Ainda estamos no tempo em que o “mais bandido” ganha – ou ao menos tenta ganhar – no futebol sulamericano. Vide o último e lamentável episódio protagonizado pelos barrabravas argentinos, hooligans da pior espécie travestidos de torcedores de futebol.
Os membros da “La 12”, a maior e mais violenta torcida organizada do Boca Júniors, conseguiram atingir com uma mistura de gás pimenta e ácido muriático os adversários do River Plate. Sabidamente, os dirigentes argentinos têm ciência que esses organizados são ligados ao narcotráfico e nada fazem. Pior: conseguem ingressos e benefícios junto a diretoria boquista (alguma semelhança com a relação entre as grandes torcidas organizadas do Brasil e seus cartolas?).
Duas pisadas de bola dos atletas do Boca Júniors:
1) Aplaudiram a torcida após o incidente;
2) Apoiaram o depoimento do ítalo-argentino Osvaldo, atacante do time, que declarou que “5 mafiosos gordos de terno eliminaram o Boca”, se referindo à Comissão da Conmebol que excluiu o time devido ao incidente.
A verdade é que os jogadores parecem não ter se sensibilizado de tudo isso. Para mim, a pena (eliminação do Boca Jrs na Libertadores-15 e multa de 200 mil dólares) é branda demais! Mas ainda assim há gente que defende a violência, a malandragem e o vale-tudo no esporte.

