– Natal Comercial versus Natal Verdadeiro

Feliz Dia da Ceia da Árvore?

Caramba, há coisas que assustam pelo apetite feroz ao consumismo. E um deles é o comercial que visa “impor” um dia oficial para se montar a árvore de Natal. Esta data, segundo a Sadia, é 01 de Dezembro, o “Dia da Ceia da Árvore“, onde as crianças e seus pais devem comer Peru para comemorar o sucesso da montagem.

Já viu o comercial? Está em: http://www.youtube.com/watch?v=dcdRDtz7jXo#t=18

Puxa, já não basta ter o apelo de comprar presentes (sacrificando até quem não pode) ao invés do sentido espiritual da coisa, agora se gasta para “os festejos de montar a árvore”? Claro que a Sadia quer vender mais peru e tenta criar uma data impactante. No ano que vem, teremos de novo tal mensagem. E isso cansa! O escritor Walcyr Carrasco, dias atrás, disse algo interessante:

Dezembro é o mês da síndrome natalina, aquela obrigação de exalar felicidade. Dá para se libertar dela?

Você que gosta do Natal, me desculpe, mas concordo com o Walcyr. Celebrar e ser feliz deve ser todo dia; reunir os amigos e a família, sempre. E, muitas vezes, escolhemos uma data para nos juntarmos com pessoas que muitas vezes nem mais convivem conosco ou que não temos afinidade. E surgem os sorrisos amarelos e a necessidade de se gastar com presentes.

Ora, temos que presentear o ano inteiro? Aniversário, Dia das Crianças, Natal, Páscoa, dia disso e daquilo…

Sem ser hipócrita: clima natalino é diferente de clima comercial. DETESTO ESSA ÉPOCA COMERCIAL DO ANO, com as ruas lotadas e pessoas histéricas comprando e se estressando.

Natal, pra mim, é tempo de relembrar o nascimento de Cristo, seus motivos de vir ao mundo (para nos salvar) e a necessidade de buscarmos a conversão pessoal (que deve ser diária, não só no final de ano). Papai Noel é só um personagem bem pequeno, e que os mais estudiosos sabem, foi criado pela Coca-Cola para campanhas de marketing no final do ano nos EUA há muito tempo atrás, bem como o tal do “Dia da Ceia da Árvore”.

O tempo do Natal deve ser festa religiosa, não desespero comercial. Nossos bolsos que o digam em janeiro…

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– Acostumando com os Atletas Desconhecidos

Me recordo que em 1998, Zagallo foi pressionado para convocar Sony Anderson para a Seleção Brasileira, artilheiro do Campeonato Francês e ilustre desconhecido para os brasileiros. Anderson saiu do XV de Jaú para o Vasco e antes do profissionalismo foi para a França.

Naquela oportunidade, se questionava sobre o fato de um jogador brasileiro que fez carreira no Estrangeiro antes de explodir no Brasil merecer a Amarelinha. Em geral, se esnobava dizendo que “como ele, tínhamos vários”.

Aí surgiu o tal de Alex Afonso, matador do Campeonato Holandês, anônimo no Brasil e convocado por Dunga. Não deu em nada…

Na sequência, de Campina Grande para o mundo, Hulk, goleador português descoberto por Mano Menezes e que até hoje figura na seleção Brasileira. Transferido para o Zenit da Rússia, continua fazendo gols. Mas até ser convocado, era uma grande dúvida.

Recentemente tivemos o episódio “Diego Costa”, que vem fazendo sucesso na Espanha e defenderá a Fúria, alegando que sua vida profissional se deu toda por lá e jogar pela Seleção Espanhola seria mais coerente.

Enfim, teremos que nos acostumar com os jogadores nascidos no Brasil e que surgem às centenas (centenas sim, não às dezenas) no Velho Continente. O menino vai embora cedo do país, acaba atuando nas categorias de bases das equipes européias e quando surge no estrelato, questionamos por qual clube brasileiro jogou, já que ninguém nunca o viu, por pura ignorância nossa e por grande número de atletas exportados ainda na juventude.

É cada vez maior o número de atletas naturalizados nas Seleções, e, creio, um caminho sem volta. É a questão profissional: se jogou a vida inteira por um país, porquê não jogar por sua seleção local? Isso difere dos jogadores “contratados para naturalização”, e lembro do episódio do ex-jogador do Guarani, Aílton, que jogava no Borússia da Alemanha. Sempre esquecido pela Seleção Brasileira e fazendo sucesso na Europa, com 34 anos o centroavante foi convidado a se naturalizar catariano para a disputa das Eliminatórias Asiáticas. A FIFA proibiu, alegando que não existia nenhum vínculo do brasileiro com o Catar para permitir uma convocação.

Hoje, países ricos agem diferente: levam jovens pobres para estudarem e jogar futebol em sua terra, naturalizam-os e depois os convocam para a Seleção Principal. É uma estratégia arriscada, mas funcional (e cara).

Fico pensando: isso só se resolveria se a FIFA obrigasse as Seleções a convocarem jogadores natos do país (ao invés de naturalizados). Mas, cá entre nós, seria injusto.

Desse jeito, acostumemo-nos com os jogadores “surpresas”, desconhecidos da maior parte do público, e que vingam lá fora pelo neocolonialismo futebolístico e financeiro do Século XXI, disputados pelas Seleções de onde nasceu e de onde joga.

Coitados dos treinadores: brigarão por jogadores que ainda não testaram mas que se destacam (como Diego Costa do Atlético de Madri – que já se definiu pela Espanha- ou Fernando do Porto – cortejado por Portugal). Perderemos também alguns craques, como Liédson e Deco. Mas que não nos confundamos ao inventarmos os anônimos, como Fábio Bilica e tantos outros (né Luxemburgo?).

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– Coitados dos Hermanos…

A Argentina está em maus lençóis. A política local sofre com Cristina Kirchner; a censura se faz presente no noticiário; a população é privada de bons produtos (vide a limitação da importação de carros), e, se não bastasse tudo isso, a Polícia Argentina entrou em greve.

E quando a Polícia pára de trabalhar… As pessoas de má indole, bandidos travestidos de cidadãos, abusam da maldade. Saques, saques e mais saques em supermercados. Alguns comerciantes fecham as portas para evitar roubos e furtos. Um verdadeiro caos!

E há gente que defende regimes anárquicos. Tenha dó…

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– Consequências da Briga em Joinville refletirão nas Finanças do Vasco da Gama

Você associaria sua marca a algum produto que trouxesse repulsa?

Normalmente, a maior parte das empresas evita esse tipo de ligação publicitária. Mas vejam: o Vasco da Gama estava numa difícil situação no Campeonato Brasileiro e mesmo assim mantinha um contrato de R$ 7 milhões anuais (período de 4 temporadas) com a Nissan, montadora japonesa que acreditava no canal “Futebol” para divulgar seus carros.

Com o provável rebaixamento do clube à segunda divisão, meses atrás, o diretor de Marketing da Nissan, Murilo Moreno, em um congresso no RJ, foi indagado sobre a queda e declarou sobre isso:

Se cair, melhor ainda. Ano que vem a gente aparecerá sozinho na série B. Vai dar mais mídia do que ficar pelo meio da tabela na série A“.

Ora, é uma estratégia arriscada. Eis que o time não só caiu, mas sua torcida protagonizou cenas de guerra com a do Atlético Paranaense. E fora de campo, o presidente Roberto Dinamite admite usar todas as armas jurídicas para se manter na Primeirona, mesmo vexatoriamente rebaixado.

Agora, a Nissan resolveu sair do Vasco da Gama, por entender que atitudes violentas e antiéticas não contribuem para a associação da sua marca.

Parabéns, Nissan. E se todas fizessem o mesmo?

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– Feliz Aniversário, Jundiaí

Hoje é data festiva na cidade, o dia da elevação à Vila de Jundiaí (ou seja, viramos cidade).

Várias versões sobre a fundação do município, mas a mais aceita é a de que Rafael de Oliveira e Petronilha Antunes, por motivos políticos, aqui vieram habitar. E fica a dúvida: foragidos políticos? Refugiados? Criminosos?

Nossa padroeira é Nossa Senhora do Desterro justamente por esse episódio: desterro é fuga, viagem para se esconder (Nossa Senhora fugiu com Jesus e José para o Egito quando Herodes mandou matar os primogênitos judeus). O por quê da fuga do casal fundador, ninguém saberá.

Não importa as motivações, importa Jundiaí hoje e a Jundiaí do futuro. Que nós, jundiaienses, possamos fazer da nossa cidade um lugar melhor para nossos filhos!

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