E a confusão ‘em tempo de retardo’ envolvendo o árbitro FIFA do DF, Sandro Meira Ricci?
O site especializado em arbitragem Voz do Apito divulgou uma matéria contendo documentos mostrando que, em 2006, Ricci entrou para a CBF de maneira irregular, não atendendo a solicitação de número de partidas e tempo de atuação em jogos profissionais de sua federação para tal indicação (vide documentos e matéria no original, em: http://is.gd/RICCI). Na prática, foi como se um jovem árbitro amador fosse galgado repentinamente para o quadro nacional.
Agora, estamos em 2012, e Sandro Meira Ricci pertence ao quadro internacional e é considerado um dos melhores do país!
O que fazer?
– Punir com efeito retroativo? Desconsiderar a burla anterior e fazer vista grossa? Multá-lo ou multar os dirigentes? Cassar a insígnia FIFA?
Curiosamente, nessa mesma semana, o jornalista Juca Kfouri divulgou documentos sobre uma combinação de placares de 1968, onde o Palmeiras aceitava ceder atletas para o Guarani de Campinas, desde que o Bugre jogasse com o time reserva e garantisse o não-rebaixamento do time alviverde para a segunda divisão do Paulistão. Pior que a picaretagem, foi o fato de registrarem em cartório tal falcatrua, com assinatura com firma reconhecida! Veja em: http://is.gd/SEPeGFC
O que Palmeiras, Guarani e Sandro Meira Ricci têm em comum?
Ambos estão atuando na elite dos campeonatos que atuam. Retirar hoje o escudo FIFA do árbitro teria o mesmo peso de rebaixar o Palmeiras e o Guarani nesse atual Paulistão.
O árbitro é o menos culpado de tudo isso. Culpa sim tem os dirigentes que o indicaram / aceitaram seu nome, por culpa de terem desobedecido as normas da época.
Entretanto… cada regra esdrúxula temos para indicar árbitros para postos mais altos! Sandro Ricci foi o melhor árbitro do Brasileirão anos atrás, mas ficou de fora da FIFA pois Péricles Bassols houvera sido indicado. Como explicar a meritocracia nesse caso?
Nesse ano, Wilton Sampaio foi de excepcional regularidade, mas o instável Chicão de Alagoas, de tantos erros cometidos, alcançou a FIFA! De que forma se justifica tal indicação? Com qual regra?
Creio que o excesso de regras e normas obscuras, levando a incríveis subjetividades, faz com que tudo isso aconteça. A ascensão de Sandro, ocorrida através da maneira exposta pela matéria acima citada, é de fato irregular. Quiseram os deuses do apito que por vias tortas tivéssemos um grande árbitro se destacando (é inegável a qualidade de Ricci). Mas não podemos nos esquecer: a dúvida é- consertar o erro de que jeito, se é que o erro deva ser reparado hoje?
Lembro-me de 1998: na época, um árbitro estagiário estava se destacando na arbitragem de SP! Antes da própria formatura, já mostrava qualidades APITANDO NA A1. Hoje, ele, Seneme, é um dos nomes para a Copa do Mundo de 2014, por sua imensa competência. E não precisou de critérios de CBF ou Ranking da FPF para aparecer… Necessitou sim das suas próprias qualidades e do olhar clínico do Prof Gustavo Caetano Rogério, que o lançou.
Perceberam como os grandes árbitros de hoje surgem à margem de rankings burocráticos e engessados, que trazem mais dúvidas e desconfianças do que credibilidade? Aí ficamos com a reflexão: as regras criadas promovem o sucesso dos bons árbitros, ou a falta de dirigentes com feeling para novos talentos atravanca a revelação de outros Riccis e Senemes?
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DISCUTINDO CONTEMPORANEIDADES 
Fui ao site mencionado e verifiquei que o árbitro entrou na CBF em 2006 e lá aparece um documento do árbitro Alexandre Andrade sendo informado que saíria da CBF por conta de um corte promovido pelo então presidente da Conaf.
No site que denunciou o fato fica claro que a origem dos documentos é do ex-árbitro Alexandre Andrade, o que nos remete ao recente caso do árbitro carioca Gutemberg que denunciou o chefão do apito, Sérgio Correia.
O ex-árbitro poderia ter enviado os documentos ao TJD da CBF que, com base, nas regras da entidade maior deveria julgar e punir.
Quanto as regras, discordo do professor, pois temos que ter, mas não aqueles engessadas, aquelas que impedem o talento.
Leio sempre que, nas categorias de base, os jogadores tem alguns deveres para conseguir fazer testes e não existem regras. Coloca-se o garoto para jogar e aqueles que tem talento sobem. Mas, pelo que lemos, nem sempre isto ocorre da forma meritória mencionada e desejada.
Não conheço os árbitros em questão, portanto bem a vontade para falar. O árbitro Seneme sem dúvidas é um dos bons do futebol. Se ele fez a escola conforme disse, em 1998, não creio que ele tenha saído atuando na primeira divisão e teve que passar pelas outras. De 1998 a 2012, são 14 anos. Como não sei quando ele chegou na CBF e na Fifa não posso dizer se o tempo fez justiça a ele, mas posso afirmar que Dulcidio Wanderley Boschillia (este é do meu tempo) nunca foi árbitro da Fifa, mas nem por isto deixou de ser um dos melhores do Brasil.
Acho que o professor poderia levantar junto ao árbitro Sandro Meira a motivação para este fato estar tantos anos sem solução. São seis anos. É muito tempo para acusarem agora, em que pese que a falha não foi dele. Se foi indicado quebrando as regras, o árbitro nada tem que ver com isto.
A forma de indicação para a CBF que é levado efeito pela Federação Paulista também é pelo mérito?
Li aqui que alguns árbitros deixaram a CBF sem qualquer explicação por parte da Federação e com curriculum excelentes para permanecer.
Recentemente, outro paulista, o Salvio Spindola deixou o apito por achar que seu ciclo terminou e que não deveria ir para outro quadro, abrindo vagas para os mais novos, segundo disseram.
Também li no site do apito que a Federação de Brasília está sob intervenção, os árbitros em greve o Wilton citado pelo site foi para Goiás. Será que assim vai para a Fifa? ou será que ele não foi para a Fifa por conta da intevenção?
São tantas perguntas sem respostas que ficamos pensando e tirando conclusões, mas por se calarem eles nos permitem isto.
Por isto que digo: liberdade de expressão é a salvação para tudo. O contrário é tirania.
Eles, mudos, nos permite que falemos o que quisermos!
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Sem dúvida, liberdade de expressão é fundamental.
O único porém: infelizmente, Pedro, alguns confundem liberdade com libertinagem… Discutir educadamente não é desrespeitar. A calúnia gratuita e a difamação têm o mesmo peso condenável da censura.
É por isso que devemos exaltar: viva a democracia!
Abraços,
Rafael Porcari
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Verdade verdadeira professor. Até acho que as acusações feitas pelo árbitro carioca, se consistentes, teriam tanta repercussão quanto o caso Edilson que começou com a Veja.
Dizem que o caso será apurado pela FIFA, pelo STJD e pela Justiça, mas tantas denúncias, a ponto do árbitro precisar de ajuda para carregar o Dossie até o Tribunal e nenhuma linha mais é muito estranho.
A prudência exige que não se condene antes dos fatos serem apurados. Lembra da Escola de Base?
O caso específico do Sandro Meira ser levantado 6 anos depois também é muito estranho. Por que tanto tempo?
Se vc é árbitro da Federação e é indicado vc vai lá e nega que quer ir por não ter 2 anos como diz a matéria?
O caso é parecido com o do Gutemberg, com o Edilson ou com outros?
Parece que o presidente da Conaf era outro na época, mas o site me parece um pouco direcionado contra uma única pessoa.
A cada dia que me aprofundo no assunto fico sem entender muita coisa, mas vou lendo.
Estarei fora realizando um curso e talvez fique sem acesso a net por algum tempo, mas deixo meu abraço.
Fui!
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Amigos,
Isso não vai dar em nada. CBF, FIFA e Federações andam de mãos dadas. São entidades de direito privado e se respeitam entre eles procurando sempre não discordarem.
O problema é que eles não têm interesse em criar critérios para serem seguidos, isto lhes tirariam a capacidade de manipular e favorecer a carreira de quem lhes convêm.
Não estou falando do árbitro em questão mas de forma geral. Recentemente a Federação Baiana indicou árbitros e inclusive colocou alguns no quadro nacional que seque possuem diploma. Seu último curso de formação foi em 2002 e ai? Estão lá até hoje e vão ficar é claro.
Acho que o bom árbitro deve queimar etapas mesmo como são os bons no futebol, mas esta transição rápida deve ser bem gerenciada para não levantar suspeitas e disputas negativas.
Resumindo: Nossa arbitragem nacional está falida neste sentido
Forte abraço,
Deive.
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Em relação ao mundo esportivo, o Brasil tem hoje os melhores árbitros de futebol, o que nos precisamos é ter muito cuidado ao lançar cada um deles.
1-Formação pessoal. (Religião,Família, Nível Intelectual)
2-Curso de arbitragem, reconhecida pela Federação local
3-Números de jogos suficiente em categoria de base p/ subir ao Profissional no estadual, sendo destaque local ai sim. ser indicado para CBF. Dai mais jogos para ele nas series D-C-B e A, sendo destaque ai merecidamente um escudo da FIFA, seria uma forma transparente p/ todos.
4-Eu penso que deveria haver um acompanhamento aos árbitros, do inicio até a FIFA, para que não caia no comodismo, no já sei tudo e etc.
Discordo de você quando fala do árbitro de Alagoas, um bom moço, qualificado e que vem sendo acompanhado pelo o ex. árbitro e então Presidente da CEAF/AL o Sr Hércules.
Hoje a Comissão Estadual de Árbitros de Futebol da Bahia CEAF-BA vem fazendo um belíssimo trabalho com seus árbitros, na valorização, nos treinamentos, no acompanhamento dos jogos com ficha de avaliação e notas, nas reuniões constante antes e apos os jogos, para que possamos lançar realmente árbitro para FIFA com transparência, competência e não um mérito aspirante. É ruim saber que temos um material humano muito bom, que foi trabalhado e que não é aproveitado e saber que outras pessoas cairam de para-quedas com o escudo no peito. SIMPLESMENTE DESAGRADÁVEL.
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