-passos Guidant, para não permitir que o eterno rival Johnson & Johnson abocanhasse a empresa. Esta é considerada pelos analistas a segunda pior aquisição da história, atrás somente da compra da Time Warner pela AOL. Já a Adidas e a Puma (criadas por dois irmãos que se detestavam) estavam tão preocupadas em espionar uma à outra, nos anos 70, que não viram a Nike chegar. “A rivalidade é uma faca de dois gumes”, concluem os autores. Moral: saiba diferenciar concorrência de rivalidade.

Imagem extraída do link acima citado.
Quantas vezes você se deparou com vendedores que grudam em você, permanecendo do seu lado e oferecendo de tudo, mesmo quando você diz que está apenas “dando uma olhadinha”?
Não sei quem bolou essa forma tão básica de evitar incômodos: cestinhas que diferenciam a cor conforme a necessidade de atendimento do freguês (abaixo).
Simples e simpático, não?
Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida. Quem conhecer, favor informar para a divulgação do crédito.
Lembram-se que protestávamos, num determinado período, contra tudo? Na época em que George W Bush propôs a criação da ALCA, supostos protestantes promoveram grande vandalismo na Avenida Paulista.
Compartilho um texto brilhante sobre a inteligência daqueles que são contra ou se recusam a discutir a Globalização e acordos mundiais (na visão de um cidadão italiano global). Aliás, redescuti-se o Brexit novamente…
Extraído de MARANESI, Ezio. in AFFARI, Revista da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria, nº 90, pg 06-07.
GLOBALIZAR OU NÃO?
Globalização não é um palavrão. É um fato indiscutível, inevitável, como a alternância entre o dia e a noite… “quem pode parar o rio que corre para o mar?”, balbuciava Gigliola Cinquentti em uma famosa canção dos anos 60. Quem pode parar a globalização, um processo tão antigo quanto o mundo, movido pelo instinto, pela curiosidade, pelo egoísmo e pela fraqueza humana? Os gregos, os romanos, os árabes e muitos outros povos globalizaram os seus costumes no âmbito dos seus domínios; o tomate, a batata, e mais recentemente o kiwi e mil outros produtos da terra e da indústria provenientes de outros territórios invadiram o mundo. Por que é motivo de revolta a difusão mundial do Big Mac?
Até a pouco tempo, o processo, ainda que perenemente em atividade, não era percebido, e não havia a consciência de sua dimensão e suas conseqüências. Nos nossos dias, a velocidade dos transportes e das comunicações fez explodir o problema, com suas conseqüências benéficas ou maléficas. O novo medicamento que cura doenças antes incuráveis é distribuído em poucos meses nos 5 continentes, a última bolsa de Prada é exposta simultaneamente nas lojas das cidades mais ricas do mundo, a afta epizoótica expande-se rapidamente de um país a outro. Contra a globalização todos protestam, de modo mais ou menos incisivo de acordo com o credo político e o nível cultural. Protesta o filósofo nos debates culturais e protesta o energúmeno nas ruas de Seattle, de Nice, de Roma, e de modo mais amador, na Avenida Paulista. O protesto é confuso: inclui de fato a política econômica dos governos, o neo-liberalismo (outra palavra blasfema), os produtos modificados biologicamente, a poluição, etc.. São talvez causas santas mas, em geral, oportunamente instrumentalizadas. Não se protesta infelizmente contra a ignorância e o egoísmo que tornam possíveis os vários abusos que a globalização comporta.
Estamos nos contradizendo: nós que protestamos, desejamos ser globalizados! Depois da guerra, os italianos, individualistas como são, sonhavam em “fazer a América”. Nos anos 70 e 80, na Albânia, país hermeticamente fechado, seus habitantes sonhavam em ter um carro. Os chineses, no seu uniforme cinza e triste, sonhavam com os coloridos vestidos ocidentais. Hoje são todos, alguns mais, outros menos globalizados. Só os povos que morrem de fome ou de aids, que silenciosamente pedem para fazer parte da aldeia globalizada, não podem entrar. Eles de fato não podem pagar. Há uma outra exceção: o Taliban, mas esta é uma outra estória.
Protestamos portanto, se achamos que seja justo protestar, mas sem quebrar vidraças. Vamos nos sentir livres para escolher o fettuccine caseiro se detestamos o hambúrguer, recusemos alimentos geneticamente modificados se pensamos que sejam perigosos. Este tipo de liberdade não está ao alcance de todos: cansa e exige cultura. É muito mais cômodo e fácil deixar-se conduzir pelas estratégias da psicologia das massas, que conhecem a fundo as nossas fraquezas e nos dizem que gostamos e o que devemos fazer. Desse modo, nos sentimos livres para comprar tudo o que não nos serve.
O problema, aqui banalizado, é na realidade muito mais sério, e sob alguns aspectos dramático. Já que a natureza humana é o que é, e todas as religiões do mundo poderão só aplacar os seus aspectos menos nobres, a globalização seguirá o seu inexorável curso, glorioso sob certos aspectos, perverso sob outros. Se o mundo, tão diferente, tão belo e interessante, tende a tornar-se uniforme, plano, chato e triste, se os modelos de comportamento dominantes tendem a ser universalmente adotados, o único modo para manter a nossa identidade cultural é nos ligar aos nossos valores e adotar a nossa pequena “aldeia” cujos habitantes tenham afinidades autênticas e não formais. Esta aldeia deve ser defendida de todos aqueles que gostariam de vê-la igual a todas as outras aldeias da terra.
Neste nosso pequeno mundo, haverá sempre espaço para uma torre de Pisa que ninguém determinará que deve ser endireitada, sustentando que qualquer desvio da norma é conceitualmente perigoso. Haverá lugar para todas as manifestações culturais. Se os povos e tribos da Terra mão conseguem manter a sua identidade cultural, tudo será globalizado: alimentos, vestimentas, gostos e pensamentos. Sob o escuro estelar americano, espiados pelas câmeras e por outros “Big Brothers” que controlarão os nossos comportamentos, nos nutriremos tristemente com o único queijinho insosso mas asséptico que a indústria produzirá para todos. Até mesmo Orwell, um genial profeta terrorista, empalideceria perante essa perspectiva.
Nós italianos talvez soframos menos que os outros: no fundo o espaguete é nosso. Desde que supere o miojo.

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.
É muito difícil fazer uma boa ideia sair do papel?
Nem tanto. Compartilho, extraído de: https://revistapegn.globo.com/Banco-de-ideias/noticia/2021/06/5-passos-para-colocar-sua-ideia-empreendedora-em-pratica.html
IDEIAS PARA GANHAR DINHEIRO: SAIBA COMO COLOCAR AS SUAS EM PRÁTICA
Identificar a demanda que seu negócio irá solucionar e estudar a concorrência são alguns deles
Não existem ideias ruins, apenas falta de planejamento e organização. Para transformar ideias empreendedoras em realidade, é necessário fazer sacrifícios, estar disposto a aprender desafios e traçar um plano de execução assertivo. Mas o resultado é um profundo impacto positivo na sua vida pessoal e profissional.
Pensando nisso, a empreendedora Pamela Valdés elaborou uma lista com cinco passos para tirar a sua ideia de negócio do papel, publicada na Entrepreneur. Valdés, CEO da plataforma de audiolivros por assinatura Beek.io, selecionou os passos com base na sua experiência. Confira a seguir.
1. Identifique a necessidade não atendida que o seu negócio irá solucionar
O primeiro passo para dar vida a uma ideia de empreendimento é identificar qual a necessidade do mercado que ela atende. Para isso, é necessário pesquisar quais as principais queixas dos consumidores do nicho e organizar o seu negócio para que ele consiga supri-las.
2. Estude o mercado
Antes de lançar o seu negócio é preciso definir qual é o seu público alvo e quais são as estratégias necessárias para conquistá-lo. Além disso, é essencial analisar a concorrência, investigando suas forças e fraquezas. Com essas informações, será mais fácil tomar decisões e reconhecer onde precisa melhorar.
3. Defina o processo de produção do seu negócio
Descrever com detalhes como será o processo de produção, de acordo com a sua ideia empreendedora. Depois, identifique as ferramentas necessárias para tornar os processos mais eficientes e agilizar o desenvolvimento da sua ideia.
4. Faça uma análise financeira
Antes de dar vida ao seu empreendimento faça uma projeção de todos os seus custos. Analise se há necessidade de recursos externos, e qual a quantia necessária. Depois decida se é melhor recorrer às suas economias, pedir um empréstimos ou ir atrás de investidores.
5. Não deixe que o medo de fracassar te impeça de lançar seu negócio
Após ter concluído os primeiros passos, é hora de se lançar no mercado. Depois, concentre-se em formar um time talentoso, lembrando que a empresa vai crescer a partir da habilidade de seus colaboradores. Não se esqueça de levar em consideração as ideias e opiniões da equipe, levando a um círculo virtuoso que fará a empresa se expandir.
É possível transformar ideias empreendedoras em realidade (Foto: AbsolutVision/Unsplash)
Compartilho com os amigos um interessante artigo da Revista Exame, onde se discute a preocupação das empresas em serem ecologicamente corretas, reduzindo os custos ambientais e as emissões de carbono, além do USO DE ÁGUA.
Nele, se faz um estudo da quantidade de água utilizada entre a produção e o consumidor final. Um exemplo: para uma lata de Coca-Cola de 300 ml, utiliza-se até 60 litros de água (o cálculo considera desde a produção agrícola do adoçante usado na bebida – cana ou beterraba – até o consumo direto da fábrica).
Extraído de: http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0947/gestao/nova-obsessao-verde-482549.html
A NOVA OBSESSÃO VERDE
Depois de calcular as emissões de carbono, agora as empresas correm para rastrear o uso de água em seus produtos desde a matéria-prima até o consumidor final
POR SERENA CALEJON
Nos últimos anos, a onda verde transformou uma expressão quase incompreensível em algo corriqueiro dentro de muitas empresas – a contagem de emissões de carbono. É comum hoje encontrar exemplos de cálculos meticulosos de gases de efeito estufa jogados na atmosfera até mesmo em atividades cotidianas, como viagens aéreas de executivos. Na busca para reduzir o próprio impacto ambiental, porém, já não basta diminuir (ou mesmo neutralizar) essas emissões. A nova obsessão das empresas é rastrear o consumo de água envolvido na produção de um bem. Como era de esperar em se tratando desse mercado, a tendência vem acompanhada de um conceito um tanto obscuro: água virtual. A nova bandeira dessa corrida sustentável foi levantada para valer em abril pela Raisio, fabricante de cereais finlandesa, com faturamento de 500 milhões de euros em 2008. A Raisio não apenas mediu o uso de água para a produção da linha Elovena – dos campos de aveia ao supermercado – como também se tornou a primeira companhia no mundo a estampar em sua embalagem o número de sua “pegada” (jargão que no mundinho verde significa o impacto ambiental de uma empresa). Segundo a Raisio, para fabricar 100 gramas de aveia em flocos são consumidos, ao longo de toda a cadeia de produção, 101 litros de água. “Boa parte dos consumidores ainda não entende o conceito”, disse a EXAME Pasi Lähdetie, vice-presidente de comércio de grãos da Raisio. “No futuro, porém, será algo tão compreendido como o carbono.”
O movimento feito pela Raisio começa a ser trilhado também por outras grandes companhias em todo o mundo. A americana Levi Strauss calculou que a fabricação de cada jeans do tradicional modelo 501 consome quase 2 000 litros de água. A Coca-Cola estimou que a fabricação de uma lata de 300 mililitros do refrigerante exija até 60 litros de água (quase 200 vezes o volume de uma latinha). A rede de cafeterias Starbucks anunciou que concluirá neste ano o primeiro rastreamento de consumo de água por toda a empresa – das lojas e escritórios até seus fornecedores de café. Todas seguem o conceito criado em 2002 pelo holandês Arjen Hoekstra, professor de gerenciamento de água da Universidade de Twente, na Holanda. Do ponto de vista ambiental, trata-se de um tema tão premente quanto o aquecimento global – tanto para empresas quanto para governos. Segundo o mais recente relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep, na sigla em inglês), em pouco mais de 15 anos dois terços da população mundial deverão enfrentar escassez de água. “Não estamos usando esse recurso de maneira sustentável”, afirma Hoekstra. “E rastrear a cadeia é o primeiro passo para tornar esse consumo mais racional.”
A primeira dificuldade da empreitada é que, ao contrário das emissões de carbono, não há modelos prontos disponíveis para ser seguidos. Em dezembro, uma rede mundial de ONGs, cientistas e cerca de dez empresas criou a Water Footprint Network para discutir pela primeira vez uma metodologia única para a avaliação da água virtual. As companhias que já começaram a estimar a quantidade do recurso utilizado nas cadeias de produção, portanto, criaram os próprios métodos dentro de casa a partir do ponto zero. No caso da Raisio, o processo levou cerca de três meses e exigiu uma equipe de seis funcionários de áreas distintas (entre fábrica e relacionamento com fornecedores), além de um consultor externo, que já havia ajudado a empresa na determinação da pegada de carbono. Trata-se de uma tarefa complexa, sobretudo porque o levantamento considera informações que estão fora da empresa. Parte do trabalho incluiu visitas a produtores atrás de informações, como o tipo de fertilizante usado na preparação do solo. Por enquanto, a única medida prática tomada pela companhia finlandesa foi colocar a informação na embalagem dos produtos. “O próximo passo é reduzir nosso consumo”, afirma Lähdetie.
Eis aí uma etapa tão ou mais complexa que o cálculo do rastro ambiental. Os estudos da Levi Strauss, por exemplo, mostraram que apenas 6% do consumo de água estava associado aos processos industriais da empresa. A maior parte do recurso é consumida pela agricultura do algodão (49%) e pelo pós-consumo (45%) nas lavagens das roupas. “Percebemos que, para levar adiante o compromisso com a sustentabilidade, era preciso agir no ponto extremo da cadeia, sobretudo com agricultores, e não apenas no processo industrial, onde estávamos focados até então”, afirma Colleen Kohlsaat, gerente de sustentabilidade da Levi Strauss. “O desafio é que temos uma capacidade menor de influenciar esses extremos do que temos de agir em nossas próprias operações.” Na prática, a constatação levou a empresa a investir em parcerias com ONGs como a Better Cotton Initiative, que atua na educação de agricultores do setor algodoeiro, para adotar técnicas com menos impacto ambiental. A Coca-Cola tomou a mesma decisão ao incentivar métodos literalmente mais enxutos de produção de beterraba e cana-de-açúcar, usados como matéria-prima na composição dos refrigerantes.
Diferentemente do que ocorre com as emissões de carbono, que podem ser compensadas com a compra e a venda de créditos, num mercado já estruturado, o sistema de compensação da pegada de água ainda é nebuloso. Por isso, muitas empresas estão criando as próprias regras. Uma delas é a Pepsico. A companhia iniciou um projeto em lavouras de arroz da Índia, no qual substitui a tradicional irrigação por alagamento por uma técnica capaz de reduzir 30% do uso de água (o arroz é usado na fabricação de alguns salgadinhos). Segundo a empresa, se estendesse a área dedicada ao novo sistema de plantio dos atuais 400 hectares para 2 000 hectares, a economia gerada seria capaz de compensar toda a água usada pelas três fábricas da Pepsico na Índia. “Uma mudança pequena pode ter um impacto enorme”, diz Dan Bena, diretor de desenvolvimento sustentável da Pepsico. Os especialistas, no entanto, são mais céticos. “No caso da água, não há como compensar os danos”, afirma o professor Hoekstra. “A não ser que você reponha água na mesma qualidade, quantidade e exatamente no mesmo local, não existe como neutralizar seu impacto.”
Em alguns pontos do planeta, a falta de água já é um problema concreto para muitas empresas. Há dois anos, a fabricante de cerveja sul-africana SABMiller identificou que 30 de suas fábricas estavam em regiões que corriam risco iminente de falta de água. Uma das operações mais arriscadas era a da Tanzânia, onde o uso excessivo das reservas subterrâneas por indústrias locais estava reduzindo a quantidade e piorando a qualidade das fontes de água potável. A saída foi iniciar um programa de reutilização do recurso na unidade. Em novembro, a cervejaria anunciou a meta de cortar 25% de seu consumo de água em todas as suas 139 fábricas até 2015. A medida representará uma economia de 20 bilhões de litros de água por ano – e pode determinar a própria perpetuação de seu negócio.

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.
Apesar de ser sábado, a obrigação profissional tem horário reservado também!
Preparando aulas para a semana… “Divulgação do Negócio a Empreendedores”, via Sebrae.
É com a Educação que o Brasil sairá da crise!
Com 16 anos, ser capa de um jornal importante e especializado no seu ofício, é digno de aplausos. E ser capa pela TERCEIRA VEZ?
O espanhol Marca publica novamente, neste dia 28: o Real Madrid quer Endrick, e, pelo que parece, o que o Palmeiras pedir de dinheiro, receberá.
Veja só:
As outras duas capas de Endrick no mesmo jornal:
Quer pressão maior do que essa?
Robson Viturino e Álvaro Oppermann, da Revista Época Negócios, Ed fevereiro/32, pg 60, escreveram sobre como a própria pressão e erros de conduta podem “autossabotar” um administrador.
Abaixo:
O FANTASMA QUER TE PEGAR
A autossabotagem é hoje o principal inimigo da área de risco. Saiba como tirar esse esqueleto do armário antes dos outros.
A história de Tony Hayward ainda assombra os executivos. O caso do ex-CEO da BP, derrubado pelo desastre no Golfo do México, Estados Unidos, é emblemático de como carreiras brilhantes podem ser abruptamente interrompidas ou sofrer sérios arranhões em consequência de eventos que não estavam no script. Segundo Joseph W. Koletar, ex-diretor de Fraudes e Investigações da consultoria Ernst & Young, histórias como a de Hayward estão muito longe de ser uma exceção. Elas se repetem de tempos em tempos e mostram que, a despeito dos avanços tecnológicos e do aperfeiçoamento das práticas de gestão, as companhias seguem despreparadas para gerenciar riscos. “As empresas infelizmente sofrem com muitas falhas nos sistemas de avaliação”, diz Koletar. No recente Rethinking Risk – How Companies Sabotage Themselves and What They Must Do Differently (“Repensando o risco – como as empresas se sabotam e o que se deve fazer diferente sobre isso”), Koletar também afirma que os dirigentes geralmente contam com informações incompletas ou equivocadas para monitorar as ameaças. “Eles supõem que os dados que lhes são apresentados são precisos. Mas muitas vezes não são”, diz. De acordo com o seu livro, os CEOs precisam lidar com três problemas para gerenciar riscos nas corporações. Saiba quais são eles.
PÉ NO ACELERADOR_ O CEO vive o dilema descrito pelo ex-piloto de Fórmula 1 Mario Andretti: “Se você está em segurança e sob controle, não está correndo suficientemente rápido”. O mercado exige velocidade frenética dos executivos e aplaude aqueles que “pisam fundo”. No entanto, os mecanismos de proteção das empresas, de acordo com Koletar, não são seguros como os carros de F1 do século 21 – mas antiquados como os carros do tempo de Andretti, dos anos 70 e 80. Um exemplo disso está nas vistas grossas com que muitos executivos encaram os processos de auditoria que antecipam as fusões e aquisições. “O temor é de que uma auditoria mais detalhada acabe com o negócio”, diz Koletar. O maior receio não é a descoberta de esqueletos no armário, mas que uma negociação demorada jogue para baixo o preço das ações, tirando o impacto do negócio e atrasando o cronograma de execução das fusões. Como resolver a questão? Nesse caso, as principais defesas de uma companhia estão na sua cultura e no seu nível de governança. Ou seja, os conselheiros, diretores e acionistas devem aprender a ser mais rigorosos.
LABIRINTO_ As empresas estão travando uma guerra contra a complexidade estrutural, simplificando organogramas, eliminando cargos redundantes e horizontalizando a gestão. No entanto, alerta Koletar, ainda há muito a ser feito para que os riscos sejam de fato mitigados. É preciso melhorar a coordenação e o tráfego de informação entre o CEO, o jurídico, o financeiro, o operacional e o setor de TI. Sem isso, a empresa pode se ver desamparada diante de uma crise. “Na maior parte das empresas, não existe sequer um plano de gestão claramente desenhado e articulado”, afirma o especialista.
MEDO E PARANÓIA_ Essa é a pior postura. Sucede que é mais frequente do que se admite. “O risco deve motivar o CEO a desenvolver um sistema coerente e prático para lidar com crises e problemas”, diz Koletar. Sua recomendação: esqueça políticas duras, do tipo “tolerância zero”. Nas empresas, um estado policialesco costuma fomentar culturas pouco abertas, em que somente os espertalhões prosperam. Uma boa gestão nasce da cultura transparente: “Beba no conhecimento dos seus funcionários, pois eles são a mais rica fonte de informação com relação ao risco”.

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.
Faleceu Dietrich Mateschitz, o “inventor da bebida energética Red Bull”.
Sobre ele, falamos dias atrás e reproduzimos o re-post abaixo:
O GÊNIO CRIADOR DO RED BULL
Dietrich Mateschitz, empresário com espírito empreendedor extremamente aguçado, um dia quis lançar uma bebida diferente. Nos anos 80, a consultoria americana NDP fez um estudo sobre seu produto e afirmou:
“Nunca um produto esteve tão fadado ao fracasso quanto esse”.
Hoje, Mateschitz é um bilionário austríaco; o produto é o Red Bull; e o fracasso não se confirmou, tornando um sucesso de vendas que gira em 4,2 bilhões de latinhas ao ano.
Motociclista, Aviador, Adepto de esportes radicais. Reza a lenda que ele toma 10 latinhas de Red Bull por dia. Ah: mesmo com quase 70 anos, não repete namoradas em eventos sociais (todas na casa dos 20 anos).
A consultoria errou bem, hein?
Imagem extraída da Web
39Guardar segredo é bom?
Na Administração de Empresas, nem sempre esconder projetos é um bom negócio.
Veja, abaixo, casos interessantes onde boas idéias não deram certo por culpa do sigilo.
Extraído da Revista Época Negócios, Caderno Inteligência, Ed Abril 2011, pg 66
ÀS VEZES, O SEGREDO NÃO COMPENSA
Recentemente, um programa semanal de rádio nos Estados Unidos causou alvoroço ao publicar o que seria a fórmula secreta da Coca-Cola. Afirmava que a informação vinha de um fac-símile da página de um caderno pertencente a um amigo de John Pemberton, o farmacêutico que criou a bebida em 1886. A empresa, é claro, negou a autenticidade da fórmula. E a história, depois de fugaz repercussão nos jornais e na internet, parou por aí mesmo. O que restou do episódio é um bom tema para reflexão. Será que basta ter a fórmula secreta ou uma boa ideia para concretizar um grande negócio?
Pode ser que as empresas de tecnologia reforcem essa crença ao manter seus lançamentos sob uma aura de segredo e mistério. Por muitos meses houve grande especulação sobre qual produto revolucionário a Segway estava preparando, até que o mercado deparou com o veículo elétrico de duas rodas que hoje conhecemos. A Apple faz do anúncio de novas categorias de produtos, como o iPad, um evento grandioso, esperado por milhões de consumidores, divulgado no mundo todo. O segredo é, então, fundamental para o sucesso?
Talvez sim, quando se tem a dimensão das empresas citadas acima. Mas a fórmula não vale para qualquer estreante. É o que garante Jason Freedman, empresário “reincidente”. Ele diz que o segredo matou sua primeira empresa, pois o fez perder boas oportunidades. Em uma nota em seu blog, http://www.humbledmba.com, que virou fenômeno de tráfego – mais de 200 mil visitas depois que o jornal The New York Times o destacou –, Freedman faz um mea-culpa e publica uma espécie de decálogo do iniciante.
O primeiro “mandamento” do empresário é direto: a execução de um projeto é muito mais importante do que imaginá-lo; isto é, executar é o que importa. A segunda lição pode ser meio chocante para o ego do novato que opera em “modo oculto”: alguém já teve a sua grande ideia. Se ela for boa, cinco outras pessoas a estão testando. Se for excelente, 15 outros concorrentes já estão no cenário. Uma das razões pelas quais você se imagina tão exclusivo é porque não fez uma boa pesquisa para perceber que já tem gente trabalhando na área. A terceira máxima é uma ducha de água fria nos criativos: descobertas totalmente inusitadas não funcionam. Para Freedman, “se você tem uma ideia 100% original, ou está à frente do mercado ou escolheu um nicho pequeno, que ninguém quer. Em qualquer um dos casos, você tem problemas”.
“Se você acha sua ideia exclusiva, é porque ainda
não fez boa pesquisa”, afirma Freedman
Mas o princípio que melhor sintetiza a experiência de Freedman é “você precisa desesperadamente de um retorno sincero”, que só quem está no mercado pode dar. Ao manter o negócio em segredo, o estreante estaria roubando de si mesmo valiosos ensinamentos. “A maioria das empresas não tem sucesso com o primeiro produto”, afirma Freedman. “As boas empresas aprendem rapidamente e tentam de novo.”
No blog, Freedman permeia seus princípios com seus próprios erros e acertos. Relata que sua primeira empresa, Openvote, especializada em serviços de pesquisa de opinião em campi universitários, teve um bom inicio, há quatro anos. Mas, como o projeto estava cercado de sigilo, o empresário deixou passar oportunidades de ouro. Não percebeu, por exemplo, as vantagens que o Facebook traria para a Openvote. Fechado que estava em seu projeto, também não deu a chance de ninguém alertá-lo sobre os ganhos de uma possível aliança com a empresa de Mark Zuckerberg. Como consequência, Freedman perdeu o momento de fazer o empreendimento deslanchar.
Lição aprendida, ele partiu para um novo negócio. Desta vez, colhendo opiniões de empresários e interlocutores que, até bem pouco tempo atrás, teria julgado como potenciais ladrões de ideias. Em 2009, o empresário lançou o FlightCaster, serviço que cruza informações de tráfego aéreo e previsão meteorológica para estimar atraso de voos. O sucesso desta segunda iniciativa foi medido em janeiro, quando a empresa acabou comprada pela Next Jump, um grupo que gerencia o programa de fidelidade de 90 mil companhias.
Como derradeiro mandamento, Freedman alerta: buscar opiniões é importante, mas não se deve crer em tudo o que se ouve. Ele conta que não foram poucos os comentários sobre a inviabilidade do serviço da FlightCaster. Deve ter sido estratégia dos potenciais ladrões de ideias.

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.
Leio no Ecoa (em matéria reproduzida pelo UOL, conforme citação na figura abaixo) que na Holanda um supermercado criou caixas para ficarem conversando com idosos. Sensacional!
Um dos males que maltratam os “nossos velhinhos” é a solidão. A necessidade de conversar é perceptível, e tal simpática iniciativa merece todos os aplausos.
E quem / quando se fará algo igual aqui no Brasil?
Pense na seguinte situação constrangedora: Você é o chefe e tem que demitir um amigo!
O que fazer?
Uma matéria bacana sobre sugestões do assunto, no link: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/como-demitir-um-amigo
COMO DEMITIR UM AMIGO
Objetividade e concisão são palavras de ordem para este momento delicado
Por Talita Abrantes
Já se foi o tempo em que mercado de trabalho era sinônimo de hierarquias rígidas e comportamentos para lá de sisudos. A chegada da Geração Y às empresas, entre outros fatores, determinou relações menos formais, mais amigáveis e, de certa forma, mais leves.
“A visão de chefe e empregado já é obsoleta. O que existe mais é uma relação de parceria”, afirma Cintia Cursino, diretora da BPI do Brasil. Com este tom, os vínculos de amizade entre chefia e funcionários se tornaram mais comuns.
Se por um lado, essa tendência contribui para rotinas de trabalho mais estimulantes, por outro pode tornar mais dolorosa uma das situações mais delicadas da rotina corporativa: a hora da demissão.
Mais dia menos dia, independente da geração a que pertence, todo chefe terá que demitir alguém. Mas como agir se o funcionário também for seu amigo? Especialistas ensinam:
1. Coloque os limites. Antes
A fórmula básica para minimizar os efeitos devastadores da demissão sobre a sua amizade? Desde sempre estabelecer limites e respeitá-los. Embora a máxima “amigos, amigos; negócios à parte” denote uma pitada de frieza, ela deve ser, sim, a base deste tipo de relacionamento corporativo.
“É preciso saber ser chefe, se colocar como profissional”, afirma Cintia. “Se você diferenciar a relação de amizade com a profissional será mais fácil”.
Separar as duas relações, contudo, não é tudo. “Se a pessoa for um bom chefe, provavelmente, já alinha as expectativas, dá feedback, investe na formação”, diz Vera Martins, professora da Fundação Vanzoline e autora do livro “Seja assertivo!”.
Em outros termos, ao longo de toda experiência profissional compartilhada com o amigo, o chefe deve se portar de modo que a demissão não será uma surpresa para o funcionário.
2. Seja direto, objetivo e conciso
Esse tom profissional deve ser a base do anúncio da demissão. Vocês até podem ser amigos, mas, lembre-se, neste momento, você é o chefe com a missão de informar que a relação profissional terá um ponto final.
A melhor forma de fazer isso? “Você tem que pegar a emoção e deixar de lado. Se você deixar que seu sistema límbico tome conta, você não será firme, nem empático. Ao contrário. Pode até ser agressivo para poder se defender”, explica Vera.
A dica básica para conseguir este feito é transmitir uma mensagem objetiva, concisa e direta. “Tenha, no máximo, quinze minutos de conversa. Deixe os motivos claros, mostre que é uma decisão da empresa”, diz Cintia.
Se você estiver muito inseguro para fazer isso, comunique a demissão junto com alguém do RH da empresa ou com uma consultoria especializada. Com isso, anuncie a demissão e deixe o profissional, que também é seu amigo, com pessoas mais neutras no assunto.
3. Não se desculpe, nem acuse
Pedidos de desculpas e muitas justificativas da sua parte não cabem para a ocasião. “No momento da demissão, você deve assumir a postura de representante da empresa”, diz Cintia.
Evidentemente, seu amigo ficará chateado com a notícia. Mas todo processo será contaminado se você abrir espaço para que ele exponha todas as suas emoções. “Esta não é a hora para você amparar, para ser o ombro amigo”, diz a especialista.
Depois do expediente, você até pode assumir este papel de amigo. Mas, durante a conversa, você é o chefe, o representante da empresa com a missão de anunciar uma decisão corporativa. Ponto.
No extremo oposto, também não vale apontar o dedo para o colega recém demitido. “Jamais fale ‘se você tivesse feito o que eu falei, agora, não seria demitido’, por exemplo”, diz Vera. “Até na hora da demissão precisamos ser generosos e mostrar empatia”.
Dependendo do caso, se for necessário, negocie com a empresa algum benefício para o funcionário demitido de modo a aliviar os efeitos deste período de transição. Vale desde oferecer um serviço de outplacement até manter o plano de saúde dele por um tempo. Mas, atenção: não vale fazer isso apenas porque o funcionário em questão também é seu amigo.
“A demissão é uma situação de frustração e exclusão. O amigo está num clima ruim de sair por baixo. A melhor coisa a fazer? Ser verdadeiro e reforçar o que ele tem de bom”, afirma Vera.
4. Sim, você vai sofrer
Agora, não se iluda ao pensar que estes passos são a fórmula perfeita para limar a culpa e o sofrimento que a situação pode trazer para você. No mínimo, eles podem tornar a situação menos delicada, mas, as especialistas afirmam, não irão eliminar o desconforto que a demissão de um amigo traz.
A fórmula para sobreviver ao contexto? “Seja maduro e conte com a maturidade das pessoas”, diz Cintia.
Analise o contexto e as reações antes de retomar o contato com seu, agora, apenas amigo. “É uma coisa de respeito. Dê um tempo para ele deglutir o fato”, aconselha Vera.

Imagem extraída de: https://www.sbie.com.br/blog/como-demitir-um-amigo-sem-afetar-seu-relacionamento-de-amizade/, de Depositphotos.com / Dutko
Que vivemos um manicômio tributário e temos uma alta carga de impostos no Brasil, é sabido. Mas veja a comparação de preços do novo iPhone 14 mundo afora, com o preço praticado aqui:
Extraído de: https://blogdoiphone.com/curiosidades/paises-iphone-14-mais-barato/
| 1 | Estados Unidos (sem imposto) | R$ 5.714,69 |
| 2 | Japão | R$ 5.895,06 |
| 3 | Canadá (sem imposto) | R$ 6.156,33 |
| 4 | Tailândia | R$ 6.214,25 |
| 5 | Hong Kong | R$ 6.226,19 |
| 6 | Austrália | R$ 6.289,14 |
| 7 | Estados Unidos (com imposto) | R$ 6.371,88 |
| 8 | Taiwan | R$ 6.375,83 |
| 9 | Coreia do Sul | R$ 6.387,50 |
| 10 | Nova Zelândia | R$ 6.418,81 |
| 11 | Malásia | R$ 6.502,26 |
| 12 | Singapura | R$ 6.528,44 |
| 13 | China | R$ 6.575,84 |
| 14 | Emirados Árabes Unidos | R$ 6.652,23 |
| 15 | Canadá (com imposto) | R$ 6.742,65 |
| 16 | Suíça | R$ 6.790,16 |
| 17 | Filipinas | R$ 6.867,72 |
| 18 | Reino Unido | R$ 6.912,08 |
| 19 | Luxemburgo | R$ 7.243,13 |
| 20 | Áustria | R$ 7.338,86 |
| Alemanha | R$ 7.338,86 | |
| 21 | Espanha | R$ 7.440,15 |
| 22 | Bélgica | R$ 7.490,80 |
| França | R$ 7.490,80 | |
| Holanda | R$ 7.490,80 | |
| 23 | Polônia | R$ 7.500,62 |
| 24 | Hungria | R$ 7.514,52 |
| 25 | Noruega | R$ 7.515,28 |
| 26 | México | R$ 7.524,57 |
| 27 | Itália | R$ 7.541,45 |
| Irlanda | R$ 7.541,45 | |
| 28 | Finlândia | R$ 7.592,10 |
| Portugal | R$ 7.592,10 | |
| 29 | Suécia | R$ 7.640,91 |
| 30 | República Tcheca | R$ 7.652,05 |
| 31 | Dinamarca | R$ 7.829,58 |
| 32 | Índia | R$ 8.782,36 |
| 33 | Brasil (39º) | R$ 9.449,10 |
| 34 | Turquia | R$ 12.312,42 |
Imagem extraída de Apple.com (divulgação).
Visitando a Feira do Empreendedor 2022, um evento Sebrae com inúmeras oportunidades!
Vai até o domingo, no espaço SP Expo. Tem muiiiiita gente aqui.

🖊️ #fe22 #EmpreenderSemLimites
Recebi, tempos atrás, a seguinte pergunta de um ex-aluno, desistente do curso de Administração:
“Professor, por que as universidades não tem laboratórios para a graduação em Administração de Empresas?” (Henrique, via e-mail)
Caro Henrique, os laboratórios de Adm de Empresas são as próprias instituições em que você trabalha.
É impossível graduar-se (em um boa faculdade, lógico), sem estar no mercado. O estágio é essa condição que você pede! Teoricamente, é lá que você pode errar e ganhar experiência pelo erro, pois você exerce a condição de aprendiz dentro da empresa. Entretanto, sabemos que na prática não é assim que funciona. O estagiário é muitas vezes cobrado como um profissional já formado. Além de que, muitas correntes educacionais defendem que o estudante deve realizar seus estudos durante a manhã; as tarefas acadêmicas ao domícilio às tardes; e o descanso merecido à noite. Mas para estes, um questionamento: e a prática da administração, onde fica?

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida. Quem souber, informar para crédito no post.
Você sabia que o Brasil é o país com maior número de Empreendedoras do mundo?
Compartilho matéria da Isto É, Ed 2305, por Jamil Chade.
BRASIL, O PAÍS DAS EMPREENDEDORAS
Elas compõem mais da metade da população nacional. São maioria nas faculdades, ocupam 42% das vagas de emprego do País e sustentam, sozinhas, 35% dos lares. Mas a brasileira quer mais, muito mais. E para isso tem enveredado por um caminho que, durante muito tempo, foi dominado pelos homens – o do empreendedorismo. Hoje, segundo dados da consultoria internacional Grant Thornton, a mulher brasileira é a que mais empreende no planeta. Depois de ouvir 11 mil empresas em 39 economias, o centro de pesquisas constatou que, no Brasil, a taxa de empreendedoras é de 12% contra uma média mundial de 4%. “A brasileira quer e pode mais”, diz Madeleine Blankenstein, sócia-diretora do International Business Center da Grant Thornton Brasil. “Com a economia aquecida, ela pode escolher como quer ganhar seu dinheiro.” E muitas escolhem abrir o próprio negócio, depois de refletir de maneira cuidadosa e calculada. “A mulher que abre uma empresa no susto, para ter uma fonte de renda, qualquer que seja ela, não é mais tão comum”, explica Bruno Caetano, diretor superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em São Paulo.
Fernanda Mion, 27 anos, é exemplo disso. Logo que entrou na faculdade, ela buscou uma forma de complementar sua renda. Descobriu que comprando bijuterias na 25 de Março, rua de comércio popular em São Paulo, e revendendo para as colegas na universidade, conseguiria algum dinheiro. Mas logo percebeu que as amigas revendiam suas bijuterias e farejou uma oportunidade de negócio. “Se pudesse produzir desenhos meus, comprar direto da fundição e distribuir para minhas amigas revenderem, teria um negócio”, diz. Com R$ 2 mil emprestados do pai, começou a Fernanda Mion Acessórios. Hoje ela tem três lojas físicas, uma virtual, 50 revendedoras e 12 funcionários – dois dos quais são seu pai e sua mãe, que trabalham, orgulhosos, com a filha. “Depois de me formar em rádio e tevê, fui fazer um curso de vendas para o varejo e o atacado”, diz ela, que investiu em formação. O Rio de Janeiro é o próximo mercado que Fernanda quer explorar.
“A mulher empreendedora tem muitas qualidades”, diz Odair Soares, economista e professor de administração na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Ele lembra, por exemplo, que as mulheres, por serem ao mesmo tempo mães, profissionais, esposas e donas de casa, têm capacidade única para administrar vários problemas simultaneamente – uma qualidade que se desdobra em muitas outras, como mostrou o estudo Global Entrepeneurship Monitor 2010, fruto de parceria entre o Sebrae e o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (leia quadro). “Não é à toa que vemos uma ascensão constante, desde 2002, da presença feminina entre os brasileiros que abrem empresas no País”, afirma Caetano, do Sebrae. Nos últimos nove anos, a participação subiu sete pontos percentuais, de 42% para 49%.
Mas, antes dessa ascensão vigorosa, já havia muitas empreendedoras fazendo sucesso. É o caso da dentista e proprietária da rede Sorridents, Carla Renata Sarni. Em 1995, meses depois de se formar, ela já tinha aberto o próprio negócio, de olho no atendimento de pacientes em larga escala. O que começou com uma sala de 21 metros quadrados na Vila Císper, zona leste de São Paulo, virou um império com 161 franquias pelo País, uma sede com 83 funcionários e mais de 30 mil pacientes atendidos por mês. “Sempre fui vendedora, sei fazer isso muito bem e só consegui explorar essa habilidade plenamente depois de abrir meu negócio”, diz Carla.
O setor de prestação de serviços, no qual o contato humano e o traquejo social são mais valorizados, ainda é a área com a maior presença de mulheres empreendendo. A sensibilidade feminina também trabalha a favor quando as metas são claras. “Nós temos objetivos muito bem definidos desde o começo da empresa”, explica Neusa Barata, que fundou a NBSete, uma agência de promoção publicitária, em 2006, pouco depois de perder o emprego e sofrer um grave derrame cerebral, do qual se recuperou completamente. Desde então, ela já mudou de endereço duas vezes para acomodar mais funcionários – no início eram dois, hoje são 35. “Coloco meta em tudo e sempre consigo atingi-las”, diz Neusa. Segundo o Sebrae, empresas como a NBSete têm tudo para continuar dando certo. Embora o serviço ainda não tenha dados para comprovar essa tese, os consultores do instituto já observam que empresas criadas por mulheres vão menos à falência que as lideradas por homens.

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.
Está na moda criar ambientes descontraídos para os empregados tirarem o stress. Mas eles dão resultado realmente?
Ótimo conteúdo para reflexão, extraído de Folha de São Paulo, Caderno Sobre Tudo, 18/09/2016, D4.
PUFE E SINUCA AJUDAM MESMO A RELAXAR?
Por Anna Rangel
Espaços de relaxamento com pufe colorido, mesa de sinuca e videogame começaram a aparecer nos escritórios de empresas de tecnologia nos anos 1990, nos Estados Unidos. Hoje estão por todos os lados, de companhias do setor de inovação, como start-ups, a segmentos mais tradicionais, que seguem o horário comercial.
A ideia por trás da iniciativa é criar um ambiente descontraído, no qual o número de horas trabalhadas contaria menos do que os resultados entregues, explica Tania Casado, doutora em administração e chefe do escritório de desenvolvimento de carreiras da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contábeis da USP).
Falta consenso, no entanto, quanto à efetividade das ações -afinal, dá para desestressar no meio do expediente, dentro do trabalho?
“É algo considerado ‘cool’, mas em áreas rígidas, como a tesouraria de uma companhia que depende do horário comercial, a iniciativa pode não dar certo”, diz Casado.
Em setores criativos, o expediente flexível e as distrações são propositais, segundo Marcelo Nakagawa, doutor em empreendedorismo tecnológico pela USP e professor do Insper. “Faz sentido porque incentiva o profissional a pensar em soluções diferentes”, afirma.
Em empresas mais tradicionais -escritórios de advocacia ou de contabilidade, por exemplo-, no lugar de salas de jogos são oferecidas palestras sobre bem-estar e serviços gratuitos de massagem e manicure para relaxar.
Mas nem sempre a moda pega entre os funcionários. A gerente de estratégia digital Ana Lucia Conti, 50, teve dificuldade para começar a usar os serviços e espaços de descompressão da empresa de benefícios Sodexo, que incluem café da manhã, quiropraxia e manicure.
“Para mim, é difícil parar durante o expediente, porque venho de uma geração que separa o trabalho e o lazer e sente até culpa quando tira tempo para descansar”, diz.
A contadora Aline Andrade, 31, do portal de imóveis VivaReal, também não se acostumou com a estrutura de lazer da empresa, que inclui espaços com jogos e jardim no piso térreo.
“Venho de outra cultura corporativa, menos descontraída. Profissionais do marketing aceitam mais essa liberdade do que os de contábeis”, afirma. Como forma de desestressar, ela usa o horário de almoço para fazer academia perto do trabalho.
A vice-presidente de RH do VivaReal (visite o site da empresa: http://www.vivareal.com.br/), Renata Lorenz, diz que há alta adesão dos funcionários ao espaço de descompressão da sede, inaugurada em 2015. “A pessoa tem direito de fazer pausas. Os gestores só se incomodam quando o profissional não entrega o que é pedido.”
NOVA CULTURA
Para especialistas, a efetividade das práticas de relaxamento no trabalho depende de uma mudança de cultura e não apenas da instalação de pufes ou jogos.
“O gestor deve entender o valor desse momento e não cobrar que seus funcionários compensem cada minuto longe da mesa”, afirma Casado.
O assistente de operações do Mercado Livre Vinícius Santos, 20, diz que o tempo que passa no salão de jogos da nova sede da empresa em Osasco (na Grande São Paulo) não é descontado de sua carga de trabalho.
“Não sou cobrado a repor esse tempo, mas acabo compensando, porque, às vezes, preciso ficar a mais para trabalhar em algo urgente.”
Para Elisa Kozasa, neurocientista do Hospital Israelita Albert Einstein, o espaço deve estar aliado a uma filosofia interna de não sobrecarregar os colaboradores.
“Não basta abrir uma sala com almofadas se o dia a dia da empresa é massacrante, porque isso só traz um alívio momentâneo, não um benefício a longo prazo.”
É importante ainda que os funcionários saibam aproveitar com moderação. “O excesso de descontração pode atrapalhar o andamento do trabalho”, afirma Nakagawa.
SEM SAIR DA MESA
Exercícios antiestresse para fazer no trabalho
Fonte: Jouce de Almeida, enfermeira e responsável por técnicas de relaxamento no trabalho no IPq (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas)

Crédito: Fábio Braga / Folhapress, Imagem extraída de: https://www1.folha.uol.com.br/sobretudo/carreiras/2016/09/1814149-espacos-de-descompressao-viram-moda-mas-podem-ter-pouco-efeito.shtml
Teremos um Bahia City?
Confirmado pelos próprios envolvidos: a proposta oficial do City Group é de 1 bilhão em 15 anos de Bahia SAF.
Relembre em fevereiro, quando se ventilou que existia uma negociação, aqui mesmo do blog:
BAHIA CITY VEM AÍ?
Surge a notícia na imprensa baiana de que o City Group, dono de 10 equipes de futebol (as 9 da imagem abaixo mais o Troyes da França, adquirido recentemente) quer comprar o Bahia (pagando próximo dos valores pagos pelo Cruzeiro e pelo Botafogo).
Essa possibilidade é possível, já que os clubes brasileiros estão desesperados atrás de dinheiro, e os europeus (especialmente os administrados por endinheirados árabes) querem cada vez mais crescer no negócio de futebol e entretenimento.
Na semana passada o assunto foi: Roman Abramovich no Vasco da Gama. Parece que essa notícia (se é que não foi uma boataria) passou, pois a 777 está na parada. E a do Bahia, se resolverá / consumará ou desmentirá quando?
Aguardemos. Com as SAFs, será inevitável negócios como esses.

Imagem extraída de: https://lafiestadelfutbol.com.ar/2020/09/03/nuevo-equipo-para-el-city-football-group/ (O City Group adquiriu o Troyes, da 2a divisão francesa, com o escudo não incluso acima). Ele também é parceiro do Bolivar, da Bolívia, mas não é dono.
Lamentável… a tradicional Viação Itapemirim, que estava com problemas financeiros e se aventurou a montar uma empresa aérea, quebrou de vez!
Decretada a falência da empresa. A Transportadora Turística Suzano assumirá a massa falida.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/W/A/ZHCxIERlSLZWnevpBrZw/whatsapp-image-2021-12-22-at-17.11.20.jpeg)
Extraído de: ITA Transportes Aéreos/Divulgação
Na verdade, não é, mas, são: os DADOS!
Veja só que artigo interessante, Extraído de PEGN, pg 34-37, Set/2019
O BEM MAIS VALIOSO
por Facundo Guerra
Pela primeira vez na história o bem mais valioso do mundo não é mais objetivo, mas subjetivo. Até recentemente o combustível de nossa economia era o petróleo. Hoje, são os dados, extraídos como o óleo de nosso comportamento online e que são metabolizados por máquinas, refinados, e retornam para nós em forma de anúncios, que por sua vez chegam com o timing certo e nos fazem consumir de maneira irrefletida: compramos coisas desnecessárias para preenchermos o vazio existencial que o excesso de conexão e estímulo via redes sociais acabam por criar, em detrimento de conexões reais com outros humanos. É a cilada perfeita: nos exprimimos, consumimos a expressão alheia, nos sentimos vazios, consumimos, nos exprimimos, em looping. Afinal, comparamos nosso nível de felicidade e sucesso com as outras pessoas de nossa rede, e é impossível não se sentir fracassado diante dos humanos perfeitos que performam perante nossos olhos no Instagram, esse aparato de propaganda montada com a engenharia reversa de uma máquina de caça-níqueis.
Esta máquina não surgiu do nada: é a resposta ao imperativo da auto-expressão e criatividade que surgiu nos anos 1990, por sua vez uma resposta à emergência das mega-celebridades e do culto à personalidade dos 1980. Uma geração inteira foi incentivada a se expressar, a se achar especial e merecedora de uma audiência, como se todos obrigatoriamente fossem se importar com o que eles tinham a dizer. Então, de repente, todos queriam ser artistas, encontrar seu público, seguir seu sonho. Uma geração de gente arrogante (da qual faço parte), que se achava a mais especial entre os humanos que já caminharam sobre a Terra e que eram merecedoras de notoriedade e fama.
As redes sociais são apenas a resposta do mercado ao imperativo de todos precisarmos sermos criativos, inovadores, pensarmos fora da caixa e artistas: as empresas de tecnología nos deram um pequeno palco só nosso, onde nos apresentamos para outras pessoas que também têm seu próprio palco, ad infinitum, dentro de uma sala de espelhos, como num asilo de alienados, cada qual em sua própria realidade.
Deu nisso: nos expressamos para ninguém, porque a verdade é que ninguém se importa, mais além de um like ou coração. Vivemos com raiva, nos revoltamos diariamente, nos fechamos em nossas próprias bolhas ilusórias, reagimos por espasmos, temos medo, expressamos nosso desagravo, consumimos porque o consumo virou escapismo e construção identitária, performarmos para nossa audiência, ela em si também formada por “artistas”, “influenciadores”, “celebridades”, público e performers vibrando na mesma frequência, todos exaustos de tanto sentir raiva por não terem 1000 seguidores, 10000 seguidores, 100000 seguidores, porque são incompreendidos, afinal, eram originais e merecedores de atenção, quando na verdade não passavam de uma cópia da cópia da cópia da cópia, todos colocando pra fora o que sentem e tendo seu comportamento tabulado, uma nuvem de pontos de expressão que através de inteligência artificial foi capaz de criar um simulacro de cada um de nós em um servidor, tão simplório e eficiente em identificar nosso comportamento de consumo porque nós mesmos nos tornamos simplórios em nossas opiniões polarizadas e senhores de nossa razão, gritando diante de um espelho, desconectados do agora e da realidade.

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida. Quem conhecer, favor informar para crédito na postagem.
Baseada na tradicional análise de Força / Fraqueza e Oportunidades / Ameaças, a Inteligência Competitiva ajuda a antecipar tendências do mercado.
Compartilho, extraído de Folha de São Paulo, ed 20/08/2017, Caderno Sobretudo, Pg 5
PROFISSIONAIS USAM TÁTICAS EMPRESARIAIS PARA SE ANTECIPAR AO MERCADO
Por Anna Rangel
Gerir a própria carreira como se fosse uma empresa -e passar a monitorar o mercado e os concorrentes- pode ser uma boa estratégia para um profissional se destacar no mercado de trabalho.
A tática é baseada na “inteligência competitiva”, metodologia adotada pelas organizações na qual são coletadas informações públicas, como demonstrações financeiras e tendências de mercado, que ajudam na tomada de decisões, como por exemplo a de lançar um produto.
Para o profissional, o primeiro passo é simples: ele pode fazer uma lista das suas prioridades. “Basta colocar as oportunidades e os possíveis problemas, como uma nova tecnologia ou a automação de parte das suas funções, e os seus pontos fortes e suas fraquezas”, ensina Alfredo Passos, especialista em inteligência empresarial.
Assim, fica mais fácil a pessoa se comparar com seus pares e observar se e quando vale investir em algum outro idioma, em um curso livre ou em um mestrado profissional.
Essa análise é chamada de Matriz Fofa (veja abaixo), acrônimo para “forças, oportunidades, fraquezas e ameaças”, e é uma das mais usadas nas empresas.
A especialista em marketing Carolline Volpato, 21, criou um plano de guerra parecido com a Fofa ao largar a faculdade e começar a investir, mesmo sem qualificação formal, em sua nova área.
“Por pressão da família, fui estudar química. Mas, ao ver uma palestra sobre marketing, decidi que era hora de correr atrás da minha vocação. Procurei o palestrante, pedi para acompanhá-lo por uma semana e logo depois ele me deu uma oportunidade.
| Bruno Santos/ Folhapress | ||
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| A especialista em marketing Carolline Volpato, 21, na Easy Carros, onde trabalha, na zona oeste de SP |
Para aprender mais rápido as habilidades necessárias na nova função, Volpato faz planilhas nas quais lista contatos-chave do setor, cursos e eventos setoriais, com prazo para completar as atividades.
“Às vezes, procuro ‘coordenador de marketing’ no LinkedIn e confiro a trajetória de quem já está onde quero chegar. Abordo alguns para pedir conselhos”, diz.
Essa busca nas redes ajuda Volpato a descobrir como melhorar sua formação.
Para Dimitriu Bezerra, especialista em RH da Votorantim, o profissional não pode esperar que a empresa lhe ofereça subsídios para melhorar a qualificação.
“As organizações incentivam essa busca, mas cada um deve saber como melhorar. Essa iniciativa é levada em conta na hora de promover alguém, diz Bezerra.
Falta essa disposição para quem já tem alguma experiência, mas ainda não chegou a cargo de gestão, segundo Raphael Falcão, diretor da consultoria de RH Hays.
“Essas pessoas entraram no mercado em um período de pleno emprego, por isso não veem como a competição aumentou nos últimos anos.”
A advogada Daniella Corsi veio da área tributária. Antes de virar coordenadora, estudou direito previdenciário, cível, criminal e ambiental. Objetivo: ser diretora jurídica.
“De seis em seis meses planejo o que preciso fazer para me manter competitiva, e acompanho novidades do direito, como a ética empresarial, que está em alta”, diz.
| Gabriel Cabral/Folhapress | ||
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| Daniella Corsi, coordenadora jurídica da Votorantim, na sede da empresa em SP |
Mas vale ter cuidado ao abraçar novas tendências para não seguir a multidão sem critério, aponta Edmarson Mota, professor de desenvolvimento humano da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Isso porque há áreas da moda que acabam saturadas com a alta oferta de profissionais. Um exemplo é a análise de grandes lotes de dados (big data), que anos atrás era a promessa do mercado.
“Não adianta só seguir os outros, mas tentar identificar o que vem por aí antes da maioria”, afirma Mota.
Para criar uma vantagem sobre a concorrência, avaliar a própria evolução pode ser mais vantajoso do que competir com os outros.
“A pessoa deve se comparar consigo mesma um ano atrás. Se não houve melhora, não significa que está estável, mas que piorou”, diz Eugênio Mussak, consultor de RH e professor da FIA (Fundação Instituto de Administração).
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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Era sabido: não demoraria para outros gigantes usarem a mesma estratégia do City Group e da Red Bull Co.: adquirirem equipes mundo afora para serem suas “filiais”, conseguindo jogadores de futebol mais baratos e os formando dentro da sua filosofia de trabalho, usando os times como ferramentas de marketing e/ou simplesmente como estágios para a Europa.
O próprio City Group já tem 10 equipes (com o Manchester City sendo a “matriz” e querendo comprar o Bahia, vide as equipes aqui: https://wp.me/p4RTuC-AWL). Agora, o Chelsea, que tentou comprar a base do Santos FC, quer comprar um clube pequeno no Brasil com vocação em revelar atletas, para exportar o “pé-de-obra” direto do fornecedor.
Qual seria um time para indicar ao americano Todd Boehly, o bilionário que comprou o clube inglês de Roman Abramovich?
Uma grande bobagem: é assim que se pode classificar a iniciativa (que, se ponderada, mereceria aplausos) do Rei Charles III, a respeito do “abastecimento de seu veículo”.
O sucessor da Rainha Elizabeth II é conhecido por causas ecológicas (inegavelmente, um ponto positivo). Porém, seu Aston Martin não é movido por gasolina, mas por produtos, digamos, extravagantes: vinho e queijo!
Trocar o petróleo por produtos que farão o preço do leite aumentar não seria tão errado quanto o modelo atual?
REI CHARLES TEM ASTON MARTIN MOVIDO A VINHO E QUEIJO
por Giácomo Vicenzo
Quem vê o Rei Charles 3º a bordo do esportivo de luxo Aston Martin DB6 Volante, presente de sua mãe Rainha Elizabeth 2ª quando o mesmo completou 21 anos, não imagina que por baixo do capô não se escondem só os mais de 280 de cavalos de potência, como também a forma como a propulsão do motor é alimentada: com a produção excedente de vinho branco e soro de leite coalhado.
A adaptação foi feita pela marca a pedido de Charles, que sempre foi preocupado com questões ambientais, encontrou na reutilização dos materiais excedentes uma forma de tornar o automóvel clássico mais sustentável, evitando poluir o meio ambiente.
A adaptação do motor feita em 2008 é capaz de funcionar com um bioetanol produzido com o que sobra dessas matérias-primas, que em outras circunstâncias seriam descartadas.
Pois, no mesmo ano da adaptação, o Conselho de Ministros da União Europeia definiu uma cota de exportação de vinho para cada país, que, quando atingida, deve descartar o excedente ou utilizá-lo de outra forma.
Apenas o vinho seria capaz de produzir esse bioetanol, mas o soro de leite coalhado, que entra na mistura da produção do combustível, também foi uma forma de reaproveitar o subproduto excedente da indústria de queijo local, e assim evitar o seu descarte no meio ambiente, que causa prejuízos ambientais pelo seu alto poder poluente.
Números para além da cavalaria
O modelo do Aston Martin de Charles é conversível e tem características de um carro elegante e ao mesmo tempo esporte. Foi usado na cerimônia de casamento de seu filho William e entrega uma aceleração de 0 a 100 em menos de 8 segundos, motorização veloz a um modelo de 1970 – números referentes ao modelo original sem adaptação.
A troca de gasolina para um bioetanol naturalmente aumenta a octanagem e pode conferir mais potência ao motor.
Mas se a performance e visual chamam a atenção, os números poupados de emissão de carbono com a adaptação para bioetanol também são um destaque, e pode ter reduzido as emissões em até 85% em comparação ao seu uso com gasolina.

Príncipe Charles com Aston Martin DB6 Volante 1970 Imagem: Getty Images
Esse número que o Estadão traz é assustador: pelo alto preço das camisas de futebol, a indústria da falsificação aproveita para trabalhar com o consumidor mais humilde. Um exemplo: a camisa do Corinthians, citada na matéria abaixo, custa R$ 600,00, mas é encontrada como “alternativa” por R$ 50,00.
Veja só quanto dinheiro perdem os fabricantes e os clubes (extraído de: https://www-estadao-com-br.cdn.ampproject.org/c/s/www.estadao.com.br/amp/esportes/futebol/falsificacoes-de-camisas-de-futebol-causam-prejuizo-bilionario-e-desafiam-times-e-marcas/).
FALSIFICAÇÕES DE CAMISAS CAUSAM PREJUÍZO BILIONÁRIO E DESAFIAM TIMES E MARCAS
Empresas deixam de arrecadar R$ 9 bilhões por causa do comércio de produtos esportivos ilegais; venda online é o maior problema
Por Március Azevedo
A imagem da transmissão de tevê fecha em um grupo de dez torcedores. O clube pouco importa, menos ainda o estádio onde tal cena foi exibida para milhares de pessoas. A única certeza é que quatro deles não estão com o uniforme oficial da equipe de coração. No Brasil, 37% das camisas de times de futebol comercializadas são falsificadas.
Os números são de um estudo realizado pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) e encomendado pela Ápice (Associação pela Indústria e Comércio Esportivo), entidade formada por grandes empresas do setor de produtos esportivos do mundo, entres elas Nike, adidas e Puma, responsáveis, por exemplo, pela confecção das camisas oficiais de Corinthians, São Paulo e Palmeiras, respectivamente.
Em 2021, foram vendidos 60 milhões de camisas de times de futebol no Brasil, sendo 22 milhões falsificados. A perda foi proporcional ao lucro. A Ápice informou ao Estadão que o faturamento das empresas com o comércio de produtos esportivos, incluindo nesse montante outros itens, como agasalhos e tênis, foi de R$ 9,12 bilhões no ano passado. O prejuízo chegou à mesma cifra: R$ 9 bilhões. Foram comercializados mais de 150 milhões de peças falsificadas. Só com artigos de futebol o prejuízo foi de R$ 2 bilhões em 2020, segundo levantamento do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP).
O maior inimigo não é aquele vendedor ambulante que trabalha nos arredores dos estádios em dia de jogos. Eles ainda estão presentes com o varal improvisado oferecendo camisas e, claro, conseguem seduzir alguns torcedores, mas têm um alcance pequeno perto do comércio online.
A oferta de produtos esportivos falsificados é monitorada pela Ápice quase que em tempo real, em parceria com uma empresa especializada em comércio digital.
Empresa que é líder de compras online em diversos países asiáticos, como Cingapura e Malásia, e que opera no País desde 2019, a Shopee Brasil está no centro do alvo. São mais de 17 mil vendedores que comercializam produtos esportivos falsificados localizados no Brasil e no exterior, com mais de 100 mil links e seis milhões de peças em estoque.
“Se você pesquisar por ‘camisa da seleção’ vai ver até vídeos de fábricas no exterior falsificando essas camisas para colocar na mão do consumidor brasileiro por um preço muito baixo”, afirma Renato Jardim, diretor executivo da Ápice.
A camisa da seleção brasileira que vai vestir Neymar e companhia na Copa do Mundo no Catar é vendida pela Nike em duas versões. A de maior preço, definida como modelo torcedor, custa R$ 349,99. A Supporter, R$ 249,99. A pirata (descrita como de alta qualidade no Shopee) pode ser adquirida por R$ 96,99. O mesmo vale para os modelos dos quatro times grandes de São Paulo.
A camisa do Corinthians, idêntica a utilizada pelos jogadores, é comercializada por R$ 599,99 pela Nike, com uma versão torcedor por R$ 249,99. A do Palmeiras, da Puma, custa R$ 399,90 no modelo jogador e R$ 299,90, no torcedor. A Umbro tem duas opções para os uniformes do Santos: R$ 359,90 e R$ 299,90. Por fim, o São Paulo, da adidas, vende a sua por R$ 299,99. A versão falsificada dos quatro times é entregue, em média, por R$ 50.
“Como isso (camisa) entra no Brasil e chega na mão do consumidor sem pagar nenhum imposto? A plataforma não poderia deixar ser tomada por pessoas que estão praticando um ato ilícito. Não existe um esforço para identificação e suspensão das ofertas e vendedores como acontece com outras plataformas”, comenta Renato Jardim, citando o Mercado Livre como exemplo de combate ao comércio de falsificados. “Os sites precisam ser proativos, ativos e reativos para coibir esse comércio.”
Para Renato Jardim, “não existe uma bala de prata que possa resolver ou mudar drasticamente o cenário da falsificação de artigos esportivos”, mas ele entende que “medidas conjuntas podem ajudar” no combate ao comércio de camisas piratas.
A política tributária é uma delas. “A diferença de preço entre o produto original e o pirata é um dos elementos que gera essa comercialização em grande escala. A parte relevante do preço do original está na tributação. Você precisa ter uma política tributária adequada justamente por saber que esse produto é alvo de pirataria. Quem tem um poder aquisitivo menor também quer ter acesso ao produto”, entende Renato Jardim.
Atualmente, sobre a produção das camisas incide ICMS e IPI na saída do estabelecimento que fabricou. Sobre a receita de venda, o fabricante recolhe IRPJ, CSLL, PIS e Cofins. Tudo isso encarece o preço final do artigo esportivo, que é repassado ao consumidor. Já quem produz o artigo pirata não paga imposto, muito menos investe em tecnologia e marketing.
“É um desafio muito grande para os clubes baratearem e tornarem acessíveis seus produtos, já que várias medidas dependem do poder público, como, por exemplo, uma concessão de benefícios fiscais, uma diminuição da tributação”, afirmou Rafael Marin, advogado tributarista e professor de graduação e pós-graduação em direito tributário.
A diminuição da tributação, acrescentou Rafael Marin, depende de articulação com Estados e União e ainda da aprovação nas respectivas casas legislativas.
Outra questão em que Renato Jardim lança luz diz respeito às leis para aqueles que cometem o crime de pirataria contra marcas esportivas. Segundo ele, é necessária uma atualização da tipificação.
“E não estamos falando da tipificação contra o ambulante, o camelô, que ganha uma diária para vender no dia do jogo, nos arredores do estádio”, comentou. “São os responsáveis pela atividade. Aqueles que estão por trás do ilícito, algo que está muito bem organizado, produção, distribuição, contrabando quando o produto vem de fora. Precisamos de uma tipificação mais correta, com resultados e consequências reais, que façam essa atividade não valer ser cometida.”
Segundo a advogada Mariana Chamelette, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo, as questões relacionadas à pirataria de itens esportivos estão previstas em condutas criminosas tipificadas no art. 184 do Código Penal e na Lei 9.279/96 (que tutela a propriedade intelectual e coíbe a concorrência desleal). “Em nenhum dos casos, a pena prevista pode levar à privação de liberdade, uma vez que a pena máxima prevista aos delitos não ultrapassa quatro anos de reclusão”, explica.
A confecção de produtos piratas também está relacionada a outros delitos, como crimes tributários, descaminho e redução de indivíduos à condição análoga à escravidão.
Renato Jardim cita ainda medidas de enfrentamento, com uma maior fiscalização, como fundamentais para inibir o comércio ilegal de camisas de futebol falsificadas.
“Temos de fechar um pouco mais os caminhos e rotas dos produtos. Não é uma produção de fundo de quintal, que produz dez camisas. É um volume de produção industrial e, para isso, você precisa de estrutura. Temos de ter uma fiscalização sistemática, com diversos órgãos públicos alinhados para trabalhar contra os grandes fluxos e fechar essa torneira.”none
Neste aspecto, alguns clubes, como o Palmeiras, tem um escritório de combate à pirataria que trabalha diretamente com os órgãos públicos para minimizar tal prática. O departamento jurídico do São Paulo também está sempre atento aos casos envolvendo produtos relacionados ao clube. Segundo Felipe Dallegrave, diretor executivo jurídico do Internacional, o time de Porto Alegre “busca rastrear a origem desses produtos e identificar os caminhos até chegarem ao consumidor e, posteriormente, realizamos uma denúncia para as autoridades.”
O Palmeiras trabalha em conjunto com a Puma, sua fornecedora, para oferecer “produtos de qualidade em diferentes faixas de preço”, segundo nota enviada ao Estadão. “Em nosso último lançamento, já experimentamos trazer novas opções e continuamos trabalhando com o objetivo de aperfeiçoá-las”, acrescentou, citando o novo terceiro uniforme.
A adidas não se posicionou em relação ao assunto. A Nike enviou uma nota ao Estadão, informando que “o Grupo SBF e as empresas do seu ecossistema, entre elas, a Fisia, distribuidora oficial da Nike no Brasil, está alinhada aos valores do esporte e não tolera pirataria e, por isso, atua no tema com apoio de entidades setoriais.”
O Fortaleza se antecipou e pelo quarto ano consecutivo produziu o uniforme POP. No primeiro ano desta ação, o time cearense foi além e a camisa foi comercializada apenas por ambulantes cadastrados, que puderam adquirir a peça pelo preço de custo.
“A camisa POP é uma ação contínua de conscientização. No início, vendíamos o modelo similar ao da temporada anterior. Os torcedores nos ajudam, com denúncias sobre produtos piratas que estão sendo comercializados. Em alguns casos, abordamos as empresas e as tornamos licenciadas, ramo que é cada vez mais importante na engrenagem do clube”, explicou Renan Menezes, gerente de licenciamento do Fortaleza.
“De 2018 para cá, conseguimos ampliar de quatro para 80 empresas autorizadas pela instituição para produzirem produtos relacionados ao Fortaleza. Em 2022, já faturamos mais de R$ 1,4 milhão no setor, superando a meta anual.”
Já o Juventude tem sua marca própria, a 19Treze, e lançou nesta temporada a “Camisa Pirata”, com acabamento diferenciado. “Conseguimos atingir muitas pessoas que não têm condições de comprar os produtos originais. As vendas com o projeto representaram quase 20% do que comercializamos no ano passado”, afirma Fábio Pizzamiglio, vice-presidente de marketing.
Imagem extraída da Web.
Richard Branson, dono da área Virgin, é reconhecido mundialmente pela astúcia, ousadia e grande capacidade como administrador. Também escreve uma coluna mundial chamada “Direto do Topo”, reproduzida no Brasil pela Exame.
Aqui ele retrata um problema vivido certamente por nós: assumir vitórias e tentar fugir das derrotas. Fazendo uma brincadeira com os pronomes “nós” e “eles”, vemos como a impessoalidade traz problemas na Administração de Empresas:
Extraído de: http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0971/secoes/perigoso-embate-eles-572747.html
O PERIGOSO EMBATE ENTRE “NÓS” E “ELES”
Toda empresa que abusa da impessoalidade tem problemas. Se o funcionário não se sente identificado com a companhia, ele não usará jamais o verbo na primeira pessoa do plural
De todas as espertezas gramaticais, nenhuma me irrita mais do que o uso conveniente de construções impessoais. Por exemplo, você pergunta a um vendedor se ele tem um produto qualquer e ele diz: “Desculpe, ficou decidido que a loja não trabalharia mais com essa marca”. No aeroporto, um funcionário da companhia aérea lhe diz: “Fomos informados de que o voo terá uma hora de atraso”. Essa impessoalidade misteriosa é sempre a culpada por todos os problemas. Quando a notícia é ruim, ela costuma ser dada de forma impessoal, ou apenas de maneira genérica com o sujeito “eles”. Ao passo que a notícia boa costuma vir na primeira pessoa do singular. (Como eu gostaria que minha professora lesse isso. Ela achava que eu não prestava atenção nas aulas!) Se a loja tem o produto desejado, o vendedor dirá: “Tenho, sim.” Quando o voo está no horário, o funcionário da empresa diz: “Tenho o prazer de comunicar que o voo 123 sairá no horário programado”.
Essa tendência merece atenção. Toda empresa que abusa da impessoalidade tem problemas. Se o funcionário não se sente identificado com a companhia, em situações críticas ele não usará jamais o verbo na primeira pessoa do singular – e muito menos do plural. Isso é sinal de que não está havendo comunicação entre os diferentes escalões. Em companhias desse tipo é comum que existam problemas generalizados – do desenvolvimento de produtos à prestação de serviços ao cliente. Pode parecer o maior clichê do mundo, mas o maior tesouro de qualquer empresa são seus empregados. Quando se deixa de observar esse princípio básico, o que se tem é esse antagonismo que contrapõe “nós” a “eles” – um embate velado entre as ações e os interesses da massa de funcionários e os principais executivos.
Basta ouvir as queixas mais comuns da equipe de vendas: “Eles (os chefes) nunca pedem nossa opinião para nada”. Ou ainda: “Se nos tivessem perguntado, teríamos dito que não adianta propor soluções abstratas para os problemas concretos que temos”. E o que dizem os executivos? “Parece que eles (os funcionários) não entendem. Será que não percebem que nossas propostas arrojadas vão ao encontro de uma clientela moderna?” Esse antagonismo, que coloca funcionários e executivos em lados opostos, jamais formará um “nós”. Se os empregados se sentem como se estivessem do lado de fora da empresa, de quem é a culpa? Talvez a administração não esteja investindo tanto quanto deveria para que eles se sintam devidamente valorizados. É fácil fazer esse diagnóstico. Basta perguntar a esses funcionários, por exemplo, onde eles conseguem informações sobre os novos produtos da empresa em que trabalham ou onde ficam sabendo das notícias que podem afetá-los. Se a resposta for “nos jornais” ou “no concorrente”, pode ter a certeza de que a empresa para eles é algo muito distante.
Essa queda de braço entre “nós” e “eles” é comum em qualquer grande corporação, portanto os executivos podem estar certos de que vão ter de lidar com isso a vida toda. Às vezes, encontro esse tipo de coisa nas empresas da Virgin. Quando uma pessoa qualquer me diz: “Desculpe, senhor Branson, mas me disseram que não faríamos mais isso”, respondo assim: “Disseram? Desculpe, pensei que você trabalhasse aqui”. Um pouco pesado, talvez, mas não há quem não entenda!
O problema fica pior ainda por causa de nossa dependência excessiva das tecnologias impessoais de comunicação. Um dos maiores desafios de qualquer executivo hoje é fazer com que as pessoas conversem de verdade umas com as outras. Reuniões presenciais e o velho brainstorming são fundamentais para qualquer empresa. Mandar um e-mail com um anexo de PowerPoint pode dar resultado em alguns casos, mas não na maior parte deles. É preciso adotar um estilo mais fluido de comunicação interna entre a administração e os empregados.
Na Virgin Atlantic, quando estamos bolando uma nova cabine para nossos aviões, chamamos o pessoal da administração, de projetos e de marketing para que acompanhem desde o início tudo o que será feito. Um representante do grupo que utilizará a cabine (isto é, um membro da tripulação) fará parte desse grupo, já que ele, em última análise, será responsável pelo sucesso ou pelo fracasso do novo local de trabalho. Se esse profissional não for convocado, corre-se o risco de ouvir o seguinte comentário da tripulação na primeira vez que entrar nessa cabine que custou milhões de dólares: “Hum, que beleza, mas onde fica a cafeteira?” Quando todos participam do desenvolvimento do produto, o projeto não só sai melhor como também potencializa o sentimento de orgulho próprio dos trabalhos em equipe. Todos saem ganhando, inclusive os clientes e os acionistas.
Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.
Quando inaugurado, eu passava à trabalho em frente ao Shopping D todos os dias, e muitas vezes parei ali para almoçar ou jantar.
Nos anos 2000, de vez em quando eu ía passear com a minha família lá. E via lojas baratas, com ótimos produtos, praticando os preços dos Outlets atuais.
Dias atrás, depois de muito tempo, voltei nele. E me assustei com a quantidade de estabelecimentos fechados e como estava vazio. Será que os consumidores estavam em casa ou na concorrência? Ou “tudo ‘efeito econômico colateral’ da pandemia”?
Pelo que deu para reparar, deixou de ser um shopping com lojas de fábrica e tornou-se um lugar comum. Bem aquém do que era antes…
Uma pena!
E você, que frequenta o Shopping D, o que acha dele atualmente?
Os microempresários, tão esquecidos pelas autoridades políticas e financeiras do país, cada vez mais se destacam pela força na empregabilidade e produção. Compartilho esse artigo sobre como esses nanoempresários corajosos vencem as adversidades e se firmam cada vez mais no cenário econômico nacional.
Extraído de: http://colunas.epoca.globo.com/trabalhoevida/2010/06/04/os-trabalhadores-mais-corajosos-do-brasil/
OS TRABALHADORES MAIS CORAJOSOS DO PAÍS
por Thiago Cid
O trabalho dos microempresários é uma força poderosa para o bem-estar de todos nós. Eles mostraram isso ao contribuir para que o Brasil não afundasse na crise {da década passada}: durante 2008 e 2009, houve mais contratações do que demissões no país principalmente por causa das “nanoempresas”, com até quatro funcionários.
Entre os bravos brasileiros que escolhem abrir um negócio próprio, há os mais corajosos de todos — a tropa de elite da economia, os caras que não podem errar, os heróis exemplares para as nossas crianças. São os microempresários das classes mais baixas.
Eles têm pouca margem de manobra. Fazer um movimento errado, para esses caras, não quer dizer apenas reduzir lucros ou adiar investimentos. Perder pequenas quantias pode significar a morte do negócio ou menos dinheiro para colocar comida na mesa.
Por isso, as histórias de sucesso desses microempresários vêm carregadas de exemplos de superação, criatividade, uso inteligente de recursos e aproveitamento de oportunidades. Eles detectam nichos promissores, avaliam circunstâncias que exijam mudanças, mantêm a imaginação solta, negociam bem com os fornecedores e atendem aos mais exigentes consumidores.
Para isso, usam a experiência de antigos empregos, tomam empréstimos de microcrédito, exploram as preferências da população local para fazer produtos adaptados. Lições como essas foram apresentadas em uma reportagem de Época de novembro de 2009 (o Araújo, aí na foto, foi um dos casos apresentados). A história recebeu nesta semana o Grande Prêmio Sebrae de Jornalismo, que agracia os trabalhos que mais contribuíram para a promoção do empreendedorismo no Brasil. Repito aqui alguns dos ensinamentos aprendidos com os empreendedores. São úteis para todos que desejam emplacar o próprio negócio e prosperar.
1. Atenção às pequenas necessidades – O empreendedor das classes emergentes cresce percebendo pequenas necessidades não atendidas. O segredo é lembrar que, com uma economia cada vez mais complexa, surgem nichos dentro de nichos.
2. Com dinheiro emprestado não se brinca – Não importa a fonte de crédito, dinheiro emprestado não é dinheiro seu. Ele precisa ter uso controlado, resultado concreto e devolução conforme o previsto.
3. Flexibilidade para mudar de rumo – Pequenos negócios das classes C e D sofrem duramente com mudanças no ambiente – nos hábitos de consumo, nas leis, na economia. Empreendedor de sucesso é aquele que consegue se adaptar sempre que necessário.
4. Objetividade no networking – Um empreendedor emergente não diz que faz “networking” (o cultivo de contatos profissionais que podem ser úteis no futuro). Mas a maioria deles faz, e bem. Em vez de gastar tempo em eventos sociais, o emergente busca contatos que possam lhe trazer oportunidades, informações e serviços.
5. Tenha sempre um dinheiro extra – O conselho vale para todos, mas para o pequeno é determinante. Ele já viveu ou já viu de perto os efeitos da falta de emprego, de infraestrutura e de serviços básicos. E sabe que uma poupança, mesmo modesta, pode significar tanto a sobrevivência do negócio quanto ter dinheiro para pagar as contas e encher a geladeira.
6. Aproveite ao máximo os recursos que tem – Quem escapa da pobreza precisa de resultados rápidos. Não há recursos sobrando. Esse empreendedor evita adiar projetos à espera da obtenção dos recursos ideais. Em vez disso, avalia o que existe a seu dispor.
7. Busque valor no que já conhece – O pesquisador Benson Honig, da Universidade Stanford, nos EUA, constatou que conhecimento prévio é um fator de sucesso tão importante quanto a capacitação do empreendedor. Entram nessa conta conhecimentos sobre um tipo de cliente, um grupo ou uma demanda.

Imagem: extraída do link acima.