Uma pena que propósitos de cidadania sejam desvirtuados. Diante da constituição brasileira, todos somos iguais, independente de raça, crença, idade, religião ou ideologia. E isso, se de fato praticado, é ótimo!
Entretanto, muitas pessoas confundem liberdade de expressão com direito de ofensa. No ano passado, uma modelo transexual se colocou como Cristo na cruz e fez um confuso protesto durante a Parada do Movimento GLBT.
Este ano, a mesma modelo (Viviane Beleboni) anunciou à Folha de São Paulo que se “fantasiará de Bíblia” protestando contra religiosos, com a inscrição “Bíblia é Retrocesso”.
Duas questões simples:
1 – Se eu fizer algum adereço pejorativo contra o Movimento Homossexual, estarei cometendo crime de homofobia pois ofende a opção sexual das pessoas gays. Por que ofender a opção de crença não é crime de perseguição religiosa?
2 – As causas cidadãs pretendidas pelos organizadores da passeata são respeitáveis dentro do estado democrático. Mas a Parada, em si, não torna o movimento enfraquecido ao transformá-lo em um “carnaval fora de época”? Pessoas quase peladas sambando, com estereótipos de erotismo, não me parecem defender causas sociais.
Enfim: não se combate intolerância com intolerância. Parece-me ser mais política e organizada a “Marcha das Lésbicas” realizada no sábado (que pediu pelos seus direitos sem ofender ninguém) do que a vultuosa Parada.
(foto da fantasia, abaixo, do G1.com):


Pontifica Universidade Católica de Goiás. http://e-shika.org/cgi-bin/yybbs/yybbs.cgi?list=thread
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