– Pacote Governamental dos Combustíveis

 

Na próxima 4ª feira, segundo a Revista IstoÉ, o Governo Federal colocará em vigor uma série de medidas a fim de evitar a eminente falta de álcool (etanol) e aumento no preço da gasolina. São elas:

 

– Redução de 25% do álcool anidro para 18% na mistura com a gasolina;

– Importação de gasolina do Oriente Médio e Venezuela (ué, mas e a auto-suficiência…?);

– Aumento em 7% na produção própria de combustíveis da Petrobrás;

– Empréstimos e Financiamentos com juros baixos aos usineiros via Banco do Brasil;

– Desestímulo à exportação do açúcar;

– Possível redução da CIDE (imposto da gasolina).

 

Abaixo, a matéria extraída de: http://www.istoe.com.br/reportagens/147907_A+RESSACA+DO+ALCOOL

 

A RESSACA DO ÁLCOOL

 

Por Adriana Nicácio

 

Na quarta-feira 27, o governo vai anunciar uma série de medidas para conter o aumento do preço do álcool no País e evitar o desabastecimento a partir de novembro. Já era tempo. Nas últimas quatro semanas, em plena safra, o valor do etanol voltou a subir, principalmente na região metropolitana de São Paulo, onde o preço aumentou 5,75%. Em 18 Estados, além do Distrito Federal, tornou-se mais vantajoso abastecer com gasolina do que com álcool. O fato é que o Brasil não tem conseguido atender ao consumo interno e mostra fragilidade na política de biocombustíveis. Isso é tudo o que a presidente Dilma Rousseff não quer. Em conversas com seus auxiliares, ela mandou avisar que não abre mão da política de biocombustíveis e cobrou medidas urgentes para garantir a revitalização do setor. Além dos ministérios diretamente envolvidos com a questão, convocou o BNDES, o Banco do Brasil e a Petrobras.

A primeira ação será reduzir a mistura de álcool na gasolina. Em abril, o governo editou medida provisória diminuindo em dois pontos a faixa obrigatória da mistura, que passou de 20% a 25% para 18% a 25%. Até o fim do mês, fará valer a nova lei. Para atender ao aumento da demanda por gasolina, a Petrobras já começou a importar o combustível. A estatal também deve elevar de 5% para 12% sua participação como produtora. O Banco do Brasil fará linhas de créditos especiais para a renovação dos canaviais e a ampliação da capacidade produtiva. Para evitar que os usineiros se dediquem à produção de açúcar, em prejuízo da oferta de etanol, o governo pretende desestimular a exportação do produto. “Não temos nada contra o açúcar”, diz o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. “Temos muito a favor do etanol.” Os recursos do BNDES serão destinados à formação de estoque regulador, mecanismo eficiente para amortecer grandes oscilações na oferta e nos preços ao longo da safra e da entressafra. A desoneração tributária está na pauta do Ministério da Fazenda. Técnicos calculam a possibilidade de reduzir a Cide, o imposto do combustível. Todo o esforço é necessário. Há alguns dias, o Senado dos Estados Unidos aprovou a eliminação dos subsídios do etanol de milho e abriu caminho para a importação do álcool brasileiro. Portanto, a pressão sobre a oferta de etanol só tende a aumentar.

– Tinturas no Cabelo podem levar o Câncer às Crianças!

 

Atenção mulheres grávidas: um estudo de 10 anos do Instituto Nacional do Câncer com a Escola Nacional de Saúde Pública comprovou: tinturas de cabelo no início da gestação dobram as chances de câncer nos bebês!

 

Extraído de: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110720/not_imp747185,0.php

 

QUÍMICA NO CABELO DURANTE GRAVIDEZ FAZ CRESCER RISCO DE BEBÊ TER LEUCEMIA

 

Por Fernanda Bassete

 

Estudo, feito pela Escola Nacional de Saúde Pública em parceria com o Instituto Nacional de Câncer, acompanhou 650 mães de todas as regiões do País, exceto o Norte; pesquisadores avaliaram substâncias existentes em 14 marcas de tintura e alisadores

 

O uso de tinturas ou alisadores de cabelo durante os três primeiros meses de gravidez aumenta em quase duas vezes o risco de o bebê desenvolver leucemia nos primeiros dois anos de vida. Embora seja considerada uma doença rara, a leucemia atinge cerca de 5% das crianças nessa idade.

A conclusão é do primeiro estudo epidemiológico brasileiro que investigou o tema. O trabalho foi realizado pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) por mais de dez anos. Ao menos por enquanto, os dados sugerem que as mulheres não devem pintar os cabelos durante a gravidez.

O trabalho foi realizado em 15 centros de todas as regiões do País, exceto a Norte. Foram analisadas 650 mães: 231 com filhos diagnosticados com leucemia antes de 2 anos de idade e 419 mães controle sem filhos com câncer.

Segundo o biólogo da ENSP Arnaldo Couto, autor do estudo, das 231 mulheres cujos filhos tiveram leucemia, 35 (ou 15,2%) usaram produtos químicos no cabelo no primeiro trimestre da gravidez. Entre as 419 mães controle, 41 (ou 9,8%) utilizaram tinturas no mesmo período.

“O estudo mostrou que a doença não se manifestou ao acaso. Há uma associação significativa entre a exposição a tinturas e alisantes com o desenvolvimento de leucemia”, diz Couto.

Maria do Socorro Pombo-de-Oliveira, chefe do Programa de Hematologia e Oncologia Pediátrica do Inca, que coordena o estudo, confirma a importância do achado e afirma ter ficado surpresa com os resultados.

“É a primeira vez que um trabalho olha para essa direção. Mas, como se trata de uma doença rara, o número de casos precisa ser confirmado em análises experimentais posteriores”, diz ela.

 

O estudo.

A partir do momento em que uma criança com menos de 2 anos era diagnosticada com leucemia em um dos centros parceiros, uma amostra de sangue seguia para o Inca para confirmação diagnóstica.

 

Além de confirmar o tipo de leucemia – mieloide aguda (LMA) ou linfoide aguda (LLA) -, os pesquisadores realizavam a entrevista materna. A LLA é a mais comum das leucemias infantis – cerca de 75% dos casos (mais informações nesta pág.).

Depois, uma equipe entrevistava cada uma dessas mães. O questionário incluía perguntas sobre hábitos de vida: alimentação, tabagismo, uso de álcool e medicamentos, exposição a agrotóxicos e tinturas.

Para cada mãe com filho com leucemia, os pesquisadores entrevistavam duas mães controle – com um filho da mesma idade e sem a doença maligna.

 

As perguntas eram direcionadas para os três meses antes de a mulher engravidar, os três trimestres da gestação e os três primeiros meses após o parto. “A ideia era identificar fatores ambientais que poderiam ter influência no desenvolvimento das leucemias”, explica Couto.

 

Compostos químicos.

Os pesquisadores analisaram os compostos existentes em 14 marcas de tinturas e alisadores. Foram identificados 150 componentes – 32 deles potencialmente prejudiciais à saúde do bebê.

Com os dados em mãos, Couto calculou a estimativa de risco de a criança desenvolver leucemia por a mãe ter feito uso desses produtos. De acordo com o pesquisador, esse risco é 1,8 vez maior em mães expostas aos cosméticos do que entre aquelas que não haviam utilizado os produtos durante a gestação.

“É justamente no primeiro trimestre que o bebê está em formação. Nessa fase existe uma divisão celular intensa e constante. Uma das hipóteses é a de que as substâncias químicas alteram o DNA e modificam a informação genética da criança”, diz Couto.

Segundo Maria do Socorro, o próximo passo é descobrir qual mecanismo levou a esses casos. Os compostos da família dos fenóis, que foram os mais associados ao aumento do risco, já estão sendo estudados pela equipe.

– Ufa!

Domingo é dia de descanso. Até segunda!