– Abade no Choque-Rei: Mesmo Peso e Mesma Medida?

 

Sei que a exposição deste post é ruim. Mas confesso que DETESTEI a indicação de Cléber Wellington Abade para o jogo do próximo domingo entre São Paulo X Palmeiras.

 

É claro que não ganharei amigos por tal afirmação. Mas gosto muito do amigo Abade, considero ele um dos melhores da minha geração (somos da mesma turma e de algumas pré-temporadas em comum). Sou suspeito em falar do Cléber, pois sou torcedor dele.

 

Mas os amigos árbitros, jornalistas de respeito e torcedores lúcidos entenderão: há certos times que são ‘zicas’ na carreira de um árbitro, num linguajar bem popular. Não dá liga! É como o ótimo Paulo César de Oliveira em jogo do Palmeiras – pode fazer chover dentro de campo que receberá críticas. Assim é Abade para com o São Paulo.

 

Na melhor arbitragem do Campeonato Paulista de 2011, Cléber Abade foi excepcional e encerrou com chave de ouro sua passagem pela FPF, no seu último ano de apito (e faça-se justiça: Raphael Claus, segunda melhor arbitragem do ano, fez 2 joguinhos pela série B e… cadê ele?). Na CBF, tem feito um tour de despedida: Na série D, em Manaus; na C, em Rio Branco no AC; na A, em várias capitais (em Florianópolis na quarta-feira).

 

Numa carreira gloriosa onde faltou apenas o escudo FIFA (que merecia), para quê expor Abade em jogo do São Paulo? Ainda na mais num clássico de tal importância.

 

Sou de Jundiaí, e me recordo o sufoco que Abade sofreu numa partida entre Paulista X São Paulo no Jayme Cintra, jogo o qual o Cel Marinho o afastou. Na oportunidade, Abade deu 4 de acréscimos, ergueu o braço, e… aos 49min e alguns segundos o atleta jundiaiense Gláucio chutou para o gol. Com o braço erguido e sem ter apitado, o gol saiu e o “pau comeu”. O São Paulo vencia por 2×1 e sofreu o empate nessas circunstâncias (em 2007). Depois disso,  Abade fez jogos do São Paulo por duas oportunidades em 2009.

 

Com tanto jogo bom, por que levá-lo justo nesse clássico? Há outros! Logo-logo teremos Palmeiras X Corinthians, coloca ele lá! Mesmo que Abade arrebente (e espero que o faça), se o São Paulo perder Abade pode ser o bode expiatório.

 

Junto com Abade foi Seneme para o sorteio. Na mesma medida de sorteio, teria sido Abade e Paulo César. Pensaram? Se não existe veto, ótima pedida, pois, afinal, são ótimos árbitros e o aceite de reclamações e choros de dirigentes seria desprezado por qual parte reclamasse à CA-CBF.

 

Ou não?

 

Outra sugestão: Seneme, Luiz Flávio, Ceretta, Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza (que fez aquele Choque-Rei no jogo do temporal no Morumbi), Bragueto (por que só foi escalado uma única vez no clássico São Paulo X Corinthians do começo do ano?).

 

Se foi para homenagear Abade, erraram no jogo escolhido. Não precisava correr risco.

 

Sobre o jogo da discórdia, uma matéria do UOL Esporte: http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas/2007/01/26/ult59u111721.jhtm

Um comentário sobre “– Abade no Choque-Rei: Mesmo Peso e Mesma Medida?

  1. Acompanho bem o seu blog e gosto muito dos comentários, em que pes misturar assintos. No caso do post discordo completamente por que também gosto do Cleber Abade, um baita árbitro de futebol e sério, como a grande maioria que existe por aí. Fui pesquisar e não vi o Paulo César no sorteio, nem o Luiz Flávio e nem o Sálvio. Por que será? Não tenho idéia e seria importante descobrir. Dos mais experientes na praça, apenas o Wilson Seneme e o Cleber Abade, porque enfrentar o chororô do São Paulo e do Scolari é dose para elefante. Colocar um jovem como vc citou é que é queimar. Não falo dos demais por não conhecê-los como o prezado professor.

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