Parreira disse que Dunga está no caminho certo como treinador da Seleção Brasileira, pois “está aprendendo a jogar sem bola”.
Ok, concordo com Carlos Alberto Parreira. Mas percebam: depois do título do Mundial de 1994, exceto a sua boa passagem como treinador do Corinthians, qual foi o último grande trabalho de Parreira?
No discurso, Parreira é ótimo! Mas como treinador da Seleção em 2006 e coordenador técnico em 2014, os trabalhos práticos foram ruins.
Gosto dele, e escrevo esta leve crítica com pesar. A primeira vez que tive contato com Parreira foi em 94, logo após o título do Tetracampeonato Mundial, em um evento de Marketing Esportivo realizado pela finada Gazeta Mercantil. Estávamos só nós dois no saguão do hotel, tomei a liberdade de cumprimentá-lo e começamos a conversar. Na hora do início dos trabalhos, quando estava me despedindo dele, me disse: “Jovem, batemos papo até agora e você vai embora? Nada disso, vamos sentar juntos!”.
Uma honra! Mas, hoje, creio que na teoria Parreira se sai melhor do que na prática quanto aos seus ideais de futebol. Aliás, todos têm o seu auge e seu momento de retirada dos holofotes.
Felipão que o diga. Sua volta ao Palmeiras e à Seleção Brasileira forão vexatórias. E se não tivesse voltado, seria eternamente elogiado!

