Ednaldo Rodrigues, o presidente da CBF, deu uma importante cartada ao anunciar Carlo Ancelotti como treinador da Seleção Brasileira (pelo visto, antes do combinado com o técnico, pelo teor das declarações do italiano na 3ª feira na Espanha), a fim de tentar permanecer no cargo.
Porém, nessa tarde ele foi afastado da presidência pela falsificação da assinatura do Cel Nunes, em documento que o manteve na entidade anteriormente. Fernando Sarney assumirá em seu lugar, tendo que convocar novas eleições.
Imagino Ancelotti pensando: “Onde amarrei meu burro…”.
Quando Ednaldo Rodrigues esteve para cair, coincidiu de Reinaldo Carneiro estar no Estádio Jayme Cintra, prestigiando um jogo do Paulista FC em Jundiaí, e eu o entrevistei pela Rádio Difusora. Perguntei se ele tinha desejo de assumir a CBF, e ele disse que “não, exceto se algo grave acontecesse”.
Tempos depois, à Rádio “De Pai Para Filho”, Nilson César fez uma pergunta parecida, e ele respondeu que só se lançaria à presidência se não tivesse um nome viável.
Em SP, todos têm que Ednaldo Rodrigues figura no cargo, pois as decisões são de Reinaldo Carneiro e seu grupo político. Na arbitragem, fala-se abertamente que Cintra e Luiz Flávio, conterrâneos do Vale do Paraíba, assumiram o cargo por sua influência.
Aposto minhas fichas: Reinaldo será candidato à Presidência da CBF, se ver uma ameaça do poder político voltar às mãos do grupo de Marco Polo e Ricardo Teixeira.
Me questiono: as federações e os clubes que votaram unanimemente por ele, nada faram?

