Existe no Brasil uma entidade chamada Comissão Nacional de Clubes de Futebol, formada por alguns nomes importantes como Júlio Casares do São Paulo FC e BAP do CR Flamengo. Ela, segundo a matéria de Igor Siqueira no UOL, sugerirá 3 ideias para a Comissão de Árbitros da CBF.
Serão elas (extraídas de https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2025/05/19/comissao-de-clubes-leva-sugestoes-a-cbf-para-mudar-atuacao-do-var.htm):
“1 – Que quando o árbitro de campo chegar à área de revisão, à beira do campo, o áudio dele com a cabine do VAR seja desligado. A ideia é que o árbitro central interprete o lance sem as sugestões do VAR no ouvido.
Esse cenário incomoda os clubes porque o VAR, no intuito de auxiliar, por vezes argumenta para convencer o árbitro central a respeito da interpretação sugerida.
2 – Que após lance de gol, o VAR tenha dois minutos para buscar irregularidades. E depois, se for encontrada alguma questão, o árbitro de campo tenha mas dois minutos para revisar, se necessário.
A ideia é que se alguma irregularidade não for achada em dois minutos, significa que ela não é clara/escandalosa o suficiente para justificar a intervenção do VAR e eventual anulação.
3 – Que eventuais irregularidades na fase de ataque de um lance de gol (se houve uma falta antes, por exemplo) só sejam consideradas se acontecerem de 25 segundos antes da bola na rede em diante.
O diálogo na comissão de clubes é também para ver como o chefe dos árbitros enxerga esses temas e se é possível aplicar as sugestões diante do protocolo atual do VAR.”
As ideias podem ser levadas em conta, não tem problema de considerá-las como interessantes e discuti-las é salutar (a própria FIFA está estudando um sistema alternativo ao VAR, chamado de VSF – suporte de vídeo, onde já falamos anteriormente aqui: https://pergunteaoarbitro.wordpress.com/2025/01/13/o-fvs-devera-ser-ainda-mais-usado-nos-testes/).
O problema é: não se pode mudar a Regra do Jogo e nem o Protocolo do VAR, pois são universais. Por mais que se faça uma pressão, não pode o mundo “jogar com as regras X” e o nosso país com as “regras Y”. O que se deve fazer é que funcione bem o que já existe, e levar à International Board tais ideias, considerando-as boas.
Há uma observação: a CA-CBF vai receber todo mundo, pois com a queda de Ednaldo, ela se torna automaticamente frágil, já que Reinaldo Carneiro Bastos é quem catapulta Rodrigo Martins Cintra e Luiz Flávio de Oliveira à chefia dos árbitros. Fernando Sarney, Samir Xuad e toda gente que está assumindo, pertencem ao outro grupo político. E quando um clube pedir a troca do comando dos juízes, não será demorada a providência.

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