A Conmebol divulgou os árbitros para as duas próximas rodadas das Eliminatórias Sulamericanas para a Copa do Mundo. Dos 8 jogos, teremos 4 com arbitragem brasileira. Veja:
Equador x Uruguai: Sandro Meira Ricci
Colômbia x Chile: Paulo César de Oliveira
Uruguai x Argentina: Marcelo de Lima Henrique
Chile x Equador: Leandro Pedro Vuaden
Ótimas escolhas. E pensando bem… temos Wilson Seneme, Heber Roberto Lopes, Péricles Bassols, Ricardo Marques Ribeiro, Chicão de Alagoas e Wilton Pereira Sampaio. Teriam eles condições de serem escalados?
Sinceramente, além dos 4 que apitarão, só Seneme e Heber fazem jus ao quadro FIFA. Estamos numa entressafra que perdura muito, e acaba sendo prejudicial ao futebol.
Mas atenção: o que mais me preocupa é- a carência é de árbitros ou de dirigentes do apito? Há quanto tempo os nomes são os mesmos? Como vamos renovar, se não há renovação dos renovadores? E isso vai além da arbitragem, vai do futebol como um todo.
Os nomes do futebol de hoje sempre lá estiveram: Marco Polo, Marin, Ricardo Teixeira, Juvenal… E vai me dizer que renovação é Andrés Sanches (que foi diretor do Dualib e depois da CBF)?
Uma nova geração de dirigentes esportivos parece surgir. Luís Álvaro, do Santos FC, era uma luz que parece ter se ofuscado. Paulo Nobre, do Palmeiras, parece ser alguém a se considerar (até agora). Mas e outros nomes? Não há nenhum candidato a Paulo Machado de Carvalho, mas muito a “Joões Havelanges”.
Um país de futebol forte possui uma arbitragem capacitada; pois quanto mais elevado for o nível do seu campeonato local, maior será a capacitação da sua arbitragem. E nessa ciranda de nomes que não se renovam, o prestígio que nossa arbitragem ganhou lá fora anos atrás parece estar na corda bamba.

