No futebol varzeano, há um lance chamado pelos boleiros de “passar o rodo”. Dá uma confusão entre os jogadores quando isso ocorre… E neste domingo, Leo Moura “passou o rodo” em Petros no final do 1o tempo. Leandro Pedro Vuaden o expulsou. Correto?
Vamos discutir!
A FIFA recomenda que os carrinhos sejam coibidos no futebol. Carrinho lateral, frontal ou por trás deve ser duramente punido com cartão vermelho. No futebol europeu, onde a força e disputa ríspida de bola acontecem com mais frequência, o carrinho é praticado quase que exclusivamente na bola. No Brasil, sempre vejo carrinhos “mal praticados”, onde o jogador aceita o risco de perder o tempo da bola e atingir o adversário. Leo Moura foi expulso corretamente por esse motivo.
Alguns dirão: “Quando Leo Moura atinge com seu pé direito a canela direita de Petros, o corinthiano já está pulando, no ar, forçando uma falta. E aí?”
– Cartão Vermelho do mesmo jeito, pois a regra fala em “atingir ou tentar atingir”. Quem disse que precisa machucar o atleta para expulsar o jogador? Se ele está firme no chão, certamente poderia ter uma lesão grave na perna. O ATLETA PODE PULAR QUANDO PERCEBE QUE SERÁ ATINGIDO, SEJA POR PRUDÊNCIA OU ATO REFLEXO. E tal fato nada muda na decisão do árbitro.
Temos dois lances recentes sobe tais jogadas:
1- Corinthians x Palmeiras no Pacaembu, na primeira partida disputada por Roberto Carlos na sua volta da Europa. Ocorreu uma jogada idêntica onde o lateral esquerdo foi expulso corretamente pelo árbitro Wilson Luís Seneme.
2- São Paulo x Santos no Morumbi em 2012: Luís Fabiano carrega a bola, entra na área e o goleiro Rafael dá um carrinho no são-paulino. O centroavante vai ser atingido, pula e nem é tocado, mas o árbitro marca pênalti. Correto também.
Fica o lembrete aos jogadores: dar ou tentar dar um pontapé / rasteira / chute é passível de cartão, não importa se atingiu ou não. Só se salva o atleta que atingir exclusivamente a bola.

