– Fluminense X Arbitragem: todos estão corretos!

E o mundo do futebol pega fogo no Rio de Janeiro! De um lado, Peter Siemsen presidente do Fluminense. Do outro, Jorge Rabello, pela Comissão de Árbitros.

O pivô de tudo isso foi a péssima atuação do árbitro Antônio Schneider na partida Fluminense 1 X 2 Vasco da Gama. Nela, a equipe tricolor carioca reclama de 2 pênaltis não marcados (um claríssimo, outro duvidoso).

Em qualquer clássico, qualquer erro de arbitragem tem proporções maiores. E se eles forem claros, mais ainda. Se numerosos, será o assunto da semana! O Fluminense reclamou da arbitragem veementemente, e, o presidente da Comissão de Árbitros Jorge Rabello respondeu as críticas dizendo:

Eles reclamam de arbitragem porque é melhor falar sobre isso. Por que não explicam que o Fluminense não vem jogando nada? Por que com uma folha salarial de R$ 7 milhões empata com o Duque de Caxias, que tem uma folha de R$ 100 mil? Por que o Fluminense é sempre dominado no segundo tempo? Foi assim contra Duque de Caxias, Boavista, Vasco. Por que o centroavante (Fred) cai mais do que chuta? Mas isso não vale a pena eles questionarem. Como o time não vem jogando nada desde o começo do campeonato, rezam para ter erro de arbitragem e terem o que falar

Imediatamente, a fala de Rabello apareceu em todos os sites. Pelo comportamento ousado na resposta (cá entre nós, não é costume ouvirmos dirigentes da arbitragem retrucando com tal ímpeto), o Fluminense divulgou uma carta pedindo exoneração imediata de Jorge Rabello, ameaçando ir à Justiça Desportiva, e caso necessário, à Justiça Comum.

Uma reflexão: claro que as palavras de Rabello foram impróprias, pois o erro da arbitragem foi nítido e grave. Poderia defender seu subordinado de maneira mais polida, sem comprar briga com um clube, afinal, a cada próxima escala de arbitragem nos jogos do Fluminense, o árbitro estará extremamente pressionado: se errar contra, dirão que foi perseguição; se errar a favor, o adversário alegará que a pressão do tricolor surtiu efeito.

Mas, no fundo, lá no fundo…

Jorge Rabello não tem razão?

Claro que o dirigente dos árbitros não poderia dizer isso, mas o torcedor comum, certamente, comunga dessa opinião: é cômodo desviar a péssima produtividade de um time milionário a erros de arbitragem.

A conta é simples: a equipe de arbitragem recebe, ao todo, por volta de R$ 8.000,00 e não marca um pênalti que poderia ou não se converter em gol. Mas Thiago Neves, Fred ou Deco, que recebem mais de R$ 700.000,00 podem perder um gol na cara do gol, que poderia ou não decidir a mesma partida.

E aí, o que acha dessa questão: o erro é da equipe que muito investiu e pouco produziu, ou ela é vítima exclusiva das más atuações da arbitragem? Deixe seu comentário:

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