Encerrei exatamente há 4 anos minha carreira de árbitro de futebol. Foram mais de 700 partidas trabalhadas, em diversas divisões e funções.
Eu gostaria de estar em atividade?
Claro, creio que não só eu, mas muitos aposentados do apito, que ainda apitam suas partidas em seu íntimo. Vestem o uniforme e se transformam nos gramados que sonham.
Mas, definitivamente, acabou. A saudade de estar em campo é enorme. A disposição em obedecer aos dirigentes é nula.
A distância entre o prazer da arbitragem é abissal em relação às humilhações que se têm que fazer e viver nas comissões de árbitros. Reuniões enfadonhas, falta de meritocracia, sacerdócio que se doa em vão. Contraste absurdo da paixão de apitar uma partida de futebol.
Enfim, vida que segue e família que se curte (coisa que não se consegue enquanto árbitro). Hoje, falo de futebol na TV, no rádio, no jornal e na internet e sou feliz!
Uma singela constatação: se a carreira de árbitro fosse mais justa, mais competentes os nomes seriam.
