O acordo da língua portuguesa, que visava uniformizar a língua nos países que falam o idioma da nossa Pátria-mãe, vingou em partes.
No Brasil, ainda é permitido usar as duas formas – o português que usávamos e as novas regras ortográficas.
Mas se você não consegue aceitar que ‘ideia’ está tão correto quanto ‘idéia’ e que ‘vôo’ será substituído por ‘voo’, uma luz: 2012 é o ano para o Governo terminar a transição, e isso não quer dizer que a terminará!
Portugal está com outro prazo: 2012 será para os órgãos públicos, e a população terá até 2015 para se acostumar. Angola vai votar o aceite em 2013. Guiné Bissau vai além: 2015 será o prazo para aceitar ou não as mudanças. Moçambique nem criou a lei ainda!
Estaríamos naufragando no acordo ortográfico?
E você, o que acha das mudanças na Língua Portuguesa? Deixe seu comentário:

A meu ver penso que o AO90 terá imensas repercusões a multiplos niveis. A que saliento como de maior importância será o maior distanciamento entre gerações devido ao facto de estas alterações poderem em parte gerar uma nova oralidade. As novas gerações estarão com um modelo que ainda permanece aberto a interpretação. Como a alteração que está a ser realizada com novas regras a nivel gramatical, esta pode dar origem a oralidades novas de palavras “corrigidas”. Já para não falar de um afastamento não evolutivo do latim, de onde deriva boa parte do que usamos, como o “fato”, termo corrigido de facto, que deriva de “factum”. Aqui surge novamente nova oralidade com o “c” a deixar de ser pronunciado obrigatoriamente e não resultado de um discurso mais expedito.
Não posso é deixar de reparar que os supostos membros deste AO estão em progressivo desencontro. Ou não aplicam o AO, ou aplicam mal, ou não aceitam (ainda), ou ainda nem sequer o reconhecem. O que estarão à espera para chegar a consenso?
Surgem no entanto outras questões. Por exemplo, Será que com o clima actual de instabilidade social, politica e financeira deveriamos apostar no AO? Será uma alteração forçada mesmo a alternativa para unir os paises no mundo português? Deveria o Português sujeitar-se a alterações vindas de outros locais que não o país de origem? E, por último, mais importante ainda, visto ter afecto, não afeto, ás mentes dos portugueses, será que vamos passar a referir-mo-nos à lingua Portuguesa com falamos do Escudo ou de Salazar? “No tempo do escudo é que era…”, “O que precisáva-mos era de um Salazar agora.”, “O bom Portugues era no antigamente…”
Saudações deste que já tem saudades de ver futebol na televisão em directo e não em “direto”.
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Caro Professor,
Eu acho este AO uma bela porcaria, inventado por incompetentes por motivos muito pouco transparentes. Espero, de todo o coração, que não sejamos nós a naufragar no (des)acordo, mas que seja ele a naufragar, e a permanecer para todo o sempre nas profundezas do pântano fétido de onde nunca deveria ter saído.
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