Cada vez mais a pendenga entre os presidentes Paulo Nobre (SEP) e Carlos Miguel Aidar (SPFC) aumenta, devido a transação envolvendo o jogador Alan Kardec.
O Palmeiras se sente prejudicado por ainda ter contrato com o atleta e preferência nas negociações com o Benfica, dono dos direitos do atleta, e critica uma falta de ética do São Paulo ao fazer uma proposta ao jogador e ao clube português. Porém, o Tricolor alega que o pai do jogador já dizia que as negociações com o Verdão estavam encerradas e somente por essa oportunidade de mercado foi atrás dele.
Depois vieram as discussões entre os mandatários, mas aí fica apenas para o caráter folclórico da coisa. Nobre está magoado por perder o atleta e Aidar irritado pelas declarações. Ambos usaram termos fortes e, até certo ponto, jocosos contra o outro.
Futebol hoje é business. Se o atleta está disponível, paciência. Funciona assim mesmo. O São Paulo apenas foi esperto – e mais vantajoso financeiramente – do que o Palmeiras. Por sua vez, ao perder o jogador, Nobre precisa achar uma justificativa à sua torcida. Mas será que, dentro da coerência que tem sido adotada financeiramente no Palestra, não está certo o presidente em não fazer loucuras ou gastar além da sua capacidade financeira?
Sobre a questão ética, não dá para acusar. O mesmo Palmeiras não discutia a contratação de Marcelo Bielsa e divulgou-a publicamente, enquanto Gilson Kleina estava sob contrato aguardando uma posição de desligamento ou continuidade?
Reclamar faz parte do negócio quando frustrado. Mas cá entre nós: R$ 400 mil por mês ao Alan Kardec não é uma supervalorização?
Bom jogador não significa craque.




