… que um dia já conversou contigo sobre assuntos do futebol. E quero dizer que esse ranking da FPF não vai funcionar. E sabe por quê, Porcari, está fadado ao fracasso? Não vai dar certo porque usarão critérios questionáveis e duvido que tenha classificação aberta. E tem outra: não gostei do discurso da nova comissão (…)”.
Tenho certeza que, quem ficou na leitura do título do post, pensou outra coisa: que eu assumisse ser o Rubão. E que a meia dúzia de pessoas que torcem para que eu seja ele, num primeiro momento, festejou. A meia dúzia que torce para o bem e todos os outros que especulam e que torcem para o mal…
Foi proposital. Afinal, estou saturado de tolas especulações. Não sou o Rubão. Mas e se fosse? Por quê me esconderia?
Para quem não sabe quem é o Rubão, explico:
Há anos, um personagem surgiu na mídia denunciando mazelas, politicagem e conchavos no meio da arbitragem de futebol. Li ele em diversos comentários de blogs, e tive o prazer de tê-los em algumas vezes no meu próprio blog (com freqüência ínfima se comparado a outros meios). Por diversas vezes, o misterioso Rubão conta bastidores do apito; analisa e explica lances de jogo; fala sobre preparações de árbitros, em âmbito paulista, brasileiro e internacional; critica entidades ligadas à arbitragem falando sobre incompatibilidades, além de outros assuntos.
De tudo o que fala, concordo em quase sua totalidade. Sempre escancara o imoral e defende o correto. E se aprendemos a valorizar o que é justo, a denunciar o incorreto e cobrarmos a não omissão, devemos nos espelhar em quem tenha essas virtudes. Ou quer que me espelhe em princípios éticos das ações praticas e observadas por Ricardo Teixeira, Marco Polo Del Nero, ou outros dirigentes dos quais não concordo em suas atitudes?
A gente deve ter como exemplo gente do bem. Ponto.
Se gostei do tema usado pelo Rubão, qual o impedimento em não desenvolver meu comentário em cima de tal? Só não posso usá-lo como referencia bibliográfica, pois, afinal, é evidente que ela inexiste. Daí a semelhança de temas ou sinergia em idéias.
Não conheço o Rubão; ou talvez o conheça, mas não saiba quem ele é. Embora tenha minhas apostas.
Essa idiotice de associação de meu nome ao dele surgiu com uma lista enorme de supostos “candidatos” a Rubões. Não citarei os nomes das pessoas que surgiram, pois não gostaria que elas sejam constrangidas ou chateadas. A mim, incomoda pelo fato de não sê-lo e ser acusado.
Confesso que uma matéria do Blog do Marcelo Marçal, a quem respeito, em Abril deste ano polemizou a situação. Num assunto que não tinha nada a ver comigo, citou-me (artigo em: http://marcalneles.blogspot.com/2011/04/assistentes-x-coafferj-i-i.html). Talvez quisesse me elogiar na ocasião, entendi o ótimo artigo que escreveu, mas foi infeliz à suposição. E outras situações por termos amigos ou participarmos de blogs ou outras mídias contribuiu para a celeuma. Uma delas – participar do Blog do Fernando Sampaio, excepcional jornalista e defensor dos árbitros.
O que me irrita – e declaro isso abertamente – é a irresponsabilidade em criar fatos, polêmicas e inverdades de tumultuadores. Um idiota (não há outro termo para usar) posta em diversos temas em meu blog TODO SANTO DIA a frase “está na hora de se revelar, assuma que você é o Rubão”.
Caramba, por quê tanto incômodo? Um dos motivos é claro: falou mal de dirigente, o cara vem e escreve reclamando. Ué, falar bem pode, falar mal não?
Meu blog não é SITE DE INFORMAÇÃO. Apenas repercuto informações procurando desenvolver o inteligente espírito crítico, contribuindo para o sábio e necessário crescimento. Meus artigos são OPINATIVOS, nunca procurei dar um “furo” ou ter a vaidade de falar dos detalhes da informação de comissões da Roraima, do Amapá, ou qualquer outro lugar. Aliás, o tema Arbitragem é só mais uns das TAGs que trabalho. Meu Blog é para pessoas que gostam de Contemporaneidades, Administração, Negócios, Política e Religião.
Cito um exemplo: Cooperativa de Árbitros e Sindicato de Árbitros são administrados por funcionários da FPF. Esta é uma informação pública, não do meu site. Quando cito essa relação, critico aberta e educadamente; expresso a democrática opinião; coloco à exposição os diversos pontos de vista. SEM PICUINHA OU MÁGOA DESTE OU AQUELE, e de maneira RESPEITOSA.
Não estamos numa democracia? Não posso utilizar responsavelmente a minha liberdade de expressão? Preciso concordar com uma situação que acho inconveniente? Ou mostrar discordância incomoda alguém, seja ele pau-mandado, puxa-saco ou um simples troll?
Sinceramente, estou pouco me lixando à essas pessoas pobres de espírito. Se eu fosse o Rubão, por quê não teria me revelado? Não tenho problema em conversar com ninguém.
A propósito, estou fora do meio da arbitragem a quase dois anos; não pertenço e nunca pertenci ao quadro da CBF, tampouco FIFA; nunca estive na sede da entidade do RJ; trabalho em 3 atividades profissionais, como participaria de reuniões das entidades? Sempre detestei submundos sindicais e de cooperativas, além de sorrisos amarelos e falsos. Como saberia o que acontece lá dentro? E outra: como acertaria sorteio de árbitros? Aliás, não é sorteio? Estou no interior do estado e tenho outros afazeres muito mais significantes do que esses.
Aliás, não preciso me esconder atrás de pseudônimos. Àqueles que estão chutando, me liguem. Meu telefone está na antiga agenda dos árbitros, não mudou. Me chamo Rafael Porcari, e não devo nada a ninguém. Não tenho rabo preso à Arbitro, Cooperativa, Sindicato ou Federação. Nem favor quero dessa gente. Não gosta da minha opinião? Então não leia. Ando de cabeça erguida, pois assim sai da minha carreira de árbitro e me mantive por toda a minha vida. Dinheiro deles? Esqueça. Minha semialfabetizada mãe e meu valoroso pai me ensinaram a ser HOMEM, com todos os adjetivos que unem a dignidade que um cidadão deve ter.
A rua em que moro leva o nome do meu bisavô. A avenida da escola do meu bairro leva o nome do meu avô. A rua da igreja leva o nome da minha mãe. Tudo isso homenageado pela HONESTIDADE da minha família e que é o maior patrimônio que posso preservar e passar à minha família, ao qual procuro ser um virtuoso chefe.
Às favas com Rubão, Zezinho do Apito e outros caras que apareceram. Idem para blogueiros, jornalistas e pseudos que exploram essa bobagem. E ao ‘internauta’ que insiste nas mensagens, minha repugnância.
Graças ao bom e querido Deus, trabalho desde os 7 anos de idade e não preciso viver dessa gente que simplesmente quer polemizar, confundindo liberdade com libertinagem.
E já querem algo do Rubão, a mensagem acima foi a primeira que me escreveu. É só ler o primeiro parágrafo. E sabe quando surgiu? No dia seguinte à pré-temporada do Hotel Bourbon. As palavras dele retratam o que a maioria dos árbitros pensa hoje. E esse cara estava no evento. Portanto, há mais ou menos 50 pessoas que poderiam usar esse rótulo, sendo que alguns preenchem as características dele (a de estar onipresente aos eventos de reuniões, RJ, Fifa, entre outros).
Sobre isso, não escrevo mais. E também não aceitarei posts mal educados ou que interessem a promoção de alguém. Há tanta coisa mais importante…
Termino esse texto com a sensação de que poderia ter aproveitado melhor o meu precioso tempo ou o espaço. Mas me sinto obrigado a dar satisfação a amigos e leitores. Aos indevidos picaretas, não. Afinal, tenho muitos e queridos amigos. Da arbitragem, mais ainda: os que me escrevem sem quererem notoriedade por obviamente trabalhar ainda no quadro. Mas um lembrete: perdi alguns, pois endemoniar alguns nomes pode agradar a certos dirigentes. Assim, quem é amigo de um, vira inimigo de outros, numa ignorante e perversa relação.
Triste, mas esse é o mundo da arbitragem de futebol onde vivi por muitos anos. Mas ainda tenho esperança que os árbitros de bem vençam a luta.
