E as declarações do jogador Rui Cabeção após ser eliminado na Copa do Brasil pelo Mixto-MT?
Falou sobre arbitragem, CBF, sociologia do futebol e outros temas importantes. Mas algo forte dito foi que:
“A maioria dos jogadores de futebol jogam 3 meses e ficam desempregados no resto do ano. E estes caras incompetentes que fazem calendários na CBF não estão nem aí”.
Claro, se referiu aos clubes que só jogam os estaduais e ficam de fora das 4 divisões nacionais.
Sim, é verdade que a maioria dos jogadores brasileiros ganha pouco, vive de estaduais que são de curta duração e que a CBF maltrata os clubes. Porém, são muitos os clubes de aluguéis, empresários que nada contribuem e aproveitadores que vivem do futebol esporádico, fazendo com que numerosos clubes falidos insistam em jogar profissionalmente, deixando dívidas e atrapalhando / inchando as tabelas.
Se diz que “os times grandes precisam também dos pequenos para sobreviverem”. Mas quando são minúsculos e em excesso, aí a situação é inversa: essas agremiações sobrevivem explorando a disponibilidade do grande.
Enfim, vale pensar: se o clube pequeno se sustenta e está inserido numa das divisões profissionais do Brasileirão, tudo bem. Mas se vive de apenas 3 meses de estaduais e sempre está devendo, se preocupar com a sua sobrevivência não se transforma em ato de caridade?

