– Jornada Mundial da Juventude 2011 – direto de Madrid

 

Por Ricardo Roca

 

Obrigado ao Professor Rafael Porcari pelo convite para escrever esse artigo sobre a JMJ 2011.

 

Foi dada a largada inicial para o maior encontro de jovens com um mesmo ideal de paz, renovação da fé e propagação do amor ao próximo.


Me chamo Ricardo Roca, sou natural de São Paulo e vivo em Madrid desde 2004. Sou voluntário e peregrino das Jornadas Mundiais da Juventude; meu primeiro contato com a Jornada Mundial da Juventude ( JMJ ) foi em Roma em 2000, onde se reuniram mais de 2 milhões de jovens, foi imensa a experiência pessoal tão grandiosa que aos 24 anos de idade minha vida cristã tomou novos rumos e dimensões globais de peregrino. Passei a voluntário de uma jornada que vai marcar a historia de um país que precisa da energia renovável e infinita da fé.


A experiência que se vivi em uma JMJ é grandiosa, é sentir a Igreja jovem, palpar sua universalidade, ajudar a que muitos corações conheçam uma outra maneira de viver a vida, em uma geração que parece ir sem rumo; mas para quem não conhece: o que é uma JMJ?

 

A Jornada Mundial de Juventude é um grande encontro de jovens de todo o mundo com o Vicário de Cristo. Um meio a mais de evangelizar, uma maneira  contínua de anunciar a mensagem de Cristo aos jovens. A JMJ é o emprenho evangelizador onde a  Igreja  manifesta sua constante solicitação pela juventude, onde os jovens devem  sentir se atendidos pela Igreja, sentir se cada vez mais comprometido a nível mundial, e responder a suas expectativas, comunicando a certeza de Cristo, a verdade que é Cristo, o amor que é Cristo mediante a uma formação adequada, que é uma forma necessária e atualizada de evangelizar.” (João Paulo II, Discurso ao Colégio Cardenalício, 20 dezembro 1985)

 

A JMJ tem uma clara identidade católica, mas é voltada a todos os jovens de todo o mundo. Em primeiro lugar aos jovens católicos e está aberta a todos os jovens de boa vontade.

Já foi celebrada anteriormente em Buenos Aires, com mais de um milhão de jovens; em Santiago de Compostela, com mais de 500.000; em Czestochowa, com 1.600.000; em Denver, com 600.000; em Manila, com aproximadamente 4 milhões; em París, com 1,2 milhões; em Roma, com 2 milhões; em Toronto, com 800.000; em Colonia, com 1,1 milhões; em Sydney, com 400.000. E agora existe uma grande expectativa que o Brasil possa celebrar a próxima jornada mundial que pode ser celebrada em 2013.

 

Um legítimo chamado aos jovens à conversão ao apostolado, para ser dignos de servir a Cristo seguindo seus passos, uma grande oportunidade de viver a universalidade da igreja, conhecer pessoas de muitos lugares do mundo, observar e conviver com suas culturas e ideais. 

 

O Brasil está na moda como dizem aqui em Madrid, e claro que esse evento é uma oportunidade para fomentar a fé, animar aos jovens brasileiros a celebrar um grande evento em comunhão, mostrar para o mundo como os jovens brasileiros vivem essa fé de uma maneira distinta mais animada, mas musical, uma amostra do movimento carismático que vive a Igreja no Brasil, suas missas animadas seus padres cantores, a alegria de um povo que não deixa de acreditar, uma gratificante retribuição de amor a um povo que sabe amar apenas com um olhar, um sorriso, uma prova dos mais de 14 mil jovens que chegaram em Madrid para representar o Brasil nesta JMJ, estou confiante que serão os promotores da alegria com as bandeiras do Brasil balançando no céu de Cuatro Ventos em Madrid onde o Papa anunciará a próxima cidade a receber uma JMJ. 

 

Para finalizar, envio uma foto que marcou o dia de ontem com a celebração de uma festa com grupos musicais de diversas paróquias do mundo, inclusive do Brasil celebrada em pleno templo do futebol mundial, o estádio Santiago Bernabeu do Real Madrid, que se rendeu a um tributo a Cristo à renovação da fé de milhares de jovens.

 

Confesso que já tive a oportunidade de assistir o Real Madrid jogar pela Copa del Rey, mas compartir com milhares de jovens de várias partes do mundo cantando e louvando a Cristo, em meio as lágrimas e a emoção no olhos de quem ali estava, foi marcante e seguramente ficará gravado para sempre no meu coração, no da minha esposa e da minha pequena Maria Luiza de somente 4 meses, e que já está olhando e sentindo tudo que acontece ao seu redor, pois assim acreditamos que podemos oferecer a ela a oportunidade de enraizar e edificar sua fé em Cristo assim desde pequena e dentro de alguns anos olhar essa foto e saber que a vivido a mensagem que nos propõe a jornada mundial da juventude em 2011:  Enraizados e edificados em Cristo firmes na fé.

 

Saludos desde Madrid

Ricardo Agrelo Roca

– O Fim da Era Brasil no Futebol?

 

Você concorda com essa afirmação abaixo?

 

É o fim de uma era. O que eu tinha dúvidas em 2006, agora se confirma

David Beckham, reproduzida pela FSP, 13/08/2011, Caderno Esporte, pg E3, após o jogo Alemanha X Brasil, sobre o atual momento da Seleção Brasileira.

 

Tudo é cíclico. O mundo tem idas e vindas. O que é impensável para nós pode ter sido comum a outras gerações. Na geopolítica econômica é assim: Os gregos foram hegemônicos durante um determinado período da Antiguidade; hoje, estão falidos! A Roma Antiga foi o maior império da humanidade, e hoje a Itália está numa pindaíba. Vemos atualmente esse fenômeno ocorrendo na economia americana. Por que não no esporte também?

 

Já tivemos o Basquetebol como segunda grande paixão do Brasileiro. Monteiro Lobato ousou questionar se um dia o Futebol superaria a Capoeira! E hoje, a capacidade técnica da Seleção Brasileira é questionada. Nossos craques são, de fato, craques? Nossos treinadores são grandes estrategistas? Nossas ações de marketing esportivo são eficazes?

 

Será que não estamos nos enganando e vivendo um grande engodo? O da crença que somos e sempre seremos os melhores do mundo?

 

O futebol foi criado pelos ingleses. O Brasil se destacou pela criação do drible, oriundo de lances de dança africana onde os jogadores negros utilizavam tal tática para fugir das faltas dos seus adversários brancos não aceitas pelos árbitros da época (embora, na Grã-Bretanha, os ingleses mais superiores aos escoceses jogavam o passing game X dribling game – mas é uma outra história).

 

O Uruguai com população diminuta ganhou 2 Copas. A Argentina no período da 2ª Grande Guerra tinha a melhor Seleção do Mundo, mas não tivemos Copa. A Hungria quase levou em 54. Holanda idem em 74. Levamos na Era Pelé 3 Copas, mas onde Pelé nunca jogou sozinho, pois tínhamos maravilhosos Nilton Santos, Garrincha, Carlos Alberto Torres, Tostão, Rivelino… Hoje temos André Santos, Jadson, Fred… Nossos amistosos eram contra os times de 1ª linha e/ou médios fortes. Hoje, preterimos a Espanha por Gabão. Nosso querido Paulista de Jundiaí, com o time comum que disputa a Copa Paulista, faz frente tranquilamente ao pobre país africano, caso desafia-se tal adversário.

 

Onde está o erro:

1-   Valorizamos demais jogadores comuns (um drible a mais e o cara virou craque);

2-   A safra é fraca; ou

3-   O treinador é ruim?

A única unanimidade: nossos dirigentes esportivos são péssimos! Não existe planejamento sério, prestação de contas nem responsabilidade social. O trabalho psicológico se resume a fazer os jogadores acreditarem que são os melhores do mundo, mesmo não sendo mais…

 

Nosso ciclo acabou realmente? Beckham tem razão? Deixe seu comentário: