Já falamos à exaustão sobre o lance irregular no Maracanã (aqui: https://wp.me/p55Mu0-3xa). Em resumo: Calleri faz falta em Thiago Santos e o bandeira agita o seu instrumento avisando o árbitro. Calleri se afasta e reclama, e o árbitro Paulo Zanovelli (de costa para o lance) sinaliza vantagem. Porém, o atleta para a bola com as mãos (como se tivesse ouvido um apito, que não existiu) e cobra a falta. Desse lance sai o primeiro gol do Fluminense.
Questionamos a não divulgação até essa sexta-feira (aqui: https://wp.me/p4RTuC-10nH): alguns áudios saem logo após o final da partida. Esse, estava levando quase uma semana a troco de quê?
Pois bem: enfim, ele foi divulgado. O VAR questiona o árbitro sobre o lance polêmico, e ele diz que não marcou a falta, mas deu vantagem. Avisado que houve a mão na bola (e isso implicaria em anular o gol do Fluminense), Zanovelli refuta qualquer irregularidade e pede para ver no monitor. Ao ver a mão na bola, justifica dizendo que “há a falta clara (…) eu ía dar a vantagem, o jogador para e bate a falta, ok.” E o VAR repete, reforçando que parou a bola com a mão e bateu a falta. E Zanovelli se perde, dizendo ao árbitro de vídeo Igor José Benevenuto: “eu dei a vantagem e deixei seguir, é gol legal, Igor”.
Tudo errado! O VAR deveria insistir: “você não pode validar o gol, não é essa a regra”, e não disse. Mas o árbitro, lógico, é o maior culpado por descumprir a regra.
Erro de fato: quando você vê uma falta e fica em dúvida se atingiu ou não um adversário, é questão interpretativa e não se anula um jogo.
Erro de direito: quando você desconhece a regra ou a descumpre (o que aconteceu nesse jogo), levando uma partida a ser anulada.
Com o áudio divulgado, configurou-se um INDISCUTÍVEL erro de direito. O São Paulo pode pedir a anulação da partida, pois o árbitro, em sua fala, confessa que viu a mão (“ele para a e bate a falta”), mesmo dizendo na sequência que “não a marcou pois deu vantagem”, equivocadamente confirmando o gol.
