Por Reinaldo Oliveira
Manifestações contra as crises que assolam os países estão acontecendo no mundo todo. E como ferramenta em apoio para estas manifestações as redes sociais como o faceboock, twitter e outros, utilizados em sua esmagadora maioria por jovens, têm destacada atuação. As últimas grandes transformações em países do Oriente Médio, da Europa, da Ásia, Américas Central e Latina, estão acontecendo apoiadas nestas ferramentas virtuais. No Brasil, em todos os Estados grupos das mais diferentes ideologias têm se manifestado contra a endêmica onda de corrupção que está acontecendo com assustador aumento, em todos os escalões, sem que a população tenha o entendimento de que os culpados estão sendo punidos. Entidades como o Movimento Contra a Corrupção Eleitoral (MCCE), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras a nível nacional, estadual e municipal, também têm se manifestado, bem como vêm emitindo mensagens de conscientização para a cidadania. Por este motivo, no dia 12 de outubro, feriado nacional em comemoração à padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, além dos grupos que de forma organizada realizaram protestos contra a corrupção, também os arcebispos dom Odilo Pedro Scherer – de São Paulo e dom Raymundo Damasceno – cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, levaram mensagens de conscientização aos fiéis que participaram das celebrações. Celebrando na Igreja de São Luiz Gonzaga, em Pirituba – zona norte de São Paulo, dom Odilo, durante o sermão, elogiou os protestos e disse: “Quando não somos mais capazes de reagir e nos indignar diante da corrupção, é porque nosso senso ético também ficou corrompido. Quando o povo começa a se manifestar, a coisa melhora. É isto que precisa acontecer”. Em Aparecida/SP, em entrevista após a missa, dom Raymundo afirmou que a CNBB defende os atos de protesto contra a corrupção: “Sabemos de manifestações organizadas por redes sociais e defendemos que a população deve acompanhar os nossos homens públicos, sejam do Executivo ou do Legislativo. Quando há denúncias de corrupção, que se investigue se há responsáveis ou não”. Que assim seja. Amém. (Com informações da Folha de São Paulo – edição de 13 de outubro