– Neymar Pai sobre Neymar Filho

Li um pedaço do livro “Neymar, Conversa Entre Pai e Filho” (editora Universo dos Livros), de Felipe Pontes. E Neymar, o pai, fala porque Neymar, o filho, não foi para a Europa cedo.

Um atleta não nasce da noite para o dia. Vi que ele tinha gosto pela bola. Foi com o passar do tempo que tive a certeza do seu talento. Quando percebi, não poderia deixá-lo sozinho, porque fui jogador de futebol e sei como é esse meio. Existem pessoas capacitadas, como existem pessoas despreparadas para cuidar e gerenciar a carreira desses meninos e meninas. Eu já tinha experiência e também procurei estudar e me informar para ajudá-lo no que fosse preciso (…) Desde os 11 anos, Juninho já tinha contrato com o clube. Isso vale muito para nós: o reconhecimento que o Santos sempre teve por meu filho. E o dinheiro não vale mais que isso. Tanto que, em março de 2006, ele poderia ter se tornado jogador do Real Madrid. Não quis. Nós não quisemos. Em seis dias na Europa, Juninho e eu não aguentávamos mais. Não conseguíamos comer mais nada. Deixá-lo na Europa, ainda que ganhando bem, era uma violência para uma criança de 13 anos. Não era sua hora ainda. Ele precisava ter vivido tudo o que passou no Santos e no Brasil. Tudo tem seu tempo. E o dele, agora no Barcelona, chegou.

Bem orientado, hein? Vejo muitos jovens de famílias desestruturadas se perdendo precocemente por culpa da falta de orientação. Nota 10 para Neymar pai.

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