Na linguagem do futebol, as expressões “jantar, engolir, ganhar, dominar, anular” um juiz de futebol, se referem ao fato de um atleta usar de malícia e sabedoria para ludibriar a arbitragem.
Nesta quarta-feira, na Arena da Baixada, Paulo Baier jogou muito bem e “jantou” o árbitro Pablo dos Santos Alves.
O carioca, que atualmente é aspirante à FIFA e está locado na Federação Capixaba, é um bom árbitro. Nada de excepcional. Mas algo tem sido um pecado: a inexperiência. E isso é fácil observar, basta responder a seguinte pergunta: Paulo Baier, com quase 40 anos de idade, tem quanto tempo de futebol (desde as categorias amadoras?). Não duvido que o tempo de jogador de futebol do atleta seja maior do que a idade do árbitro. E isso foi preponderante!
Nas inúmeras faltas marcadas a favor do Atlético, o jogador ía lá, conversava com o árbitro; pressionava, dava sua sugestão, pedia um cartão, e… demorava para reiniciar a partida. Nas faltas contrárias, Paulo Baier também conversava com o árbitro, questionando as marcações!
Pablo dos Santos Alves não pode sucumbir à pressão. É difícil apitar na Arena da Baixada. Diferentemente do Morumbi, onde o árbitro nada sente, alguém inexperiente pode sentir lá no estádio atleticano, mesmo o jogo não tendo lances polêmicos. Pressão pode acontecer até em jogo fácil, como este. E Antonio Lopes, treinador esperto, malaco, rodado, soube tirar proveito de tudo isso.
Lopes de um lado, Leão do outro? Coitado do 4º árbitro…
Um jogador pode “jantar” um árbitro quando sente fragilidade nele. O erro de Pablo foi não vibrar com o jogo, ser passivo, permitir a fala contra ele. Deixou Antonio Lopes reclamar e gesticular a vontade, sendo que por 4 vezes no 1º tempo o Quarto Árbitro teve que conter os ânimos. Paulo Baier, com toda a sua experiência, ficou ao pé do ouvido do árbitro na partida inteira.
Ainda sobre o jogo, 3 observações importantes:
1- Excessivo retardamento na reposição de bolas por parte do Atlético (se fosse Futsal, onde o cronômetro pára, estaríamos até agora jogando). A ‘cera’ só foi coibida com o cartão ao Paulo Baier (quantas vezes eu o citei, hein?) quase no apito final! Retarda o jogo inteiro e o adverte próximo do término?
2- A inexistência de Advertências Verbais. Ou era cartão, ou não era nada. A ‘bronca do árbitro’ não apareceu.
3- Pênalti no Rivaldo, no segundo tempo. Titubeou o árbitro.
E você, o que achou da partida? Deixe seu comentário:
Ops: não posso deixar de observar: que jogaço no Engenhão, não? E lá, o árbitro Francisco Carlos Nascimento – AL, deu um pênalti ao Fluminense que resultou no quarto gol, que certamente invejaria o lance dele próprio na partida Santos X Atlético-PR, no Pacaembu. Se não foi nada o tranco de Cleber Santana em Neymar (jogo apitado também pelo Francisco), o lance de Fluminense X Grêmio menos ainda! Nenhum árbitro marcaria aquele ‘pênalti’ para o Flu; talvez nem o próprio atleta… Lamentável!



