Faz e ajuda; mas não é tudo para ser um bom árbitro.
Há ex-jogadores de futebol e comentaristas esportivos que entendem muito de futebol, mas na prática como treinador… Lembro-me de ex-craques como Júnior e Falcão, que embora excepcionais como jogadores, não conseguiram resultados como técnico. E vice-versa: jogadores medianos como Luxemburgo e Joel Santana que conquistaram muitos títulos como ‘professores’ à beira do gramado.
Assim também é com o árbitro: grandes teóricos podem se dar mal, e, às vezes, o inverso também. Dulcídio Wanderley Boschilla, segundo amigos contemporâneos a ele, não conseguiria ter sucesso numa prova escrita.
Digo isso em razão das provas elaboradas pela FPF nos últimos dias. Nessa feita, a entidade cobrou dos árbitros conhecimentos sobre punições e advertências dos códigos disciplinares, que nada tem a ver com a Regra do Jogo.
Elaborar uma prova é difícil. Trabalho árduo. Me recordo que numa das primeiras provas do Cel Marcos Marinho na FPF, resolveu aplicá-la toda dissertativa. As notas foram um fiasco. Precisou refazer uma prova com testes de múltipla escolha bem mais fácil para que não se manchasse a imagem dos árbitros.
Tirar 7 em prova difícil pode ter mais valor do que um 10 em prova fácil. Mas tudo isso fica em segundo plano, se na prática da arbitragem, lá dentro de campo, o árbitro não conduzir corretamente o jogo.
Todos sabem que no futebol há 17 regras. Mas quer sacanear um amigo? Pergunte a queima-roupa: “Qual é a regra 8? E qual é a 9?” Na bucha! Levará um tempinho para ele responder…
Àqueles que militam no meio e gostam de brincar com colegas que dizem saber de regra, uma boa pegadinha!
