– Listas Indicam a Real Qualidade?

Estamos no final de 2011, e surgem as mais diversas listas: melhores jogadores, melhores treinadores, melhores árbitros (tanto em âmbito nacional quanto internacional).

Mas será que a composição das listas reflete a verdadeira condição?

Um exemplo: hoje, Alemanha, Brasil, Itália e México são a elite da arbitragem mundial, com o maior número de oficiais de arbitragem da FIFA: 20. A França e a Argentina possuem 19; Espanha 18 e, pasmem, a Inglaterra tem 17 (mesmo número que a Polônia e a Áustria!).

Será que a poderosíssima Áustria está no mesmo patamar técnico e de importância do que a Inglaterra? Ou que os árbitros brasileiros são melhores do que os argentinos?

Qual o critério para criação de rankings, vagas e escolhas?

Neymar figura entre os 23 nomes do Bola de Ouro da FIFA. Ok. Deverá ganhar todos os prêmios aqui no Brasil, mas em âmbito internacional, pela forte influência européia, talvez leve mais tempo para erguer troféus. Poderá levar na categoria FIFA U-21 (se é que a premiação ainda existe).

Mas aí vem a dificuldade das listas: se Neymar é unanimidade como craque do Brasileirão, como escolher a revelação do campeonato? Próximo do término do Brasileirão (mais ou menos 1 mês), quem é a surpresa? Difícil dar um nome “na lata”. A safra é fraca.

Refaço a pergunta ao árbitro: quem é o árbitro-revelação? Também é difícil compor a lista. Quem é o melhor do ano? Aí teremos Seneme, Ricci, Roman na sensacional sequência nesta reta final (e olha que só observamos os jogos seguidos da Série A, sem contar os jogos da série B, os quais também vence nos sorteios), entre outros.

Creio que se preocupar em escolher as revelações são tão importantes quanto premiar as realidades. Revelações são promessas, personagens que poderão representar o país no futuro. Se não temos revelações de jogadores e de árbitros, quem nos representará com boa qualidade em breve?

É inevitável: se temos preocupações para daqui praticamente 2 anos, com a Copa de 2014, com dificuldade em repor posições para Kaká e Ronaldinho (com Jadsons e Fernandinhos ostentando a camisa 10), quiçá 2018?

Na arbitragem, por exemplo, quem serão os nomes para a Copa da Rússia? Como aspirantes, temos Célio Amorim, Francisco Carlos do Nascimento, Wagner Reway… estariam eles daqui 6 anos aptos para uma Copa do Mundo?

Por fim: se o Brasil tem hoje 20 oficiais no quadro FIFA, sendo 10 árbitros e 10 bandeiras, fica a curiosidade: Paulo César de Oliveira é o mais antigo da relação, o único desde o ‘século passado’ (1999). E 2014 está logo ali. Mas e a questão sobre a meritocracia: por que ele nunca teve sua chance, nos melhores momentos de sua carreira? Por que repetimos consecutivamente 3 vezes o mesmo árbitro nas Copas do século XXI?

Será que teremos PC em 2018 e 2022?

E para você, quais as revelações deste ano: jogador, treinador e árbitro?

(Encerro com um sábio comentário que ouvi: ‘você acha que com os bilhões que custarão a Copa do Mundo, Ricardo Teixeira está preocupado com a arbitragem do Brasileirão?’)

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