– O acidente do Airbus na Europa em dúvida?

Até há pouco tempo não se questionava a segurança dos Airbus A320. Agora, pilotos da Europa ameaçam boicote do modelo.

Parece um exagero, mas para quem tem medo de avião, o sinal amarelo está ligado.

Mais ligado ainda após a divulgação pelo New York Times de que existem informações que o piloto da tragédia da Germanwings estava preso do lado de fora da cabine!

Tudo muito estranho…
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– Análise da Arbitragem de Paulista 2 x 1 Velo Clube. Como foi o juizão?

Atuação boa do árbitro Aurélio Sant’Anna Martins e atuação ruim do bandeira Vitor Carmona Metestaine nesta 4a feira a noite no Jayme Cintra.

Vamos discutir?

Aurélio correu bastante, esteve muito bem nas jogadas, se posicionou bem dentro de campo e aplicou com correção os cartões amarelos. Mostrou na dosagem certa a autoridade necessária para a condução da partida, sendo um único “porém”, de pequena insignificância: a advertência a um jogador reserva da equipe do Velo Clube por reclamação que permaneceu escondido no banco, sem a possível identificação imediata.

Algo curioso observado pelo árbitro: o 2o tempo começou com 10 atletas do Paulista em campo, já que Mayko apareceu na volta do jogo, ao invés da camisa número 5, com a camisa 3 (de Léo Lelis). Precisou sair e trocar o uniforme.

Se o árbitro foi bem, o bandeira Vitor Carmona foi mal. Aos 77 minutos, a bola é lançada para Felipe (17, PAU) que entra na área sozinho com a posse de bola para chutar ao gol. Calixto (6, VEL), longe da jogada mas dando condição de jogo, pede impedimento que não existia. E o bandeira marcou… tamanha foi a irritação que o jogador do Paulista acabou levando o Cartão Amarelo.

Mas aos 85 minutos, a bola foi chutada por Jailson para o gol, Erick Mamadeira está à frente do seu marcador e da linha da bola no instante do chute, e quase em cima da linha de meta a toca para o gol. Claro lance de IMPEDIMENTO ATIVO, e desta feita, o bandeira erra de novo considerando lance legal de não-impedimento.

Há duas semanas, houve um gol idêntico: na partida entre Paulista 2×1 Comercial, Jailson chuta para o gol, a bola vai entrando na meta e Felipe Diadema, em cima da risca, a toca para dentro. Seria o 3o gol, mas foi bem anulado pelo bandeira Wladimir Nunes da Silva.

Portanto, o bandeira errou duas vezes, “evitando” um possível gol legal e “liberando” um gol ilegal, compensando nos equívocos.

Algo que me chamou a atenção: o Velo Clube entrou em campo as 20h24, com 2 minutos de atraso, e nada foi relatado na súmula. Paga-se multa por tal fato…
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– Inovação: para colocá-la em Prática, precisa-se de Grana ou Competência?

Sempre questione a relação Competência Financeira X Competência Intelectual/Administrativa. Nem sempre ter dinheiro significa ter sucesso.

Veja só: o conhecidíssimo Clemente Nóbrega, em seu enésimo excepcional artigo, escreveu a respeito dos investimentos minguados no Brasil em INOVAÇÃO. E desafia: se investirmos mais dinheiro, teremos mais inovação?

Ele duvida. Responde que nem sempre dinheiro se transforma em bons resultados.

Extraído de: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI177094-16644,00-O+FATOR+DECISIVO.html

O FATOR DECISIVO

O Brasil investe pouco em inovação – cerca de 1% do PIB. Será que mais uns bilhõezinhos melhorariam nossa performance? Duvido.

por Clemente Nóbrega

Em um artigo publicado em 2007, mostrei a correlação entre incompetência para inovar e instituições fracas – não há inovação sem que na sociedade haja confiança institucionalizada. Pesquisas mostram que não melhoramos nisso, mas temos outros pecados também. Fala-se que o país investe pouco em inovação – cerca de 1% do PIB (países ricos, duas ou três vezes mais). Será que mais uns bilhõezinhos melhorariam nossa performance? Duvido. Eu não aumentaria investimentos, rearranjaria recursos que já estão no sistema. Veja só. No mundo da gestão (de qualquer coisa, privada ou pública), só o que legitima é resultado – output, não input. Sucesso não é medido pelo que entra no sistema, mas pelo que sai dele. Não número de policiais nas ruas, mas redução de crimes. Não campanhas de vacinação, mas diminuição de doenças. Claro que inputs são aproximações – proxys, como dizem, para resultados esperados, mas um gestor que se limita a proxys não é um gestor, é um burocrata.

A Apple – empresa mais inovadora do mundo – investe bem menos em inovação do que a média das empresas de tecnologia, mas obtém muito mais resultado. É mais produtiva em inovar. Numa empresa, os dirigentes estabelecem diretrizes (metas a atingir e meios para que sejam alcançadas). Ex: “Queremos que, dentro de cinco anos, 20% de nossas receitas estejam sendo geradas por produtos que não existem hoje”. Os recursos que vão ser alocados para que a diretriz seja cumprida dependem da meta a alcançar, não é simples? O que as empresas inovadoras têm são processos gerenciados em função de metas de output de inovação. Assim: “Se tudo continuar sendo feito como vem sendo feito, cresceremos ‘x%’ ano que vem. Mas se quisermos inovar, então, em cima de ‘x%’, colocaremos, digamos, mais um ou dois pontos percentuais, que têm de vir de inovações. Ficando no ‘papai &mamãe’, cresceríamos 20%, mas a meta é 22%. Esses 2% além do ‘esperado’ são inovação na veia. O investimento para chegar lá será um percentual desse ‘extra’ que espero obter (um percentual aplicado aos 2%). Os 2% de inovação terão de ser desdobrados por todas as áreas produtivas da empresa. Cada uma dará sua contribuição para o todo. Não sabem como fazer? Treine-os, há método para isso. A unidade bateu sua meta de inovação? Prêmios, bônus, fanfarras. Não bateu? Bem, o que acontece com um vendedor que não vende? Com um financeiro que não planeja o fluxo de caixa? Não há mistério. É gestão pelas diretrizes. Tem meta, prazo, responsabilização e plano de ação. A cada período tudo se repete – um delta além do ‘papai & mamãe’, incorporando os ganhos do período anterior”.

A Apple investe bem menos em inovação do que
 a média, mas obtém muito mais resultado

Órgãos fomentadores de inovação devem parar de se medir pelo dinheiro que injetam no sistema, como se isso garantisse resultado. Sem gestão, não garante. O input que conta é conhecimento, mais que dinheiro. Atenção: o investimento em inovação (como percentual do resultado) tem de diminuir com o tempo, mas riqueza nova tem de ser criada continuamente. Possível, mas só com gestão da inovação.

* Clemente Nobrega é físico, escritor, consultor de empresas e autor do blog Ideias e Inovação no site de Época NEGÓCIOS

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