– Mais um árbitro que encerrou a carreira antes do apito final?

Só soube agora: mais um árbitro rodado que pendurou o apito antes dos 45 anos… agora, foi a vez de Robério Pereira Pires!

Já repararam que com a atual Comissão de Árbitros da FPF poucos são os juízes que conseguem chegar motivados até a data limite para se apitar?

E os motivos para o abandono de vários árbitros são sempre os mesmos: desmotivação pela falta de plano de carreira, politicagem, a não existência da meritocracia, escalas em campeonatos caça-níqueis /festivos /ou que a nada levam, excesso de reuniões enfadonhas, cobranças excessivas e aceite de pedidos de “geladeira” por parte dos clubes. Sempre com a omissão da entidade sindical que os deveria defender da Federação, porque, cá entre nós, dos clubes é mais fácil!

Sabe o que é pior? Os nomes que são revelados pela FPF não aparecem! Raramente se vê uma promessa. A última vez que ouvi a expressão “nova safra de árbitros” foi entre 1994 e 1998, quando os professores Gustavo Caetano Rogério formaram uma leva de árbitros que até hoje dava conta do recado, mas resolveram se aposentar (e teriam ainda idade para apitar): entre eles, Paulo César de Oliveira, Wilson Luís Seneme, Sálvio Spínola Fagundes, Rodrigo Braguetto, além de outros que já pararam como Cléber Abade.

Não dá para questionar: São Paulo está sem árbitro FIFA, sem futuro e sem tempo para renovar.

Fica a dúvida: será que o novo presidente Reinaldo Carneiro de Bastos mudará algo em 2015?

Os árbitros anseiam uma nova perspectiva. E boa sorte ao amigo Robério nessa nova fas da vida!

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– Quem estará no banco da Seleção Brasileira em Pequim?

A CBF confirmou: dia 11 de Outubro haverá um jogaço envolvendo Brasil x Argentina com suas equipes principais, numa data FIFA, sem impedimento de liberação de atletas. O jogo será mais uma edição do evento “Superclássico da América” (uma reedição da antiga Copa Rocca) e será disputado no Estádio “Ninho dos Pássaros”, em Pequim (China).

Como se pode observar, a data é pós-Copa do Mundo. E aí vem a pergunta: será que teremos Felipão e Sabella como respectivos treinadores das Seleções Brasileira e Argentina?

Eu penso que não. Felipão vai ganhar dinheiro em algum time comandado por afortunado e garantir a aposentadoria. Para mim, Tite será o nome da vez. Ele pode se dar o luxo de tirar longas férias após sair do Corinthians e foi estudar para se aprimorar e chegar ao cargo de técnico do Escrete Canarinho. E do outro lado, Sabella, que não conta com a simpatia da torcida local, pode dar lugar a Simeone que é, atualmente, o “bola da vez” na Europa.

E para você? Quem deveria assumir o cargo de treinador depois de Felipão?

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– Juizada de Bolso Cheio? Mais ou menos…

Dar maior remuneração para qualquer atividade trabalhista é sempre bem visto. Mas há certas boas discussões sobre dinheiro e trabalho que valem a pena. Vejam só uma delas: os árbitros de futebol tiveram aumento de salário.

Um árbitro FIFA (ou ex-FIFA) receberá R$ 3.450,00 por jogo na série A do Campeonato Brasileiro. Se a distância de ida e volta for maior do que 100 km, acrescente um reembolso de R$ 100,00. Se fora do estado, R$ 500,00.

Os aspirantes à FIFA e ex-aspirantes receberão R$ 2.650,00. Os árbitros básicos R$ 2.350,00.

Para os que não gostam dos AAA (os adicionais da linha de fundo), isso será motivo de ira: um AAA FIFA ganhará R$ 1.000,00 / jogo. Os bandeiras receberão sempre a metade do árbitro.

Mas algo que me irrita: um delegado da CBF vai embolsar R$ 500,00. E estes são muito mais escalados do que os árbitros e geralmente são os mesmos. E aqui fica a discussão: um árbitro não é escalado toda rodada (um ou outro é); há aqueles que apitam uma vez por mês e olhe lá! Desconte-se impostos, taxas de sindicato, cooperativa, associação. Lembre-se que o árbitro perde o dia de serviço e banca seus gastos com a preparação física e material de treinos. Se machucar, não vai receber nada. Vale a pena?

Sem contar o seguinte: é o árbitro que recebe R$ 3.450,00 quem decidirá se o zagueiro Lúcio (que recebe por volta de R$ 250.000,00) fez ou não pênalti em Emerson Sheik (que recebe R$ 520.000,00).

Justo ou não?

Mas a maior consideração ao árbitro não seria aumento de salário, mas a profissionalização e independência, livre das cooperativas e sindicatos do modelo atual. Isso ainda é utopia.

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– E se Tiradentes fosse vivo?

Tiradentes é simbolo de abnegados de um país revoltado com tantos impostos.

Caramba, e hoje é diferente daquele cenário? Some-se a violência, a falta de escolas, saúde precária…

O “Zé Quim” ficaria mais fulo ainda se observasse tudo isso!

Conheça, extraído de: http://educacao.uol.com.br/biografias/joaquim-jose-da-silva-xavier-tiradentes.jhtm

TIRADENTES

Líder da Inconfidência Mineira e primeiro mártir da Independência do Brasil, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, nasceu em Minas Gerais em 1746, filho do proprietário rural português Domingos da Silva Santos.

Antes mesmo de freqüentar a escola, já havia aprendido a ler e escrever com a mãe. Órfão de mãe e pai desde a juventude, ficou sob a tutela de um tio até a maioridade, quando resolveu conhecer o Brasil. Já adulto, foi tropeiro, mascate e dentista (daí o apelido). Trabalhou em mineração e tentou a carreira militar, chegando ao posto de alferes no Regimento de Cavalaria Regular.

Foi na tropa que Tiradentes entrou em contato com as ideias iluministas, que o entusiasmaram e inspirariam a Inconfidência Mineira, a primeira revolta no Brasil Colônia a manifestar claramente sua intenção de romper laços com Portugal, marcando o início do processo de emancipação política do Brasil.

A revolta foi motivada ainda pela decisão da coroa de cobrar a derrama, uma dívida em atraso. A conspiração foi delatada por Joaquim Silvério dos Reis e todos os seus participantes foram presos.

Sobre Tiradentes, recaiu a responsabilidade total pelo movimento, sendo o único conspirador condenado à morte. Enforcado em 21 de abril de 1792, teve seu corpo esquartejado. Seus membros foram espalhados pelo caminho que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. Sua cabeça foi exposta em Vila Rica.

Com a morte de Tiradentes, o Estado português queria demonstrar uma punição exemplar para desencorajar qualquer revolta contra o regime colonial. Tiradentes tornou-se mártir da Independência e da República.

Com informações da Nova Enciclopédia Ilustrada Folha

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– Os Lances de Arbitragem em SPFC, SFC e SEP

Primeira rodada do Brasileirão, primeiros erros!

É claro que é humanamente impossível assistir aos 10 jogos disputados; ainda mais em feriado como a Páscoa, emendado com outras comemorações. Mas não gostei do que vi em alguns jogos e em lances de falhas pontuais.

Neste domingo, 3 destaques me chamaram a atenção:

  • Lance 1, São Paulo x Botafogo) Jogada dificílima, qualquer coisa que fosse marcada seria duvidosa. No começo da partida, a bola é lançada do meio de campo a Alexandre Pato, que está enfiado entre os zagueiros do Botafogo; o sãopaulino aparece em posição duvidosa e tenta encobrir o goleiro Jeferson. O bandeira Pablo Almeida da Costa/MG demorou para levantar a bandeira, e tanto atacante quanto goleiro continuaram a jogada até o árbitro insistir com o apito. A bola estava entrando no gol, Jeferson tirou quase/ou dentro da meta. Seria polêmico se estivesse valendo… Só que apenas no replay se percebe a condição legal de Pato, pois o calcanhar de Dória dá condição. Esse é o tipo de erro que não dá para condenar o bandeira, é covardia visualizar o detalhe dos centímetros.
  • Lance 2 , Santos x Sport) Outra jogada difícil na rodada foi o gol de Geuvânio. O santista chuta para o gol; se a bola entra direto, gol sem polêmica. Mas Gabriel estava em suposta posição de impedimento. Se estivesse à frente do penúltimo defensor e não tocasse na bola, gol válido, pois ele está em impedimento passivo, não interferindo na jogada nem no adversário. Mas se ele relasse na bola, passaria de passivo para ativo e o gol deveria ser anulado. ENTRETANTO, há um jogador na ponta esquerda da defesa pernambucana que dá condição a Gabriel por estar na mesma linha (provado pelo tira-teima da SporTV). Portanto, independente se o gol foi dado a Geuvânio ou a Gabriel, foi gol legal e acerto do bandeira carioca Silbert Sisquim em situação difícil de se decidir (Detalhe: o árbitro da partida, o baiano Arilson Bispo só aparece de vez em quando nas escalas, e sempre está em meio a lances polêmicos. Que coisa! Lembram-se de uma lambança homérica em Corinthians x Botafogo no Pacaembu?)
  • Lance 3, Criciúma x Palmeiras) Erro duplo e grosseiro da arbitragem. O juiz André Luís de Castro/GO (aliás, o mesmo árbitro que apitou o último jogo do Palmeiras na série A – o do rebaixamento em 2012 e que fez o primeiro jogo no acesso em 2014) deve ter deixado fulo o presidente da Comissão de Árbitros Antonio Pereira da Silva, seu conterrâneo goiano (aliás, será que existe alguma relação de corporativismo pátrio para que tenhamos tantos goianos bandeirando e apitando? Goiás não tem cidade–sede na Copa, mas o que tem de árbitro…).Multipênalti na jogada. Thiago Alves dá uma voadora no peito de Silvinho. Era pênalti e cartão vermelho, e na sequência deliberadamente desvia a bola com a mão (lance para Amarelo). Ele poderia escolher o que marcar e fez vista grossa nos dois lances! Ou excesso de incompetência ou má fé. Fico com a opção “incompetência”, pois creio que todos somos honestos e falíveis (até que se prove o contrário).

Por fim, um detalhe interessante de quem deve ter estudado arbitragem, treinado e colocado em prática: repararam que os 3 gols na partida São Paulo x Botafogo surgiram de lances idênticos? Se não assistiu aos gols, os veja e repare: nos 3 tentos, alguém carregava a bola pelo meio; havia sempre um atacante em impedimento passivo, na banheira, esperando a bola; mas nas 3 ocasiões a bola foi lançada para alguém na ponta direita ou esquerda, em condição legal; e nas 3 vezes, ao invés de chutar para o gol, a bola é lançada para a área, ao atleta que outrora estava em impedimento mas que por culpa desse segundo lance não está mais! E como os zagueiros achavam que esses atletas estavam impedidos, os deixaram sem marcação. Inteligente e curiosíssimo! Treino ou coincidência?

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– Os Lances de Arbitragem em SPFC, SFC e SEP

Primeira rodada do Brasileirão, primeiros erros!

É claro que é humanamente impossível assistir aos 10 jogos disputados; ainda mais em feriado como a Páscoa, emendado com outras comemorações. Mas não gostei do que vi em alguns jogos e em lances de falhas pontuais.

Neste domingo, 3 destaques me chamaram a atenção:

  • Lance 1, São Paulo x Botafogo) Jogada dificílima, qualquer coisa que fosse marcada seria duvidosa. No começo da partida, a bola é lançada do meio de campo a Alexandre Pato, que está enfiado entre os zagueiros do Botafogo; o sãopaulino aparece em posição duvidosa e tenta encobrir o goleiro Jeferson. O bandeira Pablo Almeida da Costa/MG demorou para levantar a bandeira, e tanto atacante quanto goleiro continuaram a jogada até o árbitro insistir com o apito. A bola estava entrando no gol, Jeferson tirou quase/ou dentro da meta. Seria polêmico se estivesse valendo… Só que apenas no replay se percebe a condição legal de Pato, pois o calcanhar de Dória dá condição. Esse é o tipo de erro que não dá para condenar o bandeira, é covardia visualizar o detalhe dos centímetros.
  • Lance 2 , Santos x Sport) Outra jogada difícil na rodada foi o gol de Geuvânio. O santista chuta para o gol; se a bola entra direto, gol sem polêmica. Mas Gabriel estava em suposta posição de impedimento. Se estivesse à frente do penúltimo defensor e não tocasse na bola, gol válido, pois ele está em impedimento passivo, não interferindo na jogada nem no adversário. Mas se ele relasse na bola, passaria de passivo para ativo e o gol deveria ser anulado. ENTRETANTO, há um jogador na ponta esquerda da defesa pernambucana que dá condição a Gabriel por estar na mesma linha (provado pelo tira-teima da SporTV). Portanto, independente se o gol foi dado a Geuvânio ou a Gabriel, foi gol legal e acerto do bandeira carioca Silbert Sisquim em situação difícil de se decidir (Detalhe: o árbitro da partida, o baiano Arilson Bispo só aparece de vez em quando nas escalas, e sempre está em meio a lances polêmicos. Que coisa! Lembram-se de uma lambança homérica em Corinthians x Botafogo no Pacaembu?)
  • Lance 3, Criciúma x Palmeiras) Erro duplo e grosseiro da arbitragem. O juiz André Luís de Castro/GO (aliás, o mesmo árbitro que apitou o último jogo do Palmeiras na série A – o do rebaixamento em 2012 e que fez o primeiro jogo no acesso em 2014) deve ter deixado fulo o presidente da Comissão de Árbitros Antonio Pereira da Silva, seu conterrâneo goiano (aliás, será que existe alguma relação de corporativismo pátrio para que tenhamos tantos goianos bandeirando e apitando? Goiás não tem cidade–sede na Copa, mas o que tem de árbitro…). Multipênalti na jogada. Thiago Alves dá uma voadora no peito de Silvinho. Era pênalti e cartão vermelho, e na sequência deliberadamente desvia a bola com a mão (lance para Amarelo). Ele poderia escolher o que marcar e fez vista grossa nos dois lances! Ou excesso de incompetência ou má fé. Fico com a opção “incompetência”, pois creio que todos somos honestos e falíveis (até que se prove o contrário).

Por fim, um detalhe interessante de quem deve ter estudado arbitragem, treinado e colocado em prática: repararam que os 3 gols na partida São Paulo x Botafogo surgiram de lances idênticos? Se não assistiu aos gols, os veja e repare: nos 3 tentos, alguém carregava a bola pelo meio; havia sempre um atacante em impedimento passivo, na banheira, esperando a bola; mas nas 3 ocasiões a bola foi lançada para alguém na ponta direita ou esquerda, em condição legal; e nas 3 vezes, ao invés de chutar para o gol, a bola é lançada para a área, ao atleta que outrora estava em impedimento mas que por culpa desse segundo lance não está mais! E como os zagueiros achavam que esses atletas estavam impedidos, os deixaram sem marcação. Inteligente e curiosíssimo! Treino ou coincidência?

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– O Beatle que não fui Beatle!

Admiro um bom texto, e claro, os bons escritores. O jornalista Davi Coimbra, em seu blog (citação abaixo), escreveu sobre pessoas que tem estrelas, e usou como pano de fundo Pete Best X Ringo Star.

Pete era esclarecido, ousado, íntimo de John Lennon, Paul McCartney e George Harison. Mas ficou de fora da banda na hora da fama. Ringo era doente, analfabeto funcional e a sorte lhe sorriu! Tanto, que entrou para a história e a formação de sucesso consta seu nome.

Quantos competentes que de fato não são. Ou que não tem oportunidade! Há alguns que nascem para Pete Best, outros, para Ringo Star…

Extraído de: http://wp.clicrbs.com.br/davidcoimbra/2010/02/03/o-beatle-que-nao-foi-beatle/?topo=77,1,1

O BEATLE QUE NÃO FOI BEATLE

Vi uma entrevista com o Pete Best, dias atrás. Sou fascinado por sua história, cada vez que ele aparece na TV fico mesmerizado.

Pete Best é o Beatle demitido. Foi um dos Beatles pioneiros, estava na formação originalíssima da banda, com os gênios George, Paul e John. Os quatro se reuniam na casa da mãe de Pete para ensaiar. Tocaram juntos durante dois anos, juntos viajaram para Hamburgo, numa temporada que marcou o amadurecimento público do grupo. Eram tão amigos, que, numa noite hamburguesa, estando eles sem dinheiro, Pete e John assaltaram um marinheiro e lhe tomaram a carteira estufada de marcos. Ou acharam que a haviam tomado: quando voltaram ao hotel, um perguntou ao outro se estava com a carteira, e nenhum estava.

Apesar de toda essa intimidade, George, Paul e John achavam que Pete não era bom o bastante. Além disso, havia a mãe de Pete. Mona, esse o nome dela. Era uma mulher de uns 30 e tantos anos, muito bonita e de forte personalidade. Arrogou a si própria a função de conselheira e mentora da banda. Os Beatles iam ensaiar na casa dela e ela ficava dando palpite. Metida. Tão metida que se meteu com um rapaz que funcionava como uma espécie de produtor do grupo e teve um filho com ele. O pai de Pete, bonzinho, assumiu a criança e lhe acoplou o sobrenome. Mais um Best no Reino Unido.

George, Paul e John, personalistas e até algo chauvinistas, não apreciavam as intervenções não solicitadas da mãe de Pete. Mas como dizer isso ao filho dela? É provável que, se Pete fosse um baterista um pouco mais carismático, eles o teriam mantido no grupo. Mas, aparentemente, não era. Ou pelo menos não era tão concentrado e tão brilhante quanto seus amigos.

E havia Ringo logo ali.

A história de Ringo é sen-sa-cio-nal. Ringo era de família pobre. Quando tinha três anos, o pai dele embarcou num dos navios que aportavam em Liverpool e foi-se mar afora, para nunca mais retornar. Ringo virava-se como podia na periferia da cidade, até que, aos sete anos, foi acometido de uma doença grave. Passou um ano no hospital, meio morto. Quando voltou ao colégio, sentiu o atraso. Os colegas o humilhavam, ele não conseguia aprender. Começou a matar aula. Aos 12 anos, era quase analfabeto. Uma prima decidiu ensiná-lo em casa, Ringo se entusiasmou, progrediu, mas, aos 13 anos, contraiu tuberculose. Mais um ano no hospital.

Alguém poderia dizer que foi muita falta de sorte. Ao contrário. Como Ringo já estava habituado ao ambiente hospitalar, comportava-se com desenvoltura entre doentes, médicos e enfermeiras. Em pouco tempo, organizou uma bandinha com os pacientes, improvisou umas baquetas e arvorou-se como baterista. Ao sair do hospital, o padrasto, que era um bom homem, presenteou-o com uma bateria usada.

Foi assim que Ringo aprendeu a tocar.

Foi a partir daí que se tornou um Beatle e entrou para a História.

Quer dizer: se não tivesse ficado doente da primeira vez, provavelmente não se sentiria à vontade para fazer a banda na segunda vez que ficou doente. Logo, as duas doenças foram fundamentais na construção do destino estrelado de Ringo Star.

Já Pete Best, comunicado de que o tinham excluído da banda, e excluído- justamente às vésperas da assinatura do primeiro contrato que os elevaria ao firmamento do rock, Pete Best literalmente recolheu-se à insignificância. Trabalhou como funcionário público, tentou o suicídio abrindo o gás do banheiro, foi salvo pela mãe e retornou à sua vida comum. Está casado há 45 anos com a mesma mulher, ainda mora em Liverpool e montou sua própria banda, a Pete Best Band, com a qual excursiona pelo mundo, ganhando algum dinheirinho, afinal. Na entrevista que assisti, falava com voz grave e melodiosa. Trata-se de um senhor grisalho, com o bigode frondoso dominando o rosto risonho e melancólico. Diz não saber por que foi demitido da maior banda pop de todos os tempos, diz que o importante é ter saúde, diz que é feliz.

Não deve ser.

Imagino que nenhum dia da sua vida termina sem que ele pense que poderia ter sido um Beatle. Pior: que ele FOI um Beatle, e agora não é mais. O único Beatle fracassado da banda mais bem-sucedida da História.

Essa é a diferença entre os vencedores e os perdedores. Essa a atual diferença entre as direções do Grêmio e do Inter. Alguns nascem para ser Ringo Star. Outros sempre serão Pete Best.

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– Uma Meia Verdade no Futebol Brasileiro!

E as declarações do jogador Rui Cabeção após ser eliminado na Copa do Brasil pelo Mixto-MT?

Falou sobre arbitragem, CBF, sociologia do futebol e outros temas importantes. Mas algo forte dito foi que:

A maioria dos jogadores de futebol jogam 3 meses e ficam desempregados no resto do ano. E estes caras incompetentes que fazem calendários na CBF não estão nem aí”.

Claro, se referiu aos clubes que só jogam os estaduais e ficam de fora das 4 divisões nacionais.

Sim, é verdade que a maioria dos jogadores brasileiros ganha pouco, vive de estaduais que são de curta duração e que a CBF maltrata os clubes. Porém, são muitos os clubes de aluguéis, empresários que nada contribuem e aproveitadores que vivem do futebol esporádico, fazendo com que numerosos clubes falidos insistam em jogar profissionalmente, deixando dívidas e atrapalhando / inchando as tabelas.

Se diz que “os times grandes precisam também dos pequenos para sobreviverem”. Mas quando são minúsculos e em excesso, aí a situação é inversa: essas agremiações sobrevivem explorando a disponibilidade do grande.

Enfim, vale pensar: se o clube pequeno se sustenta e está inserido numa das divisões profissionais do Brasileirão, tudo bem. Mas se vive de apenas 3 meses de estaduais e sempre está devendo, se preocupar com a sua sobrevivência não se transforma em ato de caridade?

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