O árbitro Bráulio da Silva Machado teve uma atuação infeliz no Red Bull Bragantino 0x3 Cruzeiro (sem ter influência direta no placar). Foi desastroso nos cartões amarelos (o critério variou de tolerante para rigorosíssimo), além de se mostrar arrogante com os atletas.
Nesse ano, lembrando, Bráulio foi muito mal em Sergipe x Botafogo pela Copa do Brasil, onde foi mal tecnicamente e lamentavelmente agredido.
Porém, em Bragança Paulista, um fato curioso: o juizão ficou preocupado demais em olhar os bancos de reserva (talvez com a recomendação de “Tolerância Zero”, se atentou com as Comissões Técnicas e se esqueceu da qualidade da sua arbitragem dentro de campo).
Pedro Caixinha, o treinador português do Massa Bruta, em 4 meses de Brasil teve até agora um comportamento exemplar. Das partidas que pude trabalhar, não houve uma reclamação sequer ou qualquer ato indisciplinar contra os árbitros (antes, durante ou depois dos jogos). Pedro Malta, seu auxiliar espanhol, vez ou outra tem “repentes de João Martins” (o auxiliar de Abel Ferreira no Palmeiras).
Na entrevista coletiva, Sérgio Loredo (nosso comandante da Rádio Futebol Total) perguntou ao Caixinha sobre a opinião dele a respeito da má arbitragem desse sábado, e a resposta foi muito interessante:
“Eu não comento as arbitragens, não faz parte do meu vocabulário falar de árbitro (…). Eu não sabia que já havia um caso entre esse árbitro e o Ramirez, mas eu não acredito que as pessoas tenham uma forma de apitar premeditada. Nunca vou me preocupar com as coisas que eu não posso controlar [como a arbitragem]. Em tempos, posso lhe confidenciar, fui 10 vezes pior que o Abel quando no México, mas percebi que eu passava mais tempo fora do banco, quando a minha equipe precisava, do que focado no jogo. Então, eu aprendi (…) que a gente precisa ser mais tolerante. Por quê eu vou discutir com o árbitro, se eu sei que eu não vou ganhar nada com isso? Vou perder o meu foco, desestabilizar minha equipe? (…) Vou tentar manter um bom comportamento que tem que ser este. Os jogadores devem sentir que o líder está ali, para os dirigir (…) Não tem que ter reclamações, as regras são essas e ponto final. Nunca vi ninguém fazer bem o seu próprio trabalho e o trabalho do árbitro. Não vou me queixar, pois sei que quando ganhamos falamos uma coisa e quando perdemos falamos outra. Eu não quero desculpas, não quero ‘desenfocar’ falando do árbitro.“
Excelente. Palmas para o lúcido treinador.
(Ops: em alguns momentos, o português legítimo nos trai. “Desenfocar” é em espanhol, Pedro Caixinha quis dizer Desfocar, Tirar o Foco).
Foto: Manuel Guadarrama/Getty Images
[…] Bráulio Machado irritou a todos em Bragança Paulista, e passou o jogo olhando para os bancos, fiscalizando o comportamento dos treinadores. Em um momento tenso (se não fosse hilário), quase deu cartão a Pedro Caixinha que estava conversando com seu time, e não com ele! Sobre esse jogo, aqui: https://professorrafaelporcari.com/2023/04/30/pedro-caixinha-e-o-exemplo-para-abel-ferreira/ […]
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[…] Bráulio Machado irritou a todos em Bragança Paulista, e passou o jogo olhando para os bancos, fiscalizando o comportamento dos treinadores. Em um momento tenso (se não fosse hilário), quase deu cartão a Pedro Caixinha que estava conversando com seu time, e não com ele! Sobre esse jogo, aqui: https://professorrafaelporcari.com/2023/04/30/pedro-caixinha-e-o-exemplo-para-abel-ferreira/ […]
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