Eu sei que a CBF tem muito dinheiro, mas… no mundo dos negócios, há comissões para tudo: para “apresentar” jogador a clube, para iniciar conversa (ou para terminar conversa), e por aí vai.
Não é muito pagar 7,7 mi de reais para de comissão para a contratação de Ancelotti?
Abaixo, extraído de: https://www.espn.com.br/futebol/selecao-brasileira/artigo/_/id/15239120/comissao-contrato-por-que-advogado-brasileiro-nao-sai-do-lado-ancelotti
CONTRATO DE 7,7 MI: POR QUE ADVOGADO BRASILEIRO NÃO SAI DO LADO DE ANCELOTTI?
Por Pedro Ivo Almeida
Desde que o técnico Carlo Ancelotti embarcou da Europa rumo ao Brasil, no último domingo (25), uma pessoa não para de aparecer ao seu lado em fotos e vídeos: o empresário Diego Fernandes.
Vestindo uma camisa retrô da Seleção Brasileira, o agente viu sua imagem circular por todo o mundo, já que ele não saiu do lado do treinador nos últimos dias.
Segundo apurou a ESPN, Fernandes tem trânsito nos bastidores da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) desde 2022, quando iniciou relacionamento com o então presidente Ednaldo Rodrigues.
Em 2025, quando Ednaldo optou por retomar as negociações iniciadas com Ancelotti em 2023, o dirigente precisava de um representante na Europa e selecionou o empresário para intermediar as conversas.
Ao longo dos meses, Fernandes foi decisivo para a CBF fechar a contratação de Carletto, o que rendeu ao agente uma comissão de 1,2 milhão de euros (R$ 7,683 milhões) em contrato.
A ESPN ainda apurou que não é por acaso também que o agente vem aparecendo seguidamente em várias fotos ao lado do novo comandante da seleção.
De acordo com fontes, Diego Fernandes contratou agências de comunicação na Europa e no Brasil para explorar sua imagem a partir da negociação com Carlo Ancelotti.
As empresas trabalharam na divulgação de fotos nos momentos de anúncio, embarque para o Brasil e desembarque no Rio de Janeiro, com tudo combinado no contrato de intermediação.
O empresário, aliás, fez constar nos documentos que a CBF sempre o citaria como intermediário e representante oficial nas conversas, e também que ele teria autorização para explorar o caso e tornar pública cada imagem ao lado de Ancelotti nos momentos chaves da negociação.
Uma curiosidade é que a Confederação, em sua nota oficial do anúncio de Ancelotti como novo treinador da seleção, não colocou o nome de Fernandes. Horas depois, a matéria foi atualizada, desta vez com uma mensagem de agradecimento ao agente.
Outro fato curioso é que o próprio Diego bancou o aluguel do avião que transportou Carletto ao Brasil, ao custo de mais de R$ 1 milhão. Por contrato, a CBF reembolsará o montante.
A ESPN apurou que o excesso de exposição do empresário causou desconforto na atual gestão da CBF, agora presidida por Samir Xaud.
A alta cúpula da Confederação, porém, entende que não há o que fazer, já que tudo está amarrado no contrato redigido ainda quando Ednaldo Rodrigues estava no comando.
Fontes da reportagem ainda salientam que, apesar do sucesso na “operação Ancelotti”, a CBF não tem intenção de seguir trabalhando com Diego Fernandes no futuro.
Perguntado sobre a exposição excessiva no caso, Diego Fernandes disse, durante a apresentação de Ancelotti na última segunda (26), que quer aproveitar sua imagem pública agora para ajudar causas sociais, ambientais e “na filantropia”.

