– Análise da Arbitragem de Enrique Osses no jogo Brasil 2 x 1 Uruguai. Como foi o árbitro?

Enrique Osses correu bastante no jogo desta tarde no Mineirão. Posicionou-se muito bem e acertou os lances técnicos. Em jogadas de tranco, não marcou nenhuma faltinha, daquelas que estamos acostumados nos campeonatos regionais. Mas não foi tão bem na parte disciplinar. Vamos aos lances?

No começo do jogo, David Luiz infantilmente agarra Lugano na área. E é agarrão mesmo, que gira-e-derruba o adversário. Pênalti indiscutível. Aqui, sou levado a crer que David Luiz estava pilhado pelas declarações provocativas pré-jogo do uruguaio e não se controlou. Acertou o árbitro na marcação.

Porém, a defesa de Júlio César foi irregular. Explico: na cobrança de pênalti, o goleiro pode se mexer para os lados a qualquer momento; mas para frente, só após o adversário tocar na bola. Pela dificuldade em se manter sobre a linha na hora do impulso, permite-se o movimento natural de um pequeno passo para frente. É como se fosse uma “adiantada permitida”. O problema é que Júlio estava com os dois passos a mais ou menos meio metro na hora que Forlán cobra. Como a distância entre o goleiro e a bola foi menor que os 11 metros regulamentares, e ele defendeu,deveria mandar voltar a cobrança.

Quase no final do 1o tempo, Luís Gustavo deveria ser expulso por atingir Rodriguez, e só levou cartão Amarelo. Numa disputa de bola, o brasileiro ergueu o pé exageradamente e de maneira forte, atingido o uruguaio no peito. Repare que não foi um movimento de disputa de bola, afinal, depois que ela passa, Luís Gustavo continuou a erguer o pé. E como a regra diz textualmente, “força excessiva” é para cartão Vermelho.

Aos 45m, falta normal do mesmo Rodriguez em Neymar. Mas o atacante caiu como se fosse atropelado. É isso que irrita, pois houve a falta de jogo, sem necessidade de cartão. A simulação de que foi mais forte do que realmente ocorreu faz com que os adversários o critiquem – e com razão.

Logo no 1o minuto do segundo tempo, Max Pereira acertou Hulk próximo a lateral. E nem levou cartão! Aos 75m, Marcelo fez falta idêntica em Cavani, e acabou levando a advertência. Esse foi o problema do árbitro: não manter um critério uniforme de distribuição de cartões.

Uma observação: na etapa final, os trancos legais foram numerosos, sempre praticados pelos uruguaios e derrubando os brasileiros. Mas por quê os brasileiros também não fizeram uso de tal artimanha?

Aos 83m, mais uma situação desnecessária: Gonzales foi substituído, e fala algo aparentemente provocativo para Neymar, que está pronto para cobrar um escanteio; o brasileiro manda beijinho para o adversário, retribuindo a provocação. Profissionais não podem fazer isso.

No final do jogo, com ambas equipes abusando do unfair-play, Neymar disputa a bola com Gargano;o uruguaio abre os braços e Neymar simula ter levado uma cotovelada. O árbitro marca a simulação, vários jogadores discutem, Osses não consegue aplicar o cartão ao brasileiro e durante a confusão o Uruguai cobra rápido e com a bola rolando. Ainda bem que não resultou em nada…

Nos acréscimos, Neymar é substituído e demora, demora, demora para sair. O árbitro está ao pé do ouvido, com coceira para dar cartão amarelo, e o menino insiste. Sorte que o árbitro chileno resolveu contemporizar tudo nos instantes finais.

E você, o que achou da partida? Deixe seu comentário:

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– Análise da Arbitragem de Enrique Osses no jogo Brasil 2 x 1 Uruguai. Como foi o árbitro?

Enrique Osses correu bastante no jogo desta tarde no Mineirão. Posicionou-se muito bem e acertou os lances técnicos. Em jogadas de tranco, não marcou nenhuma faltinha, daquelas que estamos acostumados nos campeonatos regionais. Mas não foi tão bem na parte disciplinar. Vamos aos lances?

No começo do jogo, David Luiz infantilmente agarra Lugano na área. E é agarrão mesmo, que gira-e-derruba o adversário. Pênalti indiscutível. Aqui, sou levado a crer que David Luiz estava pilhado pelas declarações provocativas pré-jogo do uruguaio e não se controlou. Acertou o árbitro na marcação.

Porém, a defesa de Júlio César foi irregular. Explico: na cobrança de pênalti, o goleiro pode se mexer para os lados a qualquer momento; mas para frente, só após o adversário tocar na bola. Pela dificuldade em se manter sobre a linha na hora do impulso, permite-se o movimento natural de um pequeno passo para frente. É como se fosse uma “adiantada permitida”. O problema é que Júlio estava com os dois passos a mais ou menos meio metro na hora que Forlán cobra. Como a distância entre o goleiro e a bola foi menor que os 11 metros regulamentares, e ele defendeu, deveria mandar voltar a cobrança.

Quase no final do 1o tempo, Luís Gustavo deveria ser expulso por atingir Rodriguez, e só levou cartão Amarelo. Numa disputa de bola, o brasileiro ergueu o pé exageradamente e de maneira forte, atingido o uruguaio no peito. Repare que não foi um movimento de disputa de bola, afinal, depois que ela passa, Luís Gustavo continuou a erguer o pé. E como a regra diz textualmente, “força excessiva” é para cartão Vermelho.

Aos 45m, falta normal do mesmo Rodriguez em Neymar. Mas o atacante caiu como se fosse atropelado. É isso que irrita, pois houve a falta de jogo, sem necessidade de cartão. A simulação de que foi mais forte do que realmente ocorreu faz com que os adversários o critiquem – e com razão.

Logo no 1o minuto do segundo tempo, Max Pereira acertou Hulk próximo a lateral. E nem levou cartão! Aos 75m, Marcelo fez falta idêntica em Cavani, e acabou levando a advertência. Esse foi o problema do árbitro: não manter um critério uniforme de distribuição de cartões.

Uma observação: na etapa final, os trancos legais foram numerosos, sempre praticados pelos uruguaios e derrubando os brasileiros. Mas por quê os brasileiros também não fizeram uso de tal artimanha?

Aos 83m, mais uma situação desnecessária: Gonzales foi substituído, e fala algo aparentemente provocativo para Neymar, que está pronto para cobrar um escanteio; o brasileiro manda beijinho para o adversário, retribuindo a provocação. Profissionais não podem fazer isso.

No final do jogo, com ambas equipes abusando do unfair-play, Neymar disputa a bola com Gargano; o uruguaio abre os braços e Neymar simula ter levado uma cotovelada. O árbitro marca a simulação, vários jogadores discutem, Osses não consegue aplicar o cartão ao brasileiro e durante a confusão o Uruguai cobra rápido e com a bola rolando. Ainda bem que não resultou em nada…

Nos acréscimos, Neymar é substituído e demora, demora, demora para sair. O árbitro está ao pé do ouvido, com coceira para dar cartão amarelo, e o menino insiste. Sorte que o árbitro chileno resolveu contemporizar tudo nos instantes finais.

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– PEC 37 rejeitada pelo Medo dos Deputados

E nessa última noite, o Congresso rejeitou a PEC 37, proposta que, em outras palavras, dava a possibilidade dos deputados se auto-investigarem e se auto-julgarem pelos seus delitos.

Somente 9 deputados votaram a favor; entre eles, Valdemar da Costa Neto (ele mesmo, de tantas denúncias e que um dia renunciou para não ser cassado – e voltou ao Congresso.

Mas uma coisa é certa: os deputados não votaram contra a PEC para ajudar o país, mas nitidamente com medo das manifestações. Será que se os protestos Brasil afora não existissem, e o voto fosse secreto, o resultado seria o mesmo?

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