– O Constrangedor Lula

Lula palpita aqui, acolá e viaja pelo Brasil em campanha. Mas diz que não será candidato a nada.

Ora, não dá para passar batido: e a foto dele junto com o Fernando Haddad, como se estivesse “ensinando e comandando” o prefeito da capital?

Sinceramente, foi constrangedor. A propósito, me parece que o Haddad tem começado bem sua administração em São Paulo. Ao menos, tem trabalhado bastante. Espero que se livre dos mensaleiros ao seu redor…

A imagem não é a que está no post, já que é protegida pela Veja, que fez a original. Mas traz a lembrança do Guia-Mestre querendo mandar em tudo.

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– O Prefácio do Papa: Pássaros e Peixes, porque somos cristãos…

Compartilho ótimo material enviado pelo jornalista Reinaldo Oliveira, referente a um prefácio escrito pelo Papa Bento XVI. Ele nos convida a refletir sobre a Criação de Deus e o amor a nós. Vale a pena conferir. Abaixo:

SÃO PEDRO PESCAVA COM ANZOL OU COM REDE?

Por Orlando Fedeli

“No quinto dia Deus fez os pássaros e os peixes (Cfr. Gen. I, 22, 23).

E os peixes são mudos e vivem no abismo amrgo do mar. E os pássaros cantam e voam para o céu. Mas Deus fez a ambos: os pássaros e os peixes.  E assim é que os pecadores não cantam a glória de Deus e vivem no abismo amargo do pecado. Enquanto os santos cantam a glória de Deus e voam para o céu. Mas Deus criou a ambos: os santos e os pecadores. E Deus quer a salvação de todos. E por isso Jesus escolheu seus apóstolos entre os pescadores, porque eles deviam salvar os pecadores. E por isso está escrito nos

Salmos: ‘Minha alma se alegra como um pássaro, porque escapou do laço do caçador’. E o caçador é o diabo que visa caçar os santos que cantam a glória de Deus e e impedir que eles voem para o céu. E assim é que está escrito que Cristo disse a Pedro para lançar suas redes para fazer a pesca milagrosa que salva 153 grandes peixes. Porque São Pedro não usava anzol, mas redes. Porque a rede não mata o peixe já que Deus quer a salvação dos pecadores para que vivam. Mas São Pedro não usava anzol, pois que o anzol engana: oferece comida na isca e dá a morte com o ferro do anzol. E o anzol é torto. São

Pedro usava rede. Ele não queria enganar. Deus visa apenas o bem. E por isso não é permitido oferecer um bem para causar um mal. Nem enganar, apresentando o bem escondido atrás de um mal desejado pelos maus.”

O Anzol do Pescador

Tudo isso nos veio à mente, ao ler o complexo prefácio-apresentação escrito pelo Papa Bento XVI ao livro do Senador Marcello Pera, intitulado “Porque devemos dizer-nos cristãos”.  É um texto curto. São trinta linhas apenas. O Papa as escreveu agora em Novembro.  O texto é curto, como um pavio de uma bomba. Vai desencadear uma explosão de comentários, e tudo indica que terá conseqüências bem importantes. Vai desencadear?  Não. Já desencadeou um rio de comentários contraditórios. É um texto bem complicado. Para não dizer contraditório. Trinta linhas que darão o que falar. Marcarão a História. Publicamos esse texto do Papa em português e em italiano, no final deste artigo. Texto complexo. Texto contraditório. Por que contraditório? Porque ele parece anzol de pescador: é torto como anzol, e oferece isca e morte. Comida e ferro. Tortamente. Difícil é distinguir nele o que é propriamente o anzol e o que é a comida. Daí, os comentários contrastantes. Alguns, de chofre e muito de imediato, chamaram a atenção para a incrivel afirmação de Bento XVI de que o Liberalismo, condenado solenemente por tantos Papas, é doutrina conciliável com o Catolicismo. Outros notaram que o Papa Bento XVI, nesse texto tão curto, condenou o diálogo ecumênico ao afirmar que “o diálogo inter-religioso no sentido estrito da palavra não é possível”.  O Catolicismo é a religião que tem fundamento no Verbo, no Logos. É impossível o diálogo do Catolicismo com religiões que negam o Verbo, ou que negam a verdade objetiva, pois como bem notou Gianni Baget Bozzo, “onde não há logos, não pode haver diálogo”.  Segundo o prefácio do Papa, o Liberalismo teria fundamento em Deus (Sic!?). E teria sido a base da formação da Europa. Essas afirmações não tem base nem histórica, nem doutrinária. Historicamente, o liberalismo, doutrina da Revolução Francesa de 1789 surgiu muitos séculos depois que a Europa, como fenômeno cultural e político, já existia há muito mais de mil anos.

(Copyright © 1999-2011 -Associação Cultural Montfort -http://www.montfort.org.br/ Pág. ¼).

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– China: o Preço do Crescimento

Vale a pena crescer destruindo a qualidade de vida?

Leio (e não me recordo onde) que a China está poluindo 40 vezes mais do que o índice recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

Cada habitante de Pequim não fumante aspira poluição que equivale a 20 cigarros fumados por dia!

Cá entre nós: as imagens de Shangai, Pequim ou qualquer outra grande cidade nos mostram metrópoles cinzentas, feias e donetes, apesar do crescimento acelerado.

Seria esse o custo de alguns emergentes?

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– Tectoy: do Sucesso ao Sumiço

Lembram-se de Master System e Mega Drive? Do Sonic? Pois é, eles eram do grupo Tectoy e foram sucesso no Brasil. Sabe o que aconteceu com a empresa?

Extraído de: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI254242-16642,00-A+TECTOY+PASSA+DE+FASE.html

A TECTOY PASSA DE FASE

A fabricante de games e brinquedos de maior sucesso no Brasil nos anos 90 vive uma crise que já dura 16 anos. Para sair dela, está virando uma prestadora de serviços

Por Guilherme Felitti

Muito antes de os cabelos ficarem grisalhos, no início dos anos 80, Fernando Fischer gastava horas brincando nos consoles Mega Drive. Seu jogo preferido era Castle of Illusion, onde Mickey Mouse resgatava a namorada Minnie de um castelo assombrado. Era um dos poucos videogames disponíveis no Brasil, pioneirismo da Tectoy, empresa que fazia a alegria de crianças e adultos fascinados pelos eletrônicos. Quem nasceu até o começo da década de 80 também deve se lembrar do ursinho falante Teddy Bear e da pistola Zillion, imbatíveis nas prateleiras. Pois bem. Essa Tectoy não existe mais. Caiu com a decadência da parceira japonesa Sega, que lhe garantia a exclusividade na venda dos melhores videogames da época. Como resultado, viveu os últimos 16 anos em crise, alternando produtos como quem tenta passar de fase em um jogo. Foi aí que Fischer voltou à história. O ex-cliente é o atual presidente da companhia.

Sua missão é tirar a Tectoy de seguidos prejuízos anuais iniciados em 1995. A intenção, agora, é abrir as portas das fábricas às empresas estrangeiras, tornando-se fornecedora de máquinas, mão de obra e logística. Fischer diz que existem negociações adiantadas com americanos, japoneses e chineses. Pode ser uma boa saída para retomar os tempos de grandes contratos e lucros fartos.

A primeira fase da Tectoy foi brilhante: ela vendeu 5 milhões de consoles do Master Systems e do Mega Drive e mais de 25 milhões de cartuchos, liderados pelo porco-espinho Sonic. Fora o Japão, não houve um mercado onde a parceira Sega tenha feito mais sucesso do que no Brasil. O jogo mudou de dificuldade para a Tectoy com o declínio da Sega. A desenvolvedora investiu em videogames que trocaram os cartuchos pelos CDs, mas estes nunca repetiram o sucesso dos antecessores. Os altos gastos no desenvolvimento e o baixo retorno obrigaram a japonesa a abandonar os consoles. Pior para a Tectoy.

Sem direção clara, a empresa passou os anos seguintes relançando produtos antigos na tentativa de reencontrar o sucesso (leia quadro). Lá fora, a briga entre Microsoft, Nintendo e Sony tomou as rédeas do mercado de games. A brasileira estava a anos-luz destes concorrentes. Em 2006, o endividamento correspondia a quase todo o seu patrimônio. Ou seja, a Tectoy estava prestes a falir. A primeira aposta de Fischer, pouco depois de assumir a presidência, foi apelar ao “DNA da empresa”: um novo videogame. Desenvolvido junto à Qualcomm, o Zeebo parecia o projeto perfeito para desafiar os índices galopantes de pirataria no Brasil – os jogos eram baixados por 3G. Doce ilusão. A pesada taxação de games e os altos custos no desenvolvimento tornaram o Zeebo caro demais e poderoso de menos para enfrentar o PlayStation 2, da Sony. O que deveria ser uma boia se tornou uma âncora – foram vendidos pouco mais de 30 mil consoles no Brasil, enquanto se esperava um número 20 vezes maior. Em vez da rentabilidade, o Zeebo aumentou a dívida. “Não fosse ele, a Tectoy já operaria no azul”, afirma Stefano Arnhold, presidente do conselho.

A empresa, então, deixou o projeto de lado, virou acionista minoritária na joint venture criada com a Qualcomm e tirou o Zeebo do seu dia a dia. Não eram os games, portanto, que garantiriam vida extra à Tectoy, mas a produção de DVDs, iniciada em 2003. Em cinco anos, o número de tocadores vendidos quadruplicou. Eles são, hoje, a principal fonte de receita da empresa. O restante vem, principalmente, dos consoles outrora campeões de vendas: com, no mínimo, 21 anos, os games respondem por um terço do faturamento da Tectoy. Enquanto alguns brasileiros se estapeiam para comprar iPads e iPhones, outros parecem blindados à rápida evolução da tecnologia: todo ano, ainda são vendidos quase 160 mil desses videogames por aqui. O Brasil é o único país que continua a produzir o Master System e o Mega Drive. Ainda assim, a Tectoy tem um balanço que cheira a naftalina.

É deste anacronismo que Fischer espera se livrar ao adotar a postura de porta de entrada para fabricantes estrangeiros de eletrônicos que queiram explorar o Brasil. “Fizemos uma sessão de terapia e vimos que tínhamos três coisas que caíam no mesmo cesto: manufatura de qualidade, habilidade excepcional com o varejo e áreas de pós-venda e call center”, diz. A estratégia é aproveitar o movimento de empresas estrangeiras que, para evitar a alta carga tributária, investem na fabricação nacional de eletroeletrônicos. Empresas que queiram produzir no Brasil sem investir em fábrica, estrutura logística ou telemarketing são o alvo da Tectoy. “Se o cliente quiser um dos serviços, tudo bem. Se quiser os três, tudo bem. É o nosso ‘kit McDonalds’.” Foi o caso da Humax, primeira parceria fechada no final de 2010. Pelo contrato de três anos, a Tectoy será um dos fornecedores de set-top boxes usados pelos clientes do serviço de TV por assinatura Sky. O centro da estratégia da Tectoy é sua fábrica em Manaus. Quanto maior a demanda da Sky, mais set-top boxes saem dali. Em um ano, a capacidade da fábrica foi quintuplicada e o número de funcionários mais que dobrou. Ainda assim, ela vem operando perto do limite e um novo contrato nos moldes deste exigiria uma segunda instalação.

Com a Humax, a empresa quebrou uma tradição financeira carregada desde sua fundação: como se especializou em vender brinquedos, os balanços da Tectoy sempre dependeram excessivamente do segundo semestre, com o Dia das Crianças e o Natal. Só nos primeiros seis meses de 2011, a Tectoy já faturou quase 80% da receita do ano passado inteiro. No novo balanço que Fischer espera apresentar em 2012, a prestação de serviços deverá ser a segunda fonte de receita. E, com o natural declínio da venda de DVDs, poderá se tornar o carro-chefe nos próximos anos. Parece um bom caminho para a Tectoy parar de perder dinheiro. Sob as rígidas regras da Comissão de Valores Mobiliários que regulam empresas de capital aberto, Fischer apenas meneia a cabeça quando questionado se, depois de 16 anos, a empresa voltará a dar lucro.

Ao tentar tirar seu visto para os Estados Unidos, o presidente encontrou uma atendente no consulado americano que lhe deu preferência quando viu a marca nos documentos. “Você trabalha na Tectoy?”, ela perguntou. Fischer torce apenas para que o prestígio da marca não se resuma a episódios como o do consulado – uma lembrança na cabeça de garotos e garotas agora crescidos.

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– As Novas Regras da Libertadores. Vão funcionar?

Já falamos em outra oportunidade que a CONMEBOL resolveu introduzir a suspensão automática ao atleta que receber o 3o cartão amarelo nas rodadas da Libertadores da América (antes, recebia apenas uma multa). Agora, uma observação: os clubes que disputarão o torneio deverão jogar em estádios com capacidade de 20.000 lugares nas primeiras fases, mas na finalíssima, devem ter 40.000. Só que há um detalhe: o regulamento diz que “poderão ter capacidade inferior prevista desde que se verifique conforto e segurança suficientes.

Ué, que subjetividade é essa? Ou pode, ou não pode. Aliás: falar em conforto nos estádios de futebol é algo raro…

Porém, algo novo: os clubes deverão mandar seus jogos em estádios que estejam distantes no máximo 100 km de um aeroporto!

Nesse ano, com o inchaço da competição, temos ilustres equipes desconhecidas de confins diversos, que talvez não seriam páreo nem na série B do Brasileiro. Quer dizer que elas terão que ter estádios confortáveis, seguros, com 20 mil lugares e perto de aeroportos? Quantas atenderão esse quesito?

O problema é que por ser demasiadamente política, a CONMEBOL faz vistas grossas ao que ela mesma deveria fiscalizar. No ano passado, por exemplo, a equipe peruana do Juan Aurich jogou num estádio de grama sintética não-aprovada pela FIFA para partidas internacionais (se desejar, entre no site da FIFA e veja as arenas aprovadas com grama sintética); embora irregular, teve aprovação da entidade sulamericana. Outro descaso: o Bolívar jogou contra o Santos e a torcida provocou uma verdadeira selvageria no estádio, no episódio em que Neymar foi atingido por pedras. Alguma punição?

Por fim, o que dizer de uma entidade onde o seu presidente, Nicola Leoz, é aclamado vitaliciamente no cargo por dirigentes do naipe de Julio Grondona e Ricardo Teixeira?

Estou pagando pra ver… Será que ela colocará em prática tudo o que se propõe a cobrar?

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– As Novas Regras da Libertadores

Já falamos em outra oportunidade que a CONMEBOL resolveu introduzir a suspensão automática ao atleta que receber o 3o cartão amarelo nas rodadas da Libertadores da América (antes, recebia apenas uma multa). Agora, uma observação: os clubes que disputarão o torneio deverão jogar em estádios com capacidade de 20.000 lugares nas primeiras fases, mas na finalíssima, devem ter 40.000. Só que há um detalhe: o regulamento diz que “poderão ter capacidade inferior prevista desde que se verifique conforto e segurança suficientes.

Ué, que subjetividade é essa? Ou pode, ou não pode. Aliás: falar em conforto nos estádios de futebol é algo raro…

Porém, algo novo: os clubes deverão mandar seus jogos em estádios que estejam distantes no máximo 100 km de um aeroporto!

Nesse ano, com o inchaço da competição, temos ilustres equipes desconhecidas de confins diversos, que talvez não seriam páreo nem na série B do Brasileiro. Quer dizer que elas terão que ter estádios confortáveis, seguros, com 20 mil lugares e perto de aeroportos? Quantas atenderão esse quesito?

O problema é que por ser demasiadamente política, a CONMEBOL faz vistas grossas ao que ela mesma deveria fiscalizar. No ano passado, por exemplo, a equipe peruana do Juan Aurich jogou num estádio de grama sintética não-aprovada pela FIFA para partidas internacionais (se desejar, entre no site da FIFA e veja as arenas aprovadas com grama sintética); embora irregular, teve aprovação da entidade sulamericana. Outro descaso: o Bolívar jogou contra o Santos e a torcida provocou uma verdadeira selvageria no estádio, no episódio em que Neymar foi atingido por pedras. Alguma punição?

Por fim, o que dizer de uma entidade onde o seu presidente, Nicola Leoz, é aclamado vitaliciamente no cargo por dirigentes do naipe de Julio Grondona e Ricardo Teixeira?

Estou pagando pra ver… Será que ela colocará em prática tudo o que se propõe a cobrar?

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