– Quem são os pares de Marco Polo?

Marco Polo Del Nero será aclamado presidente da CBF. Não que os clubes e federações o desejem, mas sim pelo fato dos conchavos políticos, subserviência e falta de opções assim determinaram.

Veja que curioso: José Maria Marin será seu primeiro-vice (como é o mais velho, assume a cadeira nas ausências de Marco Polo). Os demais serão Fernando Sarney, filho do ex-presidente da República José Sarney pela Região Norte (dispensa apresentações), Marcus Vicente, da Federação do Espírito Santo, representando o Centro-Oeste (não tem time forte na série A, mas tem árbitro aspirante à FIFA), Gustavo Feijó, da Federação Alagoana, representando o Nordeste (sem time forte na Série A , mas com árbitro FIFA) e Delfim Peixoto, da Federação Catarinense, representando a Região Sul (que tem vários times na série A e adquiriu do PR um árbitro FIFA). Ambos não tem estádios da Copa do Mundo em seus feudos.

A percepção de que muitos nomes dos estados que não tem time grande na principal divisão mostra que a força política é que move a relação. Não tem equipe grande, coloca um árbitro em evidência para agradar? Não conseguiu estádio, mas conseguirá cargo? A moeda de troca pode ser de vários valores…

Enfim, o futebol brasileiro tende a continuar o mesmo, infelizmente. E a meritocracia continuará a não existir.

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– Iphones de Ouro para Presente?

A Nigéria tem Petróleo, mas é um país pobre e cheio de problemas. Entretanto o presidente Goodluck Jonathan não percebeu isso!

Seu filho se casou no último sábado, e como lembrança aos convidados, deu iPhones 5S de Ouro!

Não é a 1a vez que ele faz essas loucuras. Já ofertou 53 iPhones 24 quilates a amigos na festa de 53 anos da Independência do país (tudo pago com dinheiro público).

Assim é fácil festejar, não?

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– Incoerências Futebolísticas da Segunda-Feira

No Rio de Janeiro e em São Paulo, muitas coisas discutíveis aconteceram no mundo do futebol. Vamos à elas?

1- O Vasco da Gama declarou que quer anular o jogo decisivo com o Flamengo, após sofrer um gol em impedimento no último minuto regulamentar. Reclamar, pode. Mas não vai conseguir anulação, afinal, é “erro de fato” (quando há falha de interpretação ou de tomada de decisão, como a de domingo, onde o bandeira mal posicionado não marcou impedimento). O jogo só poderia ser anulado caso fosse erro de direito, ou seja, quando toma uma decisão errada por desconhecimento da regra de jogo.

O gozado é que só agora o Vasco da Gama resolveu reclamar da arbitragem. Antes do jogo, após a polêmica das declaracões da esposa de Marcelo de Lima Henrique (que apitou bem a partida), o time da Colina declarou que confiava na arbitragem. Ora, era naquele momento que ele deveria, por motivos óbvios, pedir outro sexteto de arbitragem. Quando o placar é desfavorável resolver chiar? A propósito, e as declarações do goleiro flamenguista Felipe de que “Ganhar roubado é mais gostoso.”? Ficará sem punição por parte da FERJ?

2 – Em São Paulo, a FPF promoveu sua festa de encerramento do campeonato. Os dois bandeiras da Copa do Mundo são dois paulistas, e não foram premiados por nada. Não seriam eles os melhores, já que estarão no Mundial? Mas os premiados foram Tatiane Sacilotti (justo, falamos em várias análises de arbitragem do ótimo trabalho da moça nas partidas que comentamos) e Carlos Augusto Nogueira. Discordo do Carlão, pois Anderson Moraes Coelho foi melhor do que ele neste ano. O curioso é: foi Carlos Nogueira quem errou e não marcou impedimento no jogo da final de domingo entre Santos x Ituano, aquele mesmo lance que virou o tão discutível pênalti… Prêmio pelo erro?

Aliás, o árbitro premiado foi Luís Flávio de Oliveira, que não trabalhou nas fases finais. Vai entender… Mas a desculpa é boa: culpa do sorteio. E fico pensando: o aspirante à FIFA Luiz Flávio daria pênalti na bola na mão que virou mão na bola, marcado pelo Rodrigo Guarizzo no jogo de ida?

3 – Sobre as homenagens da noite: José Maria Marin ganhou um prêmio por serviços prestados ao futebol. E o vereador Toninho Paiva entregando prêmio a Boleiro? Aí é demais… Cadê os craques do passado, que mereciam as justas homenagens?

4- Destaque para a performance de Cleber Machado e Carolina Galan na condução do evento. Aliás, a apresentadora da TV FPF, ex-aluna da escola de árbitros da FPF e noiva do presidente da FPF, cobrou cachê da FPF para apresentar o evento? Apesar da beleza da moça (indiscutível) a diferença com Cleber Machado como jornalista é grande, não?

E aí, o que achou da segunda-feira pós término dos estaduais? Deixe seu comentário:

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– Renunciar limpa a barra?

André Vargas, petista vice-presidente da Câmara dos Deputados, ameaça renunciar ao mandato, após denúncias de corrupção e relacionamento escuso com o doleiro Yousseff.

Pergunta básica: renunciar apaga os erros? E vida que segue, normalmente?

Mas e as punições ao deputado, ao partido e a devolução do que supostamente tirou dos cofres públicos?

Eh Brasil…

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– Análise da Arbitragem de Santos 1 x 0 Ituano – Final do Paulistão

Jogo chato para o árbitro apitar. Raphael Claus foi bem na partida, embora, existam duas situações importantes a discutir.

1- O pênalti pró-Santos! Lance difícil, daqueles que geram discussão. Pegou na bola e quando atinge o atleta do Santos já é jogada vencida (fruto do inevitável contato físico). Mas respeito quem interpretou de outra forma – a de que o atleta pega a bola e o adversário por imprudência, e daí sim é infração. Eu não marcaria, mas entendo que é questão interpretativa e aceito a segunda opção. Sobre o impedimento, realmente estava, mas numa jogada rápida e lance difícil para o bandeira.

Em suma, esse lance foi irregular mas com um grau de dificuldade muito maior do que a mão na bola marcada na semana passada. O desse último domingo é o erro aceitável, diferente da semana passada, que é erro crasso.

2- A catimba do Ituano. A “lá argentinos”, os jogadores do Galo de Itu souberam fazer a cera e gastaram bem o tempo, com a anuência do árbitro. E aqui uma observação: se o pênalti foi aos 45m, o árbitro deu os acréscimos e o jogo ficou paralisado por 2 minutos pelas discussões, por quê não foi acrescido o tempo perdido? Nesse item, pecou Claus.

Considerações diversas: o Ituano é o 1o bicampeão paulista do Interior (embora a primeira conquista tenha sido sem os grandes, que jogaram o Rio-SP e posteriormente o ‘Supercampeonato Estadual do Farah”). Ganhou do São Paulo no Morumbi, do Palmeiras e do Santos no Pacaembu, e desclassificou o Corinthians em sua chave. É um time bem treinado pelo Doriva. Por quê tanta gente “assustada”?

É claro que em ritmo de competição e em pontos corridos, os grandes clubes teriam um desempenho melhor e dificilmente o Ituano seria o vencedor. Mas com as regras do torneio, foi o campeão.

Porém, o Ituano não se tornou melhor time do mundo de uma hora para a outra, nem tem Messi ou Cristiano Ronaldo em seu elenco. É uma equipe ajeitada, que joga pelo coletivo. E que não se iluda! No Brasileirão da A1, onde se posicionaria na tabela?

Aliás, é irônico: o campeão da FPF jogará a 4a Divisão do Campeonato Nacional… Coisas possíveis graças ao Marco Polo Del Nero e suas fórmulas.

Enfim: PARABÉNS AO ITUANO!

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