– O Papa e a Comunhão aos casais de Segunda União

Nesta semana está acontecendo um Sínodo Extraordinário sobre as Famílias. Os bispos estão discutindo várias temáticas delicadas dentro desse assunto: controle de natalidade, sexo antes do casamento, família homossexual e, o mais polêmico (devido aos últimos fatos): a Comunhão para Casais em 2a união.

Recentemente, o cardeal alemão Walter Kasper, teólogo preferido do Papa Francisco (segundo ele próprio), defendeu publicamente e escreveu sobre a necessidade da Igreja ser misericordiosa àqueles que fracassaram em um primeiro casamento e acolhê-los em uma segunda união, permitindo-os que permaneçam integralmente na Igreja recebendo normalmente a Eucaristia. O próprio Papa Francisco defendeu uma maior facilidade para anulações de casamento nos processos eclesiásticos, a fim de regularizar os casais em segunda união (que, na prática, se tornaria a primeira união com a não validação do anterior).

Porém, o cardeal americano Raymond Burke se irritou profundamente com essas idéias, e, nos últimos dias, publicou um livro condenando ferozmente a permissão de que os divorciados que se casaram novamente comunguem.

Assim, na abertura do Sínodo, coube a Francisco apaziguar os dois cardeais e puxar a orelha de ambos declarando:

“Um Sínodo não é para se discutir idéias lindas e inteligentes ou ver quem de nós é melhor, é para se deixar abrir à luz do Espírito Santo”.

Que realmente a Força do Alto esteja iluminando os religiosos ali presentes, a fim de que se esclareça conforme a vontade de Deus tal delicada questão.

Sinceramente, penso que os casais em 2a união já deveriam ter tido maior atenção desde outros pontificados! Parabéns ao Papa Francisco por querer resolver essa pendenga, assim como a questão do Batismo a crianças cujos pais não coabitam.

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4 comentários sobre “– O Papa e a Comunhão aos casais de Segunda União

  1. Somente aquelas pessoas que estão em estado de pecado grave, mortal, é que não podem comungar. O matrimônio é um dos quatro sacramentos indissolúveis como; o batismo, o crisma, o da ordem e o matrimônio, isto é não podem ser repetidos, enquanto os outros três podem; da eucaristia, da penitência e da unção dos enfermos. A indissolubilidade do matrimônio só cessa com a morte de um dos cônjuges “De modo que já não são dois, mas uma só carne. Portanto, que o homem não separe o que uniu” (Mt 19, 6) Ora, os divorciados que estão numa segunda união estão em estado de pecado grave, mortal, por isso não podem receber a comunhão eucarística. Essas pessoas estão passíveis de perderem a vida eterna com Deus se não se arrependerem a tempo e romperem com o concubinato que estão. Comunhão segundo o dicionário Aurélio é: “Ação ou efeito de comungar. Ato de realizar ou desenvolver alguma coisa em conjunto. Harmonia no modo de sentir, pensar, agir; identificação: comunhão de pensamentos. Em que há união ou ligação; compartilhamento”. A palavra “ex” segundo o dicionário Silveira Bueno significa: “Sentido de cessamento ou estado anterior, movimento para fora de: êxodo, expatriar, expurgar. Quando uma pessoa recebe a comunhão eucarística ela se une a Deus, a Jesus sacramentado, ao Corpo Místico da Igreja que Cristo é a sua cabeça. Quando, porém, ela quando comete um pecado grave, mortal, conscientemente, ela toma a iniciativa de romper sua relação com Deus de voluntariamente, optando para fazer a sua vontade pecaminosa que a vontade de Deus e assim ela se exclui do Corpo Místico de Cristo e dela se excomungar. Não é a Igreja que a excomunga, mas ela própria se exclui da Igreja. Não é Deus que toma essa iniciativa, mas o pecador. Deus ama todas as suas criaturas ele quer a salvação de todos, prova disso que a Santíssima Trindade se incorporou com a sua Segunda Pessoa em um ser humano, conhecida como união hipostática, a fim da encarnação de Jesus, que após pregar de como ganhar a vida eterna ele vir ser imolado na cruz para a remissão dos pecados de toda humanidade, passada, presente e futura, contudo Deus ao criar o homem a sua imagem e semelhança deu a ele inteligência, vontade (livre arbítrio) e sensibilidade. Porém, tendo o ser humano vontade própria livre arbítrio, ele passou a ser dono do seu destino e se ele quiser recusar a salvação eterna oferecida gratuitamente por Deus que respeita a vontade das suas criaturas. Deus deseja a salvação de todos, todavia, não quer impô-la a ninguém. Muitas são as causas que podem tornar nulo o matrimônio sacramental. É preciso deixar claro que a Igreja não anula uniões sacramentais validamente contraídas e consumadas; mas pode, após processo no Tribunal Eclesiástico, reconhecer que nunca houve casamento, mesmo nos casos em que todos o tinham como válido. Leva-se muito em conta as capacidades e limitações psíquicas dos noivos para contrair obrigações matrimoniais para sempre. Não basta analisar o comportamento externo de alguém para conhecê-lo; às vezes, Muitos atos das pessoas são irresponsáveis, assumidos sem consciência plena porque podem faltar o senso de responsabilidade, a maturidade ou a liberdade necessárias para que o ato tenha valor plenamente humano e jurídico. Após o Concílio Vaticano 2º as dioceses passaram a exigir que houvesse nas paróquias uma preparação dos noivos antes a celebração do matrimônio, contudo, tem que se admitir que essas preparações não esta feitas a contento, em algumas dioceses em dez casamentos três se saparam antes dos sete anos de casados. Cumpre que as Conferências Episcopais, as dioceses exigirem dos seus párocos que melhorem substancialmente os cursos de preparação para o matrimônio para que isso não mais venha acontecer, porque, evidentemente que algumas paróquias essa preparação para o matrimônio é apenas um calendário a ser cumprido cujo teor das palestras não devidamente aprofundados. Oportunidades como essas de preparação para a recepção dos sacramentos, como o do matrimônio, deve ser um trabalho missionário que promova verdadeiramente sob as luzes do Espírito Santo uma conversão total daqueles que participam do curso, não só dos deveres matrimoniais, mas também de suas obrigações com cristãos, católicos, da frequência a missa dominical com comunhão e confissões periódicas, coisa.
    José Carlos de Castro Rios — São Paulo – SP.
    jc.rios@globo.com

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  2. ANTÓNIO JUSTINO VITAL 27 / 06 / 2015
    Analisando o comentário do Sr. José Carlos Rios, faço uma leitura o quanto ele é profundo no sentido da santidade. E isso é muito bom. Mas, assim como muitos outros precisa de um cuidadinho especial para não limitar a grande misericórdia de Deus, que superou seus próprios limites criando um purgatório como a ultima misericórdia. E quando a Igreja abre apenas uma fresta da grande janela do mundo, para discutir o enigma que afeta 96 % do seu rebanho e aqueles que poderiam com sua sabedoria contribuir para o reino proposto por Cristo, se opõe. Eu fico muito triste! E fico pensando: como Jesus se sente depois de dois mil anos da sua proposta que Ele mesmo nos confiou? E ainda não foi entendida; nem mesmo a exclusão, quando Ele foi bem claro: “todo aquele que descriminar o mais pequenino, não entra no reino dos Céus”. E sobre o batismo Jesus recomenda que baste ter fé: “quem acreditar e for balizado será salvo”. E quando instituiu a EUCARISTIA desse: “tomai e comei todos e tomai bebei todos”. E por sinal, no meio deles existia alguém que tinha rompido com os princípios do projeto do Pai, que era Judas. E foi a ele que Jesus deu a comunhão em duas espécies, CORPO E SANGUE. Para nós compreender que Ele veio para todos e não só para santos e filhos de santos. Ainda hoje muitos se pregam uma barganha do ato casar para ter direito a batizar filhos e se comungar. E nem se quer olham para aqueles que pelos seus motivos não podem estar de acordo com normas impostas, sem levar em consideração a vivência familiar.
    Quero deixar claro que não sou contra as normas da Igreja, apenas sou a favor de uma profunda reflexão deste tema polemico. E acredito que a Igreja Católica tem toda autoridade de resolver esse impasse. Autoridade essa dada por Jesus: “tudo que ligares na terra será ligado nos Céus”.
    Quando o Papa Bento desse que estava na hora da Igreja correr atrás das 99 ovelhas que tinham se perdido, ele estava com toda razão. Parabenizo o Papa Francisco pela iniciativa e peço a todos aqueles que querem colaborar para uma Igreja justa e fraterna, que não se poupem de rezar para ela e pedir a intervenção do Espirito Santo e deixar que Ele agi em favor deste povo tão descriminado pela própria Igreja, já que, não somos capazes de pelo menos entender o que Cristo quer de nós.
    Quero pedir desculpa pela minha colocação, pois não sou nem um sábio e nem tem conhecimento profundo, só sei que Deus e rico em misericórdia e que nunca esquecerá os excluídos, e acolherá estas famílias que não tiveram o direito de receber a benção da Igreja, mas selou com Deus uma aliança no seu coração.
    Obrigado.

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  3. Boa noite Antonio, Faço parte destas “ovelhas” que vivem o “DRAMA” da segunda união perante a igreja,
    e coincidentemente a ultima frase da sua publicação vai de encontro a um proposito que fiz no meu coração, no momento da eucaristia dentro das missas que faço questão de participar. vou explicar o meu ponto de vista: O meu corpo habita minha alma, ou seja é minha morada, a eucaristia é o corpo e sangue
    de jesus cristo que deveria ser tomado por todos, mas não podemos, com isso me conforto com a frase:
    “SENHOR EU NÃO SOU DIGNO DE QUE ENTREIS EM MINHA MORADA, MAS DIREIS UMA SÓ PALAVRA E SEREI SALVO”. Esta é a minha aliança com DEUS.
    JESUS TE ABENÇOE!

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  4. Antonio Justino Vital! Parabenizo-o pelas brilhantes palavras. Sua ideia acerca da Eucaristia para os católicos em vivência de segunda união vem de encontro com a necessidade de umas milhares de pessoas em todo o mundo que vivem essa situação. Quando Jesus disse : ” Tomai e comei todos vós ” ele não impôs nenhuma condição, pelo contrário, ele disse a palavra ” Todos “.. Quando ele enviou os apóstolos para pregar o evangelho à toda a criatura ele disse também ” Batizai à todos “….Quando ele se apresentou como o pão vivo descido do Céu ele disse ” Quem comer deste pão, viverá eternamente “, e também disse à Samaritana ” Quem beber desta água, nunca mais terá sede “….Em momento nenhum vimos um Jesus impor condição para que as pessoas possam ser amadas e acolhidas por Deus. A Eucaristia é o banquete que há na casa do Pai….Já imaginou os filhos ao redor da mesa e o pai dizer à um deles: Fico feliz com sua visita aqui na minha casa, no entanto gostaria que vc não tomasse assento à mesa” porque você não é digno…..É isso que a igreja faz conosco…Pede a nossa presença, ajuda na igreja, pagamento do dízimo, mas não nos admite na Eucaristia. Podemos ir mais longe: Deus é Pai e misericordioso, será que ele não fica feliz sabendo que nós somos felizes ao lado da pessoa que vive hoje ao nosso lado ?? Ou será que ele seria feliz sabendo que nos obrigando a persistir em um relacionamento falido seríamos infelizes ?? na verdade, o ele pensa sobre isso ??? Jesus quando curou 10 leprosos, ele já sabia de antemão que apenas 3 voltariam para agradecer, e nem por isso deixou de curar todos eles…Quando passou à caminho para Jericó, ele viu Zaqueu na árvore…Ele já sabia quem era ele e que tipo de vida Zaqueu levava..No entanto disse ” Hoje vou ficar na tua casa “…O maior de todos os exemplos: Jesus sabia e anunciou à Pedro que ele o negaria 3 vezes ( E mesmo negando, Pedro o negou mesmo) e ainda assim o fez chefe da sua igreja e esta própria Igreja o declarou Santo…..gObrigado por entender o nosso coração…Penso que só Deus deve nos julgar porque no fundo ele é o único que conhece o nosso coração e por força da sua misericórdia, nos ama acima dos nossos pecados. Não creio na condenação pelo simples fato de desejar receber Cristo vivo no coração como Pão vivo de salvação!! Que as palavras do Evangelho perdoe os nossos pecados!! (Essa é apenas a minha opinião) Mas respeito as determinações da Santa Madre Igreja!!

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