– A Grande Lição do Caso Braguetto! Profissionalizar ou não?

Nas últimas horas falamos muita coisa sobre o imbróglio que envolveu a final entre Santos x Corinthians, FPF e Arbitragem (veja em: http://is.gd/MentiraFPF). Neste domingo, independente de quem será o time vitorioso, já temos um perdedor: o Árbitro de Futebol.

As declarações do ex-árbitro Rodrigo Braguetto retratam a verdade: nenhum juiz de futebol consegue ter uma vida tranquila como a dos dirigentes de grandes clubes, tão pouco financeiramente estável dos consagrados atletas.

Como o árbitro pode abandonar sua casa e fazer treinamentos durante a semana, assistir as palestras de atualização de regras, comparecer a reuniões onde ele é convocado mediante punição caso não compareça, sendo tudo custeado por ele próprio?

Não adianta falar que as taxas de arbitragem compensam. O desgaste familiar, a curta carreira (menor do que a de um jogador), a incerteza de respaldo dos dirigentes da arbitragem, a pouca sequência de escalas, a falta de FGTS, Férias, 13o, entre outros, faz com que ele seja um abnegado.

Durante a semana, treina de madrugada, de noite ou na folga. De repente, é obrigado a matar um dia de serviço da atividade profissional que o mantém para cumprir os testes físicos. É exigido profissionalmente, sendo considerado amador.

A culpa é de 3 elementos que compõe o mundo do futebol:

1- Das Federações, que não querem assumir que os árbitros sejam seus empregados remunerados, pagando-os via cooperativa por jogo apitado, deixando-os sem planejamento financeiro por culpa do número de escalas incerto e obrigando-os a ter uma vida dupla (ora árbitro, ora profissional em outra atividade).

2- Dos Sindicatos e Cooperativas, que nunca fizeram movimentos realmente em defesa dos árbitros e nem defenderam a profissionalização da arbitragem como ela deva ser. Sempre propõe modelos demagogicamente associativos, fazendo com que o árbitro seja ligado a cooperativas ou a eles próprios sindicatos, privilegiando descaradamente as federações. E com a justificativa de que como patrões, as Federações não conseguiriam pagar seus árbitros.

3- Dos Árbitros, que em troca de frequentes escalas, não criticam abertamente a situação que tanto os incomodam: serem cobrados como profissionais e tratados como amadores, sendo obrigados a assinarem documentos em que reconhecem ser “prestadores autônomos de serviços”, vinculando-os, pasmem, aos clubes! O árbitro na verdade é um contratado do time que ele apitará (entenda em: http://is.gd/ArbitroVetado).

Tomara que o burburinho criado pelo caso Braguetto traga a discussão da Profissionalização dos Árbitros, deixando-os independentes das ligas piratas e bicos de final de semana, unindo-os umbilicalmente às responsabilidades trabalhistas das Federações.

E isso significa liberdade das nefastas associações de defesa dos árbitros. Não vi nenhum pronunciamento de defesa do Sindicato dos Árbitros do Estado de São Paulo ou da Cooperativa dos Árbitros de São Paulo, entidades nas quais Braguetto era filiado e que descontavam as taxas do seu trabalho na FPF. Mas seria ilusão esperar que elas o defendam: afinal, a diretoria de ambas é composta por funcionários remunerados da Federação Paulista de Futebol!

Pobre árbitro. Sem defesa e sem independência. Que seu ato incentive e denuncie essa relação indecente.

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– Oração e Comunicação com Deus

Dando continuidade aos nossos encontros semanais da Catequese do Sacramento da Crisma na Comunidade Nossa Senhora de Fátima (Bairro Medeiros – Paróquia São João Bosco, Jundiaí/SP), hoje abordaremos: Oração.

ORAÇÃO E COMUNICAÇÃO COM DEUS

Há algumas formas de se aproximar de Deus. Já falamos anteriormente sobre a fé e as boas obras para alcançar a salvação. Hoje falaremos sobre esse combustível que nos garante a fé e impulsiona a prática das boas ações: a oração.

Quando necessitamos de uma maior intimidade com Deus, podemos nos aproximar dEle através da oração. É uma forma eficaz de comunicação com o Senhor. Mas será que temos nos utilizado desse recurso freqüentemente?

Infelizmente, muitas pessoas lembram de fazer suas orações somente quando estão necessitadas de alguma graça. Não deve ser esse o propósito final quando se reza, pois as orações podem ser feitas com vários propósitos. Podemos classificá-las em: oração de súplica, arrependimento, renúncia ou cura, ação de graças e louvor.

Súplica:       É aquela oração em que pedimos a Deus ajuda para a nossa vida. Quando precisamos de saúde, ânimo, união familiar, paciência, ou qualquer outra necessidade, recorremos a Ele em oração. Devemos pedir com confiança, segundo nos diz Jesus em Mateus 21, 22. Mas deve-se tomar cuidado com o que se pede. Algumas pessoas reclamam que pedem a Deus nas orações por uma Graça e não a alcançam. Ora, a causa tem dois motivos: ou não se teve fé suficiente, ou pedimos algo que não se teve fé suficiente, ou pedimos algo que não nos faria crescer; Deus sabe o que é melhor para nós.

Se Deus não nos concede determinado pedido, é porque Ele sabe que esse pedido nos afastaria dEle ou seria prejudicial a nós. Muitas pessoas pedem fortunas, riquezas, status… Acabam-se esquecendo de pedir o dom de amar, perdoar, a serenidade, a fé… Deus sabe de nossas verdadeiras necessidades, embora sejamos muitas vezes mesquinhos e queiramos além do que nos é necessário. Não adianta alongar as orações se o que pedimos não nos será realmente algo que nos santifica. Deus tudo vê (Mt 6, 7-8).

Arrependimento: Cada vez que pecamos, nos afastamos de Deus, embora Deus não se afaste de nós. É através do arrependimento que reconhecemos nossos erros e podemos ser perdoados.

A partir do momento que rezo a Deus para que Ele me perdoe de algum erro, estou fazendo uma oração de arrependimento. E o reconhecimento da pessoa que errou e quer se emendar é bem visto por Deus, pois sua misericórdia é infinita. Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. Um exemplo de oração de arrependimento pode ser o ato de contrição: “Meu Deus, eu me arrependo de todo o coração de vos ter ofendido, porque sois tão bom e amável. Prometo, com vossa graça nunca mais pecar. Meu Jesus, misericórdia”.

Renúncia ou Cura: É uma espécie de oração de libertação. Inúmeras vezes, nos vemos limitados por um problema ou por algum trauma ou vício, que nos acaba impedindo de uma maior intimidade com Deus. Às vezes, estamos tão apegados a determinados bens ou nos escravizamos por algum vício, que nos faz impotentes em mudar de vida. As drogas acabam fazendo que a pessoa se torne dependente, e faça da maconha o seu deus. A falta de perdão deve ser colocada também como algo que se queira renunciar. Esse tipo de oração ajuda a nossa purificação para que busquemos a nossa santificação. Reflita Efésios 6, 10-20, onde nos mostra que a oração é, além de cura, uma prevenção.

Ação de Graças:     Talvez a ação de Graças seja esquecida por muitos. É aquela oração de agradecimento por termos alcançado alguma Graça. Nós nos acostumamos a pedir, pedir e pedir, mas dificilmente nos lembramos de agradecer. Quando pedimos um favor a alguma pessoa, dizemos obrigado; porém, esquecemos de dar esse obrigado a Deus. A oração de ação de Graças é importante, pois mostra que somos verdadeiros filhos de Deus, amados, agraciados, e a reza dessa oração deve servir de testemunho para outras pessoas. Tudo o que fazemos e obtemos sucesso, devemos dizer “Graças a Deus”, mostrando que se não fosse pela Sua ajuda, não nos seria possível obter a Graça. Veja Efésios 5, 18-20.

Louvor:        É o reconhecimento de que Deus é o verdadeiro e único Senhor. Os judeus costumavam louvar a Deus por tudo, através dos salmos, pela sua grandeza, pela sua misericórdia, pelo dom da vida. Quando louvamos a Deus, mostramos a Ele nossa gratidão, mas com uma diferença da oração de ação de graças: na ação de graças, se louva por uma graça específica; no louvor, se louva pela providência e pelas atitudes de Deus frente a nossa vida, pelo seu projeto de Salvação, pela nossa redenção por Jesus, pela iluminação através do Espírito Santo. Um exemplo é o salmo 106.

Em que momentos estamos rezando? Com qual frequência?

Podemos diferenciar dois tipos de orações: as formuladas com palavras próprias e as já elaboradas. As duas têm o mesmo valor, embora se caracterizam por formatos diferentes.

– As formuladas com suas próprias palavras são aquelas feitas com intensidade um pouco mais particular, com ênfase nas necessidades individuais, um pouco mais espontânea e mais personalizada. Um grande exemplo é a oração que fazemos ao final da noite, relembrando as coisas boas e ruins que nos aconteceram durante o dia, e acabamos conversando com Deus.

– As orações já elaboradas são as orações mais tradicionais: a Ave-Maria, o Pai-Nosso, o Credo, o Glória; que são fórmulas de se orar. Embora alguns irmãos separados façam críticas a essas orações, foi o próprio Jesus que nos ensinou a orar dessa forma, como o Pai-Nosso (Mt 6, 9-13). Aliás, o Pai-Nosso é uma oração completa, pois conta com louvor, súplica, arrependimento, perdão e ação de graças.

Existem alguns instrumentos que nos ajudam a orar. A reza do terço, por exemplo, é uma forma eficaz.

São 4 os terços rezados: gozosos, dolorosos, luminosos e gloriosos, rezados cada qual no seu dia. A reza dos 4 terços é a reza do rosário. Cada terço é composto por cinco mistérios, que são compostos por um Pai-Nosso, dez Ave-Marias e o Glória. No final do terço se reza a Salve-Rainha. É uma oração que se faz a Deus por intercessão de Nossa Senhora. Mas atenção: nunca devemos recitar essas orações, mas rezar, meditar cada palavra. Se eu rezar as 200 Ave-Marias do rosário e não meditá-las, vou estar rezando sem fé. Preciso prestar atenção em cada palavra que digo, e rezar não com a boca, mas com o coração).

Contemplar cada mistério é meditar toda a realização do plano de salvação de Deus. Os mistérios nos contam toda a anunciação até a ascensão.

Os mistérios do terço:

MISTÉRIOS GOZOSOS

MISTÉRIOS DOLOROSOS

MISTÉRIOS GLORIOSOS

MISTÉRIOS LUMINOSOS

1-A anunciação do anjo Gabriel a Maria

1-A agonia de Jesus no monte das Oliveiras

1-A ressurreição de Cristo

1- O batismo de Jesus

2-A visita de Maria a sua prima Isabel

2-A flagelação de Jesus

2-A ascensão de Jesus

2- As bodas de Caná

3-O nascimento de Cristo

3-A coroação de espinhos

3-A descida do Esp Sto sobre Maria e os discíp

3- O anúncio do Reino de Deus

4-A apresentação de Jesus no templo

4-O caminho de Cristo ao Calvário

4-A assunção de Maria

4- A transfiguração

5-Jesus perdido e reencontrado no templo

5-A crucificação

5-A coroação de Maria.

5- A instituição da Eucaristia

O Catecismo da Igreja Católica, no § 2699, nos ensina três outros modos de como se orar: <O Senhor conduz cada pessoa pelos caminhos e maneira que lhe agradam. Cada fiel responde ao Senhor segundo a determinação de seu coração e as expressões pessoais de sua oração. Entretanto, a tradição cristã conservou três expressões principais da vida de oração: a oração vocal, a meditação e a oração mental. Uma característica fundamental lhes é comum: o recolhimento do coração (…).>

Vemos que a oração é um instrumento eficaz no nosso relacionamento com Deus. A nossa relação correta de filhos de Deus deve ser entendida através da parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18, 9-14).

Dinâmica:

1        Que tal rescrever o Pai-Nosso com suas próprias palavras?

2        Cada um escreve uma oração particular. É interessante fazer uma experiência de oração com os jovens.

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